O passo seguinte



– Você quer ficar com isso? – Rony estendeu aquele objeto horrível a Harry. Gina fez uma careta e agarrou-se ao seu braço.
– Não – disse ele, indiferente. – Prefiro não ter lembranças disso.
– Ora, vamos, Harry... Não seja dramático – riu-se Fred. – Se você não fica com a dentadura de Voldemort, eu fico.
– Isso porque não foi no seu traseiro que isso ficou preso quando lancei o Avada Kedavra – retorquiu Harry.
– Eu ainda não entendo como foi que ele ousou resistir ao feitiço mais poderoso que existe – comentou Rony, ainda abalado com o poder que Voldemort só demonstrou possuir na hora da morte.
– Às vezes eu penso que, se Dumbledore ainda estivesse vivo, certamente teria uma resposta para isso – Gina disse numa voz pesarosa.
– Ah, voltei – disse uma Hermione muito satisfeita por trás de Rony, momentos depois.
– Pensei que não vinha mais! – resmungou ele, olhando para o relógio. – Eu não iria sem um último beijo...
– Rony abraçou Mione com força e lhe deu um último e prolongado beijo.
– Em uma semana estaremos de volta... – Rony murmurou em tom audível, e o que ele disse depois foi só para ela. Fred e Jorge os imitaram, sussurrando obscenidades que todos ouviram. Harry e Gina se entreolharam, rindo enquanto o casal, meio sem jeito, corou.
– Vamos, Rony – disse Harry. – Moody já deve estar nos esperando.
– Ainda bem que os testes de auror só duram uma semana – murmurou Gina, abraçada a Harry. – Eu não agüentaria ficar mais tempo longe de você...
– Nem fale nisso – Harry a beijou na testa. – Também sentirei sua falta.
Depois do segundo beijo apaixonado e demorado daquele fim de tarde e de mais desejos de boa sorte, Harry e Rony desaparataram rumo a seus nobres destinos cheios de futuros desafios e provações, pois Voldemort tinha sido apenas um dos grandes bruxos das trevas que eles ainda haviam de enfrentar.

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