O Momento Tão esperado ( Para



Tinha sido demais. O garoto loiro perdeu a paciência e preparou-se para lançar um feitiço. Elphias, porém, já estava pronto. A luz do encantamento estava prestes a ser formada na ponta de sua varinha, quando ele foi paralisado. Alvo havia utilizado um feitiço de imobilização no amigo. Isso lhe custou sua própria varinha. O garoto loiro a repeliu com um feitiço de desarmamento. Alvo, porém, já tinha as palavras prontas: “ Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão!”

Isso foi o suficiente para fazer os garotos baixarem a guarda. Em segundos, Alvo havia recuperado sua varinha e voltado a sentar no banco. Foi então que a mulher que carregava guloseimas pelo trem passou na frente daquela cabine. “Algum problema, meninos?”, perguntou a bruxa. “ E é assim que se vence um duelo”, disse Alvo, “Agora que eu já mostrei, vocês podem voltar para sua cabine. Esse ato fez com que todos os garotos estranhos saíssem daquela cabine e voltassem, de fato, para as suas cabines de verdade. A mulher das guloseimas foi embora. Nem Alvo e nem Elphias compraram doces. Alvo desimobilizou o amigo e apontou sua varinha em direção à porta. Segundo seu livro de feitiços, uma simples palavra poderia protege-los do importúnio dos garotos.

“Colloportus!”, gritou Alvo, e a porta fechou-se e trancou-se na frente de seus olhos. Elphias perguntou: “Como você me paralisou sem falar nada?”. Alvo respondeu: “ Não é só pensar no que se quer?”. Elphias não soube responder. Alvo apenas perguntou: “Sem problemas por eu ter te imobilizado?”. “Claro que não”, respondeu Elphias.

Trocaram de roupas, e, logo em seguida, o trem começou a perder velocidade. Parou completamente. Todos os alunos começaram a descer do trem, exceto Alvo e Elphias, que esperavam para poderem desfazer o feitiço tranca-portas sem ter que dar justificativas. Quando os outros alunos desceram, Alvo desfez o encanto e os dois rumaram em direção ao lado de fora. Como eram os últimos, não tinham idéia de quem os estava guiando, ou para onde. Foi então que notaram que todos os alunos estavam entrando em pequenos barcos à beira de um lago. De quatro em quatro, eles se dividiram. Alvo entrou em um barco com Elphias e duas meninas, uma de cabelos loiros e olhos verdes chamada Stella, e outras, de cabelos castanhos curtos e olhos castanhos, de nome Julia. Os barcos rumavam me direção ao grande castelo, e Alvo mirava cada torre, cada pequena janela reluzente, com uma curiosidade aniquiladora. Uma sede de aprender tomava conta dele mais uma vez. E assim foi até que os barcos pararam do lado oposto do Grande Lago.

Todos os alunos, Alvo notou, eram do primeiro ano. Estava prestes a comentar isto com Elphias, quando um professor alto e de ar pérfido se fez presente à frente de todos, iluminado à meia luz pelas tochas refulgentes de Hogwarts. O homem falou, em tom ríspido e ar superior, “ Dêem uma boa olhada, alunos novos. Vocês devem fazer uma fila e me acompanhar.”. E assim foi feito. A fila atravessou os portões, protegidos por duas grandes estátuas de javalis, uma de cada lado, atravessou terrenos, subiu a primeira escadaria. As malas, deixadas em uma pilha perto da porta do Salão Principal, sabia Alvo, seriam carregadas para os dormitórios. As grandes portas do Salão abriram-se, revelando todas as cinco mesas do Salão, juntamente com o teto encantado e os fantasmas flutuantes.

Os alunos novos, em sua maioria nervosos, pararam ao centro do Salão. As portas atrás deles fecharam. Foi então que Alvo avistou um pequeno banco de três pernas, em cima do qual encontrava-se um chapéu muito velho. Alvo notou, como na plataforma nove e meia, que havia uma certa dose de magia no chapéu. Obviamente, não poderia dizer quanto, mas sabia que tratava-se de um artefato mágico. Era óbvio, também, que seus colegas, inclusive Elphias, não enxergavam, tal efeito de luz. Queixavam-se de que havia um chapéu velho no banco. Contudo, foi com grande surpresa que um rasgo fez-se presente e o chapéu começou a cantar sobre a estrutura de Hogwarts. Falou sobre as Casas e o sistema de pontos. Quando terminou, uma salva de palmas, e, em seguida, silêncio. O professor pérfido começou a chamar os nomes de alunos, que sentariam no banco, colocariam o chapéu sobre a cabeça, e seriam sorteados em uma Casa. O primeiro nome a ser chamado foi o de Stella Avengard, então Gabriel Lumiere, seguido de Sofia Dunst. A lista parecia não terminar. Foi então que, depois de passados alguns minutos, o professor chamou Elphias Doge, e então, por último, mas com certeza não menos importante, Alvo Dumbledore.

Alvo sentou-se no banco, colocou o chapéu, que tapou seus olhos e esperou. Um silêncio desesperador tomou conta dele. Foi então que o chapéu falou, apenas para ele, “ Você é daqueles que pode alcançar a glória por diversos meios. Um pouco controlado pelo próprio poder, mas com a cabeça no lugar. O que está esperando? GRIFINÓRIA!”.

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