Passado de Honra



- CAPÍTULO TRINTA – Passado de Honra


Harry, Rony, Hermione e Gina desciam com dificuldade as escadas. A capa, agora alongada meio metro, não podia ser mais alongada por nenhum tipo de feitiço, pois perderia o encantamento; por isso, os quatro eram obrigados a dobrar o joelho e caminhar muito lentamente, de modo que demoraram mais de meia hora para atingir a escada que levava ao Salão Principal.

A jornada noturna fora fácil até aí, afinal, eles não haviam topado com nenhum professor. Mas, depois de descer as escadas, com alguns degraus rangendo um bocado, depararam com uma desagradável surpresa: Snape, juntamente com McGonagall, caminhava pelo Saguão de Entrada.

Muito lentamente, sem fazer nenhum barulho e quase sem respirar, os quatro passaram pelos professores sem problemas. Mas, agora vinha o problema em questão: passar pela porta.

Valeria a pena correr o risco de pagar uma detenção justo nesta noite, abrindo a porta e, quem sabe, denunciando suas presenças? Ou conseguiriam eles passarem despercebidos? Mas como?

Hermione então sinalizou a escada do Salão Principal, e os quatro foram até lá. Quando chegaram, Hermione levou-os a um canto atrás do corrimão, pegou um bisbilhoscópio do seu bolso e jogou escada a cima. O bisbilhoscópio caiu, se espatifou com um estalido, e o aro de ferro que o envolvia começou a rolar escada abaixo, fazendo com que estalidos metálicos ecoassem pelo Salão Principal. Rapidamente e exatamente como Hermione havia previsto, os dois professores vieram correndo para a escada. Depois de detectar o ocorrido, Snape disse:

- McGonagall, depois falamos com ela. Vamos, alunos fora da cama!

Então, com o caminho livre, Harry, Rony, Hermione e Gina foram até o Saguão de Entrada e saíram para a noite fresca e estrelada que os esperava lá fora.

Sem hesitar nem um minuto, os quatro fora até o Salgueiro Lutador. Harry tirou a capa de cima de si e dos amigos, e perguntou:

- Como vamos... sabe... paralisar o Salgueiro?

Nem bem o bruxo terminara de falar, Hermione, que parecia decidida a arriscar tudo para ouvir a verdade da boca de Gween, saiu correndo em direção à árvore, desviando dos galhos que tentavam acertá-la. Depois de cinco minutos de desvios e alguns arranhões, Hermione atingiu o nó na raiz da árvore e se jogou sobre ele. Instantaneamente a árvore se paralisou, e os quatro entraram pelo túnel.

Caminharam pela casa, subiram as escadas, e acabaram sentando-se na cama, no mesmo recinto do dia em que descobriram que Sirius não era um assassino, e sim o padrinho de Harry.

Uns quinze minutos depois, Gween chegou, um pouco afobada, e murmurou:

- Desculpem o atraso, Minerva e Severo acabaram atrapalhando minha saída. – depois de um suspiro continuou – Bom, o que querem saber?

- A verdade. – disse Hermione, rapidamente.

- Mas vocês já a conhecem. – disse Gween.

- Não completa. – respondeu Hermione.

- E isso nos leva à minha pergunta inicial: o que querem saber? – respondeu Gween.

Hermione parecia um pouco aflita e um tanto brava com a situação, mas Gween estava calma e não agredia com suas palavras. Pelo contrário, elas eram tranqüilas.

- Porque não nos falou quem é? – perguntou Harry.

- Bom, o problema não era vocês saberem. O problema era outro. Mas eu não posso contar-lhes.

- Voldemort. – murmurou Harry.

- Você é perspicaz. Se bem que não precisa ser perspicaz para deduzir que se um integrante da Ordem está mantendo algo em sigilo é por causa de Voldemort.

- Então porque não nos contou? – disse Rony.

- Dumbledore não queria que ninguém ficasse sabendo. Bom, eu fiz a minha parte. Sabia que vocês iriam para minha casa em Chamonix, então providenciei que meu livro aparecesse, e “perdi” uma carta que enviei à sua mãe, e mais tarde ela me devolveu. Também sabia que vocês iriam acabar descobrindo. Só não sabia que demoraria tanto.

Hermione, nessa hora, chegou a demonstrar um pouco de revolta. A professora a estava insultando!

- Não, Hermione, não estou dizendo que não foi inteligente de sua parte. Aliás, foi a certeza de que você é tão inteligente que me encorajou a deixar essas provas a mostra. Eu queria deixar algo mais, para ajudá-los com o feitiço de revelação, mas depois que Minerva descobriu o que eu havia feito eu acabei sendo vigiada de perto e perdi as oportunidades.

- Mas e a carta? Aquela que estava dentro do livro? – lembrou Harry.

- Era para a “titia” Belatriz. Mas eu tenho uma cópia. – de dentro das vestes Gween tirou um pergaminho amarelado pelo tempo e um tanto velho, e entregou à Harry. – Trouxe por causa de vocês.

O garoto abriu cuidadosamente o envelope e leu, em uma letra caprichada:


Chamonix, 05 de Março

Sirius Black. Um nome que traz um grande exemplo de coragem para quem conhece sua real história e que traz medo para quem não o conhece realmente, pois ainda pensa que ele foi um seguidor de Lord Voldemort que matou 12 trouxas e um bruxo, cumpriu sentença em Azkaban por esse motivo, e, por incrível que pareça, fugiu. Fugiu, simples assim como pronunciar a palavra? Não sabemos. Mas fugiu, e fugiu de dementadores, aqueles que sugam a felicidade e conseguem, com um beijo, que é o ato característico do amor, chupar a alma para si mesmos, assim, acabando com a vida. O último dos Black, todos pensavam... mas quem vos escreve sim, é o último dos Black. Ou a última, devo dizer.

Para alguns, essa notícia é uma surpresa; para outros um choque; o que ela foi para você, não sei dizer... donde eu vim? Como eu sou? Não vou gastar meu tempo redigindo linhas e mais linhas sobre mim, pois garanto que vocês, mesmo conhecendo a real história de Sirius Black, o desprezem. Assim, me desprezarão também. Mas não mais do que eu desprezo vocês.

Tenho parentes que são seguidores de Voldemort, que juraram lealdade eterna a ele, que acabaram com vidas que, às vezes, mal haviam começado... O que eu sinto com isso? Honra? Orgulho? Não. Eu sinto desprezo. Vergonha. Saber que nas minhas veias corre o sangue de uma família famosa pelos feitos de Belatriz Lestrange, Regalo Black, Rodolfo Lestrange, Lucius Malfoy... isso não é motivo de orgulho. Por isso não gosto de ser lembrada como uma Black... a não ser pelos meus amigos queridos, que ao pronunciar “Black”, lembram de Sirius.

Mas se você, como Sirius, Andrômeda, é um parente de consciência – por mim deixaria apenas assim, afinal ninguém em sã consciência mataria por matar – limpa, vou contar-lhes a minha história... desconhecida pela maioria, é verdade. Mas ainda assim, uma história digna de ser passada de gerações em gerações.

O meu nome? Gween Black. Ou Gween Tonks, o que você preferir. A minha idade? Nem eu sei...

Há muito tempo atrás, quando Ted Tonks e Andrômeda Black se casaram, Belatriz e Narcisa, minhas tias, estavam aprimorando uma poção ainda não testada.

E ela deveria ser testada pela primeira vez quando Andrômeda engravidou da sua primeira filha. Até onde eu sei, elas fizeram tudo direitinho, não sei como ainda estou viva.

A trama consistia em, quando a mãe tomasse o leite com 13 gotas da poção, o bebê morreria. E foi o que todos pensaram que aconteceu. Mas não. Ted e Andrômeda descobriram do plano de Belatriz e Narcisa, e, secretamente, eu nasci no interior da França, numa remota e protegida cidadezinha bruxa perto de Chamonix.

Quando completei 11 anos fui estudar na Beuxbatons; com 13 anos comecei a ter problemas com a aparência, e descobri que isso resultavam de um dom: eu sou metamorfomaga. Só não sabia porquê. Então, Sarah Earnshaw, que até então eu pensava ser minha mãe, me entregou uma carta, onde estava escrita a minha história. A minha verdadeira história!

Foi um verdadeiro choque descobrir que meu verdadeiro nome não era Catherine Earnshaw, ou Cathy, como me chamavam, e sim Gween. Gween Black Tonks, descendente de muitos bruxos e bruxas temidos por todos.

E quando eu li a carta, uma nuvem, que por anos embaçou não só minha visão, mas a minha vida, se dissipou quase que por completo, deixando apenas uma leve neblina.

Como fiz para dissipá-la? Isso partiu de mim mesma. Fui para a Inglaterra, terminei meus estudos em Hogwarts, conheci minha irmã Ninfadora Tonks, entrei para a Ordem da Fênix... acabei por conhecer a mim mesma outra vez.

Se me arrependo de algo? Não sei... talvez de não ter podido conhecer meu pai, minha mãe e Sirius... ou de não ter me vingado de Belatriz e Narcisa (mas isso talvez algum dia eu ainda faça... ).

Mas estou deixando esta carta para poder gravar por milhares de anos meu eu verdadeiro, tão tarde descoberto...

Gween Black Tonks


- Ah, acho que mais alguém deve uma explicação à vocês. Squall está aqui perto, posso sentir. E a melhor maneira de atraí-lo até aqui é... Accio Lycanthropodis! Agora, acho que vocês devem estar querendo perguntar-me algo.

- Sim... hum, Belatriz e Narcisa tentaram te matar? – perguntou Rony.

- Não pensei que fosse essa a primeira pergunta que fariam – disse ela sorrindo – mas, sim, elas tentaram.

- E você não vai se vingar? – perguntou Gina.

- Eu... eu ajudo. – murmurou Harry baixinho.

- Quem sabe um dia. – disse Gween. – Se eu tiver chance.

- Pois sua chance chegou. – resmungou uma voz feminina vinda do fundo.

Os cinco se viraram e deparam com Belatriz, seguida de Malfoy, Rockwood, Dolohov, Avery, Macnair, Crabbe, Goyle, Rabicho, e Rodolfo Lestrange.

- Expelliarmus! – bradou Dolohov antes que qualquer um dos cinco pudesse fazer alguma coisa, e as suas cinco varinhas foram para as mãos dos Comensais.

- Assim está melhor. – disse Belatriz. – Vamos querida sobrinha, temos algumas contas a acertar, e acho que aqui não é o melhor local... portanto... – Belatriz pegou um abajur e apontando para ele, murmurou: - Portus. Vamos para Azkaban, querida. Vamos ver se você é páreo para mim.

E assim, desarmados e encurralados por dez Comensais da Morte, Harry, Rony, Hermione, Gina e Gween pegaram a chave de portal.

(N/A: E aew, pessoal!! Gostaram do cap????? Eu adorei!!!!! Bom, as festas akbaram e eu escrevi, e akbei akbando um dia ants do prometido. Bom, isso, neh?! Sabe o que eh tão bom quanto? Eh ler os comments d vocês e vr que vocês votaram!!!! Então, pleaseeeeeeeeeee, votem e comentem, tah????????? Bom, agora eu entrei de férias [ebaaaaaa] e tenho + tmpo pah screver... então axo que ants do findi [tvz dpois, c eu stiver ocupada com otras coisas] o novo cap xega. Agora sim, no prox cap, que serah o 31, terah adrenalina pura. Bjaunzaum, dolo d+ vocês, tah?!)

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