Primeiro Ato



Escolhas são feitas a cada segundo e por isso vidas são perdidas, pessoas queridas se vão e vem, não há lugar para hesitação, estamos entrando numa guerra já há muito anunciada onde um único rapaz terá de fazer sua escolha, a qual o mudará para sempre, mas ele não sabe que não estará sozinho, pelo menos não no começo.

Se vocês esperam ver algo convencional nessa fic, abandonem logo à leitura. Aqui estaremos tratando de assuntos poucos conhecidos por vocês, humanos, estamos entrando em uma nova era e a Guerra Humana não é a única a acontecer, estejam preparados para ouvirem, verem e presenciarem a magia de uma história dos sonhos de um ser, a grandeza do fim de uma era, a beleza do fim e o esplendor de um novo começo... Humanos esse mundo não mais pertencerá a vocês.

Cap 1 dividido

Dor, era isso que Harry sentia, uma dor que ninguém podia acalmar a não ser ele mesmo. Doía saber que agora se encontrara sozinho, primeiro fora Sírius agora fora Dumbledore, ele estava só, sem a única família que tivera e sem o seu maior mentor. Olhava pela janela a rua escura e coberta pelo nevoeiro, uma única lágrima escorreu pela sua face até o seu queixo e logo depois caiu em direção ao chão, a dor só aumentou, sentia a satisfação de Voldemort mesmo com a prática de Oclumência, ele não escondia isso, estava tão contente com essa vitória que deixara suas emoções transparecerem para além de seu controle.
Aquilo fez um lampejo de ódio passar pelo coração do rapaz de quase 17 anos, fora grande e forte o suficiente para que Voldemort sentisse através de sua ligação com ele, o que fez o bruxo das trevas esconder mais uma vez suas emoções e pensamentos, mas antes disso Harry sentiu vindo de Voldemort medo, mas não soube do que.
O rapaz olhou para o quarto pequeno e escuro, seu malão fechado aos pés da cama, só tirara o estritamente necessário para um mês e pouco naquela casa, e em cima do criado mudo um único livro de capa negra, o título em verde e prata dizia claramente “Riddle -A Origem do Mal”, ele achara o titulo daquele livro em um dos seus velhos livros de História da Magia, realmente tinha uma análise quase que detalhada da Vida de Tom Riddle até um pouco antes dele desaparecer por alguns anos e retornar como Voldemort, não havia muita coisa do período que ele desapareceu, apenas mortes que foram atribuídas a ele. Era uma boa leitura, ele aprendera várias coisas sobre Tom Riddle, lugares e pessoas que ele conhecia, o que era bom já que isso seria útil na procura das Horcruxes.
Olhou no outro canto do quarto e viu jogado e todo rasgado um livro de poções, mais uma fisgada de ódio e o vidro atrás de Harry trincou inteiro, faltava só mais um dia e ele faria dezessete anos e estaria livre daquela prisão. O seu jeito calado deu medo nos Dursley´s, era como se ele planejasse algo contra eles, por isso os três mantinham uma certa distância do rapaz e, quando eles estavam no mesmo cômodo, o tratavam com uma extrema amabilidade forçada que não enganaria nem mesmo a uma árvore. O relógio apitou, eram seis da manhã o céu já estava clareando, mas a neblina teimava em ficar, efeito dos dementadores, ele desligou o despertador e saiu do quarto, fez sua higiene matinal e logo depois desceu até a cozinha, onde preparou um café da manhã simples, quando terminava de comer Petúnia entrou na cozinha o olhando com desagrado, mas não disse nada.

_A meia noite e um eu vou embora. -Falou Harry, o que assustou a Srª Dursley, já que ele falava pouco e num tom sombrio. _Quando eu sair tome cuidado, fale com tio Valter para que vocês se mudem para um lugar melhor, de preferência para fora da Europa. -Ele se levantou e deu as costas para a tia, mas antes de deixar a cozinha parou ao ouvir a voz da tia.

_Por que devemos nos mudar e para onde você vai?

_Meu povo está em guerra, o assassino de meus pais voltou mais poderoso do que nunca e a Europa se tornara um inferno. -Disse Harry sem se virar, ele riu baixinho então se virou para tia, que sentiu um arrepio percorrer a espinha, ao encarar aqueles olhos verdes carregados de ódio, assim como o tom sem vida que ele falou em seguida. _E eu vou enfrentar o rei desse inferno ou como dizem vocês trouxas, o Demônio, um demônio chamado Voldemort.

_Vai se tornar um herói como seus pais. -Murmurou Petúnia e o sobrinho sentiu um leve tom de saudades em sua voz.

_Herói? Não, por mais que muitos queiram, não existirão heróis nessa guerra e nem que eu me torne um demônio eu matarei aquele maldito e toda a sua corja de seguidores. -Falou Harry saindo da cozinha, ele cruzara com Valter na escada, mas nada disse. Entrou em seu quarto e deitou em sua cama, não havia dormido, mas sabia que logo seu tio ia tirar satisfações sobre o que ele dissera e não deu outra, cinco minutos depois seus tios e seu primo entram no seu quarto, Valter e Duda tinham expressões de medo, já Petúnia de resignação.

_Que negocio é esse de nos mandar embora de nossa própria casa! -Não era uma pergunta, apesar do tom. Seu tio estava vermelho seus bigodes se agitavam com a respiração rápida, Harry se levantou, pegou o tio pelo colarinho e o empurrou para a janela, surpreso pelo movimento, Valter não teve tempo de reagir.

_Olhe essa rua, olhe o sol. Já esta alto, são quase oito horas, está vendo a neblina que era para estar sumindo? Bom, isso se tornará uma zona de guerra e a primeira onda de ataque será a de dementadores, somente a essa casa, essa neblina é por causa deles. Os mesmo que atacaram o seu filho há quase dois anos e, acredite, eles não terão piedade, pois isso não existe para eles e, se eles falharem, e eu escapar, virão os Comensais da Morte, os malditos comensais que servem ao assassino de meus pais, eles torturarão vocês até o limite, farão vocês suplicarem pela suas vidas e tentarão me atrair aqui mais uma vez para uma armadilha, só para que eu salve suas vidas imundas. -O tom do sobrinho fizera Valter Dursley ficar estático olhando a rua com aquela estranha neblina, claro que ele havia percebido que aquilo não era normal, dava até nos noticiários. _E sabe de uma coisa? -Perguntou o sobrinho. _Mesmo que eu quisesse salvar suas vidas, eles os matariam antes mesmo de eu chegar, então aproveite que esse seu sobrinho anormal que vocês sempre maltrataram resolveu avisá-los, pois mesmo eu não gostando de vocês, não quero que vocês morram em vão. -Harry soltara o tio, que pareceu recobrar a consciência, mas permanecia imóvel.

_O que esses dementabilos fazem com quem atacam? -Perguntou Duda, que apesar de já ter sofrido o ataque, não se lembrava muito bem das coisas, provavelmente trancara o ocorrido no canto mais fundo de sua mente.

_Eles sugam toda a felicidade, fazem vocês reviverem os piores momentos de sua vida e, por fim, eles dão o beijo do dementador em você, ou seja, ele arranca sua alma e a devora, mas você continua vivendo sem a alma, só que não passará de uma casca vazia. -Respondeu o moreno.

_Para onde nós vamos? -Perguntou Petúnia ao marido, se esquecendo momentaneamente de seu filho e sobrinho.

_Não sei querida. -Respondeu o Sr. Dursley e por mais que custasse admitir, realmente acreditara no sobrinho, pois coisas estranhas aconteciam por toda Europa, ataques misteriosos e mortes sem sentido.

_Vão para os Estados Unidos, lá há pouca influência de Voldemort, mas não creio que por muito tempo, assim que vocês sentirem que lá não é mais seguro, vão para a América do Sul, lá se escondam longe dos grandes centros urbanos. -Falou Harry com o mesmo tom seco de antes e olhando incomodado com aqueles três.

_Arrumem as malas. -Gritou Valter Dursley fazendo sua esposa e filho saírem correndo do quarto, logo em seguida ele também sai, mas antes se volta para o sobrinho e diz. _Obrigado.

_Não agradeça, só não quero que vocês me atrapalhem. -Falou o rapaz, mas o Sr. Dursley não ligou para a grosseria, saiu rapidamente e durante boa parte da manhã Harry ouvira o tio gritar no telefone, ele pedira uma transferência para os Estados Unidos alegando motivos familiares e também ligara para uma corretora pondo a casa à venda, pelo custo um pouco a baixo do mercado, mas ainda sim uma boa quantia. De qualquer jeito a casa seria vendida em pouco tempo, em menos de um mês provavelmente.

Quando já era cerca de seis da tarde, o carro dos Dursley já estava lotado de bagagem e os passos ainda eram ouvidos no corredor pegando coisas que eles podiam levar na mão. Quando eram seis e meia, o carro saiu da garagem e foi embora, o rapaz ouviu o barulho do carro ao longe até que sumiu. Agora ele estava sozinho naquela casa, se levantou foi até o telefone do quarto dos tios e discou um número que já havia decorado há muito tempo.

“_Alo. -Falou alguém que aténdeu na outra linha, era uma voz conhecida dele.”

_Oi Mione, aqui é o Harry. -Diz o moreno ouvindo algo cair no chão do outro lado da linha.

“Você está bem? Por que está ligando? -O tom preocupado da amiga fez Harry sorrir, algo que ele não fazia muito ultimamente.

_Está tudo ótimo. -Respondeu o rapaz. _Hoje eu avisei os meus tios sobre a guerra e eles resolveram se mudar para outro país, estou sozinho aqui em casa até a meia noite. -Falou o rapaz que explicou rapidamente a conversa.

“_Você devia ter sido mais calmo e paciente. -Repreendeu a garota ao ouvir o relato do amigo.”

_Você quer vir para cá? -Perguntou Harry pegando a amiga de surpresa, esperou cerca de trinta segundos para vir uma resposta.

“_O que?”

_Eu perguntei se você quer ficar aqui até horário de meu aniversário. -Falou Harry pacientemente. _Daqui iremos à Toca e ficamos lá até o casamento do Gui.

“_Espera um pouco. -Falou Hermione, ele a ouviu deixar o telefone no que parecia ser uma mesinha e depois alguns passos, uma porta se abrindo, mas não se fechando, ouviu vozes ao fundo sem conseguir distingui-las, parecia uma leve discussão que durou quase cinco minutos, depois ouviu passos apressados indo a direção do telefone e a voz arfante da amiga. _Tudo bem, mas antes de nós irmos para a Toca temos de passar aqui para pegar minha bagagem.”

_Combinado. -Falou Harry com um tom de voz alegre. _Pode aparatar dentro da casa.

“_Certo, daqui a cinco minutos eu apareço aí. -Depois disso eles se despediram brevemente e desligaram o telefone.”

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Hermione já estava ali há um pouco mais de uma hora e Harry não deixou de se surpreender com o quanto ela podia ser diferente fora da escola, não que ele já não a tivesse visto fora da escola, mas mesmo nos Weasley’s ou na sede da ordem ela ainda tinha aquele tom de querer aprender tudo. Há algum tempo ele notara que a amiga era insegura quanto a ser uma nascida trouxa e achara que era por isso que ela se esforçava tanto nos estudo tentando mostrar que ela merecia ser bruxa.

_Mione, o que você quer para jantar? -Perguntou Harry da cozinha, em seguida ela entra no aposento.

_Você sabe cozinhar? -Perguntou Hermione em tom zombeteiro, algo que ela raramente usava na presença dos outros.

_Passei dezesseis anos sendo escravo dos Dursley´s se eu não aprendesse a cozinhar acho que eles me expulsariam e o Duda seria mais magro. -A última parte ele disse em tom maroto. _Mas então o que você vai querer para a janta?

_Pizza. -Falou Hermione fazendo o amigo a olhar. _Eu adoro Pizza. -Comentou ao ver o olhar divertido do amigo.

_Você nunca falou isso. -Falou Harry pegando o telefone e ao ver o olhar curioso da amiga ele disse. _Vou ligar para a pizzaria.

_Pede meia calabresa, meia frango com catupiry. -Pediu a garota e assim Harry fez.

_Daqui a meia hora chega. -Harry fala e depois olha atentamente para Hermione, que se sentiu incomodada. _Agora que eu pensei direito, você nunca falou muito de você. -Comentou em tom ligeiramente curioso. _O pouco que eu sei da sua vida fora de Hogwarts é que você é filha única e que seus pais são dentistas.

_Bom, vocês nunca perguntaram muito e eu sempre estava estudando ou metida em encrenca com vocês. -Falou Hermione sorrindo levemente ela notara que Harry estava diferente quando ele falava dos Dursley´s seu tom de voz ficava frio ele ficava quieto às vezes. _Afinal eu também não teria paciência de parar a cada cinco minutos para traduzir para o Rony ou a Gina alguns termos trouxas e costumes. -Os dois riram um pouco até que ficaram quietos.

_Você já teve um namorado fora de Hogwarts? -Perguntou Harry indo para sala e se sentando no sofá em frente à TV, Hermione corou com a pergunta e seguiu o amigo sentando ao lado dele.

_Nada sério como namoro. -Ela respondeu sem olhar para o rapaz, que sorriu com o nervosismo dela. _E você?

_Eu nunca vou querer um namorado, pode ter certeza. -respondeu em tom de chacota fazendo o nervosismo da amiga se dissipar. _Mas não, nunca tive uma namorada fora da escola, para falar a verdade o pessoal daqui acha que eu sou um tipo de delinqüente extremamente perigoso, eles tiram os filhos de perto de mim e fecham as portas e janelas quando me vêem saindo de casa.

_E por que eles fazem isso?

_Meus queridos e amados tios contribuíram para isso desde que eu tinha idade para andar e falar. -O tom seco voltara a voz de Harry, mas logo passara. _Você ficou com Krun?

_Não. -A resposta viera tão rápido que Harry arqueara as sobrancelhas num sinal de curiosidade. _Bom ele até pediu para nós namorarmos, mas não aceitei, ele só era um amigo e eu não o via de outro jeito. -Agora sim, aquele era o tom sério que ela usava na escola, como se quisesse deixar as coisas bem claras.

_Se o Rony soubesse disso. -Falou Harry abrindo um sorriso maroto.

_Nem me lembre daquele ruivo. -Falou Hermione descontente. _Ele me mandou uma carta há umas duas semanas pedindo para nós sairmos, mas só por que eu não aceitei, ele me mandou outra falando que provavelmente eu sairia com o “Vitinho” e mais um monte de besteira.

_Ele gosta de você. -Falou Harry como se aquilo fosse normal e, pela reação da amiga, ele notou que ela já sabia.

_Somente um trasgo cego e dez vezes mais burro que o normal não perceberia isso. -Diz a garota com um leve tom de impaciência. _Se ele tivesse tomado a iniciativa há algum tempo atrás, até que hoje poderíamos estar juntos, mas não, ele só queria brigar e ano passado ele fez aquilo com a Lilá.

_Então até ano passado você gostava dele? -Falou Harry inclinando a cabeça levemente para o lado, o que fez Hermione achar um ato um tanto infantil, o que a fez sorrir levemente.

_Eu estava agarrada ao que um dia foi um sentimento, afinal eu gostei dele e achava que provavelmente nunca mais gostaria de alguém. -Nesse momento ela baixou os olhos e em seguida a campainha toca. _Chegou a Pizza. -Disse distraída.

_Eu vou lá pegar. -Falou Harry se levantando.

_Você tem dinheiro trouxa?

_Eu sempre trago quando volto pra cá para caso de emergências. -Falou Harry, logo em seguida atendendo a porta, ela o ouviu falar algo com o entregador que parecia ter medo do moreno e em seguida o tom do entregador muda completamente, e ele sai aparentemente feliz. Pouco depois Harry chegou à sala com a caixa de pizza.

_Ele estava com medo de você? -Perguntou Hermione se levantando do sofá e indo para a cozinha com o amigo.

_Ele mora na rua de trás e viveu ouvindo o quanto eu sou perigoso. -Falou Harry pegando pratos no armário. _Mas ficou contente ao receber vinte libras de gorjeta.

_Harry o que você sente em relação à Gina? -Quando Hermione fez essa pergunta pegou o rapaz de surpresa e este se engasgou com um pedaço de pizza, começou a tossir desesperadamente, a cena era no mínimo hilária e a garota simplesmente riu do amigo.

_Não tem graça. -Diz Harry depois de uns três minutos já recuperado da surpresa, mas mesmo assim Hermione não parara de rir. _Mas em relação a sua pergunta, a resposta é que eu não sei. -A garota parou de rir de repente. _Eu gosto dela, mas não creio que seja do jeito que eu imaginava, se for ver agora, eu não consigo pensar nela mais do que uma amiga ou que uma irmã.

_Então você não a ama? -Perguntou Hermione interessada.

_Amor é só uma palavra Hermione. -Diz o rapaz em tom sério e grave olhando diretamente nos olhos da amiga. _Eu poderia te dizer que até antes de entrar em Hogwarts e saber as coisas sobre os meus pais eu via a palavra amor como uma desculpa esfarrapada para pessoas que não sabem o que dizer ou que querem agradar a outras pessoas ou até mesmo ganhar algo, veja bem, eu cresci com os Dursley e o meu primo só usava essa palavra quando queria algo, meus tios usavam essa palavra com o meu primo até que com carinho, mas eles também a usavam para com pessoas da família de meu tio, alguns primos dele, mas só usavam quando necessário ou conveniente, sempre cercado de segundas intenções. -Hermione ouvia um tanto quanto chocada o relato do amigo. _Mas quando eu entrei em Hogwarts e soube o que minha mãe fez por mim eu fiquei triste, mas contente. –Houve uma pequena pausa onde ele respirou fundo. _Triste por nunca ter podido ficar mais perto dela, de sentir que ela me amava, e feliz por que mesmo não a conhecendo eu soube que ela me amava a ponto de dar sua própria vida, não só ela, mas o meu pai também.

_Então por que você diz que amor é só uma palavra?

_Por que essa palavra pode ser usada levianamente. Se você perguntar a Gina, ela dirá que eu nunca disse que a amava, para falar a verdade eu não me lembro de algum dia ter usado essa palavra com alguém. -Harry pareceu forçar a memória, mas não lembrava de nenhuma ocasião em que tinha usado aquela palavra para se referir a alguém nem mesmo quando gostara de Cho ele a usara, e Hermione pensava o mesmo. _Se eu tiver de usar essa palavra para descrever o que eu sinto eu usarei, mas não farei isso só para agradar aos outros ou para me iludir. Se eu gostei de Gina, sim talvez um pouco mais que amizade, mas isso passou e eu gosto muito da família Weasley, eles são como minha família e é assim que eu vejo Gina, como alguém de minha família, uma irmã. -Harry parou e olhou para o teto pensativo. _Eu também gosto de você, Mione, a ponto de morrer para te proteger.

_Eu não permitiria que você morresse para me proteger. -Falou a garota tão rápido que fez o rapaz a olhar curioso. _Afinal você é mais importante que eu e eu também gosto de você e não permitiria que algo assim acontecesse.

_Pare de se menosprezar. -Falou Harry em tom tão forte de voz que fez Hermione tremer, os olhos dele brilhavam levemente. _Você sempre se menospreza, desde que descobriu ser uma bruxa você tem medo de não ser boa o bastante para estudar em Hogwarts, você tem medo de ser inferior a um puro sangue só por que você é nascida trouxa, e por isso tenta estudar e saber o máximo possível para provar que é digna e capaz, mas olhe bem, Hermione, você é a bruxa mais poderosa que eu já vi, mais esperta e esforçada, nunca desiste do que quer e não descansa até conseguir cumprir sua meta. Essas qualidades é a que fazem especial e, se ainda duvida que não é digna de ser bruxa, olhe para mim, olhe para minha mãe, uma nascida trouxa, a mais inteligente aluna de Hogwarts em seu tempo e pelo que eu soube era uma bruxa tão poderosa que enfrentou cara a cara Tom Riddle e ainda saiu viva por três vezes, era uma bruxa tão especial e poderosa que até Voldemort hesitou ao matá-la, pois preferia ela ao seu lado do que morta e ela era nascida trouxa, ela era o que os puro sangue chamam de Sangue ruim e ela conseguiu enfrentar o mestre dos comensais de tal maneira que poucos bruxos conseguiram. -Harry suspirou e se acalmou, viu o olhar marejado de Hermione e depois disse num tom mais brando de voz. _Pare de se forçar, pois isso só faz mal a você, a última coisa que eu quero ver é você mal, eu preciso de você, Hermione, preciso para atravessar essa guerra e para além dela. -A garota desabou em lágrimas, era a primeira vez que ouvira tais palavras de alguém e era a primeira vez que ouvia que alguém realmente precisava dela, não para deveres, mas sim para viver, para realmente ajudar. Ela sente o amigo lhe abraçar e afunda o rosto em seu peito, as lágrimas correram soltas.

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Faltava pouco para a meia noite, as malas de Harry já estavam na parte de baixo da casa, Hermione dormia calmamente no sofá, ainda estava frágil pelo que eles conversaram mais cedo. Ele a olhou por uns dois minutos ela dormir, parecia tão serena como se não houvesse problemas. Olhou para o relógio, faltava apenas três minutos, ele se aproximou lentamente de Hermione.

_Mione, acorda. -Falou o rapaz em tom calmo, tocando a face da amiga, o primeiro pensamento que lhe veio à cabeça foi “como ela é linda”, mas balançou a cabeça para mandar esses pensamentos para longe, a chamou pela segunda vez e ela se mexeu preguiçosamente, abrindo os olhos e sorriu ao encontrar o amigo, se sentia mais segura e por um instante desejou sempre acordar com ele ao seu lado, se assustou com tal pensamento e balançou a cabeça tentando espantar o sono, pois julgava que fora isso que a fez pensar tal coisa. _Falta somente um minuto, Mione. Falou o rapaz, ela se levantou, estava desperta, mas de repente sentiu que estava sendo observada.

O Relógio marcou meia noite, logo depois vieram às badaladas do relógio e quando a última badalada foi ouvida um frio imenso invadiu a casa, as portas se abriram sozinhas. Eles olharam pelas portas e janelas e viram centenas de dementadores circulando a casa, cobriam toda a rua, então os dementadores começaram a entrar na casa. Harry puxou Hermione, os gritos de sua mãe já eram ouvidos em sua mente, se concentrou em algo feliz, pensou em quando ganhara a taça de quadribol, mas sentiu que não era o suficiente, pensou em Sirius e quando ele lhe convidou para morarem juntos, mas logo veio à tristeza por saber que o padrinho estava morto, então, veio como uma luz em sua mente, a imagem dele e de Hermione conversando mais cedo, ambos felizes pela companhia um do outro, se concentrou nessa imagem e bradou.

_Expecto Patronum. -Uma luz prateada muito forte irrompeu pela ponta da varinha de Harry, ele era provavelmente o mais forte patrono que o rapaz já produzira, o Cervo prateado parecia maior do que nunca e irrompia contra os dementadores os jogando para fora da casa com uma enorme facilidade. O moreno não ficou olhando, levou Hermione para junto de suas coisas e as tocou. _Mione aparate comigo até sala da sua casa. A garota estava pálida, fechou os olhos por alguns segundos, então com estalo seco no ar, ela e Harry desapareceram com as coisas do garoto.

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Harry se sentiu desconfortável com aquela viajem via aparatação e sentiu grato ao tocar o chão, mas logo suas pernas fraquejaram, se sentiu extremamente exausto, malditos dementadores, ele sempre ficava assim por causa deles. Hermione o ajudou a se apoiar nela e o levou para um sofá, só então ele percebeu a grande sala de visitas branca e bege em que se encontrava, havia uma lareira a sua frente, estava apagada no momento, o teto tinha um lustre bem bonito dourado e prateado.

_Chocolate. -Falou Hermione estendendo para ele uma barra de chocolate, a qual ele aceitou de bom grado, foi como se toda franqueza dele desaparecesse e o frio que ainda sentia sumiu, fechou os olhos por alguns segundos e depois os abriu e viu o rosto da amiga, por alguma razão se sentiu mais renovado do que com o chocolate. _Está melhor?

_Com você cuidando de mim não tem como eu ficar mal. -Falou Harry sorrindo para a amiga, que corou levemente e se virou de costas para disfarçar.

_Vou pegar as malas. -Falou Hermione saindo rapidamente da sala, fazendo o sorriso do moreno aumentar mais ainda ao perceber o quanto a amiga ficara desconcertada, não demorou muito e ela já estava de volta à sala, a mala dela flutuava logo atrás da garota. _Vamos à Toca. -Falou ela.

_Não. -Falou Harry fazendo a amiga ficar um tanto surpresa e o olhar com curiosidade. _Primeiro vamos para o último lugar em que me procurariam.

_E seria? -Perguntou à amiga.

_A Mui Antiga Casa dos Black. -Falou Harry com um sorriso travesso nos lábios.

_Lá não é seguro. -Falou Hermione espantada. _Depois que Dumbledore morreu o feitiço Fidelius desapareceu.

_Não desapareceu. -Falou Harry estranhando à amiga não saber aquilo. _Quando o fiel do segredo morre o dono da Casa se torna o novo fiel e como Sírius morreu e eu sou o seu herdeiro.

_É claro. -Falou Hermione como se tivesse lembrado de algo. _Eu me lembro de ter lido algo assim em algum lugar.

_Bom, então venha. -Falou Harry pegando na mão de Hermione que cora levemente e sente uma espécie de choque percorrer o seu corpo, em seguida eles desaparatam.

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A mansão Black continuava do mesmo jeito que estava da última vez que Harry estivera ali, tirando os enfeites de natal e incluindo a grossa camada de Pó que abafava seus passos. Ele subira alguns lances de escada, pedira para Hermione esperá-lo na cozinha, ia ser rápido, parou em frente a uma porta ligeiramente maior que as outras, era li o seu destino, colocou a mão na maçaneta, respirou fundo e abriu a porta.

Ele nunca estivera no quarto do padrinho, mas soubera de primeira que faltavam vários objetos de valor, notou que a camada de pó era mais densa, provavelmente ninguém se preocupou em limpar aquele local. Avançou mais um pouco até o meio do quarto, era bem amplo e, bem no centro, logo a sua frente, havia uma enorme cama de dossel com cortinas verdes e vermelhas, olhou para um canto e viu um guarda roupa, a porta estava aberta, viu alguns livros velhos foi até o armário e viu uma capa jogada de qualquer jeito num canto, ele a pegou e viu que ela cobria um espelho muito bonito, era aquilo que ele procurara, o pegou sem deixar de pensar que se tivesse usado o outro espelho teria o padrinho ali com ele, antes de sair deu mais uma olhada nos livros, havia livros desde magia negra, provavelmente pertencente aos pais de Sírius, a livros de DCAT, também tinha grimórios, algo bem raro, tinha uns dois um estavam em uma língua totalmente desconhecida do rapaz e aparentemente do padrinho também, já que nas bordas das páginas ele encontrara várias frases na letra de Sírius, fazendo comentários sobre o que supunha estar escrito ali, alguns aparentemente xingavam o manuscrito de diversos nomes, alguns que até mesmo ele não sabia que existia.

Pegou os livros, no total eram uns seis, os dois manuscritos, um grosso livro de DCAT, aparentemente parecia ser mais completo que qualquer outro livro sobre esse assunto, e os outros três livros de magia negra. Caminhou com cuidado para não derrubar nenhum livro ou até mesmo o espelho, passou por umas duas tapeçarias que demonstravam a árvore genealógica dos Black, ele nunca as tinha notado ali, mas quando passou pela segunda, notou um nome estranho, era o nome do irmão de Sírius, Regulo Black, então uma idéia lhe veio a cabeça, lembrou de seu padrinho dizer que quase toda família era a favor de Voldemort, também se lembrou dele dizer que seu irmão era fraco demais para desafiar Voldemort, mas deve ter feito algo que o desagradara, percorreu rapidamente os olhos pela tapeçaria e parou em uma foto bem ao lado da de Belatrix, nunca a tinha notado ali.

_Rômulo Arthur Black. -O nome diferente dos outros estava gravado em dourado e prateado como se ele devesse se destacar dos outros, nunca ouvira falar dele, mas valeria apena pesquisar, afinal era um bom palpite. Desceu um pouco mais rápido as escadas e logo estava na cozinha, viu a amiga distraída olhando para a mesa da cozinha, onde a ordem antigamente fazia suas reuniões. _Vamos. -Disse Harry fazendo Hermione se sobressaltar levemente, mas logo se virou para o rapaz, notou os livros, mas não fez nenhuma pergunta, aquele não era o local certo. _Coloque alguns desses na sua mala. -Hermione fez um aceno com a varinha e uma mala negra apareceu em cima da mesa, estava vazia. _Obrigado. -Disse Harry colocando os livros dentro da mala com cuidado, Hermione viu de relance um titulo que a fez estremecer levemente, mas nada disse. _Depois falamos sobre isso. -Disse notando a garota inquieta, esta sorriu levemente e ambos desaparataram rumo à Toca.

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Ambos acharam imprudente aparatar dentro da Toca afinal aqueles tempos eram negros e não seria muito sensato fazer aquilo numa casa cheia de bruxos capazes, então aparataram a uns dez metros da porta de entrada da morada Weasley, assim se alguém os ouvisse já estariam preparados. Ambos caminharam rapidamente até a porta e ao alcançá-la ouviram certa movimentação dentro da casa, se olharam, Harry apertava mais a mala negra em sua mão, já havia enviado sua mala mais cedo para os Weasley. Na outra mão estava a mala de Hermione, a qual ele fizera questão de carregar. A morena deu três batidas na porta.

_Quem são? -Perguntou uma voz conhecida de ambos.

_Eu sou Peter Pan e essa é Wendy, viemos te levar para terra do nunca. -Respondeu Harry em tom sarcástico e foi repreendido por Hermione, mesmo esta exibindo um leve sorriso nos lábios. Ambos ouviram sons que indicavam confusão dentro da casa.

_Somos nós, Rony. -Disse Hermione contendo o riso. _Harry e Hermione.

_E como saberei que são vocês mesmo? -Perguntou Rony.

_Abre a porta logo, Rony. -Disse Harry achando aquilo ridículo, mesmo sabendo que era algo para segurança. –Ok, no sexto ano você namorou a Lilá e quando você a beijava parecia que você queria engoli-la, e se quiser posso dar alguns detalhes dos encontros que você tinha com ela e sobre o que vivia falando durante o sono...

_Ok, é o Harry. -Falou Rony abrindo a porta rapidamente. As orelhas estavam tão vermelhas quanto os próprios cabelos e logo atrás dele os gêmeos só faltavam cair no chão de tanto rir. _Não precisava de tantas informações. -Resmungou Rony fazendo Harry sorrir de um jeito maroto e olhar para Hermione, que não sabia se o repreendia ou ria, então resolveu ficar calada e olhar distraidamente pro alto por alguns segundos. _Entrem. -Disse Rony se afastando da porta, logo depois mandando Fred e Jorge calarem a boca.

_O Roniquinho fazendo coisas pervertidas na escola. Falou Jorge num tom zombeteiro. _Imagine mamãe sabendo disso.

_Bom, seria bem interessante se eu contasse para ela e pro Harry de alguns encontros desastrosos seus, como naquela vez em que o Jorge foi sair com a Angeli... -Os Gêmeos pararam no mesmo instante e avançaram para o irmão mais novo lhe tampando a boca.

_Você venceu. -Disseram ao mesmo tempo os gêmeos Weasley, ambos claramente a contra gosto.

_Depois você me conta Rony. -Disse Harry só para alfinetar os gêmeos, que ficaram meio incomodados.

_Pode deixar. -Disse Rony. _Assim, da próxima vez que eles atenderem a porta você vai ter muito que falar.

_Se você falar uma palavra sequer, eu boto uma ninhada inteira de Acromantulas no seu quarto. -Ameaçou Jorge.

_Façam isso e aí todos vão saber. -Disse Rony em um resmungo audível. _Chega, saiam daqui. -Falou mais uma vez o ruivo, os gêmeos saíram com sorrisos marotos nos lábios. _E não se esqueça que o Harry está no mesmo quarto que eu e a mamãe não vai gostar de saber que vocês fizeram alguma coisa lá. –Harry apenas olhava Hermione que também estava se divertindo com aquilo tudo.

N/A: Ae esta a fic que vai subistituir a Descendentes Samurais espero que vcs gostem comentem e votem.........T+.......Fui

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Comentários (1)

  • rosana franco

    Adorei o inicio o Harry avisar os tios foi muito legal,parece que ele ja percebeu alguma coisa sobre RAB e estou adorando o clima entre ele e a Hermione,só espero que não demore séculos para se acertarem.

    2011-03-23
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