Grifinoria versus Corvinal.



chega pulando*
Demorei meus queridoss? *sorri
Esse capitulo foi meio dificil, a inspiração demorou, mas ta aquii, o comecinho do baile, quase 0,001% mas prometo um BIG capitulo sobre o baile da proxima vez ;D

Pam.

Ficoo muuuitoo feliz que vc esteja gostandooo fofaaa!!!
Parabens tbm pelas suas, realmente maravilhosas, vc sabee... hehehe!
Ah, Remo?Nem se fala, meu xodozinho do coração... *risos*
MUito especial, dei algumas flas pra ele, mas daqui a pouco terá um capitulo quase inteiro dele, tbm pretendo falar da transformação :D
Espero que goste desse capitulo... :D

Nanda Potter

Ainda quer me matar Nandinhaaa? *se esconde*
Ah siim, acho que o Baile promete, embora nesse capitulo nao tenha muito sobre ele, mas o proximo é exclusivo dele... hahaha
Tanta coisa pra acontecer *risada macabra*
Vc nem imagina... HAiushIAUhsiahs
espero que gosteee queridaaa
;D
____________________________________________________________________
Sirius abriu a porta do dormitório bruscamente, fazendo um de seus amigos acordar assustado.
-- Você tá maluco Sirius?
Ele não respondeu e com uma expressão emburrada, trocou de roupa e se deitou entre as cobertas, fechando as cortinas ao seu redor.
Não conseguia acreditar em tudo aquilo que Alice lhe confidenciara, simplesmente Bel não era o tipo de garota que fazia aquilo.
E eles se davam tão bem, estava tudo indo a mil maravilhas, deveria Sirius ter se desconfiado assim, de uma garota tão doce e especial?
O moreno ergueu os braços na altura da cabeça, apoiando-os na mesma, como um travesseiro e encarando o teto do dormitório.
Simplesmente era a ultima coisa que ele queria que acontecesse.
O que ele poderia fazer a seguir? Ele já havia convidado a garota e não queria magoá-la. E se aquilo tudo fosse mentira?
O moreno suspirou profundamente.
Era um pouquinho tarde para dizer que não sentia nada por ela. Ele sentira por Bel simplesmente o que nenhuma garota havia conseguido despertar nele.
Não sabia o nome do sentimento, apenas sentia um aperto na boca do estomago atingi-lo toda a vez que ela se aproximava.
E justo agora que tudo estava caminhando bem, ele descobrira isso?
Não seria uma mentira deslavada, como todas as outras que Alice lhe dissera?
Só poderia ser, pensou fechando os olhos para relaxar.
Ela aceitou ir ao baile comigo, se não tivesse nem um pingo de interesse e se estivesse afim de outro, por que faria isso?.
Sirius dormiu mal aquela noite. Foi perturbado por sonhos enigmáticos e quase caiu da cama quando o despertador tocou.
Abriu as cortinas fechando os olhos para os raios solares que incidiam sobre um quarto das janelas cobertas por cortinas e se levantou para tomar banho antes que os amigos tivessem essa maravilhosa idéia.
Remo percebendo que o amigo estava lá esperou, ainda com grandes esforços para acordar Tiago. Não tendo efeito sobre o garoto, pegou seu copo de água na mesinha de cabeceira e jogou sobre a cara do moreno que soltou um guincho abafado pelas cobertas.
-- Hora de levantar Tiago! – disse Remo sorridente.
Sirius, parado debaixo do chuveiro com água quente, teve a leve sensação que acordara de um pesadelo terrível.
Lembrou-se então da noite que se passara e de tudo que Alice dissera. Era algo fora do normal, ele não se sentia bem e após o banho, trocou-se e saiu do banheiro, com uma expressão estranha.
-- Está tudo bem Sirius? – perguntou Remo, preocupado com o amigo desde a noite que se passara.
Ele ergueu os ombros, sem dar respostas concretas.
-- Não foi nada – disse por fim.
-- Hum, tudo bem... é que ontem você chegou meio nervoso e nem me disse nada. Pensei por um instante... – completou Remo sem terminar a frase. – Bom, em todo caso, vou tomar banho...
Alguns minutos depois, todos desceram pra o excelente café e logo após seguiram para a aula de Poções dupla com Professor Slughorn.
O primeiro tempo de Poções seria dividido com a Lufa-Lufa e para a infelicidade de alguns, no ultimo horário, os sonserinos estariam ali. Bel estava um pouco nervosa, pois era incrivelmente fácil ouvir desaforos de Belatriz, principalmente nessa aula em que todos conversavam até se cansarem.

[...]

-- Gostaria que vocês preparassem para mim a Poção do Morto - Vivo. É bem complexa, mas é certo que cairá nos NOM’S... Bem, é isso. – completou o professor. Assim, todos começaram a fazer a poção e o professor andava na sala a intervalos regulares dando dicas, criticando ou até mesmo puxando saco.
-- Parabéns Srta. Evans. Vejo mais uma vez sua aptidão para Poções.
A ruiva sorriu, um pouco sem graça e continuou a poção.
-- Sabe, às vezes fico pensando se na minha casa você...
-- Ah professor – disse ela de ombros erguidos. – acho que o chapéu soube escolher direito... Quer dizer, eu poderia até ser bem recebida pelo senhor, mas pelo meu sangue, a maioria não gostaria o que não ocorre na Grifinória – comentou petulantemente.
O professor deu um risinho sem graça.
-- Eu me orgulharia, mas mesmo assim, só de ter a Srta. Como aluna mesmo pouco tempo, sei que poderá escolher a profissão que for preciso afinal, é realmente boa nas matérias.
Lílian sorriu e continuou o preparo da poção que atingiu quase instantaneamente o tom pedido no livro. Slughorn então saiu e foi dar mais uma volta na sala.
-- Potter, vejo que o senhor está indo bem, está me impressionando com sua ousadia cada vez mais. – comentou fazendo o garoto sorrir satisfeito. – E o tempo acabou... – completou.
Quando os alunos colocaram suas poções nos frascos e as entregaram ao professor para avaliá-las, a metade da turma deixou a sala, dando a Sonserina o lugar, pois acabara o primeiro horário.
Os alunos, um a um se posicionaram nas carteiras. A sala sempre ficava separada e para a felicidade de Bel, Belatriz escolhera o lado oposto para se sentar, mas com certeza ela não poderia se alegrar tão cedo com uma trégua.
Bel se virou para trás rapidamente. Estava sentada na frente de Sirius e ainda não haviam conversado. O garoto estava estranho.
Parecia estar distante daquela aula, distante do mundo normal e por sua expressão, algo muito ruim havia acontecido.
-- Sirius – disse Bel sorrindo --, pode me emprestar seu livro rapidinho, esqueci o meu no dormitório.
O garoto não sorriu, ainda com o rosto abaixado, entregou o livro nas mãos da morena, sem lançar-lhe sequer um olhar.
Ela pegou o livro e folheou-o até achar a pagina exata. Levantou-se e foi buscar no armário os ingredientes que faltavam para o preparo de outra poção pedida pelo professor e quando voltou para se sentar entregou o livro ao garoto agradecendo.
Ele continuou do mesmo jeito, silencioso e reflexivo. A garota nada disse.
Tiago parecia não ter reparado nas atitudes do amigo. O horário estava no fim.
Dando os últimos retoques em sua poção, Sirius começou a guardar os materiais fazendo um enorme barulho.
Bel se virou assustada.
-- O que houve com você? – perguntou calmamente enquanto Karina que sentava do seu lado espiava por cima do ombro.
Ele nada disse e se levantou rumando para a porta. Bel guardou os objetos rapidamente, repôs a poção no frasco e jogando a pasta nas costas saiu atrás do garoto.
-- Sirius – gritou. Ele já estava longe e parecia realmente nervoso.
O moreno não se virou e Bel saiu correndo para alcançá-lo.
-- O que aconteceu? – perguntou ofegante, segurando um dos braços do garoto.
-- Eu que pergunto. Se você aceitou sair comigo, por que estava se agarrando com outros por aí?
A garota ergueu as sobrancelhas surpresa.
-- Do que você está falando?
-- Já não bastou dizer que eu era um joguinho pra você e ainda se faz de santa? – ele cuspiu as palavras com a mesma intensidade de um feitiço para desarmar.
-- O quê? – disse a garota, os olhos marejados por lágrimas.
-- Passar bem Connor! – completou o garoto, deixando-a ali, sem entender nada do que se passara.

[...]

Belatriz saíra da sala atrás de Snape e Lúcio, o último aos beijos com sua irmã. Chegando ao corredor, ele se despediu da loira dando-lhe um selinho. Iria para a aula de Runas antigas, na qual ela não se inscrevera.
-- Nos vemos na hora do almoço. – comentou.
Narcisa piscou para Lúcio e saiu, rumando para o seu salão comunal sorridente.
Belatriz espiou a irmã até que ela virasse no outro corredor e já não fosse possível vê-la.
Correu até os garotos ofegante.
-- Snape, Lúcio!
Os dois se viraram, Bela estava completamente descabelada, mas parecia não se importar nem um pouco com isso.
-- O que foi? Brigou com a sangue-ruim novamente? – perguntou Snape gargalhando.
Ela fez uma careta para o garoto.
-- Claro que não seu estúpido. E olhe, estive pensando... Vingança! – completou falando mais para Lúcio do que para o outro.
Nenhum dos dois entendeu.
-- Do que você está falando cunhada maluquinha?—comentou Lúcio.
Ela parou, colocando as mãos sobre as cinturas, audaciosamente.
-- Bem, sabe... Acho que depois desses acessos de Bel, ela merece uma vingança, não acha?
Lúcio ergueu as sobrancelhas interessado. Quaisquer coisas de mal que pudessem fazer aos alunos da Grifinória eram legais para aquele grupo.
-- O que pretende fazer? – sussurrou Snape temendo que algo afetasse Lílian.
-- Bem, pensei talvez no quadribol...
Lúcio sorriu meio de lado.
-- Como um acidente... você poderia sem querer derrubá-la da vassoura... Arrumar alguma desculpa, o que acha Lúcio?Ou melhor, hoje tem treino de quadribol da Grifinória...
Ele pareceu analisar a oferta.
-- E se isso não funcionar?
-- Aí apelaremos para o segundo plano, ou se esqueceu que temos um baile semana que vem à noite?
Snape e Lúcio se entreolharam curiosamente.
-- Mas e Narcisa?
-- O que tem oras?
-- Se ela souber que estamos aprontando, -- começou Lúcio com um ar preocupado – ela ficará magoada comigo!
Belatriz riu. Um riso sem piedade.
-- Oras, está com medo agora, é Lucinho?Acho que ela se magoaria mais se soubesse que está saindo com um sonserino covarde.
Snape segurou o riso.
-- E o que ganharemos com isso Bela? – completou o moreno ainda segurando o desejo de rir.
-- Diversão. – completou a garota.
Ela os encarou por uma fração de segundos.
-- Então, topam?
Os dois assentiram, considerando a proposta do Quadribol..
-- E qual será o segundo plano? – indagou Malfoy.
Belatriz confidenciou aos dois, tudo o que pensara em fazer. Era realmente um plano bom, mas afetaria mais pessoas e causaria danos talvez irreversíveis. Em todo caso, eles começaram a planejar as táticas e depois cada um seguiu para sua aula feliz.
Lúcio virou em um corredor, onde guardavam os equipamentos para o jogo e saiu de fininho alguns minutos depois.

[...]

Como Bel não tinha mais nenhuma aula de manhã, resolveu subir ao dormitório, não estava a fim de ver ninguém àquela hora.
Com um ar de desconfiança, adentrou o quarto e se deitou na cama, as palavras de Sirius ainda latejando em sua cabeça.
’Já não bastou dizer que eu era um joguinho pra você e ainda se faz de santa?’...
O que se passara na cabeça do garoto?E como poderia tudo ir bem há um dia e no outro tudo desmoronar?
A garota se deitou na cama, procurando limpar as lágrimas que insistiam em cair, até que tempos depois alguém entrou no dormitório e ela rapidamente tentou se recompor.
-- O que houve Bel? – completou Karina preocupada com a amiga.
Bel fez um gesto negativo com a cabeça.
-- Deixe pra lá.
-- Não deixo. – completou Bel. – Eu vi que Sirius estava te gelando e você saiu atrás para conversarem, o que ele disse?
Bel contou a garota palavra por palavra do que havia acontecido e sentiu seus olhos queimarem quando grossas lágrimas caíram novamente por seu rosto.
-- Mas não está na cara?Só pode ter sido fofoca de alguém Bel.
-- É isso que eu não entendo. Quem poderia ter feito algo?Além do mais, não fiquei com ninguém esse ano, muito menos fiz o que Sirius me acusou.
As duas entreolharam-se pensativas.
-- Não tem ninguém que gosta de Sirius e... – Bel a interrompeu antes que a garota terminasse a frase.
-- Alice...
-- O quê?—perguntou Karina de olhos arregalados.
A amiga contou a leve travessura que a garota aprontara e as duas permaneceram em um silêncio absoluto.

[...]

-- Por onde andou Sirius?—completou Tiago ansioso. – Eu estava na biblioteca, olhe, achei algumas coisas sobre animagia... – calou-se ao ver a expressão no rosto do amigo.
-- Agora não Tiago, outra hora! – comentou de mau humor.
-- O senhor vai me contar agora do que se passa. Que dia nós não desabafamos? Olhe se foi pelo puxa-saquismo do Slughorn, não esquente.
-- Não é por aquele idiota.
-- Ah! – disse Tiago pensativo se deitando na cama.
Por um momento eles ficaram calados, apenas contemplando a visão que tinham do campo de Quadribol por uma fresta da janela.
Sirius não sabia se havia agido certo, achava que tinha sido um pouco duro com Bel, mas sentia que seu orgulho fora ferido. Primeiro ele se sentia um idiota por sentir algo por alguém, e ainda por cima magoar esse alguém. Ou melhor, julgar uma pessoa sem saber se realmente estava certo. Soltou um suspiro. Tiago resolveu insistir na conversa, o amigo parecia querer desabafar, mas antes que dissesse alguma coisa, Sirius se sentou e apoiou os joelhos nas pernas colocando as mãos sobre a cabeça.
-- Eu acho que cometi um erro.
Tiago ficou olhando para o amigo, parecia confuso e por outro lado nervoso, mas percebeu que agora poderia tirar as dúvidas, ele estava aberto a conversar.
-- O que aconteceu?
-- Bel, Tiago. Eu a convidei para ir ao baile e até aí tudo bem. Até ontem parecia estar dando tudo certo. Então quando fui dormir vi Alice e...
-- Ah não, o que ela fez dessa vez? Acorda Sirius, você já percebeu que ela está sempre tentando estragar sua felicidade?Espero que você não tenha feito nada muito sério com Bel.
Sirius soltou um muxoxo impaciente.
-- O pior é que fiz! – completou.
Tiago afundou-se nos travesseiros com uma expressão irritada.
-- Você não aprende mesmo, não é Sirius? O que Alice disse?
-- Disse que viu Bel beijando outro garoto e a ouviu dizer que estava ficando comigo só para se vingar... Não acha que é uma acusação séria demais?
-- Sim e por isso que você devia ter investigado antes... Antes de cometer qualquer burrice.
Tiago encarou o amigo com uma expressão você sabe que Alice é uma fofoqueira, mas nada disse sobre isso.
-- E por que está preocupado desse jeito?
-- Bom, eu... – Sirius não terminou a frase. Como poderia ter sido tão duro com a garota?
-- O quê? – disse Tiago se irritando ainda mais.
-- Eu fui mal educado com ela, sem ao menos saber se era verdade...
Os amigos se entreolharam.

[...]

Enfim chegou à hora do treino de Quadribol.
Sirius contou o tempo desde o almoço para se encontrar com a garota e pedir perdão.
Infelizmente ela não tinha ido almoçar e ele ficou preocupado e com remorso por ter falado com ela daquela maneira.
Bel simplesmente não sabia o que havia acontecido, não tinha culpa.
Ele foi o primeiro a chegar ao campo. Não havia mais ninguém e Tiago se atrasaria um pouco, pois tinha uns assuntos a tratar.
Foi ao vestiário então, trocou-se rapidamente e saiu com a vassoura em mãos, sentando-se no gramado com a esperança de vê-la.
Dez minutos depois e nada da garota. Com certeza ela sabia que ele já havia ido, pois somente quando todos os jogadores estavam posicionados, ela chegou.
Exibia os olhos um pouco vermelhos, mas ninguém pareceu notar, além de Sirius que tentou de aproximar dela, mas foi completamente ignorado.
Bel passou ao lado do garoto, como se ele não existisse, deu um alô para os outros jogadores desculpando-se pelo atraso e foi ao vestiário rapidamente se trocar, voltando minutos após, e assim se iniciou o jogo. A tensão que pairava entre Sirius e Bel era enorme. A garota por vezes evitou voar perto do garoto que fazia tentativas constantes de se aproximar, mal prestando atenção no jogo.
Após vinte minutos de jogo eles desceram, pois estavam bastante cansados.
-- Ok. – disse Laura tomando as rédeas do assunto. – Não sei o que está acontecendo, mas vocês estão bastante dispersos, inclusive Sirius e Bel... Bel, você perdeu inúmeras oportunidades de rebater os balaços e Sirius deixou cair várias goles. Tiago seja mais rápido você também e Henrique preste bastante atenção. Daniel precisa somente se entrosar mais com Bel para dar tudo certo. Bem, vamos voltar.
Os jogadores tomaram rapidamente um pouco de água e voltaram ao jogo. Sirius fez várias investidas e mal se importando com os jogadores se dirigiu a Bel, aos gritos.
-- Vejo que você está muito magoada!
Não houve resposta.
Ele continuou a voar ao redor da garota.
-- SIRIUS, VOCÊ ESTÁ ME ATRAPALHANDO! SAIA DA MINHA FRENTE!
Laura revirou os olhos, nervosa.
Aos quarenta e cinco minutos de jogo, um balaço enfeitiçado começou a perseguir a garota sem trégua. Ela então começou a fugir dele, enquanto Tiago tentava acertá-lo com a varinha em punho.
Sirius foi atrás da garota.
-- Você me desculpa Bel?
-- Esqueça isso, eu deveria ver realmente o que estava falando quando afirmei que meu ponto de vista tinha mudado com relação a você.
Ela fez uma volta completa em torno do estádio abaixando-se quando o balaço quase a atingiu na orelha.
-- Bel, vamos dar um jeito no balaço, acalme-se – Gritou Laura em resposta aos berros da garota.
Sirius, no seu momento salvação disparou atrás da morena quase alcançando o balaço errante.
-- Bel abaixe-se! – Gritou o moreno com a varinha em punho. – Finite Incantatem! – bradou, mas o feitiço ricocheteou no balaço e ele se dividiu em dois. Ele tentou chegar a tempo perto da garota, mas já era tarde. O balaço atingira em cheio sua cabeça e ela caiu inconsciente no gramado.
O moreno correu a acudi-la enquanto os outros desciam de suas vassouras.
Ele a pegou nos braços e a levou a enfermaria, seu rosto vermelho.

[...]

-- Ainda bem que vocês a trouxeram rapidamente ou .. – Madame Pomfrey não completou a frase.
Sirius encarava a garota com o rosto um pouco pálido, e se ela não voltasse a si, como poderia se desculpar?
Estava se mordendo de remorso, se tivesse ao menos sido mais compreensivo com a garota, talvez não se sentisse tão mal.
Madame Pomfrey o mandou sair da sala, ao passo que todos os jogadores chegavam à porta da enfermaria, mas nenhum pôde entrar.
Sirius então, foi se trocar, não havia mais como terminar o jogo agora que faltava uma batedora e logo depois de um banho quente, desceu para a porta da enfermaria.
Queria conversar com a garota, falar tudo o que estava engasgado na garganta.
Era quase noite, Madame Pomfrey deixou quem quisesse visitá-la entrar.
A sala estava um pouco escura, apesar das poucas lâmpadas situadas no centro dela.
Bel estava em uma das primeiras camas da enfermaria, ainda inconsciente.
-- O que ela tem? – indagou o moreno, preocupado.
-- Fratura no crânio exposta. Não sei quando acordará!
Sirius suspirou.
-- E ela estará bem em quanto tempo?
-- Se o Senhor está pensando em alguma possibilidade da garota jogar, pode ir tirando o hipogrifo da chuva... Ela sofreu um grave acidente e precisará de descanso.
-- Mas... – insistiu o garoto pensando no Baile.
-- Sem mais Sr. Black! – dizendo isso, Madame Pomfrey saiu da sala, adentrando seu escritório.
Sirius se aproximou da cama da garota, tentando se conter.
Vê-la ali, deitada inconsciente, uma faixa envolvida em sua cabeça, era uma das cenas que ele menos queria, ainda mais depois do que acontecera.
O moreno soltou um suspiro.
-- Minha morena, ah se você estivesse acordada pra saber o quanto estou arrependido. – ele abaixou a cabeça, contemplando o piso branco da enfermaria. – Sabe, esse não é o momento exato pra falar nisso, mas eu gosto de você. Eu sei que você me acha um galinha, um estúpido, mas nunca senti isso por uma garota, nunca me senti tão bem com alguém, como me sinto com você. Acorda logo Bel e diz que me perdoa por eu ter sido tão severo e incompreensível.
E pela primeira vez, depois de anos, uma lágrima escorreu pelo rosto do garoto.
Estaria realmente apaixonado?
Sirius ouviu passos e rapidamente secou os olhos de um azul tão belo.
Lílian, Karina e Melissa se encontravam ali, todas com expressões preocupadíssimas.
-- O que houve Sirius?
Ele encarou as garotas a sua frente.
-- Hum, Madame Pomfrey disse que ela sofreu uma fratura no crânio, não sabemos quando acordará. – terminou num sussurro quase inaudível.
As garotas se sentaram ao redor da cama da amiga.
-- Bel não poderá jogar a partida contra a Corvinal, não é? – comentou Karina.
Ele fez um gesto negativo com a cabeça.
-- Oras, a garota doente e você pensando em Quadribol Karina?Pelo amor de Merlim.

[...]

A semana passou tão rápido quanto o tempo bom, substituído por chuvas a intervalos freqüentes no castelo.
Sirius ia todos os dias visitar Bel, ela ainda não havia acordado, mas como Madame Pomfrey insistira em dizer, ela voltaria a si e não corria perigo, caso contrario Dumbledore não hesitaria em mandá-la ao St. Mungus.
Era somente questão de tempo.
O moreno cada vez mais sentia remorsos. Dava para se notar suas constantes reflexões, seu isolamento. Até no Quadribol perdera um pouco o equilíbrio e Laura tinha que ralhar insistentemente com o garoto para ele melhorar seu desempenho.
Após uma noite conturbada por sonhos enigmáticos, incluindo Bel e quadribol, Sirius acordou.
’4 da manhã... ’ murmurou, encarando o despertador.
Era a manhã do jogo e o tempo estava calmo até então. A brisa matinal soprava delicadamente por entre as janelas do dormitório, mas o céu esboçava tons levemente escuros, ameaçando uma chuva no tão esperado Baile de Halloween.
O garoto se espreguiçou na cama, tapando os olhos com as mãos, pensativo.
Tentou voltar a dormir ate que desse a hora do jogo, mas vendo que não conseguiria, se levantou e tomando um banho rápido e quente, desceu para a sala comunal, vazia e silenciosa àquela hora, exceto pelo crepitar constante das chamas.
Ele estava calmo, embora esboçasse uma feição preocupante. Estava preocupado com Bel que ainda não acordara, queria mesmo era ver a garota sorrindo para ele e o perdoando pelo enorme erro que cometera.
Sirius sentia que se não pedisse perdão, o dia seria completamente pesado, mas o que ele poderia fazer?
O moreno se sentou numa poltrona frente à lareira e se pôs a refletir. Tudo o que queria era que a garota o acompanhasse no baile, ou estivesse ao seu lado, jogando.
As horas se passaram e os jogadores foram descendo calmamente. O moreno ainda estava ali, estava quase pronto, precisava apenas de sua vassoura e assim, subiu ao dormitório para buscá-la. Ao subir as escadas quase caiu com um esbarrão de Daniel. Encarou o garoto, reconhecendo.
-- Opa! E aí Daniel, preparado?
O garoto gargalhou.
-- E como Sirius! Pronto para ganhar.
O moreno sorriu.
-- Vou buscar minha vassoura e já desço. – Comentou Sirius despedindo-se de Daniel. Ele não ia muito com a cara do garoto, talvez fosse pura questão de afinidade ou ciúmes por ele e Bel serem tão amigos, mas não tinha absolutamente nada contra, fora esse fato.
Adentrou o dormitório dando de cara com Tiago, arrumando as vestes em vermelho e dourado.
-- Estamos atrasados Tiago!
-- O que foi? – comentou Tiago encarando as enormes olheiras do amigo, preocupado. – Caiu da cama Sirius?
O moreno fez um gesto negativo com a cabeça e logo depois, desceram para um excelente café antes do jogo tenso.

[...]

Os jogadores da Grifinória adentraram o vestiário sorridentes um pouco mais calmos.
Jordan Carter substituiria Bel como batedor.
Após o discurso estressante de Laura, dizendo como esperara aquele momento em sua carreira de jogadora, eles saíram para o jogo, de cabeças erguidas, sendo recebidos com vaias e saudações.
Laura apertou a mão do capitão da Corvinal e todos levantaram vôo.
Madame Hooch apitou e o jogo se iniciou.
Após o que pareceu serem quinze minutos de jogo duro, Sirius conseguiu fazer um gol.
-- E A GRIFINÓRIA MARCA! – berrou Kehdy.
Karina lançou um sorriso ao garoto que foi retribuído por uma piscadela.
Todos voltaram à atenção para o jogo. Estava difícil, a Corvinal era espetacularmente boa em marcação e como Sirius era um dos melhores artilheiros, ficava em cima dele boa parte dos jogadores.
Corvinal empatara com Grifinória.
-- TIAGO CAPTURA LOGO O POMO! – Berrou Laura corada.
O moreno assentiu.
-- CALMA LAURA! ESTOU PROCURANDO ELE... – berrou da outra ponta do estádio.
-- E pelo que me parece, a capitã está discutindo com Tiago pela demora em capturar o pomo. Quem levará a melhor? – indagou Kehdy. – E Laura agora toma posse da goles e está se aproximando do gol, e ela lança a bola... – Todos se calaram entusiasticamente. – E ela... MARCA! É ponto para a GRIFINÓRIA. – berrou o garoto. Ele parecia realmente feliz que Grifinória estivesse na frente.
A partida tornou-se um pouco mais acirrada. Os jogadores da Corvinal derrapavam, esbarravam o quanto podiam nos da grifinória.
Jordan quase foi derrubado por um balaço lançado pelo artilheiro da Corvinal. Madame Hooch gritou.
-- É pênalti.
Os torcedores cruzaram os dedos ante aquele episódio.
-- E MATTEW VAI EM FRENTE, E ... CHARKS CONSEGUE SEGURAR A BOLA.!—berrou Kehdy.
Alguns alunos da Grifinoria vaiaram o goleiro do outro time.
Foi então que um rápido brilho dourado perpassou pelo rosto de Tiago e o garoto se virou procurando a pequena bolinha que decidiria o fim do jogo.
-- E parece que Potter avistou alguma coisa...
O apanhador da Corvinal correu em disparada atrás do moreno de óculos, mas tarde demais. Ele já havia transpassado seus dedos pela bolinha importante.
-- Peguei! – disse erguendo as mãos.
-- TIAGO POTTER CAPTURA O POMO, E A VITÓRIA É DA GRIFINÓRIA!
Foi a ultima coisa que ouviram e logo após o time todo se abraçou.

[...]

Como teriam o baile à noite, ninguém preparou festa alguma na sala comunal da Grifinória. Eles apenas almoçaram e subiram aos dormitórios para discutirem as opções de vestimentas que usariam.
Como seria um baile nobre, era obrigatório o uso de roupas sociais, incluindo terno e gravata para os garotos e vestidos longos para as garotas.
Todos cochichavam pelos corredores, ansiosos e alegres por aquele dia tão esperado, principalmente os grifinórios que tinham levado a melhor no campo.
Sirius dera uma passada na enfermaria para ver Bel e apesar da euforia pós-jogo, ainda se sentia mal. Sentou-se na cadeira ao lado da cama em que a garota estava deitada.
-- Ganhamos o jogo Bel! – disse encarando a garota inconsciente. – Jordan te substituiu, mas tenho certeza de que seria bem melhor se você estivesse lá. Sinto sua falta. – murmurou contendo sua voz. Ele então depositou um beijo no rosto da garota e voltou ao salão comunal, estava simplesmente desanimado para um baile. Não se sentia muito bem, mas como os amigos insistiram resolveu ir, só por consideração.
Tiago estava sem par por mais incrível que fosse.
As garotas particularmente legais já tinham arrumado um e ele foi com esperanças de que acharia uma desacompanhada por lá.
Dada a hora, os dois amigos, juntamente com Remo desceram para a festa. Pedro tinha ido mais cedo.
A decoração estava maravilhosa e o tempo parecia ter concordado com o baile.
Enormes archotes de luz pendiam coloridos por todos os lados iluminando as cabeças alheias. A lua agora estava refletida sobre o lago e todos encantados, mantinham os olhos brilhando por aquele efeito maravilhoso.
Os alunos que ajudaram na festa, colocaram enormes abóboras cortadas com caretas e as fizeram levitar.
Algumas máscaras estavam espalhadas pelos ares e uma fumaça fina parecia envolver todos dando um toque exótico no local.
Os amigos encaravam aquele efeito, boquiabertos.
-- Arrasaram hein? – comentou Sirius erguendo parte de seu terno para cima dos cotovelos. – A noite será maravilhosa. – disse gargalhando.
-- Hum, parece que se esqueceu um pouco de Bel, creio eu? – murmurou Remo.
A feição de Sirius se transformou em uma emburrada.
-- Não esqueci. – comentou Sirius que até o momento conseguira tirá-la um pouco dos pensamentos. --, mas isso é hora para lembrar Remo? Eu quase não vim ao baile por causa dela...
Remo sorriu.
-- Anda preocupado o bastante, não?
Sirius ergueu as sobrancelhas.
-- Fui bastante severo com ela, nem expliquei o que havia acontecido. Confesso que estou com um pouco de remorso, ainda mais por ela não ter acordado.
-- Então é só remorso?Não sente mais nada além disso, tem certeza?
Sirius hesitou um pouco antes de responder.
-- Ora Remo, que pergunta indiscreta...
Tiago poupou que o amigo arrumasse uma desculpa, porque naquela hora se virara bruscamente apontando para os dois a bela garota que aparecera ali.
‘Como poderia ser... uau...’ murmurou Tiago, mais para si do que para os amigos.
______________________________________________________________________

N/A:

Gostaram?
*pisca e sai de fininho*

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.