A Profecia de Sibila



Capitulo 18 – A Profecia de Sibila.


 


- Muito bem – falou a professora MacGonagall, guardando a varinha no bolso interior de suas vestes violeta – Quero essa redação pronta para a próxima aula! Agora podem ir – ela completou, segundos antes do sinal indicando o final da aula tocar.


- Ótimo! Mais uma tarefa pra juntar com as outras quinhentas que eu tenho que fazer – reclamou Rony, quando eles saiam da sala de Transfiguração, em direção ao Grande Salão para poderem jantar.


- Ninguém mandou você ficar dormindo enquanto eu e o Harry fazíamos nossas tarefas – ralhou Hermione, revirando os olhos para a reclamação do ruivo – Se tivesse feito com agente, poderíamos ter te ajudado.


- Ou eu poderia ter copiado a dela – falou Rony baixinho, para que só Harry o ouvisse, fazendo o amigo rir no instante seguinte.


- Eu escutei isso, Ronald Weasley – exclamou Hermione, revirando os olhos novamente, e batendo de leve no ombro do namorado.


- Por favor, Mione, me empresta os seus exercícios de poções e de feitiços – ele pediu, fazendo uma carinha de cachorro abandonado – Só pra eu dar uma olhadinha…


- Nem pensar, Rony – negou a morena, parecendo irredutível – Você deveria ter pensado nisso antes, eu já disse.


- Vai, Mione – pediu o ruivo – Se eu tiver que fazer todos os meus deveres sozinho, agente quase não vai ter tempo de ficar junto… Por favor.


Harry revirou os olhos com as palavras do amigo, parecia que ele finalmente tinha achado um jeito de dobrar a morena.


- Tudo bem, Rony – ela falou, corando um pouquinho – Eu posso até te ajudar… Mais só um pouquinho… - completou.


Harry revirou os olhos novamente, essa frase para Hermione era o mesmo do que dizer: ‘Tudo bem, Rony, eu faço as suas tarefas enquanto você discute quadribol ou dorme em cima da mesa’. Mais era obvio que ele não iria falar isso pra amiga, já que depois que ela fizesse a tarefa para Rony, ele iria copiá-la do ruivo.


Ainda rindo por causa dos dois amigos, Harry entrou no Grande Salão e foi se sentar à mesa da Grifinória ao lado do Sr Weasley, que lia despreocupadamente a nova edição de ‘O Pasquim’. Segurou o riso por alguns instantes, era bem a cara do sogro ler aquele tipo de revista.


- O que tem de bom ai, Sr Weasley? – ele perguntou, contendo o riso, e parecendo realmente curioso.


- Nada de muito interessante, para falar a verdade, Harry – ele respondeu, parecendo desapontado – Ultimamente essa revista tem ficado bem menos seria do que normalmente. Sabe, por causa da guerra e tudo mais. Os artigos estão começando a ficar fantasiosos demais – ele completou, mostrando a Harry a matéria que lia no momento. Será que Aquele-Que-Não-Se-Deve-Nomear realmente existe, ou é só mais um truque do Ministério para aterrorizar a comunidade bruxa?


- Não é mais o pai da Luna que escreve essa revista – falou Gina que acabara de sentar-se ao lado do pai e do namorado, respondendo a pergunta muda do último – O pai da Luna saiu em busca de alguma coisa que nem mesmo ele sabe o que é, segundo Luna, e deixou à revista nas mãos de um dos seus editores – ela continuou se servindo de purê de batata – Vocês podem perceber que o cara é ainda mais maluco do que Luna ou o pai dela!


- É, eu percebi – concordou Harry, sentindo-se preocupado por alguns instantes, onde será que o pai de Luna tinha ido?


- Nós vamos ter reunião da AD hoje? – perguntou Gina, mudando de assunto.


- Aham – concordou Harry – Eu só vou terminar de comer, e depois vou até a Sala Precisa arrumar umas coisas, quero fazer uma aula diferente hoje – completou em tom de quem conta um segredo.


- Posso te ajudar? – ela perguntou visivelmente curiosa.


- Desculpe Gina – ele falou, sorrindo – Mais é uma aula diferente, então você vai saber junto com todos os outros!


- Isso não é justo – ela reclamou, cruzando os braços na frente do peito e fazendo um bico, parecendo uma criança de cinco anos contrariada.


- Você está parecendo uma criança, Gin – ele retrucou, rindo ainda mais, com a cara de falsa raiva que ela fazia.


Ela não respondeu, apenas descruzou os braços e voltou a comer sem olhar para o namorado. O que ela podia fazer se desde criança era extremamente curiosa?


Harry ainda sorria divertido, quando se levantou da mesa, beijou o topo da cabeça da namorada e acenou para os outros Weasley e Hermione que o olharam levemente curioso também.


Andou calmamente pelos corredores do castelo, se dirigindo para o tão conhecido corredor do sétimo andar. Porém, antes mesmo que pudesse subir o primeiro lance de escadas, ele trombou com a professora Trelawney.


A professora parecia um pouco atordoada e ainda mais aérea enquanto tentava se levantar do chão de pedra sem sucesso.


- Está tudo bem, professora? – Harry perguntou, assim que se levantou e ergueu sua mão para ajudar a professora a se levantar também – Professora? – ele chamou novamente, quando viu que está tinha um olhar perdido e não havia aceitado sua ajuda.


- Eles finalmente vão se enfrentar. Na noite em que a Terra encobrir a Lua Cheia¹, os maiores inimigos vão finalmente se enfrentar. E essa será a ultima vez, um dos dois não sobreviverá! – ela falou, ainda encarando o nada com a mesma voz que Harry lembrava-se de ter ouvido em seu terceiro ano, quando ela fizera a profecia sobre a volta de Rabicho.


Demorou alguns instantes para poder entender alguma coisa, mas assim que o fez ficou momentaneamente sem reação, assim como a professora que mesmo sem falar nada continuava a fitar as paredes de pedra do corredor.


- Harry? – ouviu uma voz o chamando, parecia estar bem lá no fundo de sua cabeça – Harry? – a voz chamou de novo, dessa vez mais forte – HARRY? – dessa vez o chamado serviu para tirá-lo de seu transe.


- Ah Remo, é você – respondeu Harry, olhando para o dono da voz, com a mão sobre o coração, sinal de que tinha acabado de lavar um baita susto com o chamado do professor.


- Sim, sou eu Harry – ele respondeu sem entender muito bem – Mas o que aconteceu com você?


- Ah, será que algum de vocês dois poderia me ajudar aqui? – dessa vez quem perguntou foi Trelawney, que ainda estava caída no chão.


- Sibila? – exclamou Remo, agora realmente parecendo totalmente perdido.


- Não, Merlin – ela resmungou – É claro que sou eu Lupin. Agora você vão me ajudar ou apenas ficar me olhando com essas caras?


- Oh, Desculpe, Sibila – falou Remo, no mesmo instante – Eu te ajudo – completou, erguendo a mão e ajudando-a a se levantar.


- Obrigada – disse ela, tirando a poeira de suas vestes mal-cuidadas – Agora se vocês me dão licença, preciso voltar a minha Bola de Cristal – e sem esperar nenhuma resposta, ela saiu andando.


- O que aconteceu aqui, Harry? – perguntou Remo, quando a mulher já estava bem longe dos dois.


- Na verdade eu não sei, Remo – ele respondeu, tentando colocar seus pensamentos em ordem – Eu estava indo arrumar a Sala Precisa para a aula de hoje quando trombei com a professora Trelawney, e quando fui ajudá-la a se levantar, ela falou alguma coisa sobre Voldemort.


- O que ela falou, Harry? – perguntou Remo, ao mesmo tempo curioso e com certo receio.


- Acho que ela fez uma profecia – ele respondeu – Sabe, como aquela que eu te contei no começo do ano, a que Snape ouviu e contou para Voldemort.


- Eu sei Harry – ele respondeu – Mais do que, exatamente, essa profecia falava?


- Eu não entendi muito bem, Remo – ele respondeu pensativo – Ela disse: ‘Eles finalmente vão se enfrentar. Na noite em que a Terra encobrir a Lua Cheia¹, os maiores inimigos vão finalmente se enfrentar. E essa será a ultima vez, um dos dois não sobreviverá!’ – completou, sua voz fraquinha – Eu entendi que fala sobre mim e Voldemort. Sobre nos enfrentarmos pela ultima vez e apenas um sobreviver. Mais o que significa: “Na noite em que a Terra encobrir a Lua Cheia”?


- Eu não sei direito, Harry, mais vou tentar descobri – respondeu Remo – Nós temos que falar com a Diretora. Avise a Hermione, Rony e Gina que não haverá reunião da AD hoje. Diga que você precisa falar comigo e com a diretora, e depois me encontre em frente a gárgula de pedra.


- Certo – ele concordou, vendo o professor se afastar lentamente pelo lado oposto a que Trelawney tinha ido.


Antes que pudesse se deter, já estava correndo em direção ao Grande Salão, sem se importar com os olhares de questionamento que via em cada pessoa que encontrava pelo corredor, o que só piorou quando ele finalmente entrou no Grande Salão.


- Harry? – quem perguntou, foi Gina – O que você está fazendo aqui? Não tinha ido até a Sala Precisa.


- Eu estava indo – ele respondeu enquanto tentava regularizar sua respiração – Mas trombei com Trelawney e ela fez uma profecia, ai encontrei Lupin, e ele quer me ver na Sala da diretora.


- Harry, fala com calma – pediu a ruiva – Eu não entendi nada do que você disse.


- Certo – ele concordou, respirando fundo, enquanto Rony e Hermione chegavam mais perto para ouvir também – Primeiro temos que avisar que não vai ter mais reunião da AD hoje.


- E porque não? – perguntou Rony, levantando uma das sobrancelhas.


- Não posso falar aqui – ele respondeu baixinho – Vamos encontrar Remo e a Diretora, e eu conto o que aconteceu.


- Tudo bem – respondeu Hermione, e no segundo seguinte, estava de pé em cima do banco onde antes sentara – Pessoal! – ela chamou ao que os murmúrios no salão foram diminuindo gradativamente – Infelizmente a reunião da AD de hoje vai ter que ser cancelada.


Assim que ela acabou de falar puderam ouvir várias exclamações de desagrado e de questionamento.


- Por quê? – quem perguntou foi um terceiro anista da Lufa-Lufa.


- Ah… por que… porque – ela tentou, mas realmente não tinha uma resposta muito boa para a pergunta do menino.


- Porque Harry não está se sentindo muito bem hoje – respondeu Gina, salvando a amiga – Nós vamos com ele até a Ala Hospitalar agora, e depois a diretora irá remarcar a reunião de hoje – ela completou, levantando-se puxou o moreno com sigo e saiu do Salão junto com Hermione e Rony.


- Aonde você disse que encontraria com o Remo e com a diretora, Harry? – perguntou Hermione, quando eles já estavam bem afastados do salão.


- Remo pediu para encontrá-los em frente à gárgula de pedra, para falarmos com a diretora – respondeu o moreno.


- Agora você pode contar o que aconteceu, Harry? – perguntou Rony curioso.


- Prefiro contar quando estivermos na sala da diretora – respondeu Harry – Aí só vou precisar contar uma vez, e nesse castelo, até mesmo as paredes têm ouvidos – completou.


- Tudo bem – concordou o ruivo.


Os quatro continuaram a caminhar em silencio, mas em alguns momentos Harry tinha certeza de que ouvira passos que não eram deles, e até mesmo sussurros, mas quando olhava para trás, ou por algum outro corredor o barulho parava no mesmo instante.


- Ah, por isso que você demorou Harry – falou Remo, quando os quatro o encontraram em frente a passagem que daria aceso a sala da diretora.


- Podemos entrar logo? – ele perguntou impaciente.


Remo apenas concordou, e depois disse a senha à Gárgula, que andou para o lado e deu passagem para que os cinco subissem as escadas.


- O que fazem aqui? – perguntou a diretora, intrigado, quando viu Remo entrar na sala seguido pelos outros quatro grifinórios.


- Harry tem uma coisa muito importante para contar a senhora – respondeu Remo.


- Então sentem-se – ela falou, no mesmo instante em que fazia mais três cadeiras aparecerem na sala, para acomodar a todos – E me conte o que aconteceu, Harry.


- Certo – concordou Harry, tomando fôlego – Hoje, depois do jantar, eu sai para ir até a Sala Precisa e arrumar tudo para a reunião da AD, mas quando estava no corredor do segundo andar trombei com a professora Trelawney. Quando me levantei e ia ajudá-la a se levantar também, ela ficou olhando para o nada e começou a falar coisas, que na hora não me fizeram muito sentido. Mas depois percebi que ela tinha acabado de fazer outra profecia.


- E o que exatamente dizia essa profecia, Harry? – perguntou a diretora, e Harry sentiu que todos na sala estavam tensos, Rony e Hermione tinham até mesmo certa dificuldade em respirar direito.


- Nas palavras da professora: ‘Eles finalmente vão se enfrentar. Na noite em que a Terra encobrir a Lua Cheia¹, os maiores inimigos vão finalmente se enfrentar. E essa será a ultima vez, um dos dois não sobreviverá!’ – ele respondeu – A primeira parte eu entendi, é claro. Eu e Voldemort vamos nos enfrentar pela última vez e só um de nós vai sobreviver. Mas como disse a Remo, não sei o que ela quis dizer com ‘Na noite em que a Terra encobrir a Lua Cheia’.


- Ela estava falando do eclipse lunar, Harry – respondeu Hermione, a expressão de que iria citar parte de um livro presente em seu rosto – Na noite do eclipse lunar, a Terra, a Lua e o Sol ficam em um ângulo, em que por alguns segundos a Lua é encoberta, mas isso só acontece na Lua Cheia.


- E quando isso vai acontecer? – perguntou Gina.


- Na próxima Lua Cheia, se não estiver enganada – respondeu, mas todos tinham certeza de que ela não estava enganada.


- Então isso quer dizer… - começou a falar Gina, mas as palavras foram morrendo ao saírem por sua boca.


- Que daqui a exatamente três semanas Voldemort vai vir atacar o castelo – completou Harry, pela garota.


- Então temos que nos preparar para isso – falou MacGonagall, levantando-se, a expressão mais seria que já haviam visto presente nas feições da diretora.


- O que você pretende fazer, diretora? – perguntou Harry, saindo de seu torpor.


- Bom, para começar, temos que convocar todos os membros da Ordem, para que voltem ao castelo o mais rápido possível. – ela começou a falar, enquanto andava de um lado para o outro na sala – E ainda hoje vou falar com Hagrid. Quero que ele vá até os gigantes novamente, sabe, para trazer aqueles que estiverem dispostos a nos ajudar. Tenho certeza de que se ele partir ainda hoje, poderá voltar com reforços em menos de uma semana. Também falarei com Firenze e os outro centauros, não podemos dispensar nenhuma ajuda.


- E o que nós faremos diretora? – perguntou Hermione, tirando MacGonagall de seus devaneios.


- Vocês? – ela repetiu – Bom, vocês três – ela continuou apontando para Harry, Hermione e Rony - Vocês iram reunir todos os alunos, maiores de idade que estiverem dispostos a lutar.


- E eu, diretora? – perguntou Gina de supetão – Nem pense em me dizer que eu sou menor de idade, ninguém vai me impedir de lutar!


- E quem disse em impedir você, menina? – perguntou a diretora sorrindo – Tenho uma tarefa especial para você.


- Tem? – repetiu Gina.


- Claro que tenho Srta Weasley – concordou a diretora – Você será a encarregada de reunir os alunos menores de idade, do quinto e sexto ano, que também estejam dispostos a ajudar.


- Mas para quê? – ela perguntou visivelmente desconfiada.


- Para ajudarem na proteção aos menores, e aos pais dos alunos que não forem aptos, ou não quiserem participar da luta – ela respondeu – Não podemos simplesmente deixaram todos aqueles alunos mais novos soltos pelo castelo, enquanto Comensais passeiam por ai.


- Você tem razão diretora – ela concordou, mas ainda desconfiada – Farei o possível para manter todos em segurança.


- Eu sei que fará – ela concordou.


- Mais alguma coisa, Minerva? – perguntou Remo, alguns minutos depois, quebrando o silêncio.


-Ah, sim, claro que sim – ela concordou – Ainda temos que ver quem ficará encarregado de matar a cobra, Nagine.


- Eu farei isso – falou Harry, como se aquilo fosse obvio.


- Pense bem, Harry – falou a diretora, voltando a sentar-se na sua cadeira – Você já terá coisas demais para se preocupar. Prefiro deixar outras pessoas encarregadas dessa tarefa.


- Eu e Rony podemos fazer isso – falou Hermione – E também podemos pedir ajuda a Neville e Luna.


- Certo – concordou a diretora – Mas peço que não conte aos dois o porquê de terem que matar a cobra, sim. Quanto menos bruxos souberem os reais motivos, melhor.


O silêncio que se instaurou na sala no momento seguinte, foi quase palpável. Todos estavam absortos de mais em seus próprios pensamentos e medos, receosos de que se eles fossem ditos em voz alta, eles ficassem ainda mais reais.


- Bom, já está tarde – falou Remo, se levantando e olhando para os adolescentes – Acho que seria uma boa idéia vocês voltarem para o Salão Comunal, sei que tudo que estão querendo nesse momento é um merecido descanso.


Os quatro concordaram com a cabeça, e saíram da sala da diretora, todos ainda em silêncio, andando sem saber direito aonde iam, suas pernas os guiando de volta para a Torre da Grifinória.


- Acho melhor irmos dormir – falou Gina, quando eles entraram no Salão Comunal, que já estava quase vazio.


- Eu e Rony ainda temos que fazer a ronda – falou Hermione, sua expressão cansada parecia lamentar profundamente não poder ir logo para a cama.


- Ossos do oficio – disse Rony, bufando e dando meia volta para sair do Salão Comunal – Não sei como esqueci que tínhamos ronda hoje. Se tivesse lembrado, teria feito a ronda antes de voltar para o salão – falou, quando já estavam novamente nos corredores escuros da escola.


- E que… hum… nós não temos ronda hoje, Ron – respondeu Hermione, sem encarar o ruivo e ficando levemente corada.


- Não temos? – ele repetiu, sem entender, ao que a morena negou com a cabeça – Então porque disse a Harry e Gina que tínhamos.


- É que eu… hum… queria ficar um pouquinho com você, sabe – ela respondeu, as maças de seu rosto cada vez mais vermelhas – Sem os seus irmãos pra nos encherem.


- Ah – foi tudo que Rony conseguiu responder, estava momentaneamente fora de ar, será que aquela era mesmo Hermione, a sua namorada, monitora-chefe e sabe-tudo?


Os dois caminharam mais um pouco, até se distanciarem do quadro da mulher gorda, e pararam alguns corredores depois, Hermione encostada na parede de pedra, mordendo o lábio inferior ainda ruborizada, e Rony a encarando curioso.


- E porque você queria ficar um pouquinho comigo, Mione? – ele perguntou se recuperando do choque inicial, e colocando suas mãos na cintura da namorada, a prendendo na parede.


- Ron? – resmungou ela, num tom que parecia quase suplicante, enquanto o ruivo fazia um leve carinho em sua cintura por baixo na camisa do uniforme.


- Hum? – resmungou o ruivo em resposta, agora subindo lentamente uma das mãos, passando a fazer leves círculos na barriga lisa da menina, e beijando o cantinho da boca dela.


Se recuperando de seu choque, Hermione fez a única coisa que se viu capaz no momento. Enlaçou suas mãos no pescoço do namorado e colou seus lábios aos dele.


O beijo foi totalmente mágico, na opinião de Rony. Aquele simples encostar de lábios tinha o poder de tirar ele totalmente do sério, não conseguia pensar em mais nada, somente em como era delicioso beijar Hermione. Ainda a beijando, a prendeu ainda mais na parede, suas mãos agora tinham total controle da situação, e percorriam toda a extensão da barriga e costas da menina.


- Isso foi… – comentou Hermione, em um fio de voz, quando os dois se separaram do beijo – Uau!


- É foi isso mesmo – concordou Rony, rindo da expressão que a namorada fazia – Temos que fazer mais rondas juntos – completou, voltando a beijá-la.


- Mas nós não estamos fazendo nenhuma ronda Ron – ela retrucou depois que eles separaram-se novamente.


- Bom, então temos que começar a fazer rondas assim… - ele respondeu, roubando para si o sorriso que surgiu nos lábios da menina, a impedindo de retrucar.


É beijá-la era com certeza mágico, pensou Rony. Nada no mundo o fazia se sentir como quando tinha os lábios da morena pressionando os seus delicadamente. Era sempre assim com Hermione, os beijos eram até certo ponto calmos e principalmente apaixonados, mas faziam sua cabeça sair de orbita.


- Acho que devemos voltar Ron – falou Hermione, quando conseguiu fazer sua respiração parar de falhar e sua voz voltar ao normal – Já está tarde. E o monitor encarregado pela ronda pode nos encontrar aqui.


- Certo você tem razão – concordou o moreno, não que ele estivesse preocupado em alguém pegar os dois ali, mas sim porque precisava voltar urgentemente para seu próprio dormitório e tomar um banho frio, bem frio.


Caminharam silenciosamente pelo castelo, para não chamar a atenção, e tiveram que acordar a mulher gorda para poderem entrar no Salão Comunal, agora totalmente vazio.


_____


Assim que viu o irmão e a cunhada saírem pelo buraco do retrato Gina começou a rir, se jogando em um dos sofás desocupados do Salão Comunal.


- Do que você está rindo, Gina? – perguntou Harry, se jogando do lado da ruiva no sofá.


- Do fato que hoje é dia de ronda dos monitores da Corvinal – ela respondeu, entre risos, para depois voltar a gargalhar.


- E o que isso tem de tão engraçado, Gina? – voltou a perguntar o moreno, sem realmente entender o que estava acontecendo com a namorada.


- Você é mesmo bem lerdinho, Harry – ela retrucou parando de rir para encará-lo – Se hoje é dia dos monitores da Corvinal fazerem a ronda, significa que a Hermione e Rony não precisam fazer ronda nenhuma.


- Ah entendi – concordou Harry, mas pela sua expressão ele realmente não tinha entendido nada.


- Você pode imaginar o porquê de Hermione ter dito que eles tinham que fazer a ronda, quando na verdade não tinham? – ela respondeu, bufando, Harry era realmente bem lerdinho.


- Ah… - exclamou Harry, agora o entendimento estampado em seu rosto.


- Essa Hermione, ehin – falou a ruiva voltando a rir – Ela não era assim quando eu a conheci. Eu entenderia se o Rony fizesse isso… mas a Hermione monitora-chefe-certinha? Quem iria imaginar?


- Deixe a Hermione em paz – falou Harry, mas sem conseguir conter a própria risada.


- Tudo bem, tudo bem. Você quem manda chefe – respondeu a ruiva, sarcasticamente e fazendo uma espécie de reverencia para o namorado, antes de deitar, apoiando sua cabeça no colo do moreno.


- Sabe – começou Harry, passando as mãos lentamente pelos cabelos ruivos da menina - Eu com certeza poderia ficar assim para sempre – completou, encarando profundamente as íris caramelo da namorada.


- Eu também – a ruiva concordou, sorrindo e se aninhando ainda mais ao moreno.


Os dois permaneceram em silencio por algum tempo, o moreno ainda acariciando lentamente as madeixas ruivas da garota.


- Você está bem, Harry? – ela perguntou em um fio de voz, cortando o silêncio entre os dois – Depois do que ouviu a Trelawney dizer e tudo o mais…


- Estou bem, Gina – ele respondeu sincero – Não posso negar que esteja com um pouco de mede e bastante nervoso com isso. Mas eu estou conformado. Eu sabia que cedo ou tarde esse momento iria chegar. Tudo que eu posso fazer é me preparar muito para isso, e garantir que todos no castelo estejam preparados também.


Gina desviou o olhar das íris verdes do namorado quando sentiu seus olhos lagrimejarem. Como ele podia se manter tão calmo? Como ele conseguia sabendo que em três semanas estaria frente a frente com Voldemort, em uma luta de vida ou morte.


- E você, Gina, está bem? – ele perguntou, vendo os olhos da menina lacrimejar e ela desviar o olhar.


- Não – ela respondeu sincera, levantando-se e se aconchegando ainda mais ao namorado, escondendo o rosto na curva do pescoço do moreno – Eu não estou bem – ela completou, entre soluços devido ao choro.


- O que foi Gi? – ele perguntou, passando a mão carinhosamente pelas costas da ruiva, em sinal de apoio, mas não podia afastar sua própria frustração, era a segunda vez naquela mesma semana que a ruiva chorava abraçada a ele sem ele realmente saber o motivo.


- É que eu não consigo acreditar que só aconteçam coisas ruins na sua vida – ela respondeu, ainda encostada a ele – E que você esteja apenas conformado – ela completou, falando a última como se fosse o maior ultraje – Ninguém pode estar conformado com isso.


- Gin, não pense assim – ele respondeu, continuando a acariciar as costas dela, protetoramente – Não aconteceram só coisas ruins na minha vida – ele completou – Aconteceram muitas coisas boas, e a maioria delas compensa todas as coisas ruins.


- O que, por exemplo? – ela perguntou descrente, depois de secar as lágrimas que ainda insistiam em cair e voltar a encará-lo.


- Você Gin – ele respondeu com um sorriso doce – Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Eu não me importo de ter que passar por tantas coisas ruins, porque eu sei que no fim, só por ver o seu sorriso, tudo já vai ter valido a pena.


- Ah Harry… – ela resmungou, antes de cair no choro novamente, assustando o moreno.


Harry apenas continuou as leves caricias, segurando a namorada ainda mais perto de seu corpo, enquanto ela continuava a chorar compulsivamente.


- Você tem que me prometer uma coisa – ela falou de supetão, levantando o rosto e voltando a encarar o namorado, as lágrimas ainda caindo por seu rosto.


- Qualquer coisa – ele respondeu, secando as lágrimas do rosto da namorada com o indicador.


- Você não vai desistir – ela falou – Não importa o quão difícil ou impossível a situação possa parecer, você não vai se entregar – ela completou, colocando sua mão sobre a de Harry em seu rosto – Me prometa!


- Eu prometo Gina – ele respondeu, beijando-a levemente os lábios – Eu não vou desistir, em hipótese nenhuma. Vou lutar com todas as minhas forças e vou acabar com Voldemort – completou, com a expressão mais seria que Gina já tinha visto no rosto do namorado – Mais você também tem que me prometer uma coisa…


- O que, meu amor? – ela perguntou ainda sem reação as palavras sérias do moreno a sua frente.


- Por favor não chore mais – ele respondeu entre divertido e sério, beijando-a novamente – Tenho certeza que não há sensação pior do que vê-la chorar e não saber o que fazer – ele completou.


- Certo, sem choro – ela concordou, voltando a secar o rosto com as costas das mãos para tirar qualquer vestígio de lágrimas que ainda existiam ali.


- Assim é melhor – ele concordou, antes de beijá-la, dessa vez demoradamente.


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- Obrigada Agouro – falou Minerva MacGonagall para o centauro – Muito obrigada mesmo. Merlin sabe o quanto a ajuda dos centauros será importante para nós – completou, deixando que um suspiro escapasse por seus lábios.


- Saiba que faremos isso porque nosso povo poderá ser muito prejudicado se Lord Voldemort tomar o poder definitivo do mundo mágico – ela retrucou – E não porque devemos servir aos bruxos.


- Vocês não devem servir a ninguém – respondeu a diretora, parecendo ultrajada – Vocês são um povo forte e totalmente livre. Devem servir apenas a vocês mesmos, aos seus próprios ideais – ela completou com o mesmo tom de voz usado para repreender um de seus alunos.


- É bom que ainda existam bruxos que pensem assim – concordou Agouro, sem realmente parecer concordar com as próprias palavras – Agora tenho que ir, minha família me espera – ele completou, dando as costas à diretora.


- Mais uma vez obrigada, Agouro – falou a diretora, mesmo vendo que o centauro já estava a uma boa distancia de si e provavelmente não escutara nada.


MacGonagall permitiu que um fino sorriso aparecesse em seus lábios. Sua noite estava bem agitada. Depois de sua longa conversa com Harry, Remo, Gina, Rony e Hermione, tinha ido direto aos jardins. Primeiro foi falar com Hagrid e pedir que ele fosse atrás dos gigantes. O guarda-caça tinha sido fácil de convencer, nem bem terminara de contar o que tinha acontecido e ele já estava com as malas feitas, pronto para partir.


Mas depois de deixar a cabana do meio-gigante sua ultima tarefa da noite não tinha sido nem um pouco fácil. Tinham sido longas duas horas de conversas com o chefe dos centauros, mas graças a Merlin tinha conseguido convencê-lo.


Na verdade ainda não sabia como tinha conseguido tal feito, nem mesmo Dumbledore tinha sido capaz de convencer Agouro a tomar um partido nessa guerra. Mais fora só o centauro olhar para as estrelas há vinte minutos que ele mudara totalmente de idéia. Não tinha nenhuma noção do que ele tinha visto nas estrelas, mas sabia que devia ser algo muito importante, já que fizera o quase irredutível centauro mudar de idéia e resolver apoiá-los.


Bom, realmente não acreditava muito em adivinhações, mas pela primeira vez na vida agradeceu pelos centauros serem tão adeptos a ela.


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- Remo? Está tudo bem com você? – perguntou Tonks, abraçada ao lobisomem – Você está bastante aéreo desde que voltou da sala da diretora.


É ela tinha razão, desde que voltara da sala da diretora estava pensativo. Tinha contado resumidamente a auror o teor da conversa que houvera na diretoria. Mais foi tudo que ele conseguira falar, depois se fechara em seu próprio mundo de desespero.


- Está tudo bem, Dora – ele respondeu, saindo de seus devaneios – Só estou pensando em tudo isso que aconteceu. Está tudo tão mais real agora.


- Eu sei como se sente, Remo – ela respondeu, passando a mão carinhosamente pelo rosto cheio de cicatriz do professor – Eu também estou me sentindo assim, mas o que está feito está feito. Não podemos mudar. Só podemos nos preparar e enfrentar tudo de cabeça erguida.


- É por isso e muitas outras razões que eu te amo – ele falou, beijando-a docemente – Só você consegue me entender e me apoiar do jeito que eu preciso.


- Eu também te amo, Remo – ela respondeu sorrindo docemente – E é por isso que eu faço tudo isso por você.


Ele voltou a beijá-la docemente para depois voltar a encarar o teto de seu dormitório. Desde que Tonks tinha vindo para o castelo que os dois dividiam aquele dormitório. Pareciam até mesmo casados, já que discutiam por motivos bestas e depois faziam as pazes da melhor maneira possível.


- Remo? – ela chamou alguns minutos depois, quando o homem já estava quase pegando no sono.


- Hum? – ele resmungou, sem prestar realmente atenção a auror.


- Eu tenho uma coisa muito importante para te contar – ela falou, num fôlego só, tomando a coragem necessária para proferir cada palavra.


- O que foi? – ele perguntou, se apoiando em um dos cotovelos, para encará-la, agora totalmente desperto vendo a seriedade por trás das palavras da mulher.


- Eu estou grávida – ela falou, mais uma vez de um fôlego só, para não ter perigo de lhe faltar coragem.


- Você o quê? – ele falou, quase gritando e levantando-se de forma a ficar sentado na cama, sem deixar de encará-la.


- Eu estou grávida – ela repetiu com um pouquinho mais de segurança na voz, mas ainda sim o receio era visto por trás do olhar dela.


- Quando você ficou sabendo disso? E como? – ele perguntou confuso.


- Eu estava desconfiada desde a semana passada, e hoje fui falar com uma das curandeiras que estão instaladas no castelo e ela me confirmou a minha suspeita – ela respondeu também se sentando na cama.


- E porque você não me disse nada antes? – ele perguntou parecendo ofendido por ela ter escondido aquilo dele.


- Porque eu não queria deixá-lo assim sem ter certeza de nada – ela respondeu.


- Assim como? – ele perguntou, sem entender.


- Assim. Com essa cara esquisita – ela falou enrugando levemente a testa.


Remo apenas ficou a encarando por mais algum tempo. Será que tinha entendido aquilo direito. Tonks estava grávida. Grávida de um filho seu. Só podia ser um sonho muito estranho. Mas a julgar pela cara que ela fazia não era um sonho. Afinal no que estava pensando? Ele deveria estar feliz. A mulher que ele ama está grávida de um filho seu, ele devia estar soltando fogos de felicidade.


- Remo você está bem? – a ouviu perguntar, a expressão entre desapontada e preocupada.


- É claro que estou bem – ele respondeu, voltando de seu transe e a abraçando fortemente – Isso é maravilhoso, Dora! Nós vamos ter um filho!


Tonks apenas deixou-se ser abraçado por ele. Ela estivera tão feliz durante o dia inteiro, mesmo preocupada com a reação de Remo não podia deixar de sorrir. E aquela reação dele, foi melhor do que ela imaginara. Estivera muito preocupada com a reação dele, pensou que ele ia surtar ao ouvir a noticia. Dizendo que não era justo alguém como ele ter um filho, ou com medo que o filho deles herdasse sua maldição. Mas ela tinha certeza absoluta de que isso não ia acontecer, e pela reação de Remo, ele também tinha.


Mais antes que pudesse se acostumar com o abraço caloroso de Remo ele a soltou, fazendo-a voltar a deitar na cama e começando a acariciar a barriga dela, mesmo que ainda não desse para perceber a gravidez.


- Oi bebê – ela o ouviu murmurar com uma voz quente e carinhosa para sua barriga – Mesmo que você ainda não seja maior que eu grão de arroz, pode ter certeza que o papai já te ama.


Tonks sentiu seus olhos marejarem ao ouvir as palavras do ex-maroto, antes de voltar a puxá-lo para um abraço que não durou muito tempo, já que ele voltou a beijá-la apaixonadamente.


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- Você tem certeza de que está bem, Harry? – perguntou a Sra Weasley, pelo que pareceu ser a décima terceira vez durante aquele café da manhã.


- Eu estou bem, Sra Weasley – respondeu Harry novamente, paciente. Preferia que todos achassem que ele realmente sentira-se mal na noite passado do que saber o real motivo para terem cancelado a reunião da AD. – Foi só um mal-estar por causa do cansaço.


- Então coma mais um pouquinho, meu querido – ela continuou, colocando mais ovos e bacon no prato do menino – Tenho certeza de que você não vem se alimentando bem.


- Para com isso, mamãe – resmungou Rony, rindo da cara que o amigo fazia diante de tanta comida em seu prato – Desse jeito você vai fazer com que ele fique igual ao professor Slughorn.


A Sra Weasley não respondeu, apenas lançou um olhar feio para o filho mais novo, e voltou a colocar mais suco de abobora no copo de Harry.


- Mamãe, você pode me passar o suco? – pediu Gina, quando viu a matriarca terminar de encher o copo do seu namorado.


Mas o movimento feito pela matriarca da família Weasley foi interrompido, antes que ela pudesse entregar a jarra à ruiva mais nova, ela estancou em seu lugar, a boca ligeiramente aberta e os olhos arregalados e lagrimejando fitando a porta do Salão Principal.


Assim que perceberam o choque da Sra Weasley todos seguiram seu olhar, e todos tiveram a mesma reação de espanto.


Parados à porta do Salão Principal estavam dois ruivos e uma morena, e mesmo de longe todos puderam reconhecer dois dos recém-chegados: Percy e Carlinhos Weasley.


Antes que todos pudessem se recuperar da surpresa a Sra Weasley se levantou e correu pelo salão em direção aos dois filhos, dando um dos famosos abraços de urso de Molly Weasley nos dois.


O Sr Weasley também se juntou a mulher e abraçou os dois filhos, mas todos só pareceram realmente reparar que tinha mais alguém junto com os ruivos quando eles chegaram e sentaram-se à mesa da Grifinória.


Gina e Hermione se entreolharam depois de analisar cuidadosamente a menina que sentara-se ao lado de Carlinhos. A garota era relativamente alta, mas ainda sim, mais baixa que o ruivo, e tinha longas madeixas negras e bem lisas, que desciam graciosamente até o meio de suas costas. O rosto era levemente redondo, com as maças do rosto bem rosadas e olhos bem negros, assim como seu cabelo.


Gina foi a primeira a abraçar os irmãos, depois que a mãe os soltou e depois foi seguida por todos os outros, até mesmo Fred, Jorge e Rony pareceram ter deixado todas as diferenças para trás e abraçaram Percy, como se nunca tivessem estado brigados. Harry também cumprimentou o ruivo calorosamente, decidido a deixar o passado para trás.


- Carlinhos! Percy! – exclamava a Sra Weasley a todo o momento, lágrimas e lágrimas marcando o rosto rechonchudo e já cheio de rugas da senhora.


- Já deu, não é mamãe! – falou Carlinhos animados, abraçando a mãe pelos ombros – Nós já chegamos, você já falou com agente, estamos bem… Não precisa mis chorar, certo?


- Ah, Carlinhos… - repetiu a matriarca, abraçando-o mais uma vez – Estava com tanta saudade! E de você também, Percy – acrescentou ela, abraçando o outro ruivo de novo.


Somente depois de soltar Percy do novo abraço foi que a Sra. Weasley pareceu notar a presença de mais alguém na mesa, sentada ao lado de Carlinhos, parecendo muito deslocada, mas mesmo assim sorrindo abertamente.


A matriarca pigarreou levemente duas vezes e depois lançou um olhar questionador para Carlinhos indicando a garota com a cabeça.


- Ah, me desculpe mamãe – falou Carlinhos, sorrindo ainda mais, e passando um dos braços pelo ombro da morena – Essa é Bianca Carminati. Minha namorada.


- Namorada? – repetiu a Sra. Weasley com uma expressão espantada.


- É namorada, mamãe – repetiu Carlinhos, sorrindo, enquanto a morena ficava ligeiramente corada ao lado do ruivo.


- E como isso aconteceu? – perguntou a matriarca, se recuperando do susto e sorrindo curiosa.


- Bom mamãe, acho que da maneira como sempre acontece – começou Carlinhos sorrindo maroto – Eu a pedi em namoro, e ela aceitou, oras!


Todos os presentes que prestavam atenção na conversa desataram a rir, menos a Sra. Weasley, e a própria Bianca, que agora atingira a mesma coloração dos cabelos do namorado.


- Para de ser mal-educado, Carlinhos – reprovou a matriarca – Eu estou perguntando onde vocês se conheceram.


- Eu entendi mamãe, só não pude evitar a brincadeira – ele respondeu sorrindo maroto.


- Como sempre – completou Percy, também sorrindo.


- Bom, para resumir a historia – falou Carlinhos, agora um pouco mais sério – Nós nos conhecemos há uns dois meses, quando eu tive que ir para a Itália cuidar de um dragão doente por lá…


- Você foi para a Itália? – exclamou a Sra. Weasley inconformada – Você foi para a Itália e nem o mesmo me mandou uma coruja avisando!


- É mamãe, eu fui pra Itália – respondeu Carlinhos revirando os olhos.


- Você também trabalha com dragões, Bianca? – perguntou Gina, tentando evitar uma possível discussão entre o irmão mais velho e a mãe.


- Sim – respondeu Bianca, calmamente – trabalho em um dos centros de criação de dragões na Itália. Estava trabalhando com um Meteoro-Chinês quando ele ficou doente e precisamos chamar o Carlinhos, já que todo mundo no centro já estava bastante ocupado.


- Uma garota que gosta de dragões – exclamou Fred risonho.


- Não é uma coisa que vemos todos os dias! Você realmente teve muita sorte, meu querido irmão – completou Jorge, piscando para o irmão mais velho.


- Com certeza eu tive muita sorte – concordou Carlinhos, sorrindo abobalhado para a morena ao seu lado, que voltara a atingir a coloração dos cabelos do namorado.


- Certo, certo, certo – falou Rony rindo da cara de bobo do irmão – Vamos parar com esse mel todo, isso já está me dando dor de barriga!


- Olha quem fala… – retrucou Gui – o Senhor Sou-Todo-Meloso-Quando-Estou-Com-A-Hermione.


- O Rony está com a Hermione? – questionou Carlinhos, virando-se para olhar o irmão mais novo e a morena.


- Sim – confirmou Gina – Depois de sete longos anos, ele finalmente descobriu que sempre foi apaixonado pela Hermione.


- Isso é quase um milagre – comemorou Carlinhos sorrindo divertido.


- Quase? – questionou Gina, piscando discretamente para Hermione, que estava tão vermelha quanto Bianca estivera minutos atrás.


- Acho que já falaram da minha vida o suficiente, não é mesmo? – reclamou Rony, incomodado.


- Eu discordo – responderam Fred e Jorge juntos.


- Isso tudo é inveja porque você dois são os únicos Weasley solteiros – retrucou Rony, mal-humorado.


- Ai, essa doeu – provocou Gui, causando risos em toda a platéia.


- Parem de discutir, garotos – reclamou a Sra. Weasley – Não faz nem dez minutos que vocês chegaram e já estão discutindo feito crianças. Vamos terminem de comer e vão fazer alguma coisa!


Nem bem a Sra. Weasley terminou de falar e centenas de corujas entraram no salão para entregar o correio matinal. Duas corujas pararam em frente ao grupo de Grifinórios, uma para Hermione e uma para o Sr. Weasley, ambas trazendo o Profeta Diário.


Hermione abriu o jornal calmamente, mas sua expressão mudou totalmente ao começar a ler a primeira pagina do jornal.


- O que tem ai, Hermione? – perguntou Harry preocupado.


- Acho que você não vai gostar muito disso Harry – ela respondeu, colocando o jornal em cima da mesa, ficando visível aos olhos do moreno.


Os olhos de Harry se arregalaram na mesma hora em que terminou de ler a manchete da notícia: Procura-se Harry Potter. Harry não esperou nem um segundo, e já virara o jornal em busca do resto da notícia.


Eu, Lorde Voldemort, a partir de hoje, coloco a cabeça de Harry Potter a prêmio. Aquele que me entregar o garoto, de preferência vivo, será muito bem recompensado por seu serviço. Além de ter sua vida e de seus familiares poupadas, receberá riquezas incalculáveis. Mas aqueles que se colocarem no meu caminho serão seriamente punidos por isso.”


- Eu não posso acreditar nisso! – exclamou Gina, assim que terminou de ler o pequeno anuncio. – Isso é simplesmente inaceitável!


- E nós vamos fazer o que Gin? Denuncia-lo ao Ministério da Magia? – retrucou Harry, ainda visivelmente abalado com a notícia.


Gina não soube o que responder. Eles realmente não tinham o que fazer naquela situação. Apenas torcer para que todos que estivessem ali no castelo não fossem Comensais da Morte ou adeptos a Valdemort, e que ninguém tentasse mata-lo enquanto ele andava em um dos corredores da escola.


- Eu sei o que você está pensando Harry – falou Remo, que chegara à mesa, há poucos segundo, com o Profeta Diário aberto na mesma página que Harry acabara de ler – Ninguém aqui vai ser capaz de entregá-lo a Voldemort. Estamos todos do seu lado.


- Eu realmente espero que sim, Remo – concordou Harry, forçando um sorriso, que não convenceu ninguém.


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Bom .. eu realmente tenho que pedir desculpas pela demora pra postar esse capitulo ..
Mas espero que tenha valido a pena esperar .. Adorei escrever esse capitulo .. Achei que ficou muito bom .. Espero que você achem também !
Por favor, façam uma autora feliz e comentem ..
Beeijos ..

Ps: Alguém que está lendo tem conta no fanfiction.net .. Estou com problemas para postar esse capitulo lá ..
Alguém poderia me ajudar ..
Beijos ..  

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Comentários (1)

  • vivi couto

    DIVONA... simplesmente divona a sua fic... pelo amor de Merlin amado, posta logo o próximo capitulo, se não vou ter um troso louco... to amando os moment HG e RHr, são mt cute *.* ...  beijinhos e da uma passadinha nas minhas fic ok??? http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41194 http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=41794

    2011-12-04
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