A Última dos Black



- CAPÍTULO TRINTA E CINCO –A Última dos Black


Harry acordou cedo naquele dia, e não perdeu tempo. Levantou-se, e foi até a sala comunal, onde encontrou Hermione, lendo um livro.

- Mione? – disse ele.

- Ah, Harry, que bom que acordou. Estava esperando você, me distraindo com esse livro... mas deixa pra lá. Vamos ver Rony e Gina.

- Tudo bem.

Então os dois foram andando pelos caminhos do castelo, até chegarem na enfermaria. Madame Pomfrey foi até eles e disse:

- Os pacientes não estão em condições de vê-los, sinto muito.

- Dumbledore disse para nós virmos aqui. – disse Hermione. – Nós precisamos entrar.

- Dumbledore? Mas porque? – disse ela desconfiada.

- Nós estávamos juntos quando eles se feriram. Além disso, prof. Dumbledore disse que nós devíamos tomar uma poção restauradora. – falou Hermione, rapidamente.

- Tudo bem, entrem.

Então os dois entraram e foram até as camas de Rony e Gina, sentando-se entre elas.

- Tudo bem Gina? – perguntou Harry, alisando os cabelos da namorada.

- Agora estou melhor. – respondeu ela num sorriso.

- Rony? – continuou Harry.

- Também.

- Então... – começou Hermione. – Em uma semana vocês acham que já podem sair?

- Acho que sim. – disse Rony.

Harry e Hermione sorriram.

- Mas... temos uma coisa muito importante para contar. – disse Harry, baixando a voz.

- Dumbledore nos falou ontem à noite. É sobre a Gween.

- Pode falar. – disse Gina.

Eles então, entre cochichos, contaram o que Dumbledore tinha lhes revelado.

- UAU! – exclamou Rony. – Desculpe... – murmurou, depois de ver a expressão brava no rosto de Madame Pomfrey.

- Então ela é uma le Fay! De Avalon! – exclamou Gina, animada.

- Pois é... – disse Harry.

- E... parece que é muito poderosa. – acrescentou Hermione.

Rony segurou a mão da namorada que ficou levemente corada. Então puxou-a para um leve beijo, no que ela disse:

- RONY! ESTAMOS NA ENFERMARIA!

Nisso apareceu Madame Pomfrey ralhando com eles:

- E é por isso mesmo que vocês deveriam falar baixo! Agora vão, eles precisam descansar. Agora!

Harry e Hermione saíram da Ala Hospitalar, e estavam tomando o caminho da Torre da Grifinória quando Harry disse:

- Mione?

- Sim.

- Você viu o que Dumbledore disse sobre ela ser a última dos Black?

- Que era um assunto dela?

- E se nós fôssemos falar com ela?

- Você acha, Harry?

O garoto deu de ombros. Não tinha certeza se ela falaria. Mas aquela curiosidade o estava atormentando. Que tipo de parentesco ela tinha com seu padrinho?

- Tudo bem, vamos. – murmurou Hermione, puxando o garoto. E, dez minutos depois eles se encontraram na porta da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas.

Bateram algumas vezes quando a porta se abriu e o rosto simpático, mas cansado, de Gween apareceu.

- Olá, garotos. O que estão fazendo aqui? Pensei que iriam ver seus amigos...

- Nós fomos. – disse Harry. – Mas Madame Pomfrey nos expulsou.

- Ah... conheço bem essa mania dela... ela também já me expulsou algumas vezes dali quando seu pai ou Sirius eram atingidos por balaços... Mas entrem. – disse ela, abrindo melhor a porta e apontando para duas cadeiras.

Harry e Hermione foram até elas e sentaram-se, e a professora sentou-se em uma cadeira maior do outro lado da mesa.

- Você... você é uma Black, não é? – perguntou o garoto, indo direto ao ponto.

A professora sorriu. De repente, seus cabelos tornaram-se levemente mais lisos e seus olhos atingiram uma expressão de profunda sabedoria. Profunda sabedoria adquirida por anos. A pele já não estava tão macia quanto antes, mas ainda era bonita.

- Essa é minha verdadeira aparência. – disse ela. Não tinha mudado muito, apenas envelhecido um pouco. – Envelheci nove anos. – disse ela, sorrindo. – Sou exatamente um ano mais nova que os seus pais.

- Prof. Dumbledore nos contou. – disse Harry, que estava ansioso para saber o desenrolar da história.

- Eu era colega da sua mãe. Devo dizer o quanto senti na noite em que Voldemort foi destruído. Às vezes, acredito que isso não precisava ter acontecido... Lílian e Emilly eram minhas melhores amigas. Melhores mesmo... – murmurou ela, e seus olhos pareceram sair de foco, como voltando a um tempo distante. Então, ela voltou do “transe” e continuou. – Não preciso dizer que era divertido ver as discussões entre seus pais, Harry. Tiago sofreu muito até conquistar aquela garota...

“Já o Remo... conseguiu quem queria mais facilmente. Não foi realmente fácil, tenho que admitir, já que estávamos lidando com dois tímidos. Ainda me lembro das nossas conversas noturnas... da Emilly negando que gostava dele logo no inicio do sétimo ano. E de mim... é, eu também negava. Mas não para os outros, como Emilly fazia. Eu negava para mim mesma.

“E também Remo tinha o complexo de ser lobisomem. Devo dizer que isso o afetava muito. O quanto ele sofreu ao contar para Emilly... e a felicidade dele ao notar que a garota não o abandonaria. Queria poder reviver tudo isso... – disse, num suspiro. – Porque Emilly o amava. Foi muito duro para ela, na semana em que Voldemort desapareceu, ter que ir para longe de Remo. Ele também sofreu muito, devo dizer. Acho que como eu...

“Esses dois se acertaram mais ou menos na mesma época que Frank e Alice. Esses dois eram outros... quase a mesma situação entre a Emilly e o Remo ocorria com eles. Mas eles acabaram se acertando. Para sofrer um destino terrivelmente cruel... – murmurou ela, e uma lágrima de rancor escorreu pelo seu rosto. – É essa uma das razões de eu querer me vingar de Belatriz. Não suporto o que ela fez com os Longbotton... Eram tão puros... tão bons... e ótimos aurores, devo acrescentar. E isso intimidou os comensais. Covardes... – murmurou rancorosa, mais para si do que para Harry e Hermione. – Covardes... não tem coragem nem de mostrar o rosto! – e então fez um gesto rápido com a mão, como que para se livrar daquela sensação.

“Lílian e Tiago não viviam a mesma situação. Desde o quarto ano, quando Tiago levou o primeiro fora de sua vida, da Lílian, devo dizer, ele passou a ‘perseguir’ minha amiga. Queria mostrar que ninguém resistia aos encantos de Tiago Potter. Mas Lílian achava que os marotos, com exceção de Remo, eram todos um bando de idiotas. Nunca me esqueço dos discursos dela durante a noite... metidos, galinhas, idiotas, canalhas, cafajestes... ela sempre dizia um rosário de ofensas toda a vez que Tiago aprontava alguma para ela. E devo dizer que não foram poucas. – completou, num sorriso.

“Mas por trás de todo esse ódio, estava amor. Amor que ela descobriu apenas no sétimo ano... que ano maravilhoso aquele... – disse ela, nostálgica. – E por trás da máscara de conquistador que Tiago carregava, estava um garoto apaixonado. Pelo menos ele descobriu mais cedo... acho que no sexto ano. Mas adiantava dizer para a Lily? Não, ela não acreditava. Finalmente, logo depois dos N.I.E.M.s eles se acertaram de vez.

“Mas comigo... comigo era diferente. Cada dia ele aprontava uma para mim. E como eu gostava! Mas, claro, não falava à ninguém. Não ia me render aos encantos de Sirius Black tão cedo. Não, senhor, não seria mais uma na listinha daquele cachorro... seria a única. – disse ela, divertida. – Mas vocês devem saber como ele é insistente... eu me lembro direitinho. Foi no sexto ano que ele começou a vir para cima de mim. Depois que Patrícia Coutbert o tinha humilhado na frente da escola inteira. Patrícia não gostava dele. Nem um pouco, devo comentar. E acho que foi melhor assim... ninguém sabe o que aquela garota faria com ele. – disse pensativa. – Ela chegava a ter instintos assassinos. – acrescentou, rindo.

“É... e com um pouco de esforço e ele me conquistou. Devo dizer com muito menos esforço que ele pensa... só demorou um bocado porque eu também tinha de conquistá-lo. Não estava ali para servir de diversão. – os olhos de Gween brilharam maliciosamente. – E foi assim que, depois de seus pais nós nos acertamos. Eu engravidei quando você tinha onze meses, Harry. Eu e Sirius estávamos noivos naquela época, e o casamento aconteceria em dois meses. Não preciso dizer que não aconteceu. – um olhar sombrio tomou o rosto da professora, desta vez.

“Eu era a única pessoa que sabia que o rato traidor do Pettigrew havia sido escolhido como fiel segredo, fora Lílian, Tiago e Sirius. Mas quando eles me avisaram, o encantamento já havia sido feito. Passei muito tempo nervosa por causa disso. Foi mais ou menos dois meses antes você nascer, Harry, que o encantamento foi feito. Eu andava muito nervosa, ansiosa e temerosa, e seus pais e Sirius tentavam me acalmar. Um pouco antes de você fazer sete meses eu já estava bem melhor.

“Quando você nasceu, Dumbledore aconselhou seus pais a escolherem apenas um padrinho ou uma madrinha. Tiago e Lílian avisaram que a escolha seria o Sirius e eu devo dizer que fiquei contente. Mais até do que se tivesse sido eu. Porque a felicidade do Sirius era contagiante... Depois, onze meses depois eu engravidei, e nós já estávamos de casamento marcado.

“Mas então, aconteceu aquilo. E eu nunca irei perdoar Pettigrew por isso... sinto não poder ter feito nada nessa noite em Azkaban. Infelizmente Pettigrew partiu, não sei como, quando você, Harry, ainda estava inconsciente. Foi Hermione quem me avisou – a professora sorriu na direção da aluna – que ele havia desaparecido. E eu, mais uma vez, me decepcionei. Porque, mais uma vez, perdia meu direito de vingança.

“Pois, fora toda a dor pela morte de Tiago e Lílian, tinha também a dor de que o homem que eu amava fora preso como culpado, injustamente. E eu não podia fazer nada. Nada! Falei com Dumbledore, com o Ministro, mas me trataram como louca. Como posso descrever minha situação? Desesperadora. Logo que Sirius fugiu, fui atrás dele, e ajudei-o a chegar até aqui. Ele pediu que eu ficasse escondida até Dumbledore liberar minha aparição, pois não queria trazer riscos para mim. – as lágrimas agora corriam livres pelo rosto da professora. – E, na noite do Departamento de Mistérios, ele me proibiu de ir. Disse que o mundo estaria arruinado se eu me fosse. ‘E não só o mundo se arruinaria’ ele disse ‘se você se for, eu também estaria arruinado.’ Então, Dumbledore me deu como missão cuidar de Monstro. Garanto que ele recebeu um castigo à altura.

“E essa a outra razão do meu desejo de vingança. Belatriz só sobreviveu hoje porque eu estava na presença de vocês. Porque vocês não sabem do que eu seria capaz. E então, quase consegui vingar Sirius. Mas eu prometo que um dia eu irei fazer isso.”

- Então... Annie Cooper é, na verdade... Annie Black? – perguntou Hermione.

- Sim... por isso eu sou uma Black. Da melhor maneira que eu poderia ser. – completou.

Harry sorriu. Não tinha uma madrinha, exatamente, mas o mais próximo dela.

- Obrigada, professora. Por nos contar. – disse Harry.

- Ora, Harry, você irá tratar a esposa de seu padrinho e melhor amiga de sua mãe como professora? – disse ela, fingindo indignação. – Por favor, me chame de Gween.

- Sim... Gween.

- Agora... acredito que queiram digerir melhor tudo isso. Acho que nem eu ainda digeri... – disse ela, melancólica. Era óbvio que ela vinha sofrendo muito desde que Sirius morrera.

- Só mais uma coisa, profes... hum... Gween. – disse Hermione.

- Sim, Hermione?

- Porque, no dia em que Gina foi atacada, você tratou Sirius como tio?

- Só quem é da Ordem sabe a minha verdadeira identidade. E vocês, claro. Mas lá, naquele quarto, estavam outras pessoas também. Pessoas que não eram da Ordem. E era arriscado falar. Mas Dumbledore entendeu o meu recado. Mas... como vocês souberam disso? – perguntou a professora, curiosa.

- Com a minha capa de invisibilidade. – respondeu Harry.

- Ah, a Capa... o que seria de nós sem a capa de Tiago? – perguntou a professora, rindo.

- E... bem... Gina me falou que o Snape... – começou Harry.

- Ah, sim Harry. Devo dizer que quando estavam em Hogwarts ele já levou a lição dele. – comentou ela, um pouco divertida, voltando a tempos remotos. – E acho que esse é mais um dos motivos de Snape odiar Sirius... É, pode ser. Agora, é melhor irem, ou Dumbledore vai me culpar por ficar cansando vocês com essas histórias em vez de deixá-los descansar!

- Tchau, então, Gween. Teremos você no ano que vem? – perguntou Harry, esperançoso.

- Ah, não, Harry. Ano que vem vou me dedicar única e exclusivamente para a Ordem. – respondeu ela.

Harry e Hermione baixaram o rosto, desiludidos.

- Então, adeus. – murmurou o garoto.

- Adeus, não, Harry. Até logo. Ainda verei muito vocês... – disse ela, enquanto os outros dois foram embora.

(N/A: Olah, pessoal!!!!!! E aew, o que axaram do cap? Bom, enqnt os caps 32, 33 e 34 tivram 3 pags, cada um, no Word, este aki, o cap 35, teve sozinho 6 pags!!!! Não preciso dizr que ele eh o meu preferido d toda a fic, neh?! Eu simplesmente amei esse cap!!!! Bom, o prox cap é o ultimo, e dpois dele virah um cap soh com buttons, awards do SdB e também algumas fics que eu curto e vou incikr para vocês... Ah, aproveito para mandar um bjao para a Alice e dizer para vocês lerem a fic dela [Harry Potter e a Filha da Lua], porque eh realmnt muito boa. Ah, a minha fic dos marotos está jah com um bokdo de cpas [embora eu escreva muito dvagar quando se trata do tmpo dos marotos...]. Vocês preferem que eu jah comece a postar ou que soh poste quando essa fic terminar? Please, me digam... Tah? To sprando comments e votos, ok?! Dolo muito vocês, bjaunzaum!!!!!!)

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