Determinação e confusão

Determinação e confusão



-Potter – chamou a professora Minerva no corredor – venha ate minha sala.
O garoto a seguiu, deixando Rony, Mione e Ginna para trás.
-Entre – disse a professora lhe indicando a porta depois da gárgula. – Potter, o professor Lupin conversou comigo sobre a voz que vocês têm ouvido e sobre a busca das Horcruxes. È muito perigoso você ir sozinho...
-Não, eu não vou sozinho, Rony, Hermione e Ginna vão comigo.
-Eles podem ate querer – disse a professora olhando por cima dos óculos – vocês acham mesmo que a Sra Weasley vai deixar? Ate mesmo você Potter.
-Sei disso, mas – Harry abaixou a cabeça – se ela não deixar que eles vão eu vou sozinho. Essa é minha tarefa.
-Potter, não se trata de ser ou não sua tarefa. Isso é perigoso, coisa de gente grande. Você não deveria estar se envolvendo nisso. Nem você, nem a srta. Granger, o Sr. Weasley e a srta. Weasley. Não depende de mim tentar convencê-los. Vão para a Toca e veja o que a sra Weasley pensa a respeito. Arrumem suas coisas. Podem usar minha lareira.
Harry concordou com a cabeça e saiu. Encontrou com Rony e Hermione no pé da escada.
-Onde esta Ginna?
-Teve que ir para a aula de feitiços – respondeu hermione – o que ela disse?
-Vão arrumar suas coisas. Eu vou chamar Ginna. Nós vamos para Toca, temos que falar coma a sua mãe Rony.
-O que? – disse Rony aos berros – ela não vai deixar!
-Se ela não deixar, eu vou sozinho!
-NÃO!!! – disseram Mione e Rony juntos.
-Harry, você não pode ir sozinho. È muito mais arriscado.
-Eu sei... – Harry parou por um segundo – eu vou buscar Ginna. Encontro vocês aqui daqui a quinze minutos.
-OK – concordaram os amigos.
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Mila sentia seu corpo pesado. Não sabia para onde estava sendo levada, só sentia o chão frio e úmido congelar suas pernas.
-Me solte – gritava ela – pra onde esta me levando?
-Calada! O Lord cuidara de você. Espero que aprenda sua lição.
Mila ouviu uma porta rangendo. Ao ser arrastada para seu interior, Mila sentiu a madeira velha roçar suas pernas.
-O que eu disse a você? – ela ouviu Lord Valdemort lhe perguntar – será que você não aprendeu?
Um comensal da morte tirou com violência o capuz que cobria a cabeça de Mila, que colocou os olhos pela primeira vez na criatura horrenda que era o Lord das trevas. Seu nariz de cobra, que se movia a cada respiração que ele fazia, sua cabeça sem cabelos, os olhos fundos e assustadores. Mila se viu em um pesadelo horrendo e bizarro.
-Então Mila, não vai me responder? Será que depois da conversa amigável que tivemos você não aprendeu nada?
-Ele é meu sobrinho, preciso falar com ele, pra me tirar daqui. Tirar-me da sua presença grotesca e...
-Não, não. Não é assim que se fala do Lord das Trevas querida Mila. Vou lhe ensinar uma coisa: esta é minha casa, a casa dos meus queridos pais. Quero que me respeite tudo bem? Mas só pra lembrar... CRUCIO...
Mila se contorcia incontrolavelmente no chão, como se pequenas facas furassem todo o seu corpo.
-CRUCIO... – continuou Valdemort enquanto ria junto com os comensais.
“Harry...”
-Ai – Harry caiu de joelhos no chão e segurou as mãos de Ginna que olhava para Harry apavorada.
-Harry! O que Houve? Fala comigo...
-Minha tia, temos que agir Ginna. Ela esta morrendo. – disse Harry levantando os olhos lacrimejados para Ginna – mesmo que sua mãe não deixe, eu vou.
-Harry... Por Merlin, se levanta... – Ginna puxava Harry pelo braço tentando ergue-lo – vem... Vamos pra Toca. Mamãe tem que deixar...
Os dois correram pelos corredores ate a entrada da sala da professora Minerva.
Ao verem com mais atenção, Rony estava sentado no chão abraçado à Hermione que chorava descontrolavelmente no ombro do ruivo.
-O que ela tem? – perguntou Harry à Rony.
-A voz da sua tia, ela ouviu e começou a chorar...
-Vem – disse Harry puxando Ginna pela mão e indo a direção à gárgula na entrada da direção. – vamos logo para a Toca. Temos que ir o mais rápido possível.
Na direção a professora Minerva os esperava ansiosa.
-Potter – disse a professora lhe entregando uma carta – acabei de receber uma coruja de Moody, e a OF os aguarda na Toca. Peçam minhas desculpas, pois não posso deixar a escola. Vão rápido.
Ginna foi primeiro. Entrou na lareira:
-A Toca... – Ginna foi tomada por chamas verdes.
Harry tinha péssimas lembranças de viagens na lareira. Mas era a única opção que ele tinha.
-A Toca – gritou Harry sendo engolido rapidamente pela chama verde.
-Vem – disse Rony segurando Mione pela mão. A garota estava muito abalada para ir sozinha – A Toca.
Professora Minerva ficou observando o casal desaparecer entre as chamas e saiu da sala.
Na Toca, a bagunça era enorme. Livros de feitiços, varinhas, xícaras estavam espalhados pela casa. Rony ao chegar, quase foi acertado por um bolinho que foi parar na mão de Olho-Tonto.
-Mas que demora – disse o bruxo – já estávamos preocupados.
-Então garotos – perguntou Artur Weasley – já sabem de Mila Evans?
-Sim – disse Harry seguido pelos amigos.
-Não deviam saber – disse Molly Weasley entrando na cozinha com uma bandeja de bolinhos nas mãos. – é muito arriscado. E mais arriscado, é a idéia de Lupin de vocês irem atrás das Horcruxes...
-Molly – disse Tonks – eles não são mais crianças. Alias beleza garotos? – disse Tonks indo cumprimentar o quarteto que acabara de chegar.
-Não são crianças – Molly agora entregava bolinhos para cada um deles – mas ainda assim é arriscado. Comam, estão muito magros e pálidos.
Rony deu uma mordida no bolinho para disfarçar a vontade de rir das coisas que sua mãe falava.
-Ainda acho que eles deveriam ir – disse Carlinhos – é o momento deles, de provar que são capazes mãe.
-Não vão provar nada se estiverem mortos.
-Mãe – agora ela Gui quem falava – pense: Rony e Ginna são corajosos e tem muita capacidade pra fazer isso. Rony mostrou isso desde o primeiro ano em Hogwarts. Hermione e Harry também. Vamos analisá-los: O Harry tem coragem, Ginna audácia, Rony tem braveza e Mione inteligência. Em qual de nos a senhora ia encontrar tudo isso? È tudo que se precisa pra ir a uma busca, como diz a senhora, arriscada.
Molly parou para pensar um pouco. A sala se manteve em silencio esperando sua resposta.
-Hum... – suspirou senhora Weasley – tudo bem. Já vi que não vou ganhar mesmo.
Todos na sala se levantaram.
-Vocês partem amanha pela manha. Passam a noite aqui...
-Sobre meus cuidados – disse Molly.
-... isso passam a noite aqui. E amanha pela manha decidimos como seguiram os planos. – terminou Moody colocando um bolinho na boca.
A noite foi um tormento. Artur tentava dormir, quando percebeu que Molly se levantara da cama e saíra do quarto. A mulher desceu as escadas da Toca com alguma coisa nas mãos. Artur descidiu segui-la. Ao chegar ao pé da escada, Artur viu Molly sentada no sofá folheando um álbum de fotografias.
-Molly querida, esta tarde. Amanha vai ser um longo dia e...
-Meu Rony era tão lindo quando bebe não era Artur? Ele ainda é claro.
-Sim querida, mas...
-E Ginna? Ela tinha um olhar tão doce. Acho que é por isso que Harry se apaixonou por ela.
-Sim querida...
-Fred e Jorge, tão arteiros. Gui e Carlinhos sempre responsáveis e organizados. Lembra-se Artur da vez que Fred e Jorge enfeitiçaram a estante de livro deles?
Artur ouvia a mulher com atenção.
-... Voaram livros para todos os lados do quarto. Carlinhos ficou furioso. Andava pela casa batendo os pés no chão.
Artur olhava a mulher com um olhar doce. Não queria que ela passasse por isso. Ter que entregar os filhos a um destino, que talvez não tenha volta.
-Artur, porque tudo isso ta acontecendo? Porque meus filhos? – dizia Molly dando soluços de choro.
-Não sei Molly – disse Artur abraçando a mulher – gostaria de saber, e te ajudar, mas... Não posso.
Nesse instante, Rony vinha descendo as escadas.
-Roniquinho? – perguntou Molly enxugando os olhos molhados de lagrimas – o que faz aqui? Você tem que dormir. Amanha...
-Eu sei mãe. Vim só beber água. A senhora estava chorando? – Rony se aproximou da mãe.
-Não meu bem – mentiu Molly – só estava...
-Mãe – disse Rony se ajoelhando na frente da mãe e lhe olhando nos olhos – eu vou voltar. Vou voltar com Ginna, Harry e Mione. Eu prometo isso pra senhora.
O garoto abraçou a mãe que agora chorava em seu ombro.
-Eu vou dormir – se levantou Rony – boa noite.
-Boa noite querido.
Rony subiu as escadas lembrando da imagem de sua mãe chorando. Ele não imaginava que sua mãe o amava tanto. Rony passou pela porta do quarto de Ginna. O garoto nunca se sentira tão tentado a entrar no quarto da irmã. Claro que não era por ela, era por Mione. Ele prometera a sua mãe que a traria de volta, ela, Harry e Ginna. Mas e se não conseguisse? Poderia acontecer qualquer coisa e... Rony ficou parado na porta do quarto pensando nisso tudo, quando foi despertado pelo barulho da maçaneta se mexendo. Rony tentou sair a tempo, mas...
-Rony – era Hermione. – o que faz acordado?
-Eu... Eu fui tomar água. E você?
-Eu, eu também ia tomar água.
-Hum, então boa noite. – disse Rony já no primeiro degrau da escada.
-Rony – chamou Mione – o que você tem?
-Eu? Nada. Só estou ansioso e preocupado.
-Preocupado?
-Sim, e muito.
Mione pegou o namorado pela mão e o guiou ate o terceiro degrau da escada.
-Prometi a minha mãe que iria trazer você, Ginna e Harry de volta pra casa. E se eu não conseguir. Não sou tão bom quanto o Harry.
-Rony – Mione o olhava nos olhos – você não é o Harry. Ele é bom do jeito dele. E você do seu jeito.
-Mione, não adianta. Nem meu patrono tem uma forma definda.
-E qual é o problema? Isso não importa. Rony eu confio em você e te amo muito e sei que você vai conseguir cumprir a promessa que fez a sua mãe.
Rony segurou Mione pelo pescoço e lhe deu um beijo mais apaixonado que o primeiro que lhe dera.
Mione sentiu uma lagrima rolar do rosto de Rony e um aperto no coração fez que uma também rolasse de seus olhos. Rony era forte e ela sabia disso, ela só sentia medo de como ele teria que mostrar isso.
Na manha seguinte, quando Harry acordou, todos já estavam na mesa do café esperando por ele:
-Bom dia Harry querido – disse Molly guiando o garoto à mesa do café. – venha tomar café. Você tem que se alimentar.
Harry olhava para todos na mesa. Tinha muita gente.
-Todos vocês dormiram aqui?
-Não – respondeu Tonks com um pedaço de bolo na boca – armamos umas barracas no quintal. Não estava tão confortável, mas deu pra dormir.
Depois de uns vinte minutos de café, Olho-Tonto se levantou.
-Bem, acho que temos um plano para por em pratica não?
Todos se direcionaram para a pequena sala da Toca. Acomodaram-se onde dava.
-Bem – começou Moody – pra começar, vocês vão partir para Godric Hollow para ter alguma pista da Horcruxe. La vivem muitos bruxos que tinham contato com Valdemort, mas não o seguiam. Qualquer descoberta ou sinal suspeito entrem em contato com a gente.
-Mas como? – perguntou Rony.
-A sim – disse Moody se levantando da poltrona e indo a direção a uma mesinha – já ia me esquecendo. Onde eu deixei? – Moody olhava para a mesa e mexia nos bolsos. – a achei.
Moody tirou do bolso um prisma.
-Os trouxas usam para ver as cores – disse com olhar de desprezo para o objeto – que coisa mais sem graça. Bem quando precisarem falar com a gente, é só apontar a varinha para ele e dizer: Comunicos!
-Que feitiço é esse? – perguntou Mione – nunca ouvi falar.
-Eu inventei. – disse Moody. – mas prosseguindo. Qualquer noticia entre em contato conosco. Em caso de perigo estremo iremos atrás de vocês...
-Rony e Ginna quero que se alimentem direito – disse Molly interrompendo Moody.
Fred e Jorge caíram na risada.
-Tudo bem mãe. – disseram os irmãos juntos.
-Bem então é isso. –disse Moody – desejo a vocês boa sorte.
Na porta da Toca, a OF olhava esperançosa para os garotos partindo no horizonte.
No meio do caminho, Rony parou.
-O que foi? – perguntaram Ginna e Mione juntas.
-Harry – disse o Rony – me da o sua foto com Sirius.
-O que?
-É. E você Mione me da sua pulseira e Ginna me da sua correntinha.
-Pra que? – perguntou Ginna – você esta bem?
-Estou ótimo, depois eu explico.
Rony pegou os objetos e saiu correndo pelos campos banhados de sol.
-Mãe – gritou ele – mãe...
-Ronald, que faz aqui?
-Vim deixar isso com a senhora. – o garoto entregou os objetos a Molly e tirando da mochila seu distintivo de monitor de Hogwarts. – nos voltaremos pra buscar isso.
O garoto deu um beijo na mãe e saiu correndo para encontrar os amigos que o esperavam perto de uma árvore.
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-Quero que fiquem de olho nela – dizia Valdemort – não a deixem sozinha nem um minuto. E não a torturem. Ela não servira de nada se estiver morta.
-Sim Lord – disseram três homens baixinhos encapuzados.
-E nos Lord? – disse Bellatriz Lestrange. – o que faremos?
-Vocês minha cara Bellatriz, quero que vão atrás de Potter e seus amiguinhos. Quero que me traga ele e o Weasley.
-O Weasley – disse uma voz arrastada atrás de Bella. – o que o senhor quer com ele?
-Não perguntem. – disse Valdemort com aspereza – traga o garoto e pronto.
-Sim senhor – disse Bellatriz – partiremos amanha pela manha.

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