O Segundo Aviso



N/A : I'm SO SORRYYY porcausa de todo esse tempo sem atualizar *Tammy fugindo de varios tomates, varias balas e bombas* AIII JESUS O.O
Não, é verdade, depois do ultimo post tudo contribuiu para que eu nem conseguisse escrever. Primeiro foi meu computador: Tinha perdido todos os meus arquivos. Nossa foi barra...minhas fics, minhas fotos, eu quis morrer x.x
Depois entraram as provas bimestrais do terceiro bimestre. Depois as mensais do quarto, depois as bimestrais do quarto (sim, tudo MUITO rápido, Deus do céu, voou >.<) E por ultimo... Vestibulinho >.<""""""
Agora, que eu estou de férias, to mais tranquilassa e de volta *-* Com mais um capitulo podre da TdP XP~
Enjoy it ^^




Pela primeira vez em anos, ela não sabia o que fazer. Ela sabia que seu cérebro estava a ponto de dissolver de tanto que pensava e, não fazia nada do que estava pensando.
Ela estava se sentindo zonza e, parecia que em pouco, vomitaria. A mensagem a sua frente não estava ajudando nem um pouco.
O vidro embaçado e as letras neste. Isso não podia estar acontecendo.
Ela tentou andar, mas escorregou no piso molhado e sentiu os olhos embargarem. Não demorou muito para que as lágrimas começassem a cair.
Faça alguma coisa! Rony está em perigo!
Cada minuto era sagrado e, ela sabia disso. Mas sua mente não estava ajudando. Mesmo que seu cérebro mandasse alguma coisa, seu corpo parecia não obedecer; estava em choque por completo.
Ela tentou dizer alguma coisa que a encorajasse, mas não saiu nada de seus lábios que entendesse. Algo inteligível.
Vamos, Vamos, Vamos!
A única coisa que ela, depois de eternos dez minutos conseguiu fazer, foi alcançar seu celular dentro da bolsa – que estava ensopada de água ao seu lado - e discar para a casa de Harry.




Trimmmm. Trimmmm. Trimmm.

Ele resmungou alguma coisa, sua mente trabalhando mais vagarosamente que o seu normal sonolento. Maldição, o que quer que fosse aquele barulho, que parasse logo de uma vez, ele queria dormir.
Os pequenos cinco segundos não foram o suficientemente silenciosos, quando a barulheira começou de novo.

Trimmmm. Trimmmm. Trimmm.

Maldição! Harry ficou se perguntando se aquele barulho era do despertador. Pensou que, quando acordasse, o tacaria pela janela. Mas a preguiça e o cansaço em seu corpo o impedisse de fazer qualquer movimento.
Ele pensou que Gina, que estava ao seu lado dormindo como um anjo pudesse fazer alguma coisa, mas sabia que ela estava tão acabada quanto ele, ainda mais depois de tudo que fizeram...

Trimmmm. Trimmmm. Trimmm.

Ele desistiu de ficar esperando que a merda do despertador ficasse em silêncio; virou um murro contra o criado-mudo, e gemeu de dor ao pegar na madeira. Não tinha despertador algum ali.
_O que diabos ta acontecendo? – Gina perguntou sonolenta, depois de se sobressaltar com o barulho do murro.
_Eu pensei que era o despertador que estava tocando. – só então ele percebeu que estava variando durante o sono. Ele havia destruído o despertador no mês passado, da mesma forma que faria se ele ainda existisse ali.
_E o que esta tocando? – a ruiva perguntou, sentando-se na cama e esfregando os olhos.
Harry ficou um tempo em silêncio, tentando lembrar que som era aquele, até que deu um tapa na testa e grunhiu.
_Puta merda, meu celular!
Jogando os cobertores para o lado, Harry deu um pulo para fora da cama e começou a procurar por suas calças, visando o chão.
_Harry? – Gina o chamou, num tom engraçado.
_O que?
_Suas calças estão na cadeira.
Definitivamente, sono e Virginia Weasley lhe causariam um grande problema. Ele nunca fora tão distraído como estava sendo. Ela lhe causava uma canseira, e o sono lhe causava preguiça.
Quando achou o celular, atendeu uma mulher quase aos prantos. Afastou o telefone assustado quando o som alto invadiu seus ouvidos, por causa do viva-voz. Gina, que até então estava calma e manhosa na cama, arregalou os olhos e olhou-o de forma preocupada.
_Harry Potter.
_Harry! – a mulher parecia estar fazendo um belo esforço para falar, Gina notou. – Vá para o hospital... Agora!
Ela até então, não havia reparado que a voz era de Hermione. Seu coração acelerou na hora e ela pulou para fora da king size.
Harry, por sua vez, não estava assustado. Na verdade, seu semblante ficara terrivelmente sério e Gina, pela primeira vez, tremeu ao ver seu olhar ir de encontro ao dela.
_Hermione, o que aconteceu? – ela perguntou, mas Harry não esperara resposta.
_Estou a caminho – sua voz não passou de um sibilo, e ele desligou o aparelho, levantando-se em seguida. – Se vista – disse friamente a Gina, que continuava não entendendo.
_Harry, aconteceu alguma coisa com o meu -.
_Se ficássemos perguntando detalhes para Hermione, talvez não tenhamos tempo de saber antes que seja tarde demais. – Harry a cortou, enquanto colocava as calças e, sem paciência de procurar uma camiseta, conjurou uma em sua frente, vermelha.
Era estranho ele ter esse tratamento com ela. Era óbvio que ela já havia ouvido falar como ficava o temperamento dele quando mexiam com as pessoas que amava. Mas ver certas coisas ao vivo era muito mais assustador. Seu olhar parecia como de um comensal. Aquele olhar que mataria se necessário.
Quando Gina colocou uma blusinha rosa, leve, Harry a segurou pelo pulso e disse:
_Não vamos de carro. Aparate no corredor e fique de guarda no quarto de seu irmão. Não me espere.
_Harry, o que -.
_Sem perguntas. – cortou-a e, dando as costas, aparatou. Ela ficou cerca de dois eternos segundos, pensando até seguir a ordem dele. O que quer que fosse, era melhor para sua vida e segurança.




Ela odiava hospital. Odiava mesmo. E odiava muito.
Odiava ainda mais quando ele estava completamente deserto, especialmente quando ela era obrigada estar ali, sem entender, fazendo guarda e acima de tudo, sozinha.
Ela só queria entender. Se seu irmão tinha piorado o estado –ela bateu no batente da porta – era Hermione que tinha que salva-lo, não ela ficar fazendo guarda. De que isso ia resolver?
É claro que a idéia absurda de que os Comensais poderiam querer acabar com o que haviam começado em Rony passou pela sua cabeça, mas seu irmão não havia feito nada, ela sim.
Estranhamente, a idéia dos Comensais pareceu não ser tão absurda assim. Seu coração começou a acelerar e sua mão foi instantaneamente para a cintura. Ela havia esquecido o coldre com a arma.
_Maldição! – grunhiu. Não que ela não pudesse usar a varinha, afinal, sempre fora a melhor em feitiços que qualquer um, mas, nem sempre poderia ser tão rápida assim.
Cecília. Oh sim, aquela maluca poderia lhe trazer uma arma e ficar de guarda ali com ela. Claro que a amiga iria xingá-la por ter que acordar cedo, ficar de madrugada e tudo o mais já fazia mais de três dias.
Mas que se foda, pensou Gina. Ela simplesmente não queria ficar ali sozinha, já que o grande idiota do Potter estava em algum lugar onde ela não sabia.
Ela desceu a mão para alcançar o celular, mas parou no mesmo lugar quando ouviu passos. Não que fizesse diferença.
Não faria diferença se ela não soubesse distinguir quando eram mais de três pessoas, que andavam em passos nervosos e cochichavam coisas.
E aqueles passos não eram de Harry, tampouco de Hermione.
Ela desceu a mão para onde costumava deixar a varinha presa, e para sua enorme decepção, esta não estava lá, como costume.
_Oh, maravilha. – murmurou consigo mesma, começando a ficar furiosa. Diabos, ela havia esquecido tudo.
Seu coração começou a palpitar cada vez mais rápido. Ela lançou um breve olhar para o corredor e não achou nada que pudesse ajudá-la a se defender. Muito menos a defender a porta onde seu irmão estava inconsciente.
Xingou-se eternamente por ser tão estúpida a ponto de deixar que Harry mexesse tanto com ela a ponto que ela ficasse esquecida e desorientada.
Apurou os ouvidos, mas não parecia mais tão necessário quando, agora, os Comensais da Morte não pareciam tão preocupados em fazer silêncio. Um deles fez questão de chutar a porta que dava a escadaria e aparecer com a varinha apontada.
Maravilha, ela pensou, mal humorada. Ela estava desarmada completamente e agora tinha um bando de idiotas prontos para matá-la. A vida podia ser um quebra cabeças odioso, às vezes.
_Olha só, parece que a mensagem surtiu algum efeito. – Um outro comensal apareceu por trás do primeiro, rindo sob a mascara. – A doutora correu para contar a pessoa quem nós justamente queríamos encontrar.
Havia desdém na voz do homem e Gina fechou os dois punhos e os ergueu, em posição de ataque. Tudo bem, era uma atitude idiota quando eles podiam muito bem lhe lançar uma maldição imperdoável, mas ela de jeito nenhum ia se render.
Um plano, um plano. Maldição, eu preciso de um plano!
Ela ergueu o queixo, mesmo que em desvantagem.
_Pois é, mas a inutilidade de vocês é tão grande que o aviso surte mais susto do que os próprios remetentes, que são um bando de incompetentes. – ela soltou um sorrisinho de canto, enquanto uma mecha ruiva caia em seus olhos.
_O que você disse, sua vadia? –um dos comensais perguntou, com repugnância.
Aquilo fez o semblante de Gina fechar. Ela odiava, completamente, aquele tipo de palavreado, principalmente quando as pessoas mais inferiores, mais inúteis e mais otárias faziam isso. Cho era uma vadia, ela não.
_Vadia é a puta que te pariu – ela respondeu grossa. – E eu sabia que vocês eram burros, mas não ao ponto de eu me ver na obrigação de desenhar a vocês o que exatamente eu disse. Tão burros que poderiam ter me atacado sem fazerem barulho, sem dar aviso de que haviam chegado seus imbecis. Mas não, vocês são tão incompetentes que nem soltar um peido sem avisar a todos vocês conseguem.
Um dos comensais pareceu finalmente ter se irritado, quando ela reparou que este aparatara e, numa pequena fração de segundo – o que para Gina levara uma eternidade – ele estava atrás de si, puxando seus cabelos de encontro a si.
Gina grunhiu, mas por orgulho ela não abriu a boca para gritar ou reclamar.
_Você não é porra nenhuma para falar sobre qualquer um de nós. Não quando você se mostrou tão ridícula no barraco, vulnerável a qualquer toque que o Mal -.
O Comensal não conseguiu terminar o desaforo contra Gina. Em um minuto ele tinha total controle da situação e, no outro, estava sem ar graças ao murro bem dado que ela lhe aplicara e, sua cabeça indo em direção ao vidro da janela, que se espatifara no chão em um barulho agudo e alto.
O impacto fora tão forte que o comensal caíra inconsciente no chão. Os outros comensais pareceram furiosos, quando começaram a avançar.
Na verdade, não eram muitos. Eram cinco gatos pingados, contando com o que estava caído no chão.
O que tinha que ser, seria, Gina pensou enquanto tentava limpar a mente a procura de um feitiço na qual não precisasse de varinha e pudesse salvar sua vida.
O que não foi preciso em muito tempo. Gina estava prestes a fechar os olhos quando viu dois comensais caírem no chão – enquanto um deste era lançado contra a parede – e o outro simplesmente ficara parado e caíra, intacto, como pedra. Atrás deles, apareceram Harry e Hermione.
Harry parecia furioso enquanto Hermione, atônita.
_Deus do céu, Gina, você está bem? – ela gritou, assustada, não se importando com os outros dois comensais que avançavam sobre ela, ao ver que ela havia baixado a guarda.
_Ai cacete, HERMIONE! – Harry jogou seu peso contra a amiga, fazendo com que ela batesse o corpo contra o chão frio do hospital, protegendo-a de dois ataques simultâneos de Avada Kedavra.
O Comensal, furioso, adiantava-se na direção dos dois, enquanto Harry rolava com a amiga para um lugar seguro. Quando Harry encostou Hermione na parede e ia se levantar, ficou frente a frente com o comensal, de varinha erguida.
_É agora que eu ganho toda a glória para o mestre – ele disse de uma forma radiante.
Estranhamente, o Comensal ficou em silêncio e virou-se ao sentir algo cutucando suas costas. Em menos de dois segundos, sua cabeça estava sendo prensada entre a parede e o extintor de incêndio que Gina, que havia aparatado de um lugar para o outro em uma fração de meros segundos, segurava entre as mãos, como um bastão de beisebol.
O Comensal caiu inconsciente, mas Gina não quis ser pega desprevenida; deu-lhe um chute fazendo com que a cabeça do bruxo batesse entre o extintor e o chão de tal forma que fez um barulho muito estranho aos ouvidos de Hermione.
Na verdade, para Hermione aquilo tudo estava acontecendo muito rápido. Desde os tempos de Hogwarts, ela nunca mais estava metida em situações de risco, então ela parecia completamente desorientada. Harry já estava ao lado de Gina, proferindo um feitiço africano contra o Comensal restante, transformando-o em um pernilongo. Gina bateu o pernilongo com as duas mãos, prensando-o.
Eles se entreolharam por um instante, antes que – para a infelicidade de Hermione – começassem a gritar um com o outro.
_Como você pode ser tão imbecil ao ponto de esquecer a varinha?
_Eu provavelmente não teria esquecido se você não tivesse me pressionado e me assustado, Potter!
_Você é uma auror Weasley, tem que estar preparada para todo o tipo de situação!
_Eu nem ao menos tive noção de que situação eu iria enfrentar porque você sequer teve a vontade de usar essa sua droga de cérebro desmiolado para me dizer, infernos!
_De qualquer forma, você deve ter ao menos aprendido na academia que nunca, jamais deve se deixar a varinha longe de mãos!
_Será que você não está me -.
_Ah, já chega! – Hermione fez sua voz sobressair-se da dos dois, fazendo com que eles olhassem com cara feia para a doutora. – Será que vocês não lêem placas? –ela apontou para uma placa atrás dela – “Proibido escândalos no hospital”! – ela repetiu as palavras, sua face ficando avermelhada. – E, vocês dois podem estar nervosos por causa desse tipo de situação, mas também não é pra ficarem se afastando, ao contrario, é agora que vocês deveriam estar mais unidos do que nunca!
Gina ficou um pouco envergonhada. Harry, nem um pouco.
_Hermione, coloque-se no meu lugar, por favor? Eu tenho que pensar por duas pessoas!
_E não consegue pensar nem por si próprio. – Gina retrucou numa careta ofendida e sarcástica.
_Quer calar a sua boca?
_Chega! – Hermione dessa vez gritou. – Vocês dois, deveriam se envergonhar dessa atitude! São dois aurores com uma perícia das mais incríveis, e formados nas melhores academias e, por outro lado, estão agindo como duas crianças infantis e idiotas! Usem pelo menos um pouco do que vocês aprenderam ao invés de tentar atingir um ao outro com palavras.
Harry ia abrir a boca, para argumentar mais uma vez. Estava muito nervoso e queria é que as duas ouvissem o que ele tinha a dizer, mas Gina o segurou forte pelo braço, mais séria que antes e murmurou:
_Shh. Ouça.
Eram mais passos. Na verdade, era de umas dez pessoas, desta vez. Mas elas estavam se movendo...
_Pelas paredes? – Harry indagou, em forma de sussurro, arqueando a sobrancelha, indignado.
Gina molhou os lábios com a pontinha da língua, olhando furtivamente para o chão enquanto sua mente trabalhava de forma rápida.
_Eu já os vi fazerem isso uma vez. – sem dar mais explicações, disse sem olhar para Hermione – Quando eu e o Harry entrarmos, você entra entre nós dois e faça de tudo para tirar o Rony do quarto, me entendeu?
Hermione parecia ter entendido. Harry praticamente boiou.
_Gina do que diabos -.
_Eu vou dar cobertura a Hermione, já que estou sem varinha. Você dá cobertura a nós duas até colocarmos meu irmão em segurança. – ela o interrompeu, parecendo impaciente. – Ao meu sinal... – ela ouviu um passo mais próximo. – Agora!
Ela simplesmente jogou seu corpo contra a porta, com um feitiço já em lábios. Ao mesmo tempo em que Gina entrava, o barulho das duas janelas do quarto de Rony se quebrando fez com que Hermione ficasse pouco desorientada, mas não desencorajada. Caíram dois comensais, um de cada lado.
As íris de Gina ficaram de repente tão negras quanto à escuridão, enquanto ela murmurava o feitiço com uma voz de quem sentenciava a morte:
_Luftmangel - inicialmente, o comensal ficou parado, a encarando. Depois, veio o ataque de riso dos dois comensais. Eles a encaram como se ela fosse maluca.
_Ela ta pensando o que? Que é feiticeira? – um deles riu como louco – Elas foram extintas há séculos!
_Hermione – a ruiva murmurou. O olhar dela não desprendia de nenhum dos dois comensais, enquanto uma pequena névoa negra se formava sob seus pés. Harry a encarou confuso. Aquele feitiço, ele havia aprendido na academia e sabia muito bem os efeitos para quem era atingido. Mas a verdade era, que apenas feiticeiros conseguiam realiza-lo porque os bruxos normais sofriam efeitos colaterais gravíssimos como o feitiço voltar-se na verdade contra o próprio.
No mesmo instante, os dois comensais caíram, de joelhos. A névoa aos pés de Gina aumentou e foi em direção a eles dois, rodeando-os para em seguida invadir-lhes a garganta. Eles arregalaram os olhos e levaram as mãos à mesma. Harry abaixou o rosto. Era uma maldição alemã, e de fato, uma das piores. Você sentia cada parte, por mais insignificante que fosse, de sua garganta grudando uma as outras e em seguida, estourando. Em seguida, isso corria até os pulmões, fazendo com que esses grudassem um ao outro, enquanto o coração inchava. Em questão de segundos, o coração explodia e os pulmões rasgavam, e a pessoa caia ali mesmo onde estava, com os olhos abertos e em órbitas.
E fora exatamente o que aconteceu. Não demorou nada para que os dois comensais estivessem mortos no chão.
Gina fechou os olhos e cambaleou para trás.Toda a névoa desaparecera. Por um instante Harry pensou que ela fosse desmaiar, então a amparou nos braços, mas não demorou muito para que ela os abrisse e, saindo dos braços de Harry, cambaleasse até Hermione para ajudá-la a carregar a cama com o irmão para um local seguro.
_Harry, chame ajuda, se não percebeu, ainda tem mais oito. – Hermione pediu suplicante.
_E deixar vocês aqui, vulneráveis? – ele sabia que Gina poderia lidar com aquela situação facilmente, se tivesse condições. Mas mesmo não demonstrando, aquilo acabou com ela.
_Eu posso lidar com isso. – Gina disse prontamente, mesmo que seu estado não dissesse o mesmo.
_Não Gi, não pode. E eu não vou sair daqui. Eu já pedi ajuda. Antes de vir para cá.
_O que? – Gina perguntou aparvalhada enquanto abriam à porta do quarto. Em seguida ela entendeu.
Havia cinco comensais no chão, amarrados como porcos em dia de sacrifício; os pés e as mãos amarradas juntas, para cima. Os outros três estavam no chão, mortos. Cecília, Lucas e mais um auror – um mestiço novato – estavam encostados na parede, com varinhas em punho.
Gina deixou o queixo cair. Cecília sorriu.
_E você ia mesmo me deixar fora da diversão, ruiva? – ela perguntou, com um sorriso debochado.




_Os Comensais capturados estão sendo interrogados – Cecília disse após fechar a porta atrás de si. –Duarte está a caminho, junto com meu irmão.
Harry estava sentado na cadeira, com os cotovelos servindo de apoio para a cabeça enterrada nas mãos.
_E os comensais mortos? – Lucas indagou.
_Onde você acha que estão Lucas? Em Miami tomando um solzinho?
O moreno riu divertido, por mais que Cecília não estivesse brincando; na verdade, estava era muito séria. Harry deu um longo suspiro.
_Gina está bem?
Ele não parecia o mesmo galinha que Gina se referia nos tempos de Academia, ou quando ela era sua parceira por ser a novata e Gina ter mais experiência. Ele parecia ser alguém interessante, que se preocupava com as pessoas que amava e preocupado. Ele também não parecia o desgraçado incompreensível. Parecia era muito carinhoso com ela, principalmente com ela; aquela ruiva maluca.
_Ela está na enfermaria, parece que o feitiço teve um pequeno efeito sobre ela.
Imediatamente, ele se levantou assustado.
_Eu vou vê-la.
Antes que Cecília pudesse dizer alguma coisa, ele já havia fechado a porta. O homem era incrível em relação à velocidade.
_Me lembre de nunca competir corrida com ele, Lucas. – Cecília comentou, enquanto o homem que amava ria novamente, divertido.




_Já disse que eu estou bem, merda. – ela murmurou enfezada pela trigésima vez, sem sucesso. A enfermeira a obrigava engolir poções e algodões molhados a uns líquidos fedidos tentavam voar em cima dela, tentando limpar os cortes adquiridos pela maldição. Ora, eram sós cortes, aquilo não iria matá-la. Até mesmo feiticeiros na idade antiga acabavam tendo que arcar com essa pequena conseqüência no fim.
Por fim, a enfermeira desistiu quando Gina deu um berro com ela, dizendo que ela estava bem e queria sair dali. A mulher simplesmente deu as costas e disse que precisava ver se a poção no caldeirão estava pronta para as tonturas.
Ela encostou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos. Tontura era algo que duraria pelo menos meia hora. A ruiva suspirou passando o dedo levemente contra o corte profundo em sua bochecha, agora limpo.
Ela ouviu um barulho de porta se fechando com força e passos pesados. Não, de novo não, ela pensou. A adrenalina ainda corria viva em suas veias, mas ela não estava preparada para um segundo round.
_Gi?
Ela abriu os olhos levemente. Harry estava curvado sobre ela, com um olhar altamente preocupado.
_Você não veio com mais poções, veio? – ela perguntou debilmente, o fazendo esboçar um sorriso.
_Deus do céu ruiva, você é louca, desmiolada, desorientada?
_Também te amo. – ela disse pouco irônica, tentando se sentar. Ele a ajudou, enquanto ela colocava a mão na testa.
_Gina, aquilo era feitiço perigoso!Por sorte, pura sorte, não voltou de volta para você.
_Harry, você ta “por acaso” dizendo que eu não sou capaz de proferir um feitiço daquele?
_Gina, não é isso. – o tom dele parecia preocupado. Gina gostou daquilo. Então ele havia se preocupado, hã? – Feitiços alemães geralmente não são usados por que são antigos e somente proferidos por feiticeiros.
_E também os mais poderosos, eu sei. – ela sorriu. – Harry, eu sou a sétima filha, a única mulher. Tinha que ter alguma coisa em especial. Porque você acha que eu era a melhor em feitiços em Hogwarts?
Ele fez um bico.
_Você é feiticeira e não me contou?
_Não, não. – ela sorriu e acariciou o rosto dele. – Tenho só um pouco de sangue feiticeiro. Não sou por completo. Mas posso proferir um feitiço simples desse e só sofrer alguns arranhões. Existem certos feitiços de magnitude muito maior.
_Feitiço simples? Poucos arranhões? Pelo que a enfermeira me disse, suas pernas estão todas com corte profundo.
_Bah, isso sai. – ela deu os ombros, indiferente.
Ele sentou-se ao lado dela, fazendo-a apoiar a cabeça em seu ombro. Gina fechou os olhos e respirou fundo. Ela se sentia tão segura quando estava ao lado dele que não conseguia compreender a perfeição que era cada momento com ele.
_Nunca mais me faça passar um susto desses. Eu sabia os efeitos desse feitiço.
_Você ficou preocupado, Harry?
_Preocupado? Eu quase borrei as calças! Você parece uma múmia retornando a vida quando profere aquele feitiço.
Ela riu com a comparação, dando-lhe um tapinha na perna.
_Imbecil.
Ele sorriu e, gentilmente depositou seus lábios sobre os dela.
O que era para ser um simples beijo acabou se tornando algo quente e com paixão. Gina havia entreaberto os lábios e o provocado para que ele acendesse a vontade de tê-la mais e mais.
Mas não numa enfermaria, enquanto a enfermeira estivesse ali.
_Mas que pouca vergonha é essa?
Harry deu um pulo e isso acarretou de quase cair da maca. Gina olhou para o teto, como se a conversa não fosse com ela.
_Vejam só! Dois adultos e não tem nem auto controle de suas próprias ações. Pensei que fosse mais consciente de suas ações, Senhor Potter! – a enfermeira o repreendeu muito zangada.
_A senhora pode ter certeza que -.
_De que isso não vai acontecer novamente. – Gina o cortou, porque sabia exatamente o que ele ia dizer. “A Senhora pode ter a certeza de que se eu não tivesse o controle de minhas ações, sua paciente já estaria bem distante daqui, em meus braços e fazendo uma coisa muito mais divertida que tomar poções”. Ela sabia, ele já havia dito isso no sétimo ano dele, quando entrara em uma briga com Malfoy num jogo de quadribol e por Malfoy fazer erro de cálculos, a bola acertar a cabeça dela ao invés da de Harry, que estava trinta metros de distancia dela.
_Eu espero que sim. Agora, Senhor Potter, o senhor pode se retirar imediatamente. A Senhorita Weasley precisa repousar.
Há muito custo, Harry saiu da enfermaria (ele fora enxotado pelos berros da enfermeira dizendo que o transformaria numa salamandra de bolinhas rosa).
Então começou a correria. Enquanto Gina repousava, Duarte aprontava o maior escarcéu, correndo de um lado para o outro, furioso.
Era uma ligação atrás da outra no celular. Com uns ele tinha a fala mais mansa, com outros ele parecia o demônio em pessoa.
Ao desligar a vigésima ligação, ele se voltou para Harry.
_Potter, na minha sala, agora!
Harry entrou, sem pestanejar. Não estava nem um pouco a fim de discutir com o chefe, por isso, sentou-se na poltrona enquanto o chefe sentava-se a sua frente, furioso. Abriu uma garrafa, colocou uma generosa quantidade de uísque num copo e virou numa tragada só. Harry apenas o fitou.
_O que aqueles vermes queriam Potter? Virginia ou Ronald?
_Eu é quem vou saber? Eu tenho por acaso uma tatuagem de cobra com crânio no meu braço?
E assim começou. Uma série de perguntas intermináveis que Duarte fazia, obrigando Harry a responder. Meia hora de perguntas que duraram, para ele, a vida toda e sua próxima reencarnação.
_Eu não consigo entender! – dizendo isso, ele virou mais um copo. O quinto copo. – Eu não consigo entender o que aqueles filhos da puta realmente querem! O que eles pensavam em fazer no hospital? Matar Ronald?
Harry saiu da sala uma pilha de nervos. No caminho, encontrou um rapaz com aparentando ser pouco mais novo que ele, com os cabelos negros e os olhos parecendo um par de jabuticabas. Estranhamente, ele lembrou Sirius Black na juventude.
Lucas estava falando no celular de Cecília, em tom baixo. Resmungou coisas em francês, e depois balançou a mão freneticamente. Resmungou algo – em um tom mais alto – de forma bem arrogante e desligou o telefone.
Harry fez um aceno com a cabeça quando o rapaz lhe dirigiu o olhar.
_Algum chefe francês estava tentando te arrancar o coro? – o auror francês sorriu.
_Não. Era uma chefe da justiça particularmente folgada que estava dizendo sobre o pedido de liberdade que eu ainda estou sendo obrigado a responder.
Segundos depois, o celular voltou a tocar, e quando Lucas atendeu, Harry conseguiu ouvir as palavras da moça mesmo que estivesse distante:
_Ora, Lucas Preston! Ainda faço um favor a você e a Cecília e você ainda dá um de grosso em cima de mim? Seu francês folgado! A próxima vez que eu te encontrar eu... Eu te dou um peteleco no meio da sua fuça!
Lucas resmungou algo como “sua baixinha folgada” antes de falar:
_Okay, perdoe-me por cometer o pior pecado da minha vida, Thamires.
_Ainda é irônico comigo! Deixe estar, seu... repolho desnutrido! Você me paga! Agora sim, que você saiu de Azkaban, eu tenho todo o direito de falar um monte. Quero meus cem galeões de volta, seu caloteiro!
_Thamires?
_O que você quer?! – ela gritou do outro lado da linha.
_Depois você fala com a Cecília... Passar bem! – e dizendo isso, desligou o celular, bufando.
Harry achou muita graça naquilo. Minutos depois, Cecília apareceu com uma cara muito amarrada.
_Por favor, se aquele estrume a qual eu tenho a infelicidade de chamar de irmão aparecer e tentar me interrogar, por favor, digam que estou morta e neste exato momento estou lhe mostrando um dedo nada educado e subindo aos céus! – ela exclamou, agitando as mãos, furiosa.
_Você foi ver a Gina, Lia? – Lucas perguntou tentando mudar o assunto antes que ela começasse um discurso sobre como o irmão lhe torrava as paciências.
_Eu tentei, mas aquela enfermeira parece mais um sargento do que uma enfermeira, Deus que me livre. – ela resmungou. – Ela só deixou o Potter entrar porque ela tem uma queda para homens de olhos verdes, vê se eu posso com uma coisa dessas? Pra mim ela simplesmente disse ‘suma daqui, sua francesinha ignorante’. Ela nem me conhece e me chamou de ignorante! Pois eu lhe dei uma lição muito bem dada e -.
_Ah, Deus. O que você fez Cecília Renard? – Lucas deu um tapa na própria testa.
_Nada de muito grave. Só a azarei. – disse displicente.
_Você o quê?
_Só o feitiço das pernas bambas, o que tem de mais? – ela disse como se aquilo tivesse sido a coisa mais idiota do mundo. – Aliás, Gina sai dentro de dez minutos. – ela mudou de assunto com a velocidade da luz, dirigindo-se à Harry. - Acho bom você voltar com ela para casa, Harry, não vai ser bom para a saúde dela e nem sua paciência se ela for interrogada por dois aurores em pilha de nervos.
Harry assentiu, enquanto Cecília afastava-se com Lucas de mãos dadas. Fosse o que fosse o passado daqueles dois, o ar que transmitiam era de que os dois eram completamente diferentes mas, se algo acontecesse, nenhum dos dois hesitaria de matar o pobre infeliz.
Harry encostou-se na parede, colocando a mão no bolso do jeans surrado. Os cabelos negros pareciam mais bagunçados que nunca, e a camisa branca estava pra fora da calça. Mesmo assim, estava cansado demais pra se importar com ele. Sua única preocupação era Gina.
Dez minutos passaram, e ele encarou o corredor, vazio.
_Mas, a Cecília disse – murmurou a si mesmo, confuso.
_Harry.
O moreno sobressaltou-se, encarando a ruiva atrás de si, com um sorrisinho fraco no rosto.
_Diabos, Gin, meu coração não é de ferro! – resmungou, passando a mão pelos cabelos negros.
Ela sorriu doce, enlaçando-o pelo pescoço.
_Desculpe, pensei que não estivesse distraído.
Ele poderia até tentar fingir que estava bravo com ela, mas, como era possível, se ela o encarava com aqueles dois enormes olhos âmbar?
_Pois bem, vamos para casa.
Ela o encarou, confusa.
_Pensei que Duarte queria me interrogar. Ivon passou na enfermaria poucos minutos atrás falando isso.
O semblante de Harry fechou.
_Não. Você vai para casa e vai descansar.
_Mas, Harry, eles vão ficar putos da vida se isso atrasar as investigações e -.
_Se eles ficarem putos – ele comentou com frieza – que venham arranjar briga comigo. Mas você vai para casa e vai descansar para amanhã estar recuperada, me entendeu?
Ela piscou para ele. Okay, não parecia muito bom contradize-lo.
_Sem problemas.
Aquilo pareceu suavizar o semblante do moreno. Ele a enlaçou pela cintura, caminhando até o fim do corredor.
_Aliás...
_O quê?
_Existem inúmeras coisas que podemos fazer em casa que aqui não podemos. – ela lançou um rápido olhar para ele, mas o suficiente para ver um sorriso malicioso nos lábios.
_Como o quê? – ela arqueou a sobrancelha e sorriu.
_Posso estar fazendo bobagem com uma mulher linda e nua na minha cama, coisa que aqui eu teria de ser obrigado a aturar um velho barrigudo enchendo a minha cara cuspe de tanto que berra.
Gina riu, encostando a cabeça no braço dele enquanto caminhavam.
_E quem disse que eu vou estar nua? – provocou.
_Quando chegarmos lá, você vai ver. – ele finalizou, com um sorriso na face. Por mais que tudo estivesse de pior acontecendo ao redor deles, ele estava tranqüilo por ela estar do lado dele, sorrindo e o abraçando.


continua...




N/A2: *Fugindo de mais um monte de tomate pelo capitulo estar um lixo* Naum tive culpa! Foi culpa das provas x.x' ultimamente, a ultima coisa que eu estou pensando é "nota de corte... nota de corte... nota de corte" pra eu poder entrar no colégio federado =P~
Ah, e um avisim... Quando a TdP tiver entrando em reta final, eu vou postar minha outra nova fic *-* (Na Sombra do Inimigo)
Mas eu dou um toque quando publicar ^^
Bjinhus ^^
Tammy *sai fugindo das bombas, tiros e tomates, melancias e todas as outras frutas)

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