A Memorável 1ª Aula de DCAT



*Autora levanta uma plaquinha do esconderijo* "Aproveitem o cap! e leiam a N/A no final"


18 - A Memorável Primeira Aula de DCAT.


A manhã chuvosa do segundo dia de setembro não encorajava os estudantes a acordarem para a primeira aula do ano letivo. Com exceção da maioria dos alunos do quinto ano, que seriam as “cobaias” da primeira aula de Harry como professor.

Rose, Mary e Alana estavam terminando de se arrumar no dormitório, como já conheciam Harry, não estavam tão nervosas como os outros alunos. Na verdade só Rose e Mary não estavam nervosas, Alana tinha ficado nervosa desde que Rose soube dos horários e que a primeira aula seria a de DCAT. Alana já tinha revisado incontáveis vezes o primeiro capítulo do livro para não fazer feio na primeira aula do seu sogro.

- ... e recuar pode ser a melhor solução dependendo da circunstância... – Recitava ela pela quarta vez.

- Alana, eu estudei isso durante as férias. Na verdade eu li o livro todo durante as férias, não precisa me falar tudo de novo... – Suplicou Rose.

- Meninas, eu preciso mostrar que não sou uma burrinha na primeira aula com o pai do Al, ele pode me achar pouco pra o filho dele e...

- Alana, você sempre foi uma aluna excelente, pára com isso! – Mary brigou – Vai lá embaixo e respira um ar puro porque você está muito nervosa.

- Está me expulsando do dormitório agora? – Perguntou ofendida

- Exato! – Finalizou Mary – Vai estudar lá embaixo.

Alana pegou sua mochila e saiu do dormitório murmurando algo como “que amigas!”.

Ao chegar na sala comunal, Alana viu exatamente o que queria. Alvo estava sentado em uma poltrona conversando animadamente com dois companheiros de dormitório. Alana se aproximou por trás do namorado e tapou seus olhos. Os dois meninos que conversavam com Alvo saíram rindo.

- Huuum... – Alvo fingiu pensar, apalpando a mão de Alana na tentativa de reconhecer – Uma mão macia como essa, um perfume maravilhoso igual a esse... Não sei quem pode ser, mas seja quem for eu quero para sempre...

- Para sempre é muito tempo, não acha? – Alana perguntou, ainda tapando os olhos de Alvo – Será que você não vai querer desistir antes?

Alvo puxou Alana, fazendo a menina escorregar do encosto da poltrona para seu colo e a beijando calorosamente.

- Você acha que tem chance de eu desistir de você um dia? – Ele sussurrou no ouvido da garota, provocando nela arrepios.

Alana nem se deu ao trabalho de responder, apenas selou seus lábios nos dele, se esquecendo de que estavam em plena sala comunal, onde todos transitavam a todo instante. Apenas beijaram-se.

Era incrível como eles conseguiam sair de órbita, o mundo podia acabar naquele momento que eles não iriam nem saber. A cada dia parecia que era um beijo novo, a cada dia uma sensação nova aparecia, era como se ficar junto fosse a coisa mais correta do mundo, e disso eles tinham certeza.

- Caso vocês queiram tomar café da manhã e ir para a aula ainda hoje é melhor vocês pararem com esse agarra-agarra! – Rose falou um tom mandão, mas sem conseguir esconder m sorriso.

- Ai meu Merlin! – Alana pulou do colo de Alvo – Será que eu vou conseguir passar uma boa impressão?

- O que? – Alvo não entendeu.

- Alana está paranóica porque acha que não vai passar uma boa impressão ao seu pai... – Mary falou entediada

- Mas por quê? – Indagou Alvo – Você já conhece o meu pai, não tem porque ficar assim... Você é brilhante, amor. Não precisa disso...

- Você acha mesmo? – Alana perguntou manhosa.

Alvo se levantou e a abraçou

- Tenho certeza... – Ele sussurrou no ouvido dela, que sorriu e o abraçou mais forte.

- Eu já falei que às vezes vocês me dão náuseas? – Exclamou Mary com cara de nojo, fazendo todos rirem.

- Certo, então vamos tomar o café da manhã porque nossa primeira aula de DCAT nos espera.

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Harry estava sentado em sua mesa sozinho. Olhava para as carteiras vazias, imaginando se os alunos iriam gostar realmente de suas aulas.

Quem diria que um dia ele estaria ali ocupando o antigo cargo amaldiçoado. Antigo mesmo, pois desde a queda de Voldemort há mais de vinte anos ele era o terceiro professor.

Pouco tempo depois, os primeiros alunos foram chegando, todos ansiosos para a primeira palavra do novo professor. Harry sabia muito bem o que era isso, sabia muito bem como era ficar na expectativa do professor novo valer à pena ou não.

Alvo, Alana, Rose e Mary entraram na sala e Harry acenou para eles. Harry reparou neles, os quatro sentaram-se próximos, assim como ele, Ron e Hermione faziam. Era engraçado olhar seu próprio filho, sentado da mesma maneira que ele mesmo sentava, mãos juntas, olhando distraidamente para os polegares. E mais engraçado ainda era ver o quanto Rose parecia com Hermione. Aquele rosto ansioso por perguntas, ansioso para mostrar que sabe...

Correu mais uma vez os olhos pelos alunos e sustentou o olhar em um aluno em especial. Scorpius Malfoy. A cópia de Draco sem tirar nem por. O mesmo olhar arrogante, o mesmo sorriso debochado... Era como se ele estivesse vendo o próprio Draco ali na sua frente.

- Bom dia. – Harry começou a falar antes que as lembranças o fizessem esquecer de dar aula.

Ao ouvirem a voz de Harry, todos se calaram imediatamente.

- Bem, primeiramente quero avisar que não sei bem o que estou fazendo. A única vez que tive uma aula de DCAT que prestasse eu tinha treze anos. Não que as aulas no curso de aurores não prestassem, mas se eu der aquele tipo de aula aqui vocês sairão mortos no fim do ano, eu mesmo não sei como sobrevivi... – Disse Harry arrancando risadas de todos.

“Como algumas pessoas devem saber, quando tinha quinze anos fui professor de uma turma clandestina de DCAT, a armada de Dumbledore. E a maioria dos integrantes da armada conseguiram notas ótimas nos NOM’s, que eu sei que é o que vocês querem, não é?”

Os alunos se mexeram desconfortavelmente em seus lugares com a menção dos NOM’s, principalmente Rose, que acabou derrubando o tinteiro no chão.

- Então eu quero que por favor, todos guardem os livros e peguem suas varinhas. Não gosto muito de teoria, então vamos a prática!

Todos pegaram suas varinhas e ajudaram Harry a organizar as carteiras no fundo da sala. Todos os alunos de dirigiram para o meio da sala, onde Harry já se encontrava.

- Eu quero começar com uma coisa bem simples com vocês. – Harry começou – Como na AD, eu vou começar com o expelliarmus, o feitiço para desarmar e também com o feitiço escudo, o protego. Parecem feitiços bobos, mas são muito úteis. Com o tempo, vocês vão aprender coisas mais complexas, como o patrono... Alguém sabe me explicar o que é o patrono?

Automaticamente as mãos de Rose e Scorpius se ergueram no ar. Harry riu com a visão da sobrinha, mas se surpreendeu com Scorpius. Não era a toa que estava na Corvinal.

- Bem... – Harry olhou para os dois sem graça – Como os dois levantaram as mãos juntos...

- Ela pode responder, já que faz tanta questão... – Disse Scorpius debochado.

- O que você está querendo dizer? – Rose cruzou os braços, fitando ameaçadoramente o garoto.

- Olha... – Harry interveio – É melhor outra pessoa responder. – E olhou para a turma, mas ninguém se manifestou. – Ninguém? – Insistiu.

Alana levantou a mão timidamente.

- É o feitiço utilizado para afastar dementadores, protegendo as pessoas, como uma espécie de guardião. A forma do feitiço de cada bruxo é chamada de Patrono, que normalmente é um animal com o qual o bruxo que o proferiu tem algum tipo de ligação. Os Patronos são formados por uma sombra prateada, como um fantasma.

- Perfeito senhorita Andersen – Harry sorriu para a menina – Dez pontos para a Grifinória.

“Mas vamos ao que interessa. Queria dois voluntários para poder demonstrar os feitiços... Vejamos... Vocês dois! – Apontou para Rose e Scorpius – Já que estavam tão interessados em participar...”

Rose e Scorpius se entreolharam, mas não fizeram objeções. Todos os outros alunos se encostaram nas paredes da sala, e os dois ficaram sozinhos no meio.

- Certo, Quero que a senhorita Weasley tente desarmar o senhor Malfoy. Ele no entanto vai se defender do seu ataque. Vamos com calma, isso é só uma aula – Disse ele.

Os dois empunharam suas varinhas. Scorpius estava sério, fazia tempo que não o via tão direito, sem precisar desviar. Ele estava diferente...

“Se concentra, Rose.” – Pensou ela. Mas antes que pudesse fazer menção de atacar, a porta da sala se abriu.

- Com licença...

- Ron?! – Harry exclamou surpreso – O que você faz aqui?

- Vim trazer esses benditos papéis! – Ron entregou uma pasta a Harry – Não adianta, não sou bom com eles, e se eu tiver que dormir mais uma vez no sofá por causa deles eu juro que desisto de ser auror!

Harry riu com o comentário do amigo, que continuou.

- Pedi a Mcgonagall para vir até aqui ver como você está se saindo no novo emprego – Disse dando uma olhada na turma – Não está criando uma segunda AD, está?

- Mais ou menos isso... – Riu Harry.

- Então não vou te atrapalhar mais, continua a aula que eu estou indo. – Disse Ron acenando para Alvo, Alana e Mary que estavam do outro lado da sala. Ele olhou de esguelha para Malfoy, que mantinha a varinha apontada para Rose. Ron sentiu o garoto estremecer com seu olhar, mas em momento algum ele desviou a varinha da menina. Deu um beijo na filha e saiu, mas continuou parado na porta.

Scorpius realmente ficou receoso com o olhar de Ron. O rosto dele era um pouco assustador. Imagina se ele e Rose estivessem juntos mesmo? Ele no mínimo iria querer sua cabeça longe de seu corpo!

Scorpius respirou fundo e encarou Rose. A menina contraiu o rosto se concentrando. Suas bochechas levemente coradas. Seus cabelos presos em um rabo de cavalo faziam seus olhos azuis parecerem mais azuis ainda.

“Mais por que diabos eu estou pensando nisso?”

- Preparados? Vamos lá.

“Se concentra, Scorpius. Ela é a Weasley...”

-Um...

“Esquece o quanto ela está bonita, você não se importa com ela...”

- Dois...

“Você gosta da Val, Sua namorada é a Val!”

- Três!

- Prot...

- Expalliarmus!

A varinha de Scorpius voou alto e foi parar no fundo da sala. Todos os grifinórios explodiram em vivas. Rose olhou para a porta e ainda teve tempo de ver Ron murmurar um “É isso aí, arrebente ele!” antes de ser sacudida e abraçada pelos amigos. Rose se aproximou de Scorpius.

- Não se defendeu por quê? Medo?

- Não tenho que te explicar nada, Weasley... – Respondeu secamente, indo buscar sua varinha.

- Essa é a idéia. – Harry exclamou – Quero que se organizem em pares e comecem a praticar.

Todos os alunos se organizaram e começaram a treinar os feitiços. Logo várias varinhas voavam pela sala. Harry caminhava por entre os alunos, consertando posicionamento ou o modo de segurar as varinhas.

Ron não conseguiu ir embora. Ver aquilo tudo o fazia lembrar da AD. Todos aqueles alunos sedentos por aprender, do mesmo jeito que eles estavam há muito tempo atrás. Mas não nas mesmas circunstâncias. Eles não estavam sendo treinados para derrotar Voldemort como daquela vez...

- Isso é muito nostálgico, não? – Harry perguntou, tinha se aproximado de Ron sem que ele o visse.

- É... – Ron respondeu vagamente – Devo voltar para o ministério agora, boa sorte com suas “ADs”.

-Tudo bem. Mais tarde te passo a bendita pasta. E pode avisar à Mione que hoje você não dorme no sofá.

Ron saiu pelo corredor afora e Harry voltou para socorrer um dos alunos que tinha a varinha presa no lustre.

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Como uma simples aula de defesa contra as artes das trevas poderia mexer tanto com uma pessoa? Scorpius também não sabia explicar. Mas ficar tão perto de Rose realmente tinha mexido e muito com ele.

Ele respirou fundo, tentando afastar os pensamentos de sua cabeça e sentiu Val se mexer. Ela estava recostada em seu peito. A chuva já tinha parado e os jardins ainda estavam molhados, mas nada que atrapalhasse as pessoas que resolveram descansar depois das aulas do primeiro dia do lado de fora.

Scorpius não sabia explicar o que tinha acontecido. Desde o incidente com Rose na festa do chocolate, resolvera pôr um fim no sentimento que ele sentia por ela, nem que ele tivesse que arrancá-lo do peito, ele iria esquecê-la.

Foi quando ele conheceu Valéria Wood em um passeio em Hogsmead pouco depois da festa. Ele estava andando distraído quando deu um encontrão na garota a jogando no chão. Ele já estava pronto para se desculpar quando ela fez uma piada da situação. Então ele a chamou para tomar uma cerveja amanteigada. Tinha sido uma tarde muito agradável. Val era uma menina meiga, bonita, inteligente, engraçada, encantadora. Durante a tarde que passou com ela, Rose tinha saído completamente de sua cabeça. Foi aí que ele viu que ela era a menina perfeita para fazê-lo esquecer de Rose, a convidou para outro encontro, eles ficaram juntos e começaram a namorar. E tudo estava indo bem, ou ele achava que estava, mas ver Rose de novo olhando diretamente nos olhos dele tinha feito com que suas defesas fossem por água abaixo.

Ele sentiu Valéria se mexer novamente.

- Algum problema, amor? – Val perguntou encarando o namorado.

- Nenhum... – Respondeu sem nenhuma convicção.

- Você está tão distante... – Val observou – Eu sei como é isso, ano de NOM’s... Mas não se preocupe, não é tão difícil quanto pensam. Eu vou te ajudar a estudar! Modéstia a parte eu fui muito bem nos NOM’s, e como você é muito inteligente não vai ser diferente com você...

Ele sorriu fracamente para ela a fazendo deitar novamente em seu peito. No momento, ele não estava se achando merecedor de uma garota tão legal. Ele não podia ficar com uma pensando em outra. Isso não era justo... Ele suspirou profundamente. Tinha que afastar aqueles pensamentos. Ficar relembrando o olhar de Rose no dele não estava ajudando nada. Passou seus braços ao redor de Val. Ela retirou os braços dele, virou-se de frente e o olhou nos olhos.

- Não é só isso. Eu não sou boba, Scorp... Você sabe que eu não sou. Eu sei que aconteceu alguma coisa e entendo perfeitamente se você não quiser falar sobre... Mas acontece que gosto muito de você e não gosto de te ver assim. Distante, suspirando... É como se você nem estivesse aqui.

- Desculpa Val. – ele olhou sério para ela. – Desculpa mesmo. Eu realmente não estou sendo uma boa companhia hoje, né...

- Scorp... Todo mundo tem dias ruins e problemas... Mas falar as vezes resolve, sabia? – ela sorriu marota para ele.

- Vem cá. – Scorpius a abraçou. – Acho que um beijo seu me faria me sentir melhor.

- Ah é, Malfoy? Eu não sei, sabe... Talvez você mereça um castigo.

- Valzinha... Não faça isso comigo. – disse fazendo cara de cachorro carente.

- Você acha mesmo que essa carinha aí vai me fazer esquecer do seu castigo?

- Acho que terei que usar outra tática então...

- Eu poderia saber qual seria essa tática?

- Eu poderia usar a força sabe... Sou jogador de quadribol... – disse ele partindo para cima dela, a deitando no chão, segurando os braços dela acima da cabeça e fazendo com que seus rostos ficassem a poucos centímetros um do outro.

- Assim você pode usar sua força quando quiser comigo... – disse ela rindo e acabando com aquela distância.

Enquanto beijava sua namorada, ele lembrou-se mais uma vez de Rose. Do beijo dela, do toque dela em seu cabelo, do perfume dela. Teve um pensamento de azarar a si mesmo e uma batalha começou a ser travada na cabeça dele.

“Você não tem que pensar na Weasley! Ela não é a sua namorada... A Val é!”

“Mas não posso negar que a Weasley é linda...”

“Mas ainda assim é a Weasley! Uma covarde que desistiu de você, que te chutou, por causa de uma briga antiga de seus pais.”

“Mas o que eu faço com aquele olhar?”

“Ignore aquele olhar e lembre-se do olhar que o pai dela lançou a você hoje mais cedo.”

“Ei! É verdade... Vou me concentrar no que eu estou fazendo aqui e esquecer da existência daquela Weasley.”

Parando de discutir com a própria consciência, Scorpius aprofundou ainda mais o beijo e Val não deixou por menos. O beijou com paixão, com vontade enquanto passava a mão na nuca e nas costas do loiro o fazendo arrepiar e ter pensamentos nada inocentes com ela enquanto suas mãos iam do pescoço até a cintura da garota. Mas, infelizmente, pareceu a ele que ela voltou à razão, pois o afastou.

- Scorp! Estamos no meio do jardim. Imagina se alguém pega a gente? – disse ela enquanto voltava a se sentar e arrumava o cabelo.

- Nem tem ninguém aqui perto, Val.

- Mas pode aparecer a qualquer momento, sabe... E não é que eu seja santinha, mas não gosto de muita demonstração de afeto em público.

- Val... Que mal tem se as pessoas souberem o quanto a gente se gosta?

- Mal nenhum, seu safado! Todo mundo pode saber isso, mas eles não precisam ver a gente se beijando desse jeito! Você sabe como as pessoas falam... – disse ela se aproximando mais dele – e eu não quero que as pessoas falem coisas de mim – ela aproximou a boca do ouvido dele – mas eu simplesmente adoro quando você me beija assim. Isso eu não posso negar, sabe. – e deu um beijinho no pescoço dele. – Está se sentindo melhor agora? – ela piscou para ele e voltou a recostar-se no peito dele.

- Você deve achar que é legal me provocar desse jeito, não é? – ele disse rindo. – Mas sim, Val. Eu estou bem melhor agora.

- A propósito, meu pai gostou muito de você, sabia? Disse que você é bem diferente do seu pai no tempo que eles estavam aqui em Hogwarts.

- Fiquei com medo do seu pai não achar legal você namorar um Malfoy, já que ele sabe de toda a história...

- Meu pai disse que isso é passado, que seu pai conseguiu dar a volta por cima e que ele não pode te julgar pelo que aconteceu há anos atrás, antes mesmo de você nascer.

- Fico muito feliz, Val... E o Sr. Malfoy disse que você é bem legal, mesmo sendo grifinória. E muito bonita também.

- Diga a ele que aprecio muito os elogios. Mas mudando de assunto, você acredita que os professores já nos passaram montes de deveres? Disseram que já somos alunos dos NIEM’s. No primeiro dia de aula.

- Eu também tive montes de deveres já. Todos disseram que com os NOM’s esse ano, nossa carga de deveres e coisas para estudar aumentam. E ainda tenho as obrigações de monitor.

- Eu já disse que posso te ajudar se você quiser.

- É claro que vou querer! E você acha que não vou querer ficar mais tempo com a minha gatinha?

- Só que nós vamos é estudar, que fique bem claro.

- Podemos estudar na torre de astronomia. Tem noites que lá fica tão calmo...

- Biblioteca é mais indicado, Malfoy. - ele riu. – Pelas calças de Mérlin! – ela disse olhando no relógio. – Estou atrasada. Marquei uma reunião de supervisão com a nova monitora da Grifinória, a Rose. Não que ela precise de supervisão. Pelo que eu andei sondando, ela é muito inteligente, só que calada demais. Você não acha? Você faz matérias com ela não faz?

Scorpius mexeu-se incomodado. Por que ela tinha que ter falado na Rose?

- É... Fazemos algumas matérias juntos sim. Ela é uma metida à sabe-tudo. Sempre querendo ser a única a responder tudo. Chega a me irritar às vezes.

- É bom, assim a Grifinória ganha muitos pontos.- ele fez uma careta- Bom amor, tenho que correr agora. Estou realmente atrasada. – e deu um ultimo beijo nele. – A gente se vê depois do jantar. Na torre de astronomia. – e deu uma piscadela para ele.

- Val, você é realmente maravilhosa. – Scorpius disse antes da garota sair correndo para dentro do castelo.

“Ela realmente é maravilhosa, sabe...”

“Eu sei, droga!”

“Então pare de pensar na Weasley!”

- Eu vou é fazer meus deveres. Ganho mais assim que discutindo com a minha própria consciência.

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Mais tarde, o assunto principal era o novo professor. Todos que tinham tido aulas com Harry simplesmente adoraram. Ninguém agüentava mais os sarcasmos e a arrogância de Chris Bruise, e a entrada do “famoso Harry Potter” mais o fato dele ser um ótimo professor entusiasmou toda Hogwarts.

- Eu ainda não tive a sorte de ter meu querido papai como professor... – Disse James.

- Você vai gostar, ele é bom mesmo – Observou Alvo, que estava deitado com a cabeça no colo de Alana.

- Vai ser estranho tê-lo como professor. Como eu vou chamá-lo, papai ou professor? – Lily perguntou para Alvo

- Não sei. – Ele respondeu distraidamente – Não o chamei hoje, mas acho que o chamaria de papai mesmo. Professor Potter seria estranho...

- Rose, você não tinha uma reunião com a monitora agora? – Mary perguntou, enfatizando o “monitora”.

- Bem lembrado, Mary. – Rose se levantou – Vou logo pra ver se volto logo também.

- E onde é a reunião? – Devon, que estava ao lado de James, quis saber.

- Na biblioteca. – Ela respondeu – Até mais! – Completou andando na direção do retrato.

- Espera, eu te acompanho – Devon se levantou, caminhando até ela.

- N-não precisa se incomodar, Devon. Eu posso ir sozinha. – Rose falou sem graça, olhando para os outros, que davam risadinhas, com exceção se Hugo.

- Eu faço questão! A não ser que você não queira... – Devon fez uma carinha de cachorrinho abandonado, arrancando uma risadinha de Rose.

- Tudo bem, não precisa fazer essa cara! Vamos então. – Disse saindo com Devon em seu enlaço.

Rose e Devon chegaram à biblioteca pouco tempo depois.

- Parece que ela não está aqui... – Observou Devon.

- Parece que não. – Suspirou Rose – Pode voltar para a sala comunal, Devon, Eu vou esperá-la aqui.

- Vou ficar aqui com você. Podemos nos sentar ali. – Disse definitivo, indicando uma mesa vazia.

- É sério Devon, não precisa ficar aqui esperando, eu sei o quanto é chato. Eu pego um livro para ler enquanto ela não chega...

- Pára com isso! – Devon a cortou sério – Eu quero ficar aqui. Eu gosto de estar com você, poxa! Minha companhia te incomoda?

- Não! – Disse rápido. Ela gostava sim da companhia dele, só não estava muito acostumada com toda essa atenção. Mas antes que ela pudesse pensar em se explicar, Valéria chegou correndo.

- Desculpa o atraso. – Arfou ela – Estava lá fora e perdi a hora. Olá Devon – Acrescentou para o garoto.

- Olá. Eu já estou de saída. A gente se vê, Rose. – Disse saindo da biblioteca. Rose achou que ele estava um pouco triste. Fez uma nota mental para não esquecer de se desculpar com ele depois.

- Vocês formam um casal bonitinho... – Val observou com um sorriso maroto no rosto.

- O que? Não, não tem nada a ver... – Rose falou rapidamente, se sentando a mesa vazia.

- Uma pena. Ele gosta de você, é um garoto legal e bonito...

- Mas somos apenas amigos. Além do mais, é ano de NOM’s, não quero pensar nisso... – Rose falou tentando encerrar o assunto.

- Eu entendo... – Val não se deu por vencida – Uma pena, pois ouvi uma conversa dele com seu primo hoje na aula de Herbologia e não parecia que ele queria ser só seu amigo...

Rose se inclinou na direção dela.

- Que conversa?

- Bem... Pelo que parece ele está mesmo interessado em você. – Ela disse – Disse que você era uma menina especial e bonita...

Rose ficou calada. Não que não tivesse percebido o interesse dele, principalmente depois de hoje. Mas ter certeza era sempre estranho. Não sabia se seria uma boa companhia para ele, ele era muito legal, merecia alguém que gostasse realmente dele...

- Eu acho que vale a pena tentar... – Disse Val cortando os pensamentos de Rose – Quero dizer... Desculpe, eu não devia me meter nisso...

- Não, tudo bem... – Rose disse sorrindo.

- Queria me desculpar pelo atraso também, sabe como é, quando estou com o Scorp eu perco totalmente a noção do tempo...

Rose se mexeu desconfortavelmente na cadeira. Ela tinha dito exatamente o que ela não queria ouvir. Val pareceu notar o desconforto.

- Mas vamos ao que interessa. – Ela mudou de assunto, desconfiada. – Queria falar das rondas. A primeira ronda, a de ontem, foi da dupla do sexto ano. Hoje será a de vocês. A ronda da Grifinória é feita desde as escadas que mudam de lugar até a porta da sala comunal. Cada casa faz sua ronda por perto da própria sala comunal... Se caso você encontrar alguém, tira pontos. Detenção na primeira semana ninguém merece...

- Eu acho que entendi. Vou dizer ao Alvo. – Disse Rose.

- Não precisa, Gabriel já falou com ele. – Disse Val. – Rose er... – Ela hesitou – Você e o Scorpius fazem algumas matérias juntos, não é?

Rose se surpreendeu com a pergunta. Olhou desconfiada para ela.

- É que hoje estava falando disso com ele, ele comentou que vocês não se dão bem. – Ela falou.

- É verdade – Rose falou com firmeza – Ele é arrogante e grosso. Típico de um Malfoy.

- Agora entendo... – Val falou. Rose não entendeu. – Toda vez que menciono o nome dele para você e o seu para ele vocês têm a mesma reação...

Então Scorpius ainda tinha algum tipo de reação ao nome dela? “É raiva, Rose. É raiva!”

- Que isso... – Rose disfarçou – Impressão sua, não tenho nenhuma reação ao ouvir nome daquele garoto desprezível. Sem ofensa. – Acrescentou

- Sei... – Val riu – É uma pena, vocês se dariam bem eu acho. Vocês são parecidos de certa forma...

Rose preferiu não falar nada. Discutir sobre ela mesma e Scorpius com a atual namorada dele não era nada legal.

- A ronda começa às oito e meia – Val falou sorrindo, percebendo que Rose não queria falar no assunto. – E Rose, pensa sobre o Devon, vale à pena... - Se levantou, se virando para a porta – Vamos?

- Pode ir... – Disse Rose abrindo um livro – Vou ficar por aqui mais um pouco.

Val murmurou um “Até logo” e saiu. Rose suspirou profundamente. Por mais legal que ela fosse não seria nada fácil ter que encarar reuniões semanais com ela.

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- Como foi a ronda? – disse Mary assim que viu Rose abrindo a porta.

- Muito divertida... – Rose falou ironicamente, entrando no dormitório logo após chegar da sua primeira ronda – Achamos três primeiranistas perdidos no sétimo andar, então tivemos que trazê-los de volta.

- Mas isso é porque é o primeiro dia de aula, deixa passar algum tempo e os infratores vão começar a entrar em ação...

- Você é tão animadora, Mary... – Rose falou, se jogando em sua cama.

- A começar pelo seu próprio irmão! – disse Mary rindo.

- Você sempre tem que falar no Hugo, né Mary? – disse Alana rindo e fazendo Mary fechar a cara. – E Rose... – Ela se levantou – Você não falou nada sobre sua reunião com a Wood...

- Não tem muito que dizer; falamos das rondas, detenções, relatórios e do Scorpius... – As últimas palavras saíram mais baixo do que planejado.

As duas meninas se entreolharam espantadas.

- E você fala assim nessa calma? – Mary exclamou, se levantando também.

- Pra falar a verdade eu não agüento mais isso! Não agüento mais falar no Scorpius, não agüento mais pensar nele! Queria que ele e a namorada dele sumissem daqui e me deixassem em paz! – Cuspiu ela de uma vez, colocando o travesseiro no rosto.

- Rose... – Mary se sentou a seu lado – Aquela garota te disse alguma coisa ruim? Ela disse alguma coisa para te magoar? Porque se aquela idiota te magoou eu juro que...

- Não, Mary – Rose a cortou com a voz abafada pelo travesseiro – Ela não falou nada. Talvez esse seja o problema. Ela é legal, talvez se ela fosse uma segunda Jackson eu conseguiria a odiar e não estaria assim...

Rose sentiu o travesseiro ser puxado de sua mão com violência, e se espantou ao ver a cara séria de Alana.

- Você não sabe o que é ter uma Jackson por perto, Rose. Dê graças a Deus por essa menina ser legal. – Disse atirando o travesseiro e volta na amiga. – E além disso – Alana virou-se encarando Mary – a Wood não sabe do caso que houve entre a Rose e o Scorpius, então porque ela falaria algo com o intuito de magoar a Rose?

-Isso é verdade. – Mary sentou-se na cama de Rose. – Você esta certa, Alana.

- Desculpa Alana, a Jackson é mesmo uma pedra no seu caminho, eu sei disso... – Rose murmurou – E você tem razão quanto à Wood não saber de nada. Ela não tem a menor culpa e é por isso também que não tenho motivos para odiar a garota – Ela se sentou – E além disso tudo, tem o Devon. Tudo que eu não preciso agora é de um garoto interessado em mim... Como eu queria sumir!

- Hum, é mesmo... O Devon... – Mary falou com um sorrisinho maroto.

- Ele gosta de você, não gosta? – Alana perguntou.

- Bem, acho que sim... E quando a Wood chegou na biblioteca hoje ele estava lá comigo e sabem o que ela disse? – as meninas fizeram que não com a cabeça. – Ela disse que ouviu ele falando com o James que está interessado em mim!

– Tá na cara que ele está! Ele é bonito e muito legal, Rose. Você podia...

- Não! – Rose cortou a menina – Não quero ninguém. Nem Scorpius, nem Devon. Ninguém!

-Mas Rose. – Mary encarou a amiga – Você tem que partir pra outra e esquecer o Scorpius. Exatamente como ele fez. E nada melhor que esquecer um amor com outro.

-É mesmo Rose. Quem sabe o Devon não é o garoto que te fará esquecer o Scorpius? Você só vai saber se tentar.

- Mas esse ano, é ano de NOM’s. Não quero me preocupar com garotos, quero estudar bastante. Mais que nos outros anos...

- Impossível! – Exclamou Mary, voltando para sua cama – Mais do que você estuda normalmente não dá. A não ser que você deixe de comer e dormir... E além do mais, Rose, ninguém vive sem uma pequena diversão se é que você me entende.

- Muito engraçadinha, senhorita Brown. Olha que eu posso te aplicar uma detenção, hein? – Rose falou se levantando e se dirigindo ao banheiro – Agora eu vou tomar banho e dormir, porque tudo que eu quero é esquecer de tudo isso e ter um pouquinho de paz!

Rose entrou no banheiro. Alana e Mary se entreolharam.

- Isso porque é o primeiro dia... – Disse Mary.

- E eu concordo com a parte de ter a diversão, sabe. - Alana riu.

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Com o passar das semanas, as chuvas foram diminuindo seu ritmo e o frio aumentando. O que também aumentou consideravelmente foi a quantidade de trabalhos passados pelos professores. Especialmente para os alunos do quinto ano, já que “os NOM’s são de suma importância para a carreira que todos pretendem seguir” como insistia Rose em repetir todos os dias.

A aula de herbologia daquele dia teve que ser interrompida por causa do incidente envolvendo uma mandrágora e três alunos desmaiados. Já que o dia estava meio frio e com muito vento, a maioria dos alunos da Grifinória e da Sonserina resolveram voltar para o castelo e se abrigar na própria sala comunal ou, como Alvo, Rose e companhia, na biblioteca.

- Mas eu sabia que isso ia acontecer.... – Disse Mary folheando um livro de runas – Aquelas mandrágoras não estavam contentes de nós termos acabado com a festa delas... Mexer com ela pequenas tudo bem, mas com elas adolescentes...

- Mas o professor Longbottom avisou para nos prepararmos para a revolta delas, aquela mandrágora gordinha só jogou as pedras na cabeça dos três porque eles estavam distraídos. Tava na cara que elas iriam se vingar... – Falou Ephram

- Achei que mandrágoras eram no segundo ano... – Disse Lily – Eu pelo menos estudei as mandrágoras ano passado...

- O professor Longbottom está nos mostrando as fases delas de novo para os NOM’s e... – Alana parou de falar de repente. - O que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou apontando para ela e Hugo, que estava ao seu lado.

- Nós dois fomos expulsos da aula e vamos pegar detenção... – Respondeu Hugo simplesmente

- E vocês estão assim tão calmos? Como isso aconteceu? – Perguntou Alvo, fulminando a irmã com o olhar.

- Pode tirar esses seus olhos verdes de cima de mim, maninho. – Lily advertiu, se sentando ao lado de Ephram – Só fizemos uma brincadeirinha saudável com a Melissa Zabini na aula de adivinhação. Aquela sonserina nojenta estava perturbando a aula.

- Então só demos algumas pílulas de o aperto você sabe onde para ela... – Continuou Hugo – Daí foi loucura total, nunca vi uma pessoa ficar tão envergonhada na vida.

- Isso é crueldade... – Exclamou Alvo

- Você não conhece a Zabini, Al. Ela mereceu com certeza – Disse Hugo com um sorriso maroto nos lábios – Mas o professor Firenze descobriu que fomos nós e nos tirou da aula. Disse que mais tarde vai nos avisar da nossa detenção.

- Espero que ele mesmo aplique em vocês, não estou muito afim hoje... – Disse Rose e os dois apenas deram ombros.

- Faz tempo que não te vejo, Ephram – Disse Lily ao amigo – Muito ocupado?

- Um pouco – Respondeu sem olhar para ela. Não sabia explicar o porquê, mas toda vez que estava próximo a ela se sentia nervoso.

- Até agora poções está tranqüilo para mim... – Disse a menina abrindo a mochila – Eu estou entendendo quase tudo... Ops! – O livro caiu no chão.

- Deixa que eu pego – Ephram se adiantou.

Ele pegou o livro, mas de dentro do livro voou um pedaço de pergaminho. Ephram o apanhou também e – sem querer – Acabou lendo um pequeno pedaço. “Walters?” Pensou o menino.

- Er... – Lily pegou rapidamente o pergaminho – Hogsmead se aproximando, me convidaram para ir...

- E você aceitou? – A pergunta saiu antes que ele pudesse evitar.

- Eu... – Ela se assustou com a pergunta – Ainda não, mas acho que vou aceitar. Ele é bem legal, é do mesmo ano que eu...

Era como se uma faca tivesse sendo cravada em seu peito. Só de pensar que dali a algumas semanas ela estaria indo a Hogsmead com outra pessoa dava vontade de... Não, era impossível nomear o que ele tinha vontade de fazer.

“Esquece isso, Ephram. Sua missão é pegar informações, só isso!” Pensou.

- E... Como vai sua prima? – Ephram perguntou ainda perturbado

- Indo... O novo tratamento está desgastando muito ela, essa coisa de invadir a mente é pesado... Mas fora isso ela está bem.

- Entendo... – Ephram murmurou. Era incrível como ela soltava tudo sem ele precisar forçar.

- Agora eu preciso ir. – Disse ela levantando – E você também! – Apontou para o irmão.

- Eu o que? – Perguntou sob um livro enorme. “Como criar hipogrifos na cidade grande”.

- Temos que ir no papai agora, podemos aproveitar que ele não está dando aula agora e falar com ele.

- Mas o Jay não está aqui... – Disse virando uma página calmamente – Se nós formos sem ele vai reclamar no nosso ouvido depois...

- E você liga? – Lily arrancou o livro da mão de Alvo e o puxou – Vamos logo!

Alvo olhou derrotado da irmã para os outros.

- Vai logo, Al. Senão a Madame Prince vai acabar expulsando a gente daqui a base de “bengaladas”. – Disse Alana.

- Se o James vier reclamar eu vou colocar a culpa em você, baixinha! – Avisou. Ela apenas riu.



Os dois chegaram à sala de Harry, onde ele escrevia calmamente em pergaminhos espalhados por toda a mesa.

- Está muito ocupado? – Lily havia posto a cabeça para dentro da sala.

- Pra vocês nunca... – Ele respondeu, convocando duas cadeiras para perto da mesa. – Só estou corrigindo alguns trabalhos.

- Que mentiroso! – Lily acusou sorrindo – Faz tempo que tento falar com você e nunca consigo!

- Desculpa minha ruiva! – Harry disse a beijando – Eu realmente estava ficando louco essas semanas. Mas posso saber o que os dois querem? A mesada de vocês eu já dei...

- Não é isso. – Disse Alvo – Até agora não sabemos por que você é nosso professor...

- Ah! – Harry parou de escrever – Não tem nada demais. O ministério era ótimo, não tinha a intenção de sair de lá. Mas a professora Mcgonagall me fez a proposta de dar aula aqui. Dar aula da matéria que eu mais gosto, no primeiro lugar que eu pude chamar de lar na vida. Não tive como recusar.

- Mas papai... E a mamãe? – Lily perguntou.

- Eu vou todos os dias para casa! – Ele respondeu – Vocês acham mesmo que eu consigo ficar muito tempo sem sua mãe e aqueles pestinhas?

Os três riram.

- Mas papai, você era o chefe dos aurores... – Alvo lembrou

- Eu continuo recebendo boletins do ministério. Não o deixei totalmente. Não posso com todas essas coisas acontecendo. Ron assumiu como chefe, eu reviso algumas coisas, assino alguns papéis as vezes...

- Seus traíras! – Uma voz irrompeu da porta.

- Entra filho! – Harry chamou convocando uma cadeira.

James entrou bufando para os irmãos.

- Achei que viríamos juntos!

- A Lily me arrastou... – Alvo falou simplesmente, apontando para a irmã, que lhe lançou um olhar indignado.

- Eu não duvido disso, ela faz o que quer com você...

- O que você quer dizer? – Alvo perguntou cruzando os braços.

- Podem parar os três! – Harry interveio antes que Lily pudesse tirar satisfação com Alvo. – Senta aí James, vou te explicar também. Não sei por que tanto escândalo por isso...

Harry explicou tudo para o filho.

- Entendi... – James falou se levantando – Agora vou almoçar. Ah! Lily. Fiquei sabendo do que houve na aula professor Firenze... Por que você não conta ao papai? – E saiu sorrindo.

- Contar o que? – Harry perguntou confuso a uma Lily muito vermelha.

- Nada papai, nada... – Lily falou sem graça – Er... Al, vamos?

- Vamos... – Respondeu rindo. E os dois saíram.

Harry pegou um dos pergaminhos a sua frente e recomeçou a corrigi-los.

- Definitivamente eu não vivo sem esses três... – Murmurou sorrindo para si mesmo.


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N/A - *autora se arrisca a olhar para fora do esconderijo e quase leva um avada*


Calma gente! O cap tae... Tá, eu sei que demorei de novo... Sorry! *-*.. Nossa, rolou ate protesto! heheh Achei q isso só tinha na lore.. hahaha

Mas vou explicar...


1º - a demora:

Tipo, no inicio, com a empolgação da fic, eu escrevia freneticamente, num deixava ng nem chegar perto do pc! Mas com o tempo a empolgação foi passando, eu perdi o apoio da alana (embora tenha ganhado o da Val, o q conta muito!)... Então eu percebi q estava perdendo muita coisa. Meu tio precisa do pc tb, então agora eu divido realmente com ele. Eu não via mais nada, dormia e acordava pensando na fic e vi que isso não era bom. A fic é muito importante para mim, mas eu tenho uma vida. As vezes quero sentar no pc simplesmente para bater um papinho no msn, sem ter a obrigação de esccrever. Por isso demoro, pq eu escrevo qd dá realmente vontade, pq senão essa fic vai deixar de ser a fic q vcs tanto gostam para ser somente mais uma fic, e vcs não querem isso, não é?

2º - O tamanho do cap:

Bem, se vcs repararem, os primeiros caps são pequenos! Sabe pq? pq a alana não escrevia no inicio. Depois ela passou a escrever, então o que eu escreveria em dois caps conseguimos postar em um só. Mas como eu voltei a escrever sem ela, os caps voltaram a ser pequenos... (nem tanto, né? esse teve 19 paginas! hehe).. As vezes não dá pra falar de todo mundo... Senão eu vou demorar 2 meses pra postar! heheheh.. brincadeira!



Ahh, eu ia fazer os agradecimentos, mas a floreios não dxou! Eu só consigo ver a primeira pagina de coments, as outras dá erro! Se eu num puder agradecer a todos nem agradeço! hehehe.. Briguem com ela!! hehehe


Mas mesmo assim obrigada, vocês não têm idéia do quanto são importantes para mim, todos vocês!!


P.S: Minha adorada, amada, e apertavel Val manda beijos a todos!


E eu vou dizer mais uma vez o lema da fic, caso alguém tenha dúvida de algo: "Uma vez postada não será abandonada!"

(Nossa, isso q é uma N/A!) hehehhehheehhehe

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