Na Sala Precisa



Cap. 15 – Na Sala Precisa.


A conturbada semana dos ataques ao ministério bruxo e ao primeiro ministros trouxa se estendeu fria e lentamente para todos, como se alguém tivesse enfeitiçado todos os relógios existentes no castelo para que eles trabalhassem o mais lentamente possível.


 


Com a sensação de que tinham passado no mínimo umas quatro horas dentro da Sala de Transfiguração, Rony, Harry e Hermione saíram de lá, assim que o sinal indicou o fim das aulas, totalmente cansados. Os três se encontraram com Gina, alguns minutos depois, ainda nos corredores que os levavam para a Torre da Grifinória. A garota parecia estar tão cansada quanto os três, mas mostrava um grau de irritação maior que o deles.


 


- Não consigo acreditar no tamanho do dever que a MacGonagall mandou agente fazer – reclamou Rony, quando entravam no Salão Comunal – Não sei que horas vamos conseguir fazer esses deveres, Harry, já que ainda temos treino de Quadribol hoje, o jogo contra Corvinal é sábado, não podemos relaxar agora – completou, jogando-se em uma das poltronas perto da lareira, de que eles tanto gostavam– Até sinto falta de quando a MacGonagall era diretora da Grifinória, ela sempre nos liberava dos deveres nas vésperas dos jogos.


 


- Eu não acho que ela faria mais isso para gente, Ron. Pelo menos não esse ano – falou Hermione, também sentando-se, ao lado de Rony – mesmo com toda essa agitação por causa da guerra, ainda estamos em ano de N.I.E.M.s. já devíamos ter começado a estudar para eles há séculos!


 


- Coitados de vocês – concordou Gina, ainda com uma expressão nada amigável no rosto – já estou bastante atrapalhada com os meus deveres, os treinos de Quadribol e da AD. Isso tudo sem precisar estudar para os N.I.E.M.s. Fico imaginando como vocês três vão conseguir dar conta de tudo.


 


Harry ficou parecendo um fantasma nesse momento, de tão branco que ficou. Além da preocupação com tudo que estava acontecendo no mundo bruxo, os treinos da AD, que estavam ficando cada vez mais complexos, a busca pelas Horcruxes, e todas as tarefas que tinha que fazer pela escola, ainda teria que prestara os piores exames da escola esse ano. Como poderia ter se esquecido deles, já que a maioria dos colegas pareciam estar surtando por causa deles.


 


- O que aconteceu, Harry? – perguntou Hermione ao ver a cara do amigo – Não vai mês dizer que se esqueceu que esse ano teremos que prestar os N.I.E.M.s.


 


Harry preferiu não respondeu a pergunta acusadora da amiga, limitou-se apenas a dar um sorrisinho torto pelo canto dos lábios, que o declarava totalmente culpado de todas as acusações.


 


Alguns minutos depois, eles tomaram coragem e se levantaram das poltronas quentinhas, e subiram cada um para seu dormitório. Um banho seria muito bem-vindo agora, para tentarem se aquecer ao maximo antes de irem para o treino de Quadribol.


 


Todos se encontraram no campo de Quadribol, quase quarenta minutos depois de subirem ao Salão Comunal. Hermione foi com os três até o campo, mas se despediu minutos depois, indo para as arquibancadas, onde abriu vários livros e pergaminhos ao seu lado e fazendo sua tão conhecida expressão concentrada, começou a fazer algumas de suas tantas tarefas.


 


O resto do time não demorou mais que cinco minutos para chegar também. Todos usavam varias blusas, e estavam cobertos por luvas, cachecóis e tocas, e todos, sem exceção tinham expressões muito cansadas nos rostos quase inteiramente cobertos.


 


- Muito bem, pessoal, todo mundo lá pra fora – começou Harry, tentando se animar um pouquinho, quando todos terminaram de trocar as varias blusas e acessórios pelo tradicional uniforme de quadribol – Eu sei que todos aqui estão muito cansados, tem um monte de tarefas para fazer, mas nós realmente precisamos desse treino. Temos que acertar uns últimos detalhes antes do primeiro jogo. Por isso quero que todos dêem o seu melhor, para que agente possa acabar logo com isso, e irmos todos para o Salão Comunal, ficar o mais perto possível de uma lareira.


 


Todos sorriram e concordaram com as palavras de Harry, com certeza todos ali queriam que o treino acabasse o mais rápido possível, assim como o capitão.


 


O treino foi realmente muito bom. Dino, Simas e Gina voavam tão bem juntos, como se fizessem isso há anos, tinham um entrosamento fantástico, além de que os três eram realmente muito bons como artilheiros. Rony que sempre se mostrava bem nervoso antes das partidas estava bem centrado durante todo o treino. Os batedores, que nem de longe eram tão geniais como Fred e Jorge, finalmente estavam se entendendo muito bem entre eles, e pareciam nem fazer força quando batiam nos balaços. Harry preferiu não soltar o pomo de ouro durante aquele ultimo treino, já estava escurecendo o que dificultaria seu trabalho, e ele queria ficar de olho no resto da equipe.


 


Harry tinha certeza de que aquele ainda não era o melhor que sua equipe poderia dar, á que todos estavam bem cansados, mas sabia que a equipe vinha demonstrando uma constante melhora durante cada treino, e com certeza dariam tudo de si na partido de sábado contra a Corvinal.


 


O treino acabou mais de uma hora depois, quando todos do time já não conseguia enxergar mais nada, nem mesmo os balaços que vinham como cometas pelo campo, o que tornava o trabalho de todos praticamente impossível.


 


- Muito bom, pessoal, realmente muito bom mesmo! – falou Harry quando colocava as luvas, já de volta ao quentinho vestiário – se jogarmos com a mesma vontade de hoje, esse jogo já é nosso, com certeza! Os melhores jogadores da Corvinal se formaram no ano passado, por isso eles estão com um time completamente novo, visivelmente mais fraco e menos experiente. Por isso temos que ir com nossa força total!


 


Todos saíram bem animados do treino, incluindo Rony, que para a alegria geral estava ainda mais confiante do que durante o treino. Gina e ele foram o caminho inteiro de volta ao Grande Salão fazendo varias piadinhas sobre o time da Corvinal, a maioria falando do novo apanhador, que segundo Rony não conseguia nem ao menos ficar na vassoura a mais de dois metros do chão, quanto mais voar contra uma bolinha que de tão rápida ficava quase invisível.


 


Quando entraram no Grande Salão, o jantar ainda estava sendo servido, o que deixou Rony muito feliz, já que como sempre ele estava morrendo de fome. O salão estava um pouco mais vazio comparado aos dias anteriores com a presença de todos aqueles adultos na escola, eles perceberam depois.


 


Harry, Gina e Rony logo viram Hermione sentada bem ao centro da mesa, comendo um generoso pedaço de pastelão de carne enquanto tentando terminar dois deveres ao mesmo tempo.


 


- E aí, como foi o treino de vocês? – perguntou a morena, assim que viu os três sentando-se à mesa e começaram e se servirem também.


 


- Foi muito bom – respondeu Rony, servindo-se de uma generosa porção de coxas de galinha – o treino foi realmente muito bom. A única coisa que nos atrapalhou um pouquinho foi o frio e aquele vento todo. Perdi uns dois gols da Gina e um do Simas porque a minha vassoura estava puxando um pouco em direção do vento. Espero que sábado não esteja assim.


 


- Realmente o frio esta insuportável, lá fora – concordou Hermione fechando três livros que estavam abertos a sua frente, e os colocando de volta em sua mochila – por isso não consegui ficar assistindo o treino por muito tempo.


 


- Esse frio todo que esta fazendo não é normal – falou Gina seria, entre uma garfada – mesmo nessa época do ano, não é normal – completou.


 


- É porque não é apenas um inverno mais rigoroso, Gina – respondeu Tonks, que tinha acabado de se sentar ao lado da garota e tinha escutado o que ela tinha dito – são os Dementadores que ágoras estão soltos, vagando por ai – completou parecendo totalmente horrorizada com a idéia.


 


-Tem Dementadores soltos por ai? – repetiu Gina, ficando ainda mais horrorizada com a idéia do que a auror.


 


- Tem Gina – respondeu Tonks, também se servindo de coxas de galinha – eles estão soltos pelos céus ao montes.


 


- E não temos nenhum jeito de controlá-los? – perguntou Rony, assim como a irmã, visivelmente preocupado.


 


- Não acho que o ministério já chegou a controlá-los algum dia, mesmo antes do retorno de Voldemort – respondeu Hermione, com sua tão conhecida expressão hermionesca no rosto – e duvido que alguém possa fazer isso agora, já que agora eles estão se aliando a Voldemort. Com certeza ele prometeu aos Dementadores o maior número de vitimas que eles puderem encontrar.


 


Tonks fez um aceno com a cabeça, concordando com Hermione, mostrando que mais uma vez a morena tinha razão total.


 


- Onde você estava até agora Tonks? – perguntou Harry a olhando – Você parecer estar muito cansada.


 


- E estou Harry – concordou ela, tomando um gole de suco de abobora – Minerva me pediu para mim e para Remo ajudar os nossos convidados, como ela mesma gosta de chamá-los, a ter aulas de combate e de defesa pessoal. É como a AD, mais com feitiços bem mais avançados, é claro.


 


- E como foi a sua primeira aula? – perguntou Gina, bem curiosa.


 


- Realmente muito boa, Gina – ela respondeu – a maioria deles tem muita noção de feitiços usados em duelos, estão um pouco enferrujados, é claro, mas nada que nos atrapalhe muito. Mas vejo que algumas habilidades são realmente de família. É inacreditável como, mesmo depois de tanto tempo sem duelar, Molly consegue ser tão rápida e certeira com sua azarações.


 


Rony e Gina sorriram, enchendo-se de orgulho, não era novidade para nenhum dos dois o quanto sua mãe era poderosa, mais só tinham visto ela em ação em feitiços domésticos e quando ela precisava se defender de algumas pragas, mas nenhum dos dois sabia que ela também era tão boa em duelos.


 


<hr>


 


A sexta-feira que antecedeu o jogo da Grifinória contra a Corvinal, se passou como a semana inteira, fria e nebulosa, assim como o clima dentro do castelo. Como sempre, aconteceram algumas gozações entre os alunos da casa dos leões e os Corvinais, fazendo com que o animo das pessoas no castelo ficassem um pouquinho maior do que estivera desde o inicio do ano.


 


Todos os alunos e os convidados de MacGonagall estavam muito animados com o jogo, a única que parecia totalmente contra a essa festa era a Sra. Weasley que ao invés de se animar com a proximidade do jogo, parecia ficar mais preocupada a cada minuto.


 


- Não consigo acreditar que mesmo com tudo que estamos vivendo no mundo bruxo a escola ainda não cancelou o quadribol – falou a matriarca, pelo que pareceu ser a décima segunda vez, na mesa da Grifinória durante o jantar – Vocês podem ser machucar seriamente, com esse jogo… esse jogo de… bárbaros.


 


Gina revirou os olhos mais uma vez, já deveria ter sido a terceira vez desde que sua mãe começara a falar sobre quadribol, enquanto isso Rony e Harry tentavam abafar sem nenhum sucesso os risos. Na mesa, somente Hermione parecia concordar com cada palavra dita pela Sra Weasley.


 


- Não seja assim tão dramática mulher – falou o Sr Weasley, também contendo o riso, era sempre ele intervia a favor dos garotos quando a mulher começava seu discurso anti-quadribol – Deixe os garotos se divertirem um pouquinho, Molly, eles são apenas crianças, merecem se divertir um pouco.


 


- Eles poderiam se divertir de qualquer outra maneira, Arthur – reclamou a mulher, muito carrancuda – Não montados em cima de vassouras a mais de vinte metros de altura tentando fazer gols, eles podem cair, ou como já aconteceu, serem perseguidos por um balaço errante assassino.


 


- Não seu como você ainda consegue se preocupar tanto com isso, mulher – retrucou Fred, que ao contrario do irmão mais novo e de Harry ria abertamente das reclamações da mãe – todos nós sempre jogamos quadribol em casa, e a maioria de nós na escola, até mesmo nossa pequena Gininha aqui – completou recebendo um olhar mortífero da irmã mais nova – e nada nunca nos aconteceu.


 


- É verdade, mamãe! Todos nós ainda estamos aqui, sem nenhum arranhãozinho – concordou Jorge, que assim como o irmão gêmeo ria abertamente das birutices da mãe – a não ser que você queira contar os miolos que o Ronyquito perde todas as vezes que a goles acerta a cabeça dele.


 


Todos na mesa desataram a gargalhar no mesmo instante, menos a Sra Weasley que lançava olhares reprovadores aos gêmeos e Rony, que parecia querer atacar Jorge a qualquer instante, ao que os gêmeos não deram a mínima atenção e continuaram a rir da cara de Rony, junto com os outros.


 


- Não precisa se preocupar tanto com isso, mamãe – falou Gina, parando de rir por alguns instantes e lançando um sorriso carinhoso para a mãe, que ainda permanecia bastante contrariada – Nós todos vamos ficar bem – ela continuou, apontando para Harry Rony e depois para si – É apenas um jogo!


 


- Certo! Você está certa, minha querida – se rendeu a matriarca, mais seu olhar não era de quem estava totalmente convencida com os argumentos da oposição – agora vamos dormir! Anda, vamos logo, para cama todos vocês! Agora! – acrescentou, estendendo sua ordem para Fred, Jorge, Gui, Fleur e Carlinhos, que também assistiam a pequena discussão na mesa da Grifinória.


 


Todos os Weasley, junto com a nora e Harry fizeram cara de quem iriam protesta com a Sr Weasley, até mesmo Hermione, mas todos mudaram de idéia um segundo depois, ao olhar novamente para a matriarca que ainda mantinha seu olhar severo e reprovador a todos, e levantaram-se da mesa, andando para fora do Grande Salão calmamente, sem pressa alguma de chegar aos seus dormitórios.


 


Harry, Hermione, Rony e Gina foram caminhando lentamente em direção da Torre da Grifinória, enquanto os outros cinco andavam ainda mais lentamente para o lado oposto, em direção a um dos muitos corredores inutilizados do castelo, onde estavam reservadas algumas salas vazias, magicamente ampliadas pelo professor de feitiços, para abrigar os visitantes de MacGonagall.


 


Assim que entraram no Salão comunal da Grifinória, Hermione disse que estava muito cansada e com frio e se despedindo dos outros três, foi dormir. Rony, mesmo aparentando não estar com nenhum pingo de sono ainda, também disse que iria subir, assim que seu olhar cruzou com o da irmã, que acabara de se jogar no sofá onde estava Harry, se aninhando preguiçosamente a ele.


 


- Boa noite, Rony – falou Harry, quando este já estava na metade das escadas que davam acesso ao dormitório masculino.


 


Harry e Gina continuaram no sofá, os dois em silencio por mais algum tempo. Gina parecia bastante confortável, aninhada ao namorado, sua cabeça descansando em um dos ombros do moreno, enquanto ele parecia totalmente encabulado,  olhando para um ponto fixo na sala, todo encolhido no cantinho do sofá.


 


- Parece que dessa vez meu irmãozinho cabeça-dura, realmente entendeu alguma coisa que falamos para ele – falou a ruiva, quebrando o silencio, enquanto mudava de posição no sofá, ficando agora toda esticada, enquanto repousava sua cabeça no colo de Harry, que pareceu um pouco menos encabulado agora, com a ruiva um pouquinho mais afastada de si.


 


- Hum… acho que sim, Gi – ele respondeu segundos depois a encarando e lançando um sorrisinho um pouco amarelo, para depois voltar seu olhar de novo para uma das paredes do Salão Comunal.


 


- O que você tem, meu amor? – ela perguntou dessa vez deixando seu sorriso doce de lado e encarando o namorado seriamente – Você está me parecendo um pouco estranho. Tem alguma coisa te incomodando?


 


- Eu? – gaguejou Harry, levando um susto com as palavras da namorada – eu estou muito bem – ele continuou, tentando parecer um pouquinho mais convincente – Só estou muito cansado – completou, empurrando a namorada muito delicadamente de cima do seu colo, e se levantando em seguida – Eu… hum… já vou subindo, Gi. Boa-noite – completou, dando um beijinho rápido na namorada e saindo do Salão Comunal um pouco apressado de mais, na opinião da ruiva.


 


- Boa-noite, meu amor – falou Gina, quando o garoto já não estava mais à vista no topo da escada, seu semblante demonstrando muita preocupação.


 


<hr>


 


Harry acordou muito mais cedo do que deveria na manhã seguinte, o sol ainda nem havia despontado totalmente no horizonte quando despertou. Como vinha acontecendo a um ou dois dias atrás, acordara de um sonho muito estranho e conturbado, envolvendo um maluco, uma ruiva, alguns corredores escuros e seis ruivos enfurecidos, todos eles com bastões de quadribol.


 


Resolveu tentar voltar a dormir, já que em menos de três horas e meia começaria o jogo contra a Corvinal, e teria que estar completamente descansado para poder jogar bem. Mais depois que acordava era impossível voltar a dormir. Depois que acordou de mais uma reprise dos sonhos que tinha com Gina e seus irmãos sua mente ficou vagando, sem sua permissão, entre o seu dormitório e a terceira cama a direita da porta do dormitório feminino da Grifinória.


 


Desde sua última conversa com Rony, vinha agindo realmente muito estranhamente com a ruiva, tinha que admitir. Sempre que chegava perto da namorada lembrava-se no mesmo instante da complexidade de seus sentimentos pela pequena ruiva, e ficava ligeiramente inseguro de como deveria agir com ela. E além da insegurança pelo sentimento desconhecido, também tinha a insegurança de que esse sentimento não fosse correspondido na mesma intensidade pela ruiva.


 


Com esse pensamento sentiu um arrepio desagradável perpassar por todo o seu corpo. Esse era, com certeza, o seu maior medo: que seus sentimentos não fossem compartilhados pela ruiva.


 


Ela já lhe dissera inúmeras vezes que gostava muito dele, que era apaixonada por ele desde que tinha mais ou menos dez anos, quando o encontrara pela primeira vez na plataforma de embarque para o Expresso de Hogwarts, mas será que esse sentimento chegava perto de tudo que ele sentia por ela? Essa era com certeza a grande divagação do garoto. E para piorar, não queria complicar tudo entre eles falando algo assim, tão serio, para ela, ainda mais agora que tudo estava correndo maravilhosamente bem entre eles.


 


Depois de algumas amargas horas pensando nisso, resolveu tomar coragem e se levantar de sua cama. Colocou os óculos e pode vislumbrar claramente o sol que brilhava intensamente lá fora, apesar de ainda sentir um ar gélido que perpassava pela janela e diminuía um pouco a temperatura lá fora.


 


Entrou no banheiro e demorou mais do que o normal embaixo do chuveiro, deixando que a água fria terminasse o difícil trabalho de desperta-lo. E assim, uns quinze minutos depois saiu do banho e colocou as suas tão conhecidas e adoradas vestes de quadribol. Sentia-se tão bem quando as usava.


 


Quando saiu de dentro do banheiro, algum tempo depois, Rony já estava totalmente acordado, e dando um bom-dia quase inaudível, entrou no banheiro logo depois. Quando ouviu o estalo da porta se fechando, sentou-se em sua própria cama e pegou sua tão adorada Firebolt que ficava guardada cuidadosamente em baixo de sua cama.


 


Desceu para o Salão Comunal já com sua vassoura, e passou reto por alguns colegas indo em direção ao buraco do retrato. Caminhou pelos corredores do castelo rapidamente, usando suas conhecidas passagens secretas, evitando passar por algum lugar onde tinham muitas pessoas.


 


Entrou no Grande Salão dez minutos depois, e todos que já estavam sentados na mesa da Grifinória junto com alguns Lufas-Lufas o aplaudiram, algumas garotas até mesmo assobiaram e deram alguns gritinhos de excitação fazendo-o corar levemente. Ignorando isso, sentou-se ao lado dos Weasley sem falar nada, deu apenas um muxoxo quando a sogra lhe deu um carinhoso ‘bom-dia’.


 


Rony, Gina e Hermione chegaram uns dez minutos depois que ele, também recebendo algumas palmas e mais gritinhos histéricos de algumas garotas, já que Rony se transformara bastante popular entre as garotas da escola nos últimos tempos.


 


Gina sentou-se ao seu lado, abrindo muito delicadamente um espaço entre ele e Fred no bando, e deu um beijo estalado nos lábios do garoto, para depois desejar um sorridente ‘bom-dia’ para os pais e os irmãos, que reviravam os olhos ao ver a irmã cumprimentando o namorado.


 


Harry conseguia ouvir todos a sua volta conversando animadamente entre eles, principalmente Fred e Jorge, que pareciam ser os mais animados, mas não poderia dizer sobre o que eles falavam já que não prestava a mínima atenção neles, apenas ficava encarando sua própria omelete sem nenhuma vontade de comê-lo.


 


Só despertou de seu torpor algum tempo depois, quando Hermione e os Weasley se levantaram da mesa, dizendo que já iriam para o campo de quadribol para conseguir pegar bons lugares no estádio. Então, mesmo sem comer nada, também se levantando da mesa e indo junto com Gina e Rony para o vestiário, recebendo mais uma rodada de aplausos dos alunos da Lufa-Lufa e da sua própria casa.


 


Menos de cinco minutos depois o time inteiro já estava lá no vestiário também, todos com expressões decididas e muito alegres, menos, ele pode notar com certa tristeza, Gina que estava avoada e ligeiramente tristonha.


 


- Certo pessoal, chegou a grande hora – falou, tentando desviar seu olhar dos olhos castanhos da ruiva, que ainda encarava o nada, e não parecia prestar nenhuma atenção em nenhuma de suas palavras – tudo que temos a fazer é dar o nosso melhor! Vamos fazer tudo o que fizemos durante os treinos, e tenho certeza que a Corvinal não vai ter a menos chance de nos vencer! Nós somos mais rápidos, mais experientes e temos os melhores jogadores da escola! Esse jogo já é nosso!


 


Todos os outros jogadores ergueram as mãos e gritaram concordando com ele, até mesmo Gina, mesmo que esta ainda se mostrava ligeiramente desanimada em meio a todos os outros jogadores, e seu sorriso forçado não convenceu Harry de que ela estava realmente animada com a perspectiva do jogo.


 


O time saiu do vestiário logo depois, todos com as vassouras nos ombros e sendo saldados por uma grande gritaria no estádio. Todos os Lufas-Lufas torciam pela casa dos leões, mas os Sonserinos se juntaram aos Corvinais nas vaias. Quando todos os sete jogadores chegaram ao centro do campo, o time adversário já estava lá, acompanhados por Madame Hoock que iria apitar a partida. 


 


- Boa-sorte Harry – disse Gina ao seu ouvido, falando com ele pela primeira vez desde que ele tinha fugido dela na noite anterior, depositando um carinhoso beijinho nos lábios do moreno, para depois montar em sua vassoura e se distanciar rapidamente dele.


 


- Quero que façam um jogo totalmente limpo, garotos, entenderam? – perguntou Madame Hoock seria, soltando depois os balaços e o pomo de ouro no ar, e segundos depois lançar a goles no alto, no mesmo instante que apitava, anunciando o inicio de mais um joga da temporada de quadribol.


 


Ainda com os pensamentos fixos em Gina, Harry deu um grande impulso na vassoura e saiu voando. Subiu o maximo que sua vassoura permitiu, ficando acima de todos os jogadores, e até mesmo das arquibancadas, focalizando seu olhar no horizonte e tentando ver o pomo de ouro. Nem sinal dele! Durante os primeiros minutos da partida tudo que viu foi Gina e Dino fazerem uma ótima jogada, que resultou em um lindo gol da ruiva. E enquanto eles comemoravam, o monstrinho particular que habitava o interior de Harry revirou-se contrariado e ele ficou se perguntando se era realmente necessário que Dino abraçasse a ruiva todas as vezes que eles ou Simas faziam um gol.


 


Meia hora de jogo se passou, e Harry não viu nenhum sinal do pomo de ouro. Corvinal estava dez pontos à frente do placar pela primeira vez durante toda a partida. Tinha que achar logo o bendito pomo.


 


Mal tinha conseguido concluir seu pensamento quando o viu. Voando em círculos, próximo as balizas defendidas pelo quartanista que era goleiro da Corvinal. Inclinou-se para frente e saiu na maior velocidade que sua Firebolt lhe permitia, em direção a extremidade oposta do campo.


 


O inexperiente apanhador adversário não teve a menor chance de ao menos tentar detê-lo, estava ainda mais distante da bolinha do que ele, e ainda estava na metade do campo quando Harry sentiu a minúscula bolinha dourada revirar-se entre seus dedos.


 


Ouve uma explosão enorme de vivas e aplausos que com certeza poderia ter sido ouvida por todo o castelo, para depois ele sentir ser abraçado por todo o time, ou quase todo, como percebeu depois. Notou com uma tristeza sufocante que Gina não estava ali com os outros. Estava longe, planando próximo as arquibancadas da Grifinória, olhando para ele com uma expressão firme e tristonha, embora estivesse com um sorrisinho dançando-lhe pelo canto dos lábios.


 


Soltou-se de todo o time o mais rápido que conseguiu e voou até ela, que se afastou lentamente, para depois inclinar-se em direção ao chão, e pousar delicadamente do solo, entrando no vestiário, antes que pudesse ser cumprimentada por algum dos torcedores, até mesmo pelo resto do time.


 


Harry teve a incomoda sensação de eu seu coração tivesse sido arrancado do peito, com o olhar que recebera da ruiva. E pela primeira vez em sua vida, sentiu-se totalmente infeliz depois de ter ganho um jogo de quadribol.


 


<hr>


 


Sabia que uma grande festa estava acontecendo nesse momento no Salão Comunal da Grifinória por causa da vitoria, mas não sentia nenhuma vontade de estar lá naquele momento. Mesmo depois de ter feito uma boa partida e ganhado mais um jogo pela sua casa, sentia-se totalmente fora do clima festivo em que todos os seus colegas se encontravam no momento.


 


Ainda esta ali, sozinha, no vestiário, vestida com as roupas de quadribol, há mais de uma hora. Não sentia nenhuma vontade de sair dali, não sentia vontade de nem ao menos levantar-se do chão. Estava em um estado total de torpor, mas este, infelizmente não se dava pela felicidade da vitoria.


 


No momento em que Harry subira para o dormitório masculino na noite passada, teve quase certeza de que alguma coisa estava acontecendo com seu namorado, mas depois das atitudes dele durante todo o café da manhã e as minutos que antecederam ao jogo sua certeza fora totalmente confirmada.


 


Desde a noite em que ele brigara com seu irmão ele estava estranho, mas nada muito preocupante, já que agir com estranheza era característico dele. Mas como ele não melhorou no dia seguinte, teve a impressão de que provavelmente Rony dissera algo para ele que ainda o estava incomodando muito.


 


Soltou um suspiro pesado e tomando coragem levantou-se do piso gelado. Passou a mão pelos cabelos, soltando-os. Resolveu que um bom banho era a melhor opção para tentar livrar-se de todos os pensamentos incômodos que a assolavam no momento.


 


<hr>


 


- Harry – chamou Rony –você sabe onde está a mina irmã? – ele perguntou, tomando um golinho de cerveja amanteigada, que Fred e Jorge, que assim como todos os Weasley também participavam da festa tinham conseguido contrabandear para a escola, mas que ninguém fazia idéia de como.


 


- Eu não sei não, Rony – respondeu o moreno. Estava jogado em umas das poltronas em frente a lareira, em seu lugar favorito, desde que chegara ao Salão Comunal  - acho que ela ainda deve estar no vestiário.  Ela estava lá depois do jogo , e quando saímos ela disse que ficaria mais algum tempo lá e depois vinha para a festa.


 


- Mais isso já devem fazer mais de uma hora, Harry – retrucou o ruivo impaciente – acho que você deveria ir atrás dela, cara.


 


- Eu não tenho certeza de que seria a pessoa certa para ir falar com ela agora, Ron – respondeu Harry, sem encarar o amigo – porque você não vai lá, ou pede para um dos seus irmãos irem procurá-la.


 


- De jeito nenhum, Harry – retrucou o ruivo, puxando-o da poltrona com urgência – você tem que ir agora mesmo atrás dela. Ela é sua namorada, Harry, não é isso que vocês vivem me falando. Larga de ser medroso e vai logo atrás dela.


 


- Certo, certo, já estou indo, cara – respondeu ele de má vontade, saindo das vistas do amigo o mais rápido que pode e tentando se desviar da multidão que formara ali.


 


Muitas pessoas no Salão pararam para dar parabéns a ele, mas ele as ignorou prontamente, saindo apressado pelo buraco do retrato, ainda sentindo o olhar de Rony em suas costas, como se quisesse se assegurar que ele realmente ia atrás de Gina.


 


O castelo estava cheio, a maioria dos alunos estavam aproveitando o fim de semana para passar mais tempo com os pais ou algum parente que agora estavam morando no castelo também.


 


Em menos de cinco minutos estava parado, em frente a porta do vestiário, no campo de quadribol. Ficou mais tempo em frente a porta decidindo se entraria ou não do que levara para chegar até ali. Mas antes que pudesse realmente se convencer de que deveria realmente entrar, a porta foi aberta pelo lado de dentro por Gina.


 


A garota já estava com as suas costumeiras roupas de trouxas,e os cabelos ainda estavam molhados por causa do banho. Mais a única coisa que chamou a atenção do moreno foi o olhar triste e uma fina lagrima que descia pelo rosto da garota. A garota parou assim que o viu, seu olhar cruzou com o dele e ficaram se encarando por algum tempo, até que Harry tomou coragem e quebrou o silencio constrangedor que se instalara entre os dois.


 


- Gina – ele falou em um fio de voz – você está bem? – ele perguntou, passando a mão carinhosamente pelas madeixas ruivas da menina.


 


- Eu estou… estou ótima, Harry – ela respondeu, sem realmente encará-lo, mexendo desconfortavelmente as mãos.


 


Mais para contradizer totalmente o que a menina tinha acabado de falar, seus olhos se encheram de lagrimas, as quais ela tentou a todo custo impedir que caíssem.


 


- Você tem certeza de que está bem, Gin? – ele perguntou carinhoso, em um fio de voz, secando uma teimosa lagrima que a garota não conseguira conter, a pesar de seu inegável esforço.


 


Ela não respondeu a pergunta do moreno, apensas o abraçou pela cintura, afundando o rosto no peito do moreno. Harry ficou totalmente sem ação por algum tempo, nunca tinha visto Gina tão frágil assim. Ela sempre se mostrara extremamente forte, por pior que a situação pudesse parecer.


 


- O que aconteceu com você, Gin? – ele perguntou, a abraçando também, passando novamente as mãos pelo cabelo da garota, dessa vez protetoramente.


 


Harry sentiu a garota se aconchegar ainda mais a seu peito, se é que isso era realmente possível, suas lagrimas molhando seu moletom, o deixando ainda mais preocupado com a namorada.


 


- Por Merlin, Gina! Você está me deixando muito preocupado – ele falou em um tom claro de desespero – me fale o que esta acontecendo! Por favor – ele completou seu desespero ainda mais explicito em sua voz.


 


Ele pode ouvir a garota soltar um ultimo soluço, para depois soltar-se dele, lentamente, e encará-lo, tentando em vão, conter as lagrimas que ainda teimavam em escorrer por seus olhos castanhos.


 


- Por que você tem me evitado tanto, esses últimos dias, Harry? – ela perguntou, fazendo o garoto ficais ainda mais confuso. O que isso podia ter a ver com o motivo de ela estar chorando.


 


- Eu não tenho te evitado, Gina – ele respondeu, percebendo que não ia adiantar nada negar, ela estava coberta de razão, ele realmente estava a evitando, desde sua incomoda conversinha com Rony.


 


- Você está me evitando sim, Harry – ela falou, sem ligar para o moreno, que queria protestar novamente – ontem você fugiu quando estávamos sozinhos no Salão Comunal , e hoje de manhã na me esperou para descer para o café, e nem a menos falou comigo a manhã inteira. E quando eu fui falar com você, não ao menos me encarou, como se quisesse fugir o mais rápido possível.


 


- Eu não…


 


- Não tente negar, Harry - ela o interrompeu, soltando um suspiro e passando a mão pelas têmporas, em sinal de cansaço – eu não sou tão boba assim, Harry. Sei muito bem o porque de você estar fazendo tudo isso comigo.


 


- Sabe? – ele repetiu, muito surpreso.


 


- Sei Harry –ela concordou – você finalmente de ter se cansado de ficar com a irmãzinha do seu melhor amigo, não é mesmo? Com certeza o meu irmão te disse alguma coisa que te fez pensar e chegar a maravilhosa conclusão de que você ainda me considera a sua irmãzinha mais nova!


 


- Gina não… não é nada disso – ele falou, muito espantado, não fazia a menor idéia de onde ele poderia ter tirado essa idéia – você… eu não sei de onde você tirou isso… você está totalmente enganada.


 


- Então me diz o que é, Harry! Por que eu sinceramente cansei de tentar entender você a todo tempo – ela falou, os sinais de cansaço ainda mais implícito em sua voz – em um minutos você é… é o namorado perfeito, e no outro você foge de mim, com se sua vida dependesse totalmente disso.


 


Harry permaneceu em silencio por um tempo que não pode definir precisamente, não sabia o falar, ou como falar alguma coisa para ela. Limitou-se apenas a continuar fitando a garota a sua frente, seus olhos presos nos castanhos dela, que continuava esperando pacientemente por uma resposta.


 


- Você quer terminar comigo, não é Harry – ela falou depois de perceber o silencio do moreno, sua voz mantendo-se totalmente firme, mas sua expressão mostrava que isso parecia lhe custar a própria vida.


 


- Não – negou Harry no mesmo instante, não podia acreditar que ela sequer pensara nessa possibilidade, somente em imaginar como poderia ser sua vida sem essa garota ele perdia totalmente a vontade de continuar a lutar por algo – é claro que eu não quero terminar com você, Gina – ele completou, para tentar parecer o mais convicto possível.


 


- Então o que é, Harry? – ela perguntou, parecendo ligeiramente mais feliz, com a resposta dele, mais continuou sem realmente encará-lo.


 


Harry continuou em total silencio por algum tempo, fazendo com que a pontinha de felicidade que aparecera em sua voz a alguns segundos desaparecesse no mesmo instante, confirmando sua teoria. Harry soltou um suspiro cansado, o que Gina entendeu como sua deixa para ir embora.


 


- Eu te amo – ele falou em um fio de voz, juntando toda sua coragem que ela não sabia de onde vinha mais que veio a tona quando viu a ruiva se distanciava lentamente em direção ao castelo.


 


Gina parou em seu lugar no mesmo instante, seu coração falhando uma batida, para depois bater descompassado e sua respiração ficando falha no mesmo instante. Por um segundo ela cogitou a idéia de estar tendo uma alucinação, uma maravilhosa alucinação. Será que ele realmente tinha dito aquilo? E para ela?


 


- O quê? – ela perguntou segundos depois, quando conseguiu fazer com que sua respiração voltasse ao normal, virando-se para encarar o namorado novamente, seus olhos procurando as Iris verdes do menino.


 


- Eu te amo – ele falou novamente, dessa vez com muito mais convicção do que a ultima, sua coragem se esvaindo lentamente, mas com uma voz firme continuou – é por isso que eu estive tão longe nos últimos dias. Eu estava morrendo de medo de te dizer isso. E estava com mais medo ainda de depois de te dizer isso, eu percebesse que o que você sente por mim não passa de uma paixonite boba de adolescente.


 


Gina continuou o encarando, suas Iris caramelo perdida nas verde-esmeralda do moreno, voltando a se aproximar do garoto. Seu sorriso doce estampado em seu rosto, parecendo aquecer o coração de Harry.


 


- Não sei como pode pensar nisso, meu amor – ela falou mantendo o sorriso doce, mesmo que algumas lagrimas ainda caíssem por seus olhos – há muito tempo que meus sentimentos por você não são mais uma paixonite boba de adolescente – ela completou, sua voz ligeiramente embargada por causa das lagrimas – eu amo você.


 


Harry sentiu seu coração falhar mais de uma batida, dando a impressão de que ele nunca voltaria a bater, que sairia pela sua boca, sem que ele pudesse conter. O que só mudou quando a ruiva o abraçou carinhosamente, fazendo com que seu coração voltasse a bater dessa vez acelerado, como se ainda quisesse sair de seu corpo, mais dessa vez fosse atravessar sua caixa torácica.


 


- Muito – ela completou, sua voz ainda mais embargada pelas lagrimas que escorriam pelos seus olhos como cascata, antes de beijá-lo docemente.


 


Os dois puderam perceber que esse beijo fora totalmente diferente de todos que já haviam trocado. Havia mais do que paixão e carinhos expresso ali, havia amor. Era a única maneira que os dois tinham conseguido encontrar de mostrar a intensidade de seus sentimentos naquele beijo. Gina o definiu no mesmo instante em pensamentos como totalmente maravilhoso.


 


<hr>


 


O final de semana passou incrivelmente agradável para todos no castelo, mais principalmente para Harry, que parecia ter finalmente tirado um enorme peso de seu coração. Dizer para Gina que a amava tinha feito que todos os seus receios desaparecessem no mesmo instante, fazendo que ele se sentisse mais feliz do que jamais se lembrara de ter sido durante toda sua vida. Sentia-se maravilhosamente bem.


 


A segunda feira chegou novamente e junto com ela um discreto solzinho aparecia através das muitas vidraças do castelo, amenizando um pouquinho o frio que vinha sempre acompanhado com o ar gélido da manhã.


 


- Estou vendo que você e a minha irmã já estão normais de novo, não é mesmo – falou Rony, quando se juntou ao amigo, que acabara de se despedir da namorada, em frente as portas do castelo, para vê-la se afastando lentamente, agora junto com Luna, em direção a cabana de Hagrid, onde as duas teriam aula de Trato de Criaturas Mágicas.


 


- É, agente meio que se entendeu no sábado, sabe – concordou o moreno com um sorriso mais que bobo dançando-lhe nos lábios – quando eu fui lá no campo na hora da festa, procurar por ela.


 


- Então, Harry… você contou aquilo para ela? – ele perguntou, sua voz saiu quase como sussurrasse quando disse ‘aquilo’, mais sem conseguir conter um sorriso brincalhão que insistia em escapar de seus lábios.


 


- Hum… é eu contei para ela Ron – ele concordou corando levemente, sem encarar o amigo. Ainda sentia-se ligeiramente incomodado de falar disso com ele, e não apenas pelo ruivo ser irmão de Gina, sabia que se sentiria incomodado de falar disso com Rony mesmo que fosse qualquer outra garota.


 


- E ai? – perguntou o ruivo, vendo que Harry não parecia muito disposto a continuar falando do assunto, mais com certeza ele não se deixaria intimidar pela timidez do amigo, estava se divertindo muito com ela.


 


- E ai o que, Rony? – ele perguntou, tentando pensar o mais rápido possível em algo que pudesse desviar o assunto.


 


- O que a minha irmã te disse, cara? – ele continuou insistindo, sabia que estava sendo um pouco cruel, mais não podia evitar se divertir um pouquinha as custas da timidez de seu cunhado.


 


Harry não respondeu a pergunta, não conseguia acreditar que Rony iria fazê-lo contar detalhes do que ele e a ruiva conversaram, não que fosse alguma coisa muito sensível aos ouvidos de Rony, mas era algo que ele queria guardar para si própria. Sem contar o enorme constrangimento que sentia no momento, que parecia bem evidente pelas seu rosto tão vermelhos quanto os cabelos de Rony.


 


- Onde está a Hermione? Eu não a vi no café da manhã – ele falou, um ultimo e desesperado meio de fazer o amigo pensar em qualquer outra coisa e se esquecer da conversa que estavam tendo.


 


- Ela está na Biblioteca, eu a encontrei quando estava indo para o Grande Salão, ela disse que tinha que pesquisar alguma coisa para o trabalho da MacGonagall que ela tinha que entregar hoje – ele respondeu, automaticamente – mais nem adianta mudar de assunto, Harry. O que a minha irmã te disse, afinal?


 


- Rony… por favor – ele falou, ficando ainda mais vermelho, se isso era possível, tentado se agarrar a sua ultima esperança.


 


- Vamos, Harry – ele falou contendo um riso – conta logo.


 


- Tudo bem, foi você quem pediu– ele falou, soltando um suspiro, dando-se por vencido – a hora que eu encontrei com ela, ela estava saindo do vestiário e hum… ela estava chorando. Aí ela falou que eu estava estranho, e estava evitando ela…


 


- E estava mesmo – falou o ruivo, para depois ganhar um olhar zangado do amigo – foi mal.


 


- Então, ela disse que estava evitando ela e começou a chorar ainda mais e disse que sabia que eu queria terminar com ela. Que eu finalmente tinha percebido que ela era só a ‘irmãzinha do meu melhor amigo’ e mais umas coisas.


 


- Ela chorou mesmo? – perguntou o ruivo, agora mostrando-se serio.


 


- Aham – concordou Harry, sem encará-lo.


 


- Uau, acho que não a vejo chorar desde que ela estava no primeiro ano, e foi só porque aconteceu aquelas coisas da câmara secreta – falou Rony sorrindo, e dando um soquinho de leve no ombro do amigo – minha irmã deve gostar mesmo de você mesmo, cara.


 


- Ela me ama, Ron – ele falou com um sorriso bobo e uma expressão totalmente apaixonada no rosto, chegando a ficar até meio bobo.


 


- Ela te disse isso? – Rony perguntou, tentando contar o riso por causa da cara que o amigo fazia.


 


- Disse – concordou, seu sorriso aumentando ainda mais, o que fez com que o amigo não conseguisse mais conter o riso – do que esta rindo? – perguntou.


 


- Da sua cara de bobo apaixonado – respondeu Rony, rindo ainda mais.


 


- É mesmo – zombou Harry – deve ser mais ou menos a mesma cara que você faz toda vez que fala da Mione.


 


O sorriso de Rony sumiu no mesmo instante dando lugar ao rosto corado e as orelhas tão vermelhar quanto seus cabelos.


 


- Eu não faço essa cara, quando falo dela – reclamou Rony.


 


- Ah, faz sim, Ron – continuou Harry, agora era sua vez de ver o amigo ficar extremamente envergonhado – e essa cara só não é mais engraçada do que a que você fazia quando estava com ciúmes dela e do Krun.


 


Na mesma hora a cor do rosto de Rony mudou de vermelho para um quase roxo, fazendo com que Harry não agüentasse e explodisse em risadas, deixando o amigo ainda mais nervoso.


 


- Quer parar de rir? – pediu Rony, alguns tempo depois, quando Harry se contorcia de tanto dar risada – eu não tinha ciúmes dela e do Krun.


 


- Não – repetiu Harry descrente – você apenas tinha vontade de matar ele a cada vez que alguém citava o nome do garoto.


 


- Não é verdade – falou Rony, em um fio de voz.


 


- Claro que é, Rony – disse Harry, ainda sorrindo, mais um pouco mais serio dessa vez – você tem muito ciúmes da Hermione. Nenhum garoto pode chegar perto dela e você já fica com cara de quem cheirou bosta de dragão.


 


Rony pareceu concordar já que não respondeu nada, mesmo que um resposta bem mal-criada estivesse na ponta de sua língua.


 


- Vamos, Ron, admita que você sente ciúmes dela – falou Harry, sorrindo marotamente – admita que gosta da Hermione.


 


- Eu não… - começou Rony, mais no mesmo instante parou, percebendo que não adiantaria negar, a cara de Harry era a de quem tinha certeza de algo – ‘tá legal! Eu gosto dela! Satisfeito?


 


- Muito – respondeu Harry rindo ainda mais – agora você só precisa dizer isso a ela – completou como se fosse a coisa mais obvia do mundo.


 


- Você ficou maluco, Harry? – ele perguntou, seu rosto mudando de cor novamente, ficando branco feito um fantasma.


 


- E por que eu estaria maluco? – questionou Harry sem entender patavina.


 


- Eu não posso simplesmente chegar e dizer que gosto dela… – ele respondeu .


 


- E porque não? – perguntou Harry irônico.


 


- Por que está na cara que ela não gosta de mim, não é mesmo Harry – ele respondeu, tentando parecer descontraído, mais com um ar de tristeza na voz – ela deve gostar de algum garoto inteligente e não tenha a sensibilidade de uma colher de chá. Quem sabe algum garoto da Corvinal?


 


- Rony, essa foi a coisa mais idiota que você já me disse na sua vida – falou Harry parando no meio do corredor e encarando o amigo – é claro que a Mione também gosta de você.


 


Rony ficou parado encarando o amigo, um singelo sorriso brincando no canto de seus lábios, mostrando que tudo que ele mais queria era que as palavras de Harry fossem verdade.


 


- Eu sabia que você era meio lerdo, mais não achei que fosse tanto, Ron – continuou Harry irônico – até mesmo o Neville já deve saber que a Mione gosta tanto de você, quanto você dela.


 


- Você está falando serio, cara? – perguntou Rony, sorrindo bobamente.


 


- Você acha que eu brincaria com uma coisa dessas? – perguntou Harry postando-se serio na frente do amigo.


 


Rony fez que não com a cabeça, já que as palavras pareciam não querer sair de sua boca.


 


- Então, vai falar com ela? – perguntou Harry, com cara de quem não aceitaria um ‘não’ como resposta.


 


- Vou – balbuciou Rony, num fio de voz, tudo que ele conseguiu reunir.


 


Harry sorriu e voltou a andar, deixando um atônito Rony um pouquinho para trás, parado no meio do corredor e olhando para o nada.


 


- Rony – ele chamou algum tempo depois, no que o amigo saiu de seu transe e voltou a segui-lo.


 


- O quê? – perguntou.


 


- Você está com aquela cara de bobo da qual eu falei – comentou sorrindo e entrando na sala da MacGonagall.


 


Quando entrou avistou Hermione, sentada em uma das primeiras carteiras, já com o livro de transfiguração e sua varinha em cima da mesa. Sentou-se ao seu lado, bem no meio da carteira, onde logo em seguida Rony sentou-se ao seu lado, ainda em estado de transe.


 


Hermione ainda fez um sinal com a cabeça perguntando o que o ruivo tinha, no que Harry sorriu, e deu de ombros. Deixando a amiga muito curiosa.


 


<hr>


 


- Acho que por hoje já é o suficiente, pessoal – falou Harry sorrindo, depois de desviar de um feitiço lançado por Gina.


 


Alguns muxoxos de reprovação foram ouvidos pela sala mais todos pararam de lançar feitiços no mesmo instante, para depois começarem a recolher algumas almofadas e livros que estavam caídos pelo chão, por causa dos feitiços lançados com pouca por alguns dos alunos.


 


Em menos de cinco minutos todos os participantes da AD já tinham saído da sala, deixando apenas Harry, Gina, Hermione um avoado Rony, que ainda recolhia as ultimas almofadas em um canto da sala.


 


- O que aconteceu com ele? – perguntou Gina, apontando para o irmão, um sorriso entre divertido e preocupado pairando sobre seus lábios.


 


- Ele está pensando em como se declarar para a Hermione – respondeu Harry rindo, em um sussurro para que só a ruiva pudesse ouvir.


 


- Então acho que agente podia dar uma ajudinha pra ele, não é mesmo? – falou a ruiva, deixando que seu sorriso mais maroto aparecesse.


 


- Vamos indo? – perguntou Hermione, alheia a conversa dos outros dois.


 


- Vai indo na frente, Mione – falou a ruiva, seu sorriso maroto ficando ainda maior – o Harry prometeu que iria me ajudar com o meu patrono.


 


- Mas seu patrono é per… - tentou falou Rony, recebendo uma piscadela da irmã, o que ele entendeu como a deixa para sair dali com Hermione – certo, eu e a Mione vamos indo na frente, então – completou.


 


Harry segurou um sorriso, assim como Gina, vendo Rony sair da sala acompanhado de uma Hermione  totalmente perdida.


 


- Será que o Rony finalmente vai falar com ela? – perguntou Gina sorrindo brincalhona, encostando-se na parede e jogando a longa cabeleira ruiva para trás de maneira displicente.


 


- Acho que sim – ele respondeu, chegando mais perto da garota – eu tive uma conversa bem interessante com ele hoje de manhã.


 


- Interessante, é? – perguntou Gina sorrindo maliciosamente, e colocando seus braços em volta do pescoço do moreno.


 


- É – concordou Harry num fio de voz, os pelos de sua nuca se eriçaram ao menor toque da namorada.


 


- Mais interessante que as nossas ‘conversas’? – ela perguntou, um tom de malicia totalmente explicito em suas palavras.


 


Gina sorriu no mesmo instante, é claro que queria ajudar Rony e Hermione a se acertarem, por isso que falara para os dois irem na frente, mais não podia deixar de aproveitar a oportunidade de ficar ali com Harry. Agora que seus outros irmãos também estavam no castelo seu tempo com Harry estava cada vez mais reduzido, por isso não deixaria de aproveita cada segundo com ele, ainda mais ali, na Sala Precisa onde ninguém poderia atrapalhar.


 


- Não tem nada mais interessante que as nossas ‘conversas’ – respondeu Harry, também sorrindo, para um segundo depois tomar os lábios da ruiva nos seus.


 


A sensação que teve naquele instante foi como se o mundo a sua volta tivesse simplesmente desaparecido. Era maravilhoso perder-se nos lábios do moreno que tanto amava. Agradeceu mentalmente por estar escorada na parede, caso contrario não sabia se conseguiria se manter de pé, já que suas pernas tinham virado gelatina.


 


 Sentiu um arrepio gostoso subir pela base de sua coluna, quando Harry depositou suas mãos em sua cintura, em um espaço livre do tecido de sua camisa, para depois subir um pouquinho, levando com ele a camisa do uniforme.


 


Mais nada poderia prepará-la para a sensação que veio a seguir, os lábios de Harry, sempre tão doces e gentis, abandonaram os seus por uns instantes, mas antes que ela pudesse protestar, eles desceram por toda extensão de seu rosto, para pararem por um segundo na curva de seu pescoço, onde Harry iniciou uma deliciosa tortura, de beijos, chupões e leves mordidas, deixando sem duvidas marcas na pele alva da garota.


 


‘Onde ninguém poderia atrapalhar’, aquelas palavras ecoaram repetidas vezes na mente da ruiva, enquanto sentia os lábios de Harry em seu pescoço, suas mãos descontroladas, tentando de qualquer maneira fazer com que os dois ficassem, se era possível, ainda mais perto, enquanto sentia arrepios a cada segundo por todos seu corpo, reflexo do estrago que Harry fazia em seus sentidos passeando os lábios por seu pescoço e as mãos pelas costas e barriga dela. Com certeza se ninguém ‘os atrapalhassem’ algo realmente aconteceria ali.


 


Esse foi o mesmo pensamento que rondou a mente do moreno quando direcionou novamente seus lábios para os da garota e as mãos de Gina, sempre postadas em sua nuca e cabelos, desceu por suas costas e se instalou no seu peito, fazendo seu corpo tremer nas mãos da ruiva, que percebendo os estragos que estava fazendo no garoto somente desceu mais as mãos começando a abrir lentamente todos os botões da camisa do uniforme que o garoto ainda usava, para depois escorregá-la pelos ombros do garoto, o livrando totalmente dessa peça de roupa.


 


No mesmo instante Harry interrompeu o beijo, e encarou a namorada um pouco assustado, no que recebeu apenas um sorriso doce dela, que o puxou pela nuca de volta a um beijo, dessa vez quase faminto, para depois direcionar seus próprios lábios para o pescoço e ombros do garoto, fazendo com que agora ele, soltasse algumas lamurias totalmente sem sentidos.


 


Nesse instante algo gritou em sua mente em alerta, tudo bem que ele e Gina tinham seus momentos mais ‘quentes’, mais nada se comparava a aquilo. Gina estava mostrando um lado dela que ele jamais conhecera, uma lado quase felino da ‘menina’, que para completar agora passava as unhas por toda extensão dos ombros e costas do garoto, deixando com certeza algumas marcas. Decidiu que o mais certo a fazer era parar, mais o que não fez, já que o beijo faminto que Gina iniciara a alguns minutos não era nada comparado ao que ela lhe dava agora.


 


Foi nesse instante que sua consciência foi dar uma voltinha, já que suas mãos, começaram a abrir os botões da camisa da namorada, para depois deslizar essa peça pelos ombros dela, e agora com certa ‘liberdade’ as mãos de Harry passeavam por toda extensão das costas e barriga da ruiva, par depois parar uma delas  brincando com o fecho do sutiã da menina, mas se abri-lo, enquanto a outra postava-se na coxa direita da garota, subindo um pouquinha a saia, já curta, que ela usava.


 


O alerta que soara na mente de Harry segundos atrás, pareceu finalmente também soar na mente de Gina, no instante em que uma de suas mãos passeava pelo corpo do garoto e encontrou a fivela do cinto do namorado. No mesmo instante ela pareceu se dar conta do ‘que’ estava fazendo e parou no mesmo minuto, separando-se do namorado para em seguida ficar o encarando.


 


Harry demorou alguns segundo para voltar a si, a falta de oxigenação no cérebro não o deixava pensar com clareza, mais quando o fez, seu rosto ficou ainda mais vermelho do que o da namorada.


 


- Me desculpe, Gi… - ele falou, fechando os olhos com medo de encarar a namorada, e descendo suas mãos para que elas voltassem a cintura da garota – eu não sei o que deu em mim…


 


- Não precisa se desculpar, Harry – falou a garota, todos os vestígios de timidez a deixando no mesmo instante – ainda mais por alguma coisa que eu tenho certeza que você gostou – completou maliciosa.


 


- Isso eu definitivamente não posso negar – ele falou, abrindo os olhos, mais ainda levemente desconcertado.


 


Gina sorriu, e voltou a beijá-lo, dessa vez nem mesmo parecia ela, já que o beijo foi calmo e delicado, onde ela apenas limitou-se a deixar suas mãos paradas no peito do namorado.


 


- Acho melhor agente ir – ela falou, sorrindo, depois que se separou do namorado novamente.


 


- Eu também acho – ele concordou, soltando-se do abraço e procurando por sua camisa, que estava jogada no chão a uns dois metros deles.


 


Somente enquanto abotoava novamente sua camisa, pode ver a situação em que a namorada se encontrava, os cabelos, a poucos minutos presos no topo da cabeça, estavam totalmente soltos e bagunçados, os lábios da garota estavam vermelhos e inchados, e a pele alva de seu pescoço tinha varias marcar avermelhadas. Para completar sua camisa estava jogada no chão,deixando a mostra o sutiã rosa claro que ela usava e a saia estava ligeiramente torta, o que o fez pensar que não deveria estar muito melhor.


 


Vendo o olhar do namorado, Gina pareceu finalmente ter tomado consciência de sua situação, e corando levemente pegou sua camisa rapidamente voltando a vesti-la, alinhou a saia, e tentou inutilmente fazer com que os cabelos voltassem a ficar no lugar, fazendo-a bufar de indignação.


 


- Olha só o que você fez comigo – ela falou, tentando parecer nervosa, mais não contendo o tom de malicia na voz.


 


- O que me faz pensar, que não devo estar muito melhor – ele comentou, terminando de abotoar o ultimo botão da camisa, e tentando alinhar os cabelos, que com certeza deveriam estar um horror.


 


- Tirando os cabelos mais bagunçados do que o normal, e algumas marcas no seu pescoço você esta normal – ele comentou, como se falasse do tempo – mais acho que as piores marcas ficaram escondidas pela sua camisa – completou sorrindo marotamente mais uma vez.


 


Harry riu com gosto dessa vez, desistindo de arrumar os cabelos, e depois de ver que a ruiva já tinha terminado de se ‘arrumar’, eles saíram da Sala Precisa, conversando tranquilamente.


 


<hr>


 


- Que tipo de ajuda a Gina queria com o patrono dela? – perguntou Hermione, tentando iniciar uma conversa, quando Rony fechou a porta da Sala Precisa e ela sumiu atrás dos dois.


 


- Nenhuma, para falar a verdade – respondeu Rony, timidamente – já que o patrono da Gina é totalmente perfeito, assim como o seu ou o do Harry.


 


- Mais então, porque a Gina disse que o Harry ajudaria ela com o patrono? – assim que terminou de falar, Hermione pareceu entender o porque de Gina ter feito isso.


 


Rony riu com a cara de entendimento que a morena fez, e cortinou andando pelos corredores desertos do castelo.


 


- Quem te viu, quem te vê, ehin, Ron – falou ela, algum tempo depois – você sabia muito bem que a Gina estava mentindo, mais mesmo assim deixou os dois lá sozinhos – ela completou.


 


- Eu disse a você, eu definitivamente superei meus nervos quando se trata daqueles dois – ele falou rindo – e eu… bem… queria falar com você – ele continuou, dessa vez timidamente.


 


- Você queria falar comigo? – perguntou Hermione sem entender, parando no meio do corredor no que foi imitada por Rony.


 


- Aham – ele respondeu simplesmente, sem encará-la, toda sua coragem, conquistada durante todo o dia, pareceu se esvair no momento em que saiu da Sala Precisa com a morena.


 


- E o que você queria falar comigo, Ron… - incentivou Hermione ainda sem entender nada.


 


- Para ser sincero, Mione – ele começou, se aproximando um pouquinho da amiga – eu não faço idéia do falar pra você – a cada palavra ele foi se aproximando ainda mais da morena – eu não sou muito bom com essas coisas… então prefiro não falar nada.


 


Hermione fez sua melhor cara de ponto de interrogação, mais no segundo seguinte todas as suas perguntas foram esquecidas já que com um espanto sentiu uma das mãos do ruivo postar-se em sua cintura e a outra puxar-la pela nuca, para um segundo depois sentir seus lábios tomados pelo ruivo, em um beijo calmo, tímido e delicado.


 


Passados os primeiros segundos onde não sabia o que fazer, Hermione instintivamente colocou suas mãos em volta do pescoço do ruivo, para em seguida corresponder ao beijo, por ela tão esperado.


 


Nada no mundo poderia ter se comparado a esse momento para Rony. Ele estava, finalmente beijando Hermione, e o melhor de tudo é que ela também o beijava. Não conseguia acreditar, finalmente poderia se considerar o garoto mais feliz do mundo.


 


- Mione – chamou o ruivo, segundos depois, quando os dois se separaram, ambos ainda de olhos fechados tentando regular suas respirações.


 


- Hum – balbuciou ela, ainda em um estado de transe.


 


- Você quer namorar comigo? – ele perguntou, ainda sem abrir os olhos, apenas aproveitando a sensação de tê-la tão perto, mais ainda ansioso com a resposta dela.


 


- É o que eu mais quero, Ron – ela respondeu, para depois, ela mesma tomar a iniciativa e voltar a beijá-lo.


 


<hr>


 


Oii gente ... vocês não sabem o quanto eu gostei de escrever esse capitulo. Ele é meio que um bônus da fic .. já que ele não tem quase nada sobre a guerra .. maais podem se preparar que no próximo capitulo vai ter mais ação ... mais coisas sobre a guerra !


 


Comente por favor .. eeu sei que isso não mata ninguém e faz uma autora muiito feliz!


 


Beeijãao para todos !

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