As Ambições do Sr. Weasley




Gina após algum tempo parou de olhar para Hermione com cara de assustada. A mulher ruiva não tinha mais tantas sardas como na época de sua adolescência, a ruiva não fazia nada da vida, vivia às custas do marido. Hermione ficara olhando para os lados enquanto o silêncio aumentava. Até que Gina disse algo:

- Como andam as coisas, Mione? Não nos vemos a um bom tempo.- Hermione olhou para ela menos envergonhada, sua vontade era de responder grosseiramente por causa das provocações de Potter.

- Melhores impossíveis.- Mentiu ela e deu um sorrisinho fajuto - Sabe como é, viajar pelo mundo mágico defendendo o Ministério.

- Imagino.- A ruiva ficara mexendo em seu cabelo e olhava para o homenzinho barbado de um quadro, este fingia estar dormindo.- Rony me mandou uma carta semana passada dizendo que viria a esse congresso. Harry...- Hermione fez cara de nojo quando Gina citou o nome do Potter.- havia dito que viria também então decidi vir junto com ele. Ah... e a Lílian veio também.

- Acho que não conheço Lílian. Aposto que o Potter... digo, o Harry fez uma homenagem para sua mãe.- Hermione deu um sorriso falso, ela não queria mais falar sobre o assunto, porém Gina insistia. As “duas”(Gina) ficaram conversando alguns minutos sobre Harry e Lílian. Hermione tentava não transparecer a náusea que sentia só de falar em Harry Potter e sua família.

Após algum tempo, Hermione já não agüentava mais Gina, ela tentava mudar de assunto porém a ruiva continuava a falar mais e mais sobre eles, então Hermione percebera que não adiantava tentar mudar de assunto e o único jeito foi dispensar Gina de seu quarto.

- Gina, já é tarde, acho melhor você para o seu quarto sabe, preciso dormir para que eu esteja “inteira” amanhã.- Gina acenou com a cabeça, deu um beijo de despedida na bochecha de Hermione e foi se dirigindo a porta.
- Boa noite Mione, agente se vê por aí.- Ela abriu a porta e foi se retirando.

Após a saída de Gina, Hermione trancou a porta, se jogou na cama do hotel e dizia baixo para si mesma.

- Não vejo a hora de sair daqui.- Ela olhou para seu relógio de pulso e vira que não era tarde, pegou o resumo que fizera durante o primeiro dia de congresso e releu-o até adormecer.

Enquanto isso na Toca...

Derek olhava para o relógio da cozinha d’Toca, neste apontava sete horas da noite. Derek ajudava seu avô a consertar uma televisão trouxa velha que o Sr. Weasley ganhara no Natal passado de Gui. O Sr. Weasley não trabalhava mais para o Ministério por causa de sua idade avançada, por isso, vivia nas ruas trouxas de Londres afora.

- Derek, Derek. Você quer ir comigo amanhã andar de “métrio”?- O garoto olhou para o avô que parecia mais uma criança olhando para a televisão velha, admirando-a.

- Você quis dizer metrô.- Derek tinha a mesma mania de sua mãe, ficar corrigindo as pessoas - Será um prazer, “vô”.

- Que ótimo, que ótimo.- Disse o Sr. Weasley ansioso.- Agora, me diga uma coisa.- Começou ele a perguntar, Derek ficou vidrado no avô.- Outro dia eu fui abastecer o carro em um posto de “gasolinita” e pedi para o rapaz que veio me atender para me arranjar o combustível, então o rapaz encheu o tanque do meu carro e quando fui dirigir o maldito carro não pegou.- Derek esboçou uma risada baixa e Arthur ficou com cara de quem não entendera novamente.

- Você especificou o tipo de combustível, “vô”?- Perguntou o garoto, não era necessário ser sábio neste caso para saber o que aconteceria se colocasse qualquer tipo de combustível no carro.

- Eu só disse ao rapaz que queria que ele completasse com “gasolinita”, bem, acho que o carro não aceitou o combustível.- respondeu o Sr. Weasley enquanto tentava consertar a televisão velha.

- Seu carro deve ser a álcool.- Disse o garoto ajudando seu avô à consertar a televisão, até que Arthur deixou de mexer na antena da Tv. Os dois estavam na sala tentando melhorar a imagem da televisão trouxa que pegava mal, a imagem estava péssima.

- Oh... que beleza, é álcool então o nome do combustível.- O Sr. Weasley tentava melhorar a imagem, mas cada vez que mexia na antena a imagem ficava pior, então sem muita paciência, ele abriu a parte de trás da Tv e cortou um dos fios.- Isso deve resolver.

E a televisão trouxa acabara de pegar melhor, então Sr. Weasley sentou-se no sofá até que a Tv explodiu. Derek e Sr. Weasley olharam um para o outro, a cara de espanto de Arthur era tanta que ele nem se mexera. A Sra. Weasley ouvira o barulho da explosão da televisão e foi logo tirar satisfações com Arthur.

- Quantas vezes eu já lhe disse que isso não prestava! Só que estava na promoção dos trouxas...não é essa a sua desculpa Arthur Weasley?!- Enfatizou o “Weasley”- Você e suas ambições por objetos trouxas sem utilidade.- Disse ela com seu jeito bravo e depois olhou para Derek que parecia tão assustado quanto Arthur. Ela olhou para ele docilmente.- Derek, querido, venha comer, já está ficando tarde.

O garoto obedeceu-a, já que nunca se atrevera a responder para sua avó, ele se dirigia à cozinha enquanto a Sra. Weasley dava broncas e mais broncas em seu avô. Derek não estava com fome, por isso comera pouco. Ele ficara pensando em sua mãe que não lhe mandara nenhuma carta até então.

“Estranho, ela me prometeu que mandaria cartas e até agora nada. Tomara que não tenha acontecido nada a ela.” Pensara ele aflito.

Rony não havia voltado de Hogwarts também, tão pouco seus tios Fred e Jorge. O céu já estava escuro e cheio de estrelas, ele passara o dia ajudando seus avôs. Acabara de jantar e estava se dirigindo à sala...

CRAC

- Olha só quem temos aqui, tudo bem garotinho do titio?- Disse Fred rindo acompanhado de Jorge. Derek sorri e tentava passar por eles.- Nada disso, temos alguns servicinhos para você, Derekzinho.

- “Nada disso” digo eu, a última vez que vocês me ofereceram alguns dos seus “servicinhos” foi desinfetar o cheiro de bombas de bosta do estoque e foram quatro longos dias para eu ficar sem aquele cheiro de estrume. – Os gêmeos riram das caretas que o garoto fazia.

- Não foi tão ruim assim, sobrinho. Dessa vez é só você varrer a loja por três dias e lhe daremos uma boa recompensa.- Disse Jorge sinalizando com os dedos como se entre eles tivesse dinheiro- Sabemos que não anda fazendo nada.

Derek olhou para eles com desdém e deu uma risadinha sarcástica. Os gêmeos tiraram de seus bolsos dois pacotes de Kit Mata-Aulas e colocaram nas mãos de Derek. Ele devolveu aos dois os kits.

- Não necessito disso.- Os gêmeos se olharam por um momento e colocaram os kit novamente nas mãos do garoto.

- Sabemos que os quer, um dia irá necessitar deles.- Disse Fred- Você pode ficar com estes kits, é de presente. Mas olhe,- Derek ficava olhando para os tios até Fred completar o que dizia.- sem presentes de Natal. Ah... e se quiser fazer alguns pedidos na nossa loja, não vai mais se de graça, já que não quer fazer alguns servicinhos simples.

Jorge e Fred se afastaram de Derek e foram em direção a Sra. Weasley que estava na sala e já havia parado de dar broncas no Sr. Weasley. A Sra. Weasley os recebera calorosamente com um abraço enquanto Arthur estava sentado em uma cadeira da mesa de jantar e ouvia músicas ao lado do rádio que estava em cima da mesa. Derek aproveitou que todos estavam distraídos e subiu para o seu quarto. Chegando lá viu uma coruja com uma carta presa nem sua pata, ele foi até a coruja e retirou a carta que estava presa nela, a carta estava endereçada à ele e era de Hermione. Um alívio enorme invadiu o peito do garoto que não recebia notícias de sua fazia um dia, abriu a carta e lá estava um pergaminho não muito grande. Começou a ler a carta:



“Olá, querido, como está?
Estou com saudades de você, espero que esteja aproveitando esses seus dias de férias na Toca.
Só lhe escrevi para avisar que minha viagem foi tranqüila e que estou bem.
Espero que não receba está carta muito tarde, não precisa se preocupar que daqui a poucos dias estarei aí juntamente contigo e com seu pai.
Não vejo a hora de re-encontra-lo,

Hermione”


Derek leu o pergaminho meio confuso, pois sua mãe nunca lhe escrevera tão pouco como hoje, suas cartas sempre vinham recheadas de novidades e de surpresas, elas sempre escrevera linhas e mais linhas comentando sobre sua opinião sobre o congresso mas dessa vez não lhe dissera praticamente nada na carta. Ele pegou um pergaminho e respondeu a ela na esperança de que lhe viessem mais algumas notícias. Após isso, Derek abriu sua mala pegou sua varinha e o livro de feitiços já que não gostava de ficar sem nada para fazer, ele ficou fazendo feitiços até a chegada de Rony. Ele havia chegado muito tarde, estava todo encharcado e fazia barulho ao subir as escadas indo diretamente para o quarto escuro o qual Derek se encontrava.

- Olá.- Disse o ruivo totalmente encharcado.- Passou bem a noite passada?

- Na medida do possível, sim.- Rony se aproximou de Derek e deu apenas um aperto de mão, já que estava todo encharcado e se lhe desse um abraço iria encharcar o garoto também.- Esteve chovendo muito em Hogwarts?

- Esteve e muito.- Respondeu o ruivo tirando seu chapéu e sua capa e atirando-os em uma poltrona velha e empoeirada dali.- Estive conversando com Minerva hoje e fui à Hogsmeade pra visitar Fred e Jorge já que estava nas redondezas.- E tirou um charuto e um isqueiro dos bolsos de sua calça xadrez.- Não recebi nenhuma carta de sua mãe hoje, você chegou a receber alguma?

- Sim, mas sei lá, a carta estava meio esquisita. Parecia até uma das cartas do professor Longbotton.- Derek fez uma cara estranha e Rony virou-se para a janela fumando seu charuto.

- Pode ficar tranqüilo, filho não deve ser nada de mais. Sua mãe deve estar cansada, só isso.- Disse Rony tentando convence-lo.

Os dois conversaram até a madrugada, Rony contou-lhe sobre o que Minerva McGonagall queria dizer a ele e entre outros assuntos, Derek lhe contou sobre a proposta que seu tios Fred e Jorge lhe fizeram e Rony dera risada. Derek disse a Rony que no dia seguinte iria para o centro de Londres andar de metrô junto com seu avô. Os dois conversaram até dormirem, cada um em sua cama.

No dia seguinte, Derek e o Sr. Weasley foram para o centro de Londres. Eles andaram de metrô(o Sr. Weasley parecia uma criança em um parque de diversões), foram em alguns “pubs” trouxas , passaram em frente a algumas lojas de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, andaram por várias praças cheias de trouxas, enfim eles se divertiram.

Na Irlanda...

Hermione acabara de ir para o restaurante do hotel, tomar café da manhã, a comida estava posta em cada uma das mesas. Hermione se sentara em uma mesa longe da maioria das pessoas ali presentes, ela olhava para todos os lados enquanto comia isolada, até que um homem alto de olhos esverdeados e cabelos loiros aparecera ao seu lado e já estava se sentando junto à ela sem ao menos pedir permissão.

- Como vai Granger?- Perguntou ele olhando para Hermione de forma que não a incomodava. Ela não respondera de imediato.

- Bem e você, Malfoy?- Disse da forma mais amigável possível. Draco Malfoy não tinha mais cara pálida ele estava mais bonito e estava com o rosto muito semelhante ao de seu pai, Lúcio. Malfoy mudara de lado na Segunda-Guerra Bruxa e foi para o lado do bem, por isso ele virara auror também. Ele era viúvo e tinha um filho que era a sua cara.

- Bem, Granger, muito bem.- Disse ele pegando algumas torradas e passando geléia nestas. Hermione ouvia o que Draco falava um pouco desatenta até Harry Potter e sua família entrarem no restaurante e se sentaram em uma mesa ao lado a de Hermione e Malfoy. Harry Potter havia percebido a presença dos dois ali e ficava olhando para eles discretamente. Hermione começou um papo com Malfoy.


- Vejo que melhorou muito depois da perda de sua esposa e seu pai.- Disse ela com a maior normalidade possível, Malfoy sorriu tímido.

- Acho que foi necessária a morte dos dois, eu era meio que domado pelo meu pai, ele morreu do jeito que ele queria, defendendo seu Lorde.- Era a primeira vez na vida de Hermione que os dois conversavam amigavelmente já que ele sempre vinha com suas ofensas para cima dela.

Hermione e Malfoy conversavam animadamente, ela olhava para a mesa dos Potter e lá estava ele olhando maldosamente para ela e dando um sorrisinho cínico, Hermione correspondeu-o com o mesmo.

- Malfoy, foi bom conversar com você, mas já acabei de tomar meu café da manhã. Até mais.- Disse ela acenando com uma de suas mãos e Malfoy piscou para ela e mordeu sua torrada.

Hermione foi saindo do restaurante, andava tranqüilamente pelo corredor até que uma mão puxou seu braço direito.
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Espero que tenham gostado desse segundo capítulo.
E não esqueçam de comentar :D

Respondendo o comentário:

B. Black- Essa era a intenção, deixar o Harry mais nojento possível, não vou revelar nada sobre a Lily mas te garanto que ela é um pouco mais amigável que o Harry. Continue acompanhando a fic.

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