Início difícil e esperançoso



N/A: esta é a continuação de O Que Eu Sei Que Você Fez, de snarkyroxy. Recomendo lê-la antes. Eu e Lety Snape tivemos a idéia de prosseguirmos com a história, e aqui está ela. Divirtam-se e deixem reviews!

Ass. Sophie Granger.

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Não é necessário dizer que muitos morreram durante as batalhas. Crianças, jovens, velhos, inocentes, aurores, comensais, gigantes, animais. Casas, famílias, vidas foram destruídas. E tudo por causa de um capricho do Lorde das Trevas. St. Mungus foi alvo de ataques três vezes. Lojas e casas foram saqueadas. De Hogsmead, restavam apenas ruínas. Ocorriam ataques a todo momento e não havia quem soubesse o que aconteceria a seguir. O Ministério da Magia entrou em colapso. O caos foi total. Famílias desabrigadas e feridos suplicavam por ajuda, mas não havia nada a ser feito. A Ordem da Fênix estava confusa e enviava seus homens para os lugares errados. Havia quem acreditasse em espiões de Você-Sabe-Quem infiltrados nas fileiras da Ordem e do Ministério. Contudo ninguém adivinharia que a Guerra se tornaria tão grande e intensa a ponto de afetar a vida dos trouxas. Sim, informações, feitiços e bruxos vazaram para o mundo trouxa. Tudo começou muito devagar, com pequenas explosões e pessoas aparecendo mortas sem motivo algum. Testemunhas relatavam à polícia movimentações estranhas, “magia” era a expressão que usavam, e a polícia ria e apenas pedia que assistissem a menos filmes. Somente quando comensais e dementadores começaram a atacar famílias trouxas é que investigações foram iniciadas, em vão, devo dizer. Não se encontravam motivos, razões que levassem alguém a assassinar pessoas inocentes. E esse era o único assunto dos jornais, revistas e noticiários. Foi então que sistemas de proteção foram requisitados e guardas em trio passaram a fazer a ronda pelas ruas. Em vão, devo dizer. Tudo era um mistério muito obscuro que crescia a cada nova vítima. Por que e como?, perguntavam-se todos. O Primeiro Ministro trouxa só pôde ter certeza de suas especulações depois de ter sido contatado pelo Primeiro Ministro da Magia, que lhe explicou resumidamente o que se passava.

- O quê?! – exclamava estupefato o trouxa – Como assim “vazaram”? E esses seus feitiços de proteção? Não são fortes o suficiente para deter essa guerra? Como não pensaram nisso antes?! E o que irão dizer as pessoas se descobrirem sobre vocês, bruxos? Não há algo a se fazer? Vamos, diga-me!!

- Acalme-se, por favor – falava nervoso Rufo Scrimgeour - Isso é um ponto de interrogação também para nós. Tínhamos certeza de que tudo daria certo e de que nossa vitória estava garantida desde o início, e veja o que aconteceu: mortes, destruição e mais mortes. Entramos em colapso! Jamais imaginaríamos que a nossa guerra pudesse afetar a vocês. Apenas peço ajuda para inventarmos algo para acalmar seu povo, para que nós bruxos possamos trabalhar e impedir novos acontecimentos desagradáveis.

O Primeiro Ministro largou-se na poltrona indignado. Como algo assim podia estar ocorrendo? No que ele falhara? De quem era culpa? O que fazer? Esfregou os lados da cabeça; começava a ter enxaquecas ao pensar naquele assunto. E aquele bruxo sentado a sua frente, olhar vago, parecia também desesperado sem saber a quem recorrer. “O fim do mundo está próximo” pensou. De repente, um dos quadros, que até agora estivera vazio, voltou ao seu lugar esbaforido e muito preocupado, poderíamos até dizer aterrorizado.

- Senhor, senhor – disse ele tentando acalmar-se – Você-Sabe-Quem deseja falar com o senhor!

Scrimgeour empalideceu rapidamente. Lançou um último olhar suplicante ao Primeiro Ministro e, receoso, dirigiu-se à lareira, retirou um punhado de pó de Flu do bolso do paletó e partiu, deixando um trouxa indeciso para trás.

A conversa entre Voldemort e Rufo não foi das mais interessantes e/ou novas. Enquanto o Lord caminhava ameaçadoramente com sua varinha na mão em torno do aterrorizado e receoso Primeiro Ministro da Magia, falava o quanto necessitava da execução de trouxas para que sua vitória fosse garantida. “Desviar atenções” era a expressão que gostava de usar. E a confusão sob a qual se encontrava todo o mundo bruxo era, sem sombra de dúvida, mais um detalhe de seu plano malévolo. Ele não se importava com as mortes de comensais, porque, no final, teria quantos aliados desejasse. Voldemort não pouparia esforços para conseguir o que queria e até aquele momento tudo estava indo perfeitamente bem para ele. Sem saber negociar e não ter nenhuma boa idéia do que fazer, Scrimgeour apenas limitava-se a assentir com a cabeça, mesmo que fazendo o contrário seria morto. A última exigência de Voldemort era que Rufo deixasse de investir contra os comensais.

- Basicamente, quero que renda-se.

O Primeiro Ministro ficou branco como cera ao ouvir isso. Se não aceitasse, seria morto, mas será que ele faria falta muito grande? Como não soubesse que resposta dar, pediu tempo para pensar. Voldemort o fuzilou com o olhar e, apontando a varinha, disse:

- Não. Você pedirá ajuda aos seus. Não! Quero resposta imediata.

Scrimgeour apertou com mais força ainda a moeda que tinha no bolso. Idéia de Hermione Granger, aquela falsa moeda avisaria ao auror mais próximo que alguém necessitava de urgente ajuda. Dito e feito. Pouco tempo depois, cinco aurores invadiram o recinto, e uma luta sangrenta foi travada. Dois dos cinco morreram, e o Lord das Trevas deu no pé imediatamente. Não que se sentisse ameaçado, apenas não queria atrasar seus planos.

O Primeiro Ministro estava aterrorizado e naquele momento só tinha um objetivo: falar com alguém da Ordem. Dirigiu-se apressadamente ao Largo Grimmauld, 12, e ao entrar na velha casa encontrou a sala vazia. Adentrando a cozinha, lá estavam o Trio de Ouro e Remo Lupin mergulhados em pensamentos. Scrimgeour pigarreou, e os quatro olharam para ele, surpresos.

- Não perguntem – disse o Primeiro Ministro, amedrontado, sentando-se numa cadeira – Vou explicar porque vim aqui.

Falou sobre sua conversa com Voldemort e finalizou:

- Ele quer que nos rendamos.

O impacto da notícia foi impressionante: Rony ficou tão branco que parecia transparente, Hermione piscava freneticamente tentando compreender, Harry olhava estupefato o Primeiro Ministro, e Lupin balançava a cabeça, desolado.

- Se desistirmos – cogitou Weasley - imagine o que ele fará conosco!

- Não podemos desistir! – exclamou Potter, dando um murro na mesa.

- Não vamos desistir – falou Granger, calmamente.

Todos olharam para a garota. Ela tinha um sorriso maroto no rosto e seus olhos brilhavam.

- Tenho uma idéia – disse ela, em resposta aos olhares curiosos – Só não sei se vocês vão aceita-la.

Após explicar e reexplicar seu plano, Hermione esperou a reação dos amigos.

- Você enlouqueceu, Mione? – era Rony quem exclamava, indignado – Sabe o que pensamos dele!

- Eu sei, Rony. É por isso mesmo. Será que vocês não entendem? Se Dumbledore pediu-nos que o procurasse é porque ele é importante para nós!

Os quatro trocaram olhares céticos, que irritaram a garota ainda mais. Será que ela era a única que via a verdade óbvia quando esta estava bem na sua frente?

- Vocês não têm cérebro mesmo! – exclamou ela – Por Merlin, não percebem? Voldemort confia nele; Dumbledore confiava nele. Vamos fazer a última vontade do Alvo e confiar nele, também?

A atmosfera ficou pesada. Falar no querido diretor de Hogwarts sem ficar cabisbaixo era coisa impossível. Contudo, a tática da Granger funcionou.

- Concordo com você, Hermione – Lupin foi o primeiro a falar – Aceito seu plano.

Rony olhou Harry, procurando apoio, mas o menino que sobreviveu já se decidira.

- Estou com você, Mione.

Todos se voltaram ao Primeiro Ministro, que aceitou a idéia sem hesitação. O único que sobrou foi o ruivo. Hermione fitou-o significativamente. Rony suspirou pesadamente e resmungou, irritado:

- Se não pode vencê-los, junte-se a eles.

Todos riram, e o ambiente ficou aparentemente mais leve. Aparentemente, devo frisar.


Continua...

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