Despercebida



Lupin aperta a campainha da Toca. Molly Weasley é quem atende.
– Ah! Olá Remo! Entre, por favor! Linda tarde de julho, não?
– Oh! Sim... – Olá a todos! – Fala ele, quando entra na cozinha e vê todos sentados à mesa.
– Oi Remo! – Disseram Fred, Jorge e Gina de um canto da mesa.
– Olá! – Disseram Rony, Gui e Fleur.
– Grande Remo! – Saudou-o Arthur Weasley.
E foi quando a Sra. Weasley mostrou-lhe seu lugar, que ele viu Tonks. Ela estava muito diferente. Parecia triste, com os cabelos sem vida e castanhos. Ela não o cumprimentou, então ele resolveu falar primeiro.
– Olá Tonks...
– Oi Remo, beleza?!
– Humhum... – Ele assentiu.
E assim seguiu-se o almoço na Toca. Às vezes Lupin notara que Tonks o olhava com tristeza, mas logo disfarçava. Acabara o almoço. Rony, Gina, Gui e Fleur subiram.
E Fred e Jorge foram embora, certamente cuidar dos negócios das Gemialidades Weasley. Lupin, Tonks, Molly e Arthur foram para a sala, mas Arthur teve logo que sair, assuntos do Ministério, disse ele.
– Bom, acho que tenho que arrumar a bagunça do almoço. – Disse Molly.
– Quer ajuda Molly? – Perguntou Tonks, que não queria ficar sozinha com Lupin.
– Ah! Não, querida, acho que você e Remo têm assuntos pendentes para conversar. – Disse Molly, contendo um sorrisinho.
E saiu da sala deixando Lupin e Tonks sozinhos.
– Por que você está assim? – Perguntou Lupin a ela, ele meio que já sabia a resposta.
– E você ainda pergunta? Depois do que você fez comigo? Ahh, não, é brincadeira! – Disse ela aborrecida para Lupin.
– Tonks, eu não fiz por mal. Aliás, fiz pro seu bem! Quando você for maior... – Mas Tonks o interrompera.
– E Você acha o quê, heim?! Que eu sou uma criança louca e inconseqüente?! Que não sei o que é a vida real?! – Falou ela, mais aborrecida ainda por Lupin ter dito a frase “Quando você for maior”.
– Não! Eu não acho isso, você nem me deixa terminar! Eu só ia dizer que daqui há alguns anos, você iria me agradecer por isso! – Falou ele, já começando a se alterar.
– É, com certeza! Vou te agradecer por me ter feito a mulher mais infeliz do mundo!
– Eu não quero isso! – Falou ele calmamente tomando em suas mãos o fino rosto de Tonks.
– Não quer o quê? – Perguntou ela, sentindo o calor das mãos de Lupin em seu rosto.
– Te deixar infeliz. É a última coisa que eu iria querer. Odeio te ver assim e ver que a culpa é minha... – Disse ele sinceramente, olhando fundo nos olhos dela.
– Pensasse nisso antes de me... – Ela parou de falar. Se desvencilhando das mãos de Lupin, enxugou duas lágrimas que caíram sobre seu rosto. – Tchau, Remo. – Disse ela se dirigindo à cozinha. E correu.
– Tonks! O que aconteceu?! – Perguntou uma preocupada Sra. Weasley. Mas Tonks não deu nem um adeus, e saiu pelas portas do fundo e aparatou. Pelo que Molly viu, ela estava chorando. Com certeza os dois tinham brigado de novo. Ela adentrou na sala e encontrou Lupin, com as mãos no rosto, sentado no sofá.
– Ah... Você está bem, Remo?! Vi Tonks saindo pelas portas do fundo, me parecia que ela estava chorando. Ai, Remo. Acho ridícula a sua atitude. Você não ama Tonks? – Falou a Sra. Weasley, sentando-se ao lado dele.
– Sim, mas... Será que ninguém entende?! Eu não estou sendo ridículo, eu apresento perigo à Tonks. Eu não a mereço. E ela merece um rapaz bem melhor que eu... – Falou ele.
– Argumento fraco. Ainda acho que você está sendo ridículo! – Disse Molly.
– Aff... – Resmungou Lupin. – Bom, acho que já vou. Muito obrigado pelo almoço, Molly, estava tudo delicioso. E se dirigiu a porta dos fundos e aparatou bem no lugar onde Tonks aparatara.

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Estava escuro como breu. Tonks estava fazendo guarda com mais dois aurores no Beco Diagonal. Ela estava meio que com medo do que iria por vir. O Sr. Olivaras, Florean Fortescue desaparecidos, era muito estranho, sem contar as lojas fechadas com medo. Será que iria acontecer outra guerra, ainda pior que a outra? Ela sempre gostou de lutar, de se manter em ação e proteger as pessoas, afinal é por isso que se tornou uma auror. Mas nesses últimos dias, só queria esquecer que existia, não tinha forças pra nada, mas tinha que trabalhar. Ultimamente estava muito cansada, além de sua tristeza, porque estava trabalhando dez vezes mais, e era muito para alguém que se formou a menos de três anos.
Acabara sua hora de trabalho, tinha o resto da noite de folga, só iria trabalhar na manhã seguinte. Tonks estava com muita vontade de conversar com um amigo, desabafar e pensou logo em Sirius, e uma tristeza maior a envolveu. Depois pensou em ir à Toca conversar com Molly, que estava se mostrando uma grande amiga.
– Ah! Tonks! Que surpresa agradável! – Disse Molly Weasley, na porta da Toca, recebendo Tonks.
– Ahh... Molly, espero não estar incomodando, já é meio tarde...
– Que isso! Vou esperar Arthur mesmo, e parece que tão cedo ele não volta, muito trabalho no Ministério agora que ele foi promovido. Ah! Entre! – Acrescentou ao ver Tonks ainda do lado de fora – Bom... Então, qual motivo da visita? – Perguntou Molly, sentando em uma cadeira na cozinha.
– Ah, Molly, eu não agüento mais ficar assim! – Disse Tonks se jogando em uma cadeira ao lado de Molly.
– Então não fique! – Disse ela simplesmente
– Mas... Mas... É mais forte que eu! Eu não consigo me controlar! Eu não tenho culpa de estar
A-PAI-XO-NA-DA! – Disse ela irritada consigo mesma
– Ai, ai – Suspirou Molly Weasley
– E pior que eu tô me prejudicando por causa disso! Acredita que até meu patrono mudou?! E eu não consigo de jeito nenhum me metamorfosear... Se bem que, pra quê né?! – Desabafou Tonks com um ar desesperado.
– Ah! Mas como o Remo é cabeça dura. Ele acha que está fazendo um bem enorme pra você, mas apenas está te prejudicando... – Disse a Sra. Weasley
– É... Aquele cego idiota... – Disse Tonks mais para si mesma
– E se você contasse tudo isso a ele?! – Perguntou a Sra. Weasley em um sussurro inaudível
– O quê?? – Perguntou Tonks, que não entendera o que Molly disse
– Nada não... Humm... Que tal você vir jantar no fim de... – Mas umas batidas na porta a interrompeu, ela andou até a porta e perguntou parecendo nervosa.
– Quem é? Identifique-se!
– Dumbledore trazendo Harry. – Disse uma voz conhecida. Então a Sra. Weasley abriu a porta imediatamente.
– Harry, querido! Nossa, Alvo, você me assustou, não disse para não esperar vocês antes de amanhecer?
– Tivemos sorte – Disse Dumbledore fazendo Harry entrar. – Slughorn foi mais fácil de persuadir do que imaginei. Um feito de Harry, é claro. Ah, olá Ninfadora!
– Olá, professor. E aí, beleza, Harry? – Cumprimentou Tonks da mesa
– Oi, Tonks. – Cumprimentou-a Harry.
Tonks tentou dar um sorrisinho, mas sentiu que estava parecendo um sorriso forçado. Estava mesmo era com vontade de ir pra casa, chorar no seu travesseiro e dormir.
– É melhor eu ir andando – Disse depressa, levantando-se e cobrindo os ombros com a capa. – Obrigado pela simpatia, Molly.
– Por favor, não vá embora por minha causa – disse Dumbledore gentilmente – Não posso ficar, tenho assuntos urgentes a tratar com Rufo Scrimgeour.
– Não, não, preciso ir mesmo – respondeu ela sem retribuir o olhar de Dumbledore. – Noite...
– Querida, por que não vem jantar no fim de semana, Olho-Tonto e Remo virão...?
– Sério, Molly, não... mas, obrigada assim mesmo... boa-noite para todos.
Tonks passou ligeira por Dumbledore e Harry, e saiu para o quintal; a alguns passos da porta, rodopiou e desapareceu no ar.
Molly ficara bastante preocupada com ela, ia falar com Remo assim que tivesse chance.
Tonks aparatou em um beco próximo de sua casa.






* brigadinhu à Lari Tonks e à Fernanda Borba pelo comentário! que bom q vcs tao gostando!! tô me empenhando msm nessa fic!*

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