Começo



Começo


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Uma carta era tudo o que ele não queria receber. Esta carta lhe transmitiria os piores sentimentos do mundo e jamais confortaria o fato de que a perdera. Perdera-a por burrice, por ser cabeça dura, por não se conformar de ter se apaixonado. Pobre garota, morrera sem saber qual era a verdadeira face do amor de sua vida, sem saber que fora ele a principal causa de sua morte. Pobre garota.

Tom...

Se algum dia essa carta chegar às suas mãos... Você saberá o que eu senti.


Ela poderia até ter sentido dor, porém ela não se comparava à que o dilacerava. A dor da culpa, a dor da perda que o consumia lentamente, a dor de saber que jamais a veria de novo e perceber que tudo fora por sua causa.

Queria vê-la morta, sim, havia meses, por sua insistência e sua vivacidade, coisas que Tom não suportava, mas mesmo assim o deixaram apaixonado. A vida é estranha, ele pensou. Mas ela não voltaria mais.
Lembrava-se do baile... Tudo começou naquele dia, ou melhor, naquela noite...

Era uma noite fria de inverno, escolhida por Slughorn para ser a noite do baile à fantasia.

Tom Riddle, do sétimo ano da Sonserina, iria para se divertir, depois de meses ociosos de estudos e planos futuros, mas não esperava lá grandes coisas do evento. Seus amigos mais próximos, conhecidos somente como Lestrange e Nott, espantaram-se ao ver que o jovem sonserino estava um tanto animado para a noite; Tom costumava odiar festas organizadas pelo velho professor de Poções.

- Riddle? - Caroline Parkinson, do quinto ano, o viu arrumado para o baile e não pôde deixar de ter com ele. - Você indo ao baile? Merlin, isso sim é que é milagre!

- Milagre é você se importar com o que eu faço agora ou deixo de fazer - Tom respondeu friamente, fazendo com que a garota corasse até o último fio de cabelo. - Agora me dê licença.

Tanto Caroline quanto Clarice, sua irmã mais velha, do sétimo ano, eram duas gralhas intragáveis. Caroline era extremamente mexeriqueira e adorava ouvir qualquer história mirabolante que lhe contassem e mais ainda: amava espalhá-las por aí. Boatos de sua autoria não faltavam. Clarice era o oposto; não costumava conversar muito com a irmã, achando-a não merecedora de sua “ilustre” companhia, e, se Caroline tinha um quê de beleza, Clarice não. Era baixinha e puxada para os lados, e em suas feições havia uma mescla de um elfo doméstico e minipufes. Tom as detestava, mas, se tivesse que dar preferência, Caroline seria a escolhida: era fofoqueira, mas tolerável.

Era um caso estranho. Na Sonserina, havia o boato de que, em algum lugar da vida de Tom, ele havia namorado Clarice, o que era totalmente mentira. A maneira mais fácil de irritar Riddle era mencionar um suposto namoro com a companheira de classe; era só ouvir rumores para sair voando pelos ares, lançado por algum feitiço. Não havia balela mais falsa.

- Tom! Você por aqui? - um jovem de cabelos desgrenhados o saudava, já na entrada do salão magicamente ampliado do baile.

- Black - respondia com pouco caso, fazendo um gesto com a mão.

- Não esperava vê-lo, achei que fosse ficar pela Sonserina estudando, ou algo do tipo.

Riddle sorriu falsamente.

- E eu ficaria, mas decidi vir hoje. Algo na perspectiva do baile me agrada. O que é eu não sei – acrescentou, antes que lhe perguntassem.

Desviando do jovem incômodo com seus dois amigos no encalço, ele se sentou em uma mesa qualquer no canto do salão, sendo um dos poucos que o fizeram.

- Vamos para a pista, Tom! - Nott berrara para poder ser ouvido.

- Não, vão vocês! - ele vociferou de volta.

- Tem certeza de que quer ficar aí?

- Absoluta.

Com os amigos já longe, observou a confusão. No centro, onde ficava a pista, havia dezenas de adolescentes dançando ao som de uma banda famosa na Rede Radiofônica Bruxa. Nos cantos do salão, mesas como as em que estava sentado, outras mesas com bebidas e comidas bruxas. Apesar de odiar música alta soando em seus ouvidos, Tom se sentiu bem.

Levantou-se em direção à mesa de bebidas. Como todas aquelas bebidas estritamente proibidas pelas leis do colégio entraram ali, ele não sabia, só poderia supor. Talvez fosse coisa daqueles Clearwater, irmãos corvinais malucos, na opinião de Tom. Pegou uma garrafa de Firewhisky. Com certeza aquela noite seria muito divertida...

Lembrava-se de ter bebido até não poder mais ter certeza do que fazia. Tudo o que avistava eram borrões e borrões, um borrão ruivo de olhos azuis em especial... E, então, estava deitado em sua cama dossel no dormitório masculino da Sonserina, abrindo os olhos e com uma dor de cabeça esmagadora. A ressaca. Foi ao banheiro para vomitar até o que não havia bebido e comido (ele supunha).

O dormitório estava vazio, o que o levava a concluir que todos os seus colegas já haviam se levantado e saído para os jardins. Era domingo, portanto não era um dia para se preocupar com horários. Foi naquele momento que Tom percebeu que havia deixado para última hora dois trabalhos, de Poções e História da Magia. Perderia sua manhã os fazendo, e aquela dor de cabeça horrível não o ajudava em nada.

O resto do dia foi tão enfadonho quanto a manhã.

Três dias depois, Maggie Smith, a detestável Monitora Chefe da Grifinória, convocou uma reunião dos Monitores na biblioteca. Todos, ou quase todos, compareceram; Tom Riddle estava entre eles. O tema era o baile de Slughorn.

- Um absurdo! Bebidas alcoólicas para alunos que nem maiores de idade são! Certo, vocês, como eu, do último ano, já são, mas havia gente do quinto e do sexto ano lá também, certo? Eu não tive a chance de ir, mas se fosse iria distribuir detenções até não poder mais!

- Você não foi convidada, não é? - uma garota morena e dentuça com o brasão da Sonserina perguntou inocentemente.

- É, Juliet, não fui. Isso não vem ao caso. Entendem o que eu quero dizer?! É por isso que as coisas estão do jeito que estão!

- Coisas? Que coisas? - novamente a morena interrompeu.

- Ora, você sabe, a organização da escola. Eu conversei com o zelador a respeito dessa história. Vocês aí do fundo, Johnson e Becker, não pensem que eu não desconfio de vocês! - disse para os dois Monitores da Lufa-Lufa.

- O que eu fiz? - o tal Johnson indagou espantado.

- Eu entreguei uma lista enorme de suspeitos ao Sr. Phillips e estou certa de que ele gostará de analisá-las. - Olhou insistentemente para os dois amigos ao fundo.

Tom estava prestando atenção à reunião, mas ao mesmo tempo pensava em diversas outras coisas. De repente, sentiu um olhar sobre si, um olhar que queimava. Não levantou a cabeça descaradamente do pergaminho para observar quem era, entretanto, disfarçadamente, percebeu ser uma jovem ruiva do outro lado da mesa redonda em que vários Monitores estavam reunidos.

- Mas, Smith, afinal, o que você quer que nós façamos? - a ruiva, visivelmente irritada, interrompeu o monólogo da Monitora Chefe.

- Certo, vejo que vocês estão apressados e não ligam para a organização geral de Hogwarts. Eu quero que vocês façam uma investigação para descobrir “quens” conseguiram levar bebida àquele baile.

- Ótimo - a garota retribuiu. - E se não acharmos nada?

- Eu irei então distribuir detenções a todos os suspeitos - respondeu, olhando para a garota ameaçadoramente.

- Isso deveria me amedrontar?

- Por que não, Durigan?

- Eu não fiz nada para meu nome ir parar naquela lista - ela respondeu.

Tom sorriu. Percebeu que a ruiva se controlava para não dizer poucas e boas verdades à Monitora Chefe. Durigan... Este sobrenome não lhe era desconhecido; talvez já a tivesse visto pelos corredores ou dividissem aulas. A garota tinha algumas sardas nas bochechas, lábios vermelhos - por alguma maquiagem ou não -, nariz pequeno e delicado, olhos azuis e uma expressão de desafio no rosto. Gostei dela, ele pensou sem notar.

- Espero ter sido entendida - Smith deu sua palavra final e, com uma falsa honra, saiu da biblioteca rapidamente.

Os outros Monitores logo começaram a xingar Maggie. “Sei muito bem por que ela quer que a gente faça isso”, “Garota idiota”, “Ela vai ver quem ela vai incriminar!”. Tom, que mais nada tinha a fazer na biblioteca e permanecia calado, logo saiu dali, novamente sentindo o olhar de Durigan a persegui-lo.

Aquela garota começar a olhá-lo de um dia para o outro não fazia nenhum sentido para Riddle... Se pensasse de modo egocêntrico, poderia dizer que ela estava apaixonada, mas era muito improvável. Não se lembrava de ter falado alguma vez com a garota, definitivamente.

- Avery - chamou o colega, no salão principal, mais tarde. Ele perguntou o que Tom queria. - Você sabe quem é aquela garota? - Apontou discretamente para a mesa da Corvinal. - Ei, não olhe desse jeito, idiota! Seja discreto. O sobrenome dela é Durigan.

O moreno olhou para Riddle maliciosamente.

- Como você não sabe quem é ela, cara? Esperava mais da sua memória!

- O que você quer dizer com isso? - Riddle retrucou enervado.

- Achei que aquela noite no baile...

- O que teve o baile?!

Tom estava impaciente, quase sacando sua varinha. Avery notou e se apressou a dizer:

- Então você não lembra que ficou se agarrando com a mina no baile do Slug?

Ele não respondeu. De repente, flashes confusos vieram à sua mente. E tinha a ver com cabelos ruivos, sardas e belos olhos azuis. Eu beijei aquela garota? Era algo estranho. Primeiramente, Tom não costumava ir a bailes ou festinhas do professor de Poções. Segundo, se ele ia, mantinha-se no seu canto. Terceiro, por que ele havia chegado perto da mesa de bebidas? Deu no que deu: embebedou-se, beijou a Corvinal, ela se iludiu e deveria estar pensando que, no mínimo, Tom iria procurá-la.

- Eu estava bêbado - disse para Avery de repente.

Bêbado, bêbado... A palavra reverberou em sua cabeça. E o olhar da ruiva mais uma vez queimou em sua nuca.
O dia seguinte foi desinteressante. Como sempre, assistiu aos três tempos de Poções fazendo dupla com Taurus Greyback, um dos mais inteligentes do ano, teve mais duas aulas de Transfiguração com Dumbledore e, por fim, um tempo de História da Magia. Teria a tarde livre para aproveitar como quisesse. E iria ler.

- Você é maluco, Riddle! - Rosier, um garoto alto, de pele morena e cabelos castanhos exclamou, tomando das mãos do colega o grosso livro de Magia Negra. - Vamos aproveitar a tarde lá fora, hoje tá quente!

Tom revirou os olhos.

- Muito obrigado, esta foi, sem dúvida, uma proposta tentadora, mas prefiro ficar aqui, lendo este interessante exemplar de como arrancar o olho de quem me incomoda - mirou-o sarcasticamente - com somente duas palavras. Sancio...

Rosier se levantou rapidamente, olhando-o espantado. Tom gargalhou até não poder mais.

- Idiota! Imbecil! Você me assustou de verdade, cara!

- Isso é para você parar de me encher o saco e sair logo daqui.

- Vem comigo, você não vai se arrepender! - insistiu. - A gente ainda pode assustar as garotinhas do terceiro ano... Pensa bem, isso sim é que é diversão pra essa quinta-feira!

- Vou recusar mais uma vez. E é melhor você me deixar em paz antes que eu procure uma aqui para a cabeça ser cortada do corpo com um só olhar - ameaçou.

- Você não me assusta mais, Tom! Duvido que tenha isso aí nesse livro... - disse, um pouco inseguro de suas palavras. Pegou o exemplar e examinou as páginas. - Tá vendo? Só tralha aqui... Mortos-vivos, Horx... hortz...

- Horcruxes, seu cego - corrigiu rudemente o companheiro.

- Vai lá!

- Por que você quer tanto que eu vá com você? - perguntou desconfiado.

- Ora, porque você tá sempre enclausurado aqui, cara, e isso faz mal.

- Eu estou com cara de doente, Rosier?

- Não. Por quê?

- Fim de história - falou decisivo. - Agora vai logo, antes que eu de fato procure um feitiço pra resolver o seu problema.

Derrotado, Rosier finalmente o deixou a sós com seu pensamento. Vejamos... Horcruxes, Tom pensou. Fragmento de alma. Só? Folheou as outras páginas. Nada. Não era possível, esse já era o quinto livro da Seção Reservada que pegava, um dos melhores, e nada de achar o que eram de fato os horcruxes.

- Tom - uma voz conhecida chegou a seus ouvidos. Clarice Parkinson. - O que você tá fazendo aqui?

- Cozinhando - ele respondeu ironicamente. - Lendo, não está vendo? O que você quer, diabos?

- Calma! Sei do que você precisa para relaxar...

- Espero que não esteja se referindo a si mesma, Parkinson - disse, e a garota corou intensamente. - Olha só, eu não estou a fim de muita conversa, então me diga logo por que você me procurou, certo?

Isso pareceu ser suficiente para a colega de turma. Disse-lhe que o Professor Slughorn lhe informara que gostaria que, à noite, Tom e seus amigos fossem à sua sala. Ah, as reuniões costumeiras. Os outros já estavam avisados.

Uniria o útil ao agradável e perguntaria a Slughorn o verdadeiro significado das horcruxes.

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Mais tarde, Tom se via ao lado de Slughorn.

- Senhor, é verdade que a professora Merrythought está se aposentando? - perguntou Riddle, referindo-se à odiosa professora de Astronomia.

- Tom, Tom, se eu soubesse não poderia lhe dizer - respondeu Slughorn, sacudindo um dedo açucarado para Riddle, num gesto de censura. - Confesso que gostaria de saber onde você obtém suas informações, rapaz; sabe mais do que metade dos professores.

Riddle sorriu; os outros garotos riram e lhe lançaram olhares de admiração.

- Com a sua fantástica habilidade para saber o que não deve e a sua cuidadosa bajulação das pessoas certas... aliás, obrigado pelo abacaxi, você acertou, é o meu preferido.

Vários meninos tornaram a rir.

- ... estou seguro de que chegará a Ministro da Magia em vinte anos. Quinze, se continuar a me mandar abacaxis. Tenho excelentes contatos no Ministério.

Tom Riddle apenas sorriu enquanto os colegas davam gostosas risadas. Riddle não era de modo algum o mais velho do grupo, mas todos os garotos pareciam considerá-lo seu líder.

- Não sei se a política me conviria, senhor - respondeu ele quando cessaram as risadinhas. - Primeiro porque não pertenço às famílias bem-nascidas.

Uns dois garotos trocaram sorrisos debochados.

- Tolice - replicou Slughorn energicamente -, não poderia ser mais evidente que você descende de boa família bruxa, com as habilidades que tem. Não, você irá longe, Tom, até hoje jamais me enganei a respeito de um aluno.

O pequeno relógio de ouro sobre a escrivaninha de Slughorn bateu onze horas às suas costas, e ele se virou.

- Céus, já é tão tarde assim? - exclamou o professor. - É melhor irem andando, rapazes, ou todos ficaremos encrencados. Lestrange, quero o seu trabalho até amanhã ou receberá uma detenção. O mesmo se aplica a você, Avery.

Um a um, os garotos saíram da sala. Riddle continuou parado ali.

- Ande logo, Tom, você não quer se apanhado fora da cama depois da hora, ainda mais sendo monitor...

- Senhor, eu queria lhe perguntar uma coisa...

- Então pergunte, meu rapaz, pergunte...

- Senhor, estive imaginando o que o senhor saberia sobre... sobre Horcruxes.

- Um trabalho para a Defesa contra as Artes das Trevas, eh?

- Não exatamente, senhor. Encontrei o termo em um livro, e não o entendi muito bem.

- Não... bem... você estaria num apuro para encontrar em Hogwarts um livro com detalhes sobre Horcruxes, Tom. É feitiço das Trevas, realmente das Trevas.

- Mas obviamente o senhor conhece bem todos eles, não? Quero dizer, um bruxo como o senhor... me desculpe, quero dizer, se o senhor não puder me falar, obviamente... achei que, se alguém pudesse, seria o senhor... então pensei em perguntar... - disse com esperteza.

- Bem - falou Slughorn sem olhar para Riddle, mas brincando com a fita da caixa de abacaxis cristalizados -, bem, é claro que não pode haver mal algum em lhe dar uma idéia geral. Só para você entender o termo. Horcrux é a palavra usada para um objeto em que a pessoa ocultou parte da própria alma.

- Mas não entendo muito bem como se faz isso, senhor - controlou-se, apesar da excitação que sentia.

- Bem, a pessoa divide a alma, entende - explicou Slughorn -, e esconde uma metade dela em um objeto externo ao corpo. Então, mesmo que seu corpo seja atacado ou destruído, a pessoa não poderá morrer, porque parte da sua alma continuará presa à terra, intacta. Mas, naturalmente, a existência sob tal forma poucas pessoas iriam querer, Tom, muito poucas. A morte seria preferível.

- E como é que se divide a alma?

- Bem - respondeu o professor, constrangido -, você precisa compreender que a alma deve permanecer intocada e una. A divisão é seu ato de violação, é contra a natureza.

- Mas como é que se faz?

- Por meio de uma ação maligna: a suprema maldade. Matando alguém. Matar rompe a alma. O bruxo que desejasse criar uma Horcrux usaria essa ruptura em seu proveito: encerraria a parte que se rompeu...

- Encerraria? Mas como...?

- Há um feitiço, não me pergunte, eu não conheço! - exclamou Slughorn, sacudindo a cabeça como um velho elefante importunado por mosquitos. - Tenho cara de quem já experimentou isso... tenho cara de homicida?

- Não, senhor, naturalmente que não - apressou-se a dizer Tom. - Desculpe... não pretendi ofendê-lo...

- Tudo bem, tudo bem, não me ofendi - disse o professor bruscamente. - É natural sentir alguma curiosidade por essas coisas... bruxos de certo calibre sempre se sentiram atraídos por este aspecto da magia...

- Sim, senhor. Mas o que não entendo... só por curiosidade... quero dizer, será que uma Horcrux serve para alguma coisa? Pode-se dividir a alma apenas uma vez? Não seria melhor, fortaleceria bem mais a pessoa, se ela dividisse a alma em várias partes? Quero dizer, por exemplo, sete não é o número mágico mais poderoso, será que...?

- Pelas barbas de Merlin, Tom! - ganiu Slughorn. - Sete! Já não é bastante ruim pensar em matar uma pessoa? E em todo o caso... é bastante ruim romper a alma uma vez... mas rompê-la em sete partes...

O professor fitava Tom como se tivesse se arrependido de ter entrado na conversa, olhava-o como se nunca o tivesse visto antes.

- É claro - murmurou -, isto é uma hipótese, o que estamos discutindo, não é mesmo? Uma questão acadêmica...

- É claro que sim, senhor - concordou o garoto imediatamente.

- Ainda assim, Tom... não repita para ninguém o que eu lhe disse... ou seja, o que discutimos. As pessoas não gostariam de pensar que estivemos conversando sobre Horcruxes. É um assunto proibido em Hogwarts, sabe... Dumbledore é particularmente rigoroso nisso...

- Não direi uma palavra, senhor - prometeu Riddle se retirando.

Nos corredores, em direção à Sonserina, Tom sorriu, gargalhou, espantando alguns quadros do corredor, de felicidade. Havia descoberto. Agora era só pôr em prática.

Foi dormir com a excitação crescente explodindo no peito.

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Fic dedicada a Karina Riddle, a portuguesa fofa que eu tirei.

Hmm, é uma fic curtinha, de três capítulos só, que eu pretendo postar aqui no Floreios e Borrões lenta e vagarosamente.

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