Dê-me Joe Armstrong



Joe acordou muito feliz após sua primeira noite em Hogwarts. Pela primeira vez na vida, achava que teria amigos. Em sua antiga escola, Joe nunca fora popular, nos anos que estudou lá fez apenas um amigo, que logo se mudou para Dublin. Agora ele experimentara a sensação de ter amigos, mesmo conhecendo-os a apenas algumas horas, já considerava Sofia e Alvo como grandes amigos.
Ele levantara cedo naquela manhã, e a primeira coisa foi verificar no horário de aulas, dado por um monitor no dia anterior, quais aulas teria.
Ele desceu junto a Alvo até o Salão Principal, onde encontraram Sofia, que já estava terminando seu café.

— Vocês são muito lerdos! Faltam só 15 minutos pra nossa primeira aula! – exclamou a garota.
— Que seria...? – perguntou Alvo, enquanto pegava um pedaço de bacon com ovos.
— Aff... Defesa Contra as Artes das Trevas, com o pessoal de Grifinória.
— Ué, a gente tem aula com as outras casas?! – perguntou Joe.
— Lógico! E andem logo...estamos atrazados...

Os três sairam correndo pelos corredores da escola, até uma sala no sétimo andar, onde se localizava a nova sala da Defesa Contra as Artes das Trevas.

— Com licença professor – falaram os três, ao adentrarem a sala, e se sentarem nas únicas carteiras vazias, no fundo da sala.
— Bom dia alunos, meu nome é August Flind, e eu sou o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas de vocês. – começou August – vamos nos encontrar todas as segundas-feiras, e espero que possamos nos dar bem. Bom, vamos começar fazendo algumas perguntas, pra vermos o que você sabem. Você – o professor apontou para um menino, cujo cabelo loiro tampava os olhos, sentado num canto escuro da sala – me diga seu nome, e o que é Defesa Contra as Artes das Trevas pra você.
— Hmm...é...meu nome é...hmm... Scorpio Malfoy... – começou o garoto antes de ser interrompido por uma aluna sentada na primeira carteira.
— Onde esse mundo vai parar... um Malfoy em Grifinória, e um Potter em Corvinal...
— Senhorita...? – perguntou o professor.
— Lety Miller – respondeu a menina.
— A senhorita poderia ficar quietinha? Cinco pontos a menos para Grifinória. – disse o professor, voltando a se dirigir ao Malfoy. – Então senhor Malfoy...
— Professor! – chamou Alvo.
— Pois não?! – disse o professor impaciente.
— Não to me sentindo muito bem, posso me retirar?
— Tá, tudo ok...mas vá até a sala hospitalar.
— Ok – disse Alvo antes de sair da sala.

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— Diretora,diretora!
— Que foi, porque diabos você tá gritando assim professora Newton? – falou McGonnagal a professora Helena, que entrara correndo em sua sala.
— Professora, acho que a senhora deve ver isto...
E as duas sairam correndo em direção aos corredores do sexto andar, onde pararam sem ar.
— É logo ali! – apontava Helena.
— Mas que diabos... – Minerva se calou ao ver a cena. Na parede oposta do corredor, em que elas estavam paradas, jazia pendurada as vestes de um aluno de Hogwarts.
Minerva foi até elas, onde encontrou um pequeno bilhete.

“ Alvo está comigo, para tê-lo de volta terão que entregar-me Joe Billie Armstrong.”

A professora Helena parecia fora de si, ela não parava de chorar, e andar de um lado para o outro do corredor como se quisesse decorar o caminho, enquanto a professora Minerva relia várias vezes o bilhete.

— Professora, chame imediatamente Joe Armstrong na minha sala. – disse Minerva, enquanto Helena saia correndo em direção ao sétimo andar, onde chegou em menos de um minuto.
— Com licença professor Flind, a professora McGonnagal está chamando Joe Armstong em sua sala.
— Joe!
Joe se levantou e seguiu a professora Newton pelo corredor. Percebia na expressão da professora que algo grave aconteceu, mas não podia saber o que era. Foi em silêncio com a professora por todo o caminho, atraindo os olhares de todos que pasavam nos corredores. Depois de cerca de dez minutos de caminhada, que pareceram uma eternidade para Joe, eles chegaram ao seu destino. Os dois passaram pelo gárgula que guardava as escadas caracóis, cujas subiram, até chegarem a sala da professora Minerva McGonnagal.

— Por favor, sente-se Joe. – disse McGonnagal – Feche a porta ao sair Helena.
— Mas Minerva, eu pensei...
— Desculpe Helena, mas esse assunto só diz respeito ao Joe, você me entende?
— Ah, é...claro...
— Obrigada. – e Minerva esperou até que Helena saísse da sala para recomeçar – Joe, você poderia me dizer porque Alvo não estava com vocês na aula de Defesa das Artes das Trevas hoje?
— Hmm...bem... ele disse que tava passando mal, e o professor mandou ele ir até a ala hospitalar.
— Hmm...interessante...
— Desculpe professora, mas o que exatamente é interessante?
— Senhor Joe, Alvo Severo Potter desapareceu. Suas vestes foram encontradas no corredor do sexto andar, com um bilhete dentro.
— Sério?E o que estava escrito no bilhete?
— Devolvo Alvo em troca de Joe Billie Armstong.
Por um instante Joe não pôde acreditar no que acabara de ouvir. Procurou por uma câmera no escritório, mas lembrou que estava no mundo bruxo.Ele não sabia o que disser, não sabia quem poderia ter mandado aquele bilhete,não sabia o porque de pegarem Alvo, só sabia que estava correndo perigo.
— O senhor tem alguma idéia de quem possa ter escrito isso?

Joe poderou por um momento, e depois que pareceu decorridos alguns minutos, finalmente ele respondeu.
— Meu tio.
— Como? – perguntou Minerva, pega de surpresa pela quebra de silêncio.
— Meu tio. – repetiu o garoto.
— Mas porque?
— Quando minha mãe morreu, fui viver com um homem chamado Roe Bosnan. Ele me disse que toda minha família foi morta pelo meu tio, inclusive a minha mãe. E que só faltava eu pra ele conseguir... - Joe pensou um pouco sobre o que falar, e achou melhor não falar nada sobre a arma – ser o único Armstong na Irlanda. Por isso vim estudar em Londres, e não em Dublin.
— Mas porque seu tio matou toda sua família?
Ela tinha feito a pergunta que ele menos queria ouvir... “conte a verdade” dizia uma voz em seu cerébro...
— Ninguém sabe, ele esta foragido até hoje.
— Bom saber, o importante agora é manter você protegido, e recuperar o Alvo.
— Não precisa se preocupar...
— Claro que precisa...mas o que mais me intriga, é como ele conseguiu entrar em Hogwarts... – dizendo isso a professora levou Joe até a porta. – Acho que dá tempo de você ir descansar um pouco na sala comunal antes do almoço.
E assim fez Joe. Foi vagando pelos corredores, até chegar a sala comunal. Lá chegando se jogou ao lado de Sofia em uma das muitas poltronas que estavam na sala.

— Que que a diretora queria com você? – perguntou Sofia.
— Se eu contar, você não vai acreditar...
— Ande, fale logo!
— Lembra que o Alvo saiu da sala hoje pra ir à ala hospitalar?
— Sim, ele estava passando mal... mas o que que tem?
— Então, ele foi raptado.
— O QUÊ?
— É, e o mais incrível é que deixaram um bilhete...
— Um bilhete? E o que dizia? – perguntou Sofia, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto.
— Tava dizendo que me queria em troca dele.
— O que?
— Isso mesmo...eu em troca dele...
— Mas...mas...
— Vamos Sofia, esquece...a Minerva disse que vai dar um jeito... vamos almoçar!
— Desculpe, mas perdi a fome...
— Ok...eu fico aqui com você então...

E os dois ficaram na sala comunal, enquanto os outros alunos saiam...passado alguns minutos eles eram os únicos no ambiente...



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