º Hermione Granger º





Lyn deu à gatinha o nome dê Tib. A bichinha não saiu do colo dela naquela noite, depois do jantar, espreguiçando-se de vez em quando, às vezes batendo com a patinha no livro que ela lia. Sam olhava ciumento a gatinha que se divertia no colo da dona. Lyn percebeu e colocou o animalzinho sobre as patas estendidas do cão, sorrindo para ele: No início os dois tiveram reações agressivas, mas aos poucos foram se acalmando e ficaram deitados juntos e satisfeitos.
- Sam pode tomar conta dela enquanto dormimos - disse Lyn a sra. Potter levantando-se para ir para o quarto.
Um ruído forte acordou-a durante a noite. Sentou-se na cama assustada, quando o brilho de um raio iluminou o quarto. Harry sentou-se também, piscando.
- O que está acontecendo? Tem medo de tempestades? - Os olhos dele ainda estavam meio fechados de sono.
Ela fez que sim com a cabeça, engolindo em seco.
- Está segura aqui - disse ele tranqüilizando-a, quando outro raio cortou o céu e um trovão forte ribombou longamente.
- O que é isso? - perguntou, tremendo.
Harry levantou-se é foi olhar pela janela.
A sra. Potter bateu à porta deles e entrou,também assustada.
- O que foi isso? - perguntou, ansiosa.
- Meu Deus! - disse Harry. – um raio atingiu o pinheiro e derrubou-o sobre a parede. Volte para a cama, mamãe, não é nada sério.
- Vou fazer um chá. - disse Lyn, levantando-se. - Quer que leve uma xícara para a senhora, mamãe?
- Vou descer para tomá-lo,- disse a_sra. Potter. – Detesto tempestades
Harry fez uma careta.
- Mulheres! – Vestiu o roupão. - Bom, acho que vou descer também, pois desconfio que não vou mais conseguir dormir até que a tempestade termine.
Ficaram na cozinha por meia hora, falando-sobre tempestades e os perigos que elas representavam. Finalmente a tempestade se acalmou e eles subiram.
Harry deitou-se, enquanto Lyn pendurava o roupão. Ao virar-se percebeu o olhar dele e corou. Constrangida, percebendo que a transparência da camisola deixava entrever seus seios e suas pernas, entrou depressa debaixo dos lençóis.
Harry abraçou-a com ansiedade e suas bocas se uniram, instintivamente. Lyn envolveu-o com os braços, com o coração aos saltos.
Ele se afastou, contraindo as mãos em volta do rosto dela como se quisesse quebrar-lhe os ossos.
- O que está tentando fazer, Lyn? Deixar-me louco?
- Está me machucando, Harry - sussurrou, sentindo que os olhos dele a devoravam, inflamados.
- Uma vez eu lhe disse que amor era uma palavra que jamais seria pronunciada entre nós, Lyn. E é verdade - disse sombriamente. - Jamais vai me ouvir dizer que a amo. Não sou tolo e há muito percebi que está tentando se transformar na mulher que eu gostaria que fosse... Não sei se está agindo consciente ou inconscientemente, mas a verdade é essa. Não quer recuperar a memória porque sabe que nesse dia terá perdido todas as esperanças de fazer com que eu a ame.
Ela tremeu incapaz de negar o óbvio.
- Não estou fingindo ter amnésia - murmurou.
- Acredito em você - concordou ele. – No princípio, pensei que estivesse fingindo, mas sua transformação foi muito drástica. Pode fingir gostar do trabalho caseiro, contudo não pode fazer desaparecer uma alergia a gatos, esse é um reflexo físico que não pode ser alterado unicamente com a força de vontade. Mas há outra coisa que não pode conseguir Lyn. Não pode, apagar o passado. Não posso amar uma mulher que teve uma vida como a sua! Se existe uma coisa que odeio é a promiscuidade. Seria até capaz de aceitar que você tivesse tido um ou dois homens antes de mim... mas o sexo pelo sexo é repugnante para mim.
- Para mim também – murmurou ela tristemente.
- Ágora pode ser - comentou ele secamente. - Mas não no passado, Lyn. Você foi muito clara quanto a isso e suas reações comigo foram explosivas demais para que eu tenha dúvidas.
Ela tremeu e baixou os olhos. Ele a puxou para si e beijou-a no lugar onde começava o decote da camisola.
- Admita Lyn, quero ouvi-la admitir.
- Não, Harry. - implorou, tentando lutar contra a paixão que sentia por ele.
Os lábios dele desceram por baixo da camisola e ela gemeu, sentindo que percorriam a curva dos seus seios.
- Diga, Lyn - sussurrou, com a boca colada à pele dela. – Quer que eu diga primeiro? Desejo você... - Deu um suspiro de desejo. – Meu Deus Lyn, como a desejo. Pensei que pudesse puni-la, mas há muito tempo percebi que estou punindo a mim mesmo, e não agüento mais.
- Harry! - sussurrou ela, abandonando-se. - Harry, eu o amo...
Ele ergueu a cabeça, os olhos cheios de um brilho satânico, que a deixou aterrorizada.
- A palavra não é essa, Lyn. Você apenas me deseja.
- Eu amo você! - repetiu ela com paixão.
Uma expressão selvagem tomou conta do rosto dele.
- Não, quero, que essa palavra seja pronunciada entre nós, vai usar ás palavras que quero ouvir de você, Lyn. Diga o que pedi Lyn!
- Não! – soluçou aterrorizada. – Você parece um demônio.
- Diga! - insistiu ele implacavelmente.
- Eu desejo você - murmurou baixinho, incapaz de resistir mais.
Um brilho de zombaria iluminou os olhos dele.
- Então, venha para os braços do demônio, minha querida - sussurrou, beijando-a com volúpia fazendo-a pensar apenas no desejo de entregar-se a ele sem reservas.
Lyn deixou que ele lhe tirasse a camisola e ficou deitada, consciente das mãos dele, tremendo ao contato dela. Harry beijou-lhe os seios com paixão e acaricio-a até que ela atingiu um grau insuportável de excitação. Deu um gemido e procurou os músculos fortes das costas dele, sentindo com prazer infinito o, corpo, de Harry sobre o dela e acariciando-o com a mesma urgência que ele a tocava.
Harry levantou a cabeça e olhou-a com uma estranha dureza o rosto afogueado, de Lyn. Ela deitou a cabeça no peito, dele para fugir àquele olhar, mas ele a segurou brutalmente pelo cabelo e obrigou-a a encará-lo.
- Quero possuí-la Lyn – gemeu ele. - Mas quero que saiba que não a amo... agora antes que seja minha, quero que saiba disso.
Lágrimas de dor encheram os olhos dela.
- Não Harry! - soluçou. - Não, fale assim, Harry... - lutou para escapar daquele abraço de ferro, mas não conseguiu, e cheia de dor e vergonha, sentiu o corpo, pesado do marido descer sobre ela. - Assim não, Harry - implorou desesperada.
Ele levantou os braços dela e prendeu-os sobre o travesseiro, Lyn deu um grito de desespero e tentou vencer aquela força tão superior à dela.
- Que diabo, está acontecendo, com você? – perguntou furioso. – É isso que você quer, não é, Lyn? - Beijou-a com brutalidade e ela impotente, começou a chorar amargamente.
Quando ele finalmente a possuiu Lyn teve um estremecimento e um gemido profundo lhe escapou da boca. Harry foi impiedoso ao satisfazer seu desejo, ignorando suas lágrimas, a insensibilidade que ele demonstrou após o primeiro momento. Toda a paixão que Lyn sentia tinha desaparecido e ela estava fria e impassível ante o desejo dele.
Quando por fim Harry rolou para o lado, ela se virou sobre o travesseiro e chorou amargamente. Ouviu-o levantar-se e dar, uma exclamação abafada.
Em seguida ele a segurou pelo ombro e obrigou-a a virar-se. Já com os olhos secos, cheios de amargura olhou para Harry, via uma expressão estranha no rosto dele agora.
- Meu Deus! - disse ele confuso. - O que está acontecendo? Lyn...
- Deixe-me em paz - disse ela com raiva. - Ainda não me feriu o bastante Harry? Quer continuar me torturando?
Os olhos dele pareceram tornar-se ainda mais sombrios.
- Lyn. - Disse com voz rouca - você tem uma, marca nas costas abaixo do ombro.
Ela o olhou com incredulidade.
- Sei disso. Sempre tive essa marca.
- Meu Deus – repetiu Harry com voz trêmula. Vestindo-se apressadamente, enquanto ela o observava sem entender. Para onde será que ele estava indo?
Ele pegou as roupas dela e jogou-as sobre a cama.
- Vista-se – disse secamente.
Lyn continuou deitada, imaginando se ele estava louco ou se pretendia expulsá-la de casa no meio da noite, agora que já a humilhara tão selvagemente.
- Vista-se Lyn – repetiu inclinando-se e arrastando-a da cama.
Vestiu apressadamente as roupas, sem coragem de enfrentar o olhar pousado sobre ela. Quando estava pronta, lançou-lhe um olhar ansioso de perplexidade. Ele fez um gesto em direção à porta.
- Quero lhe mostrar uma coisa - disse friamente.
Espantada, seguiu-o até o estúdio. Harry acendeu a luz e atravessou a sala para pegar o retrato dela. A humilhação e a raiva se estamparam no rosto de Lyn.
- Meu Deus Harry, o que está fazendo? – perguntou num murmúrio envergonhado. - Por que me trouxe aqui para ver isso agora?
- Olhe para ele – disse com voz transtornada.. - Pelo amor de Deus, olhe para ele! .
- Não, quero vê-lo! – respondeu ela com determinação. - Detesto-o. Está fazendo isso para prolongar minha humilhação não é? Já não conseguiu o que queria? Seu desejo de vingança ainda não está satisfeito Harry?
Ele se aproximou e, com violência, levou-a até o retrato.
- Olhe para isso... - murmurou, passando-os dedos pelas costas nuas da pintura.
Esse gesto fez com que ela se lembrasse dos longos momentos em que ele a possuíra, acariciando-a com um desejo selvagem. Engoliu em seco e baixou a cabeça.
- Não vai ficar satisfeito enquanto eu não cair de joelhos diante de você, não é, Harry? Tinha razão ao dizer que você é um demônio... deve me odiar muito para me fazer mergulhar nesse inferno que é a vida a seu lado!
Ele soltou um som de protesto e sacudiu-a com violência.
- Meu Deus, mulher, ainda não viu?
Lyn ergueu a cabeça começando a compreender que a raiva dele não se dirigia diretamente a ela.
- Ver o quê? - perguntou confusa.
Ele pegou uma das mãos dela fazendo-a gritar de dor, e dirigiu-a por baixo da blusa até a marca de nascença. Sem compreender, ela sentiu a pele áspera sob os dedos. Era uma marca bem conhecida, com a forma de um dedo de criança. Harry encarou-a.
- Está percebendo, agora?
_ Percebendo o quê? – perguntou ainda intrigada. - Conheço minha marca - Desculpe se o desagrada Harry, mas tenho esta marca desde que nasci.
- Isso é óbvio! - concordou ele. - Por toda sua vida, Lyn. É impossível esconder esse sinal ou inventar um. - Soltou-a e aproximou-se novamente da pintura, passando a mão pelas costas macias. - Apesar disso, quando a pintei não havia esta marca.
Ela corou violentamente.
- Quer dizer que a escondi enquanto me pintava? - Harry, eu...
- Por favor, Lyn, fique quieta! - gritou. Parou diante dela, encarando-a de frente. – Vou ser direto. Quando a possuí a agora a pouco, pensei que estivesse ficando louco, porque sua reação me fez suspeitar de que eu era o primeiro homem na sua vida.
Lyn deu um gemido de dor.
- Não fale sobre isso, quero esquecer...
-Não, Lyn - disse ele desesperado. – Ouça-me pelo amor de Deus! Depois, quando você me deu as costas, olhei-a perguntando a mim mesmo se estava ficando louco. Imaginei que estivesse me enganando, mas então vi a maldita marca...
Um brilho de compreensão surgiu nos olhos dela. Harry sacudiu a cabeça.
- Estive pintando a moça do retrato por uma semana Lyn. Analisei cada milímetro daquelas costas e ela não tinha marca alguma de nascença.
Ela sacudiu a cabeça, incrédula.
- O que significa isso? Não entendo... sou eu. - Olhou para ele em busca de uma explicação. - Sou eu, não sou?
Harry balançou lentamente a cabeça.
- Não pode ser Lyn. Não sei quem você é, mas não é a moça da pintura.
Ela analisou o rosto insolente, desafiador e experiente da pintura e deu um suspiro de alívio.
- Não sou eu? Oh, Deus, obrigada! Esse tempo foi como viver no corpo de um estranho, houve momentos em que quis morrer para fugir a esse passado que pensei ser o meu.
Harry aproximou-se, segurando-a pelos ombros e acariciando-lhe os cabelos castanhos.
Ficou tensa, recordando o que tinha acabado de haver entre eles, e sentiu uma onda quente nas faces. Fez um gesto brusco, baixando a cabeça e as mãos dele a soltaram.
- Mas se não sou Lyn, então quem sou?
- Não sei, mas vamos descobrir - respondeu ele em voz baixa. - Seja quem for, é a imagem dela, e isso significa que pode ser sua irmã gêmea. Não há outra explicação.
- Irmã gêmea? - Tremeu. - Mas você disse... ela... não tinha parentes...
- Foi o que ela me disse. Mas pensando bem em tudo que fez e disse, acho que não se pode levara sério suas palavras – disse com cinismo.
- E onde estará ela? - perguntou Lyn.
- Imagino que em York - disse Harry secamente. - É lá que vamos começar a procurar... na galeria de arte.
Ela baixou a cabeça e passou a língua pelos lábios secos.
- Desculpe Harry...
- Desculpar? - Olhou-a sem entender.
- Casou comigo pensando que eu fosse Lyn. Foi tudo um grande erro.
- É melhor deixarmos isso de lado até descobrirmos toda a verdade - disse sombriamente. - Em vista do que acabamos de descobrir é uma pena que tenhamos nos casado. Mas casamentos podem ser desfeitos, não é?
Essas palavras a feriram profundamente, mas Lyn não deixou transparecer seus sentimentos, procurando, manter uma tranqüilidade que não sentia.
- É claro! - concordou.
- Vá dormir agora - disse ele com uma voz triste. - De agora em diante vou dormir no quarto de hóspedes.
- Está bem - concordou com um suspiro.
Quando ela se virou para sair, ele a chamou.
- Lyn, desculpe... pelo que aconteceu hoje. Eu me portei como um animal selvagem e estou com nojo de mim por isso. – ele disse com amargura.
Ela não respondeu, pois sentia a garganta contraída. Com esforço fez uma inclinação com a cabeça.
- Não vai acontecer de novo - disse ele sombriamente.
Ela mordeu o lábio para não chorar.
- Pelo amor de Deus, diga alguma coisa, Lyn. Grite, diga palavrões, qualquer coisa, mas não fique aí calada!
- Eu não sou Lyn - disse com voz incerta. - Já não sei mais nem meu nome.
Saiu para a noite fria com lágrimas nos olhos.



Deitada na cama vazia sentia-se invadida pelo medo e pela solidão. Nas últimas semanas, tinha construído uma nova vida naquela casa, sem - dúvida perseguida pelas sombras do passado e pela dúvida quanto ao futuro, mas secretamente esperando que a memória não voltasse e que ela e Harry pudessem construir uma outra vida juntos.
Agora sabia que tudo não tinha passado de um grande erro, revelado de uma maneira amargamente irônica. Jamais seria capaz de esquecer a selvageria com que Harry a possuíra, com desejo, mas sem nenhuma ternura. Talvez o casamento deles pudesse ter sido desfeito sem deixar marcas muito dolorosas se não fosse aquela noite.
De certa forma, era bom saber que toda a raiva e a amargura dele eram dirigidas à outra pessoa, mas isso significava que também o desejo pertencia a outra. Na verdade era o corpo de outra mulher, que ele tinha desejado tão selvagemente, embora a tivesse possuído sem saber do engano que estava cometendo.
Afundou a cabeça no travesseiro e chorou de ciúme. Tudo era da outra, até o desejo raivoso de Harry.
A vergonha e a humilhação que sofrera nos braços dele eram insignificantes diante dos sentimentos que a invadiam agora. Tinha passado por tudo aquilo como se fosse outra mulher o que Harry estaria pensando agora? Ele sabia que ela estava apaixonada, isso tinha ficado muito óbvio. Enquanto pensava que ela era a antiga noiva, o amor inexplicável, pois Harry a amara um dia, antes que ela destruísse seus sentimentos. E com certeza a moça também o amara, caso contrário não teria ficado noiva.
Mas agora os sentimentos dela deviam embaraçá-lo. Nem mesmo o amor selvagem de Harry a humilhava tanto quanto a idéia de que ele sabia que ela o amava. Tentou em vão conciliar o sono, até que a luz do amanhecer começou a penetrar no quarto e os pássaros começaram a cantar.
Levantou-se lentamente, vestiu-se e desceu para a cozinha, onde encontrou Harry sentado diante de uma garrafa de café, com aparência de quem não havia dormido.
Levantou os olhos para ela.
- Está com péssima aparência - disse com franqueza.
Ela mordeu o lábio e virou o rosto.
- Já tomou o café?
- Já - respondeu ele. - Sente-se e coma qualquer coisa. Vou buscar para você.
- Eu mesma preparo - respondeu depressa.
Ele se afundou de novo na cadeira e baixou os olhos para a xícara.
-Lyn...
- Não me chame assim! -Seu orgulho ferido reagiu.
- E como quer que a chame então? - perguntou ele com raiva. - Tenho que aceitar esse nome até descobrirmos o verdadeiro.
-Desculpe, acho que estou um pouco tensa.
- Só você? - O rosto dele contraiu-se. - Sinto-me como se tivesse levado uma surra. Como vamos fazer para dizer a mamãe?
- Temos que dizer a verdade.
- Quer que eu diga, ou prefere dizer você mesma?
Ela corou.
- Acho que seria melhor você contar.
- Sem entrar nos detalhes de como descobrimos – acrescentou ele com ironia.
- Harry!
- Desculpe - disse ele. - O que eu disse foi imperdoável, mas estou um pouco fora de mim esta manhã. Não, dormi nada.
- Nem eu.
- Pelo seu rosto não é difícil de perceber - comentou ele com indiferença.
Lyn preparou uma fatia de torrada e sentou-se para comer. Harry serviu-a de café, colocando várias colheres de açúcar na xícara.
- Devíamos ter suspeitado... - disse ele com voz tensa. – Muita coisa não se ajustava... você era uma moça completamente diferente... mas como podíamos adivinhar, se você é exatamente igual a ela?
- Precisamos encontrá-la imediatamente, quero saber quem sou - disse Lyn.
Ele assentiu com a cabeça.
- Não podemos ir agora. Preciso retirar a árvore derrubada pelo raio e consertar a parede. Vou fazer isso agora mesmo.
- Vou ajudá-lo.
- Não é preciso - começou ele.
Ela o olhou com teimosia.
- É muito peso para uma pessoa só.
- Está bem – ele murmurou.
Passaram várias horas trabalhando para retirar o pinheiro quê estava bloqueando a estrada, o que só conseguiram com o auxilio do Land-Rover e de algumas correntes.
Quando voltaram à cozinha encontraram a sra. Potter ocupada com a refeição. Lyn deu um sorriso meio sem jeito e subiu, deixando Harry sozinho para dar a notícia.
Sentou-se na cama e ficou observando o céu escuro e amedrontador até que Harry bateu na porta e entrou.
- Já contei a ela - anunciou secamente.
- O... o que ela disse? - perguntou Lyn, trêmula.
- Parece que ficou feliz - disse Harry - Ela gosta de você e deve estar aliviada por descobrir que você é realmente você... acho que me entende. Foi difícil para nós dois separar a moça que você parecia ser da que conhecemos antes. Agora tudo ficou muito mais simples. - Continuou com os olhos fixos nela, a expressão impenetrável.
Ela abaixou a cabeça.
- Foi terrível acordar naquele lugar pantanoso sem lembrar de nada, perdida na névoa... Senti tanto medo! É assim que me sinto agora, Harry, como se a névoa tivesse me tragado outra vez.
Ele se aproximou com relutância, como se temesse chegar perto dela, e envolveu-a com um dos braços. Ela quase cedeu à tentação de se aconchegar àquele peito forte, mas resistiu e manteve-se ereta, pálida e cheia de orgulho.
- Preciso descobrir quem sou... - disse. - Por favor, podemos ir a York agora? Com certeza era de lá que estava vindo quando aconteceu o acidente.
Harry franziu atesta.
- Não vestida como estava num dia como aquele - disse com voz tranqüila. - Wind Tor fica muito distante de York, Lyn. Minha impressão é que você vivia aqui por perto.
- Nesse caso alguém já teria dado pela minha falta.
- É verdade. - Olhou-a. - A menos que estivesse hospedada em um hotel... se você desapareceu de repente sem pagar a conta eles podem ter pensado simplesmente que fugiu. - Seu olhar animou-se subitamente. - Não há muitos hotéis por aqui, vou telefonar a todos para saber se uma moça desapareceu no dia em que a encontrei.
Ela o seguiu, tremendo. Da porta da cozinha a sra. Potter dirigiu-lhe um olhar caloroso.
- Sabe menina - disse com voz emocionada - algumas vezes cheguei a pensar que ia enlouquecer, quando tentava entender a mudança que houve em você.
Harry empurrou Lyn para dentro da cozinha e foi dar os telefonemas a sra. Potter abraçou-a.
- Vamos tomar uma xícara de chá? - convidou. - Que maravilha. Então é irmã gêmea dela... Disse muitas vezes a mim mesma que ninguém muda a tal ponto, mas pensei... - Deu de ombros, sorrindo. - Bem, para ser franca, era óbvio o que sentia por Harry, e disse a mim mesma que o amor consegue milagres.
Lyn sentiu que corava e baixou os olhos.
- Não fique envergonhada, menina - disse a sra. Potter com uma risada. - Afinal você é esposa dele, não é? É natural que o ame. No começo fiquei preocupada, porque conheço o meu Harry e sei que sabe ser duro como granito quando quer. Mas agora estou tranqüila.
Meu Deus, como gostaria de estar tranqüila também, pensou Lyn. Harry não lhe disse a verdade, ela acha que casamos por amor. Enquanto tomava o chá preparado pela sogra, acariciava a cabeça da gatinha, que ronronava sossegada no seu colo.
Quando Harry entrou na cozinha, olhou-o fixadamente com o coração aos saltos, mas a expressão dele não revelava nada.
- Descobriu alguma coisa? – perguntou ansiosa.
Ele fez um sinal afirmativo.
- Saiu do Hotel Balmoral para visitar sua irmã em York - respondeu em voz baixa. - Depois disso nunca mais voltou. Guardaram a sua mala, embora pudessem tê-la vendido para cobrir suas despesas. Podemos recuperá-la se pagarmos o que deve.
Ergueu os olhos, tensa.
- Meu nome... - Não conseguiu continuar. - Meu nome deve constar do registro.
- Constava - respondeu ele. - Era Hermione, Hermione Granger.
Ela arregalou os olhos.
- Hermione - repetiu, assustada. - Mas então...
Harry sacudiu a cabeça.
- Não, esse não é o nome dela. Chamava-se Lynette - Olhou-a com inesperada suavidade - De qualquer maneira, você continua sendo Lyn.
- Hermione é mais bonito - disse a sra. Potter , observando o rosto dela. - Vou chamá-la de Hermione.
- O que você prefere?_ perguntou Harry.
- Hermione – respondeu rispidamente. - É esse o meu nome. Jamais fui Lyn. – Olhou-o dentro dos olhos, com expressão fria. - Vamos, Harry?


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Bom gnt, como mtos disseram e com toda a razao postei um cap. Mto pequeno na ultima atualizaçao e certamente esse aqui não foi dos maiores.. entao postei dos seguidos para compensar, desculpeeemmm!!! bom acho que o misterio maior foi resolvido ne? Mais agora veremos Mione X Lyn cara a cara.. proximo cap e mtas surpresas e lavada de roupa suja vem aii...!! espero que todos tenha gostado e talvez so tenha mais um cap. Ou 2 no maximo... ainda não sei.. mais disso não passa, infelismente.. infelismente tb estou trabalhando no cap. Final de minha outra fic onde não é tao boa qnto essa pois são escritas por mim propria e esta dificil acaba com ela.. parece um poço seco huahauhauha.. entao so poderei mexer nesta aqui assim que tive algo satisfatorio na outra..
mto obrigada a quem vota, comenta, entra, le e pela visita de todosssss...!!!

agradecimentos especias para?










* Kelly**Dodges_ * Oiiii.. como sempre mto obrigada por seus comentarios, eles são lindos e otimos..!! apoiadissima diga não ao coice!!!! heehe, q coisa.. muda de estado? Pra q estado vc vai? Mudanças sempre são dificies, ainda mais se vc tem algm especial no lugar que deixa, mais no final sempre são bem vindas.. vc vai ver, tudo vai dar certo..!!! torço por vc!! q delicia ne? Fim de semana fazendo dever, uma magavilha ahuahauah, bom.. entao a gnt marca agora.. pq ow o que ele fez com ela nesse cap. eu nunkk perdoaria, entao vc segura eu bato, e dpois a gnt troca!! acho q esse é o penultimo cap. Mto obrigada por td msmooo..!! abraçoessss p ti..



* Carla Ligia Ferreira * Oiii carla, joia? Que bom que gostou do cap. Passado e espero que tenha gostado desse também.. o que acontece com o harry quando eel beija a Mi, a gnt vai intende no proximo cap. Espero.. mto obrigada por seu comentario e sua presença.. abraços!!



* Melissa Craft * Oiiii Mel, joia? Sou mtooo grata a cada coments que vc me deixa, e jamais saberia agradecer como se deveria.. obrigada de coração.. espero que tenha gostado do cap. E espero que vc me diga o que acho desse cap. E desse harry brutal ai ok? Abraços p vc..


* Monalisa Mayfair * Oiii parceira.. joia? Eu tb leio cada letrinha.. qm traduzio o livro, cada coisinhaaaa.. num do conta.. amooo ler.. to procurando um livro agora legal p passa p fic também mais ta tudo meio corrido aqui. Seus comentarios são sempre otimos de ler.. mto obrigada esse cap, foi realmente pequeno, e que o tempo ta pouco e a fic ta acabando.. infelismente.. mais espero que vcs ainda gostem deles.. ow me passa os sites que vc flo de E-books to msmo precisando!! passa msmo ta? Ow eu achei o livro nem sei aonde, pq o site onde eu tinha achado tava no meu pc velho, e meu pai vendeu ele.. o bom e que eu tinha salvado a fic por email, tipo anexado.. se não eu teria perdido ela totallll... mais eu não mudei nda da original, so os nomes dos personagens.. espero que tenha gostado do cap. abraços!!



* Nick Granger Potter * Bom Nick acho que muitas teorias se concretizaram agora, outras foram desfeitas e vc estava certa sobre mta coisa...!! parabens.. ve ai sobre o que vc pensava desde o começo e o que vc achou.. agora o Harry acredita ne? ¬¬' mais td bem, espero que tenha gostado do cap e mto obrigada por seus coments e sua presença..abraços!!



* Edilma Morais * Edilmaaa.. vc é sempre uma companheira de todas as horassss..!! vc comentava na minha outra fic.. e eu adoro seus coments e sua presença. Mto obrigada por eles..!! sua opiniao sobre a fic é super valiosa e saber que esta gostando me deixa realmente satisfeita.. espero que tenha gostado desse cap. abraçosssss!!



* Diany ~ ♥ ~ DyP ~ ♥ ~ * Oiiii Diany, como vao as coisas? Que bom que vc tem uma mente detetive.. da ate p ganha um dim dim ne? Huahauahuaa to brincando.. bom, o misterio foi revelado.. mais agora ainda tem mais ainda p ser aprofundado.. espero que vc tenha gostado desse cap. E mto obrigada por tudddoo..!!



* Mione Malfoy * Oiii mi.. me desculpe pelo cap. Curto passado, acho que esse tb fico meio curto.. mais é que eu to com os segundos contados esses tempos.. mais espero que vc ainda goste da fic.. mto obrigada por seu comentario e agora sim vc pode ver o qual certa voce estava.. espero que goste desse que é meio feio pro Harry.. heheh abraçosss!!



* Amor * Oiii, td bem? Realmente mtos disseram sobre o curto cap. E eu me desculpo por isso, e que o tempo ta pouco como expliquei para cada um. Vcs são adoraveis e eu aqui faltando com vcs, mto obrigada por seus coments. Sua presença e paciencia heheheh.. espero que goste desse tb.. abraços!!


* Laninha Potter * Oiii lana.. joia? No cap. Passado vc não fico com raiva do Harry, mais acho q nesse vai da um pouquinho ne? Num seii.. me fla ai dpois ok?!! em mim deu mtaaaaaa.. so alivio pq é o Harry hehehe, postei mais ai pra vcs e espero posta mais o mais rapido possivel e melhor.. mto obrigada por tdo! abraços..



* •Luxúriα Blαck• * Oiii.. sim o Harry é TDB mais é meio odiado sim, eu me sinto tao confusa qnto a mione, se amo ou se odeio ele hauhauhaa.. agora vc já sabe qm é qm..Mione, Mione.. Lyn.. Lyn.. ne? Espero ter aliviadoa confusao na sua cabeça hehehe... espero que tenha gostado desse cap tanto qnto dos outros.. desculpe qualquer coisa obrigada msmo!! abraços!!



* LuanaH² * Oiii lu.. tem problema nao, a escola ta acabando não so com vc, com todo mundo.. nunk vi.. fico feliz de saber que msmo com a correria vc tem lido e tem gostado da fic.. isso deixa a gnt mto feliz! Bom vi sua teoria, e agora ta ai o cap explicando tdo.. dpois me diz o que achou.. achei meio previsivel, pq quase todo mundo já sabia d algum jeito hehehee.. mais espero que goste... mto obrigada por tdoo!! abraçosss..!!








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