Prólogo



Prólogo
O Iminente Casamento


Hoje se celebrava um ano desde a morte de Voldmort e todo mundo bruxo saboreava esse dia característico, sobretudo porque Harry havia sobrevivido após muito suor e inúmeras barreiras. Atualmente, se encontrava rijo como aço, mais másculo, mais controlado, mas seu espírito rebelde ainda ia dando sinal de vida. Tinha uma vida ótima, rodeada de amigos, bons momentos e sua namorada Gina Wesley. Afinal, já não era perseguido por inconseqüentes ou perversos que lhe desejavam qualquer mal. Sim, era justamente isso que Hermione pensava a seu respeito, agora, ali, sentada no canapé velho, distanciada do pessoal, da animação da festa, de Harry.

A chama de seus pensamentos se apagou quando alguém apertou sem ombro.

— Hermione! — ela olhou para trás e viu Gina sorrindo demais. — Tava te chamando há tempo... Algo errado?

Hermione se aconchegou do melhor modo possível pra ficar de frente pra amiga e depois mentiu:

— Não, quê isso.

Gina arquitetou um gesto excitado com as mãos, se agachando perto da morena.

Sem saber a razão ou temendo que o que estivesse adivinhando fosse verdade, Hermione sentiu seu estômago às cambalhotas.

— Hermione... — começou, entusiasmada. — Eu acho que é hoje.

Outra cambalhota.

— O quê?

Gina teve de inclinar seu rosto para ouvi-la.

— Harry... — virou a cabeça para trás, mirando o belo jovem em pé e a conversar. — Eu acho que ele me vai pedir em casamento agora. — sussurrou como se tivesse medo de que ele a ouvisse.

Dessa vez o estômago de Hermione não deu uma cambalhota, nem duas, três, quatro, deu absolutamente nenhuma. Seu coração parecia estar a sofrer um choque de eletricidade, sim, a vítima fora seu coração, seu pobre coração. Adivinhara em cheio, sua pontaria fora perspicaz, sua intuição funcionou a mil. Pela primeira vez desejara estar errada.

Recostou-se inconfortável enquanto limpava sua garganta.

— Tem certeza? — perguntou, tentando esconder ao máximo sua agonia.

— Quase. — sorriu feliz.

Céus! Ver Gina casada com Harry era um pesadelo sem fim.

— Se ele perguntar você vai aceitar? — qual o propósito daquela pergunta? Obviamente aceitaria com todo o prazer. Só estava piorando as coisas, ouvindo o que não desejaria ouvir, escutando o que a torturaria de qualquer jeito. A sorte não ficara do lado dela.

O rosto da ruiva adquiriu um ar exclamativo. Que pergunta!

— Claro.

— Tem certeza? — Hermione não conseguiu travar sua questão a tempo. “Droga! Ela ainda vai desconfiar!” Mas para sua surpresa, Gina refletiu um pouco.

— Tenho, mas... — não terminou, pois Harry chamara sua atenção, aliás, a atenção de toda a gente, começando a discursar delicada e lentamente.

Gina se ergueu num pulo e o observava ao se aproximar dele.

Como Hermione desejara que ela tivesse terminado aquela frase “Tenho, mas...”. Mas... O que viria depois do mas? Importava? Agora, importava?
“Não.” Respondeu uma vozinha de seu interior. Infelizmente não.

Levantou-se e se foi juntar ao grupo em volta da mesa redonda, seu peito cada vez mais apertado ao ouvir as palavras de Harry, sua face cada vez mais pálida ao notar a felicidade da amiga. Será que alguém reparava nela?

Inesperadamente, quando ela julgara ser o momento do pedido, ele parou e a analisou bem fundo. Estaria ele a pedir algum tipo de benção? Estaria ele a tentar ler seus olhos? Só sabia que ele estava extraordinariamente lindo de paletó, o resto somente a Divindade saberia.

— E... — Hermione notou ele tirar uma caixinha veluda do bolso. Era agora. Com mil demônios! O momento iria ser breve, mas doloroso, muito doloroso. Oh, desejava fugir para sempre, parar com o sofrimento e a dor. Desejava não amá-lo. Tudo estava tão injusto com ela.

Seus olhos se tornaram brilhantes como diamantes, mas ele não mais a olhava, Harry sorria e admirava sua futura noiva.

— Gina, aceita casar comigo? — propôs.

O olhar da ruiva se achava turbado por causa das lágrimas alegres e amorosas.

— Aceito. — respondeu firme.

*

Gelada, triste, inútil... Quantas mais palavras existiriam para descrevê-la? Talvez todas as ruins.

Estava sentada no banco de madeira agarrada aos joelhos, cá fora, ao frio. Mas ela não se importava com o frio, não se importava com nada. Guardar aquele segredo era horrível e ao mesmo tempo incrível, todavia era um segredo demasiado forte para uma pessoa só. A quem contar?

Harry apareceu por trás e se imobilizou durante longos minutos, contemplando a garotinha apoiada em seus joelhos, seus cabelos voando pela aragem fria, seus braços e seus ombros nus. Naquela noite, Hermione aparecera deslumbrante num vestido de cores suaves acompanhando seus cachos soltos.

— Hermione! — era Harry e seu coração quase parou de bater, seu corpo ficou tenso.

Engoliu seco.

— O que tá fazendo aqui? — se sentou a seu lado. Tirou seu paletó e o colocou em suas costas.

Diabos! O maldito largava seu perfume por todo lado. Quis tirar o paletó, mas não seria boa educação, por isso deixou-se embriagar por a maldita fragrância máscula de Harry.

— Precisei de um pouco de ar fresco. — suspirou.

Ainda não olhara para ele, pois temia afundar-se na intensidade de seus olhos verdes.

Harry virou a cabeça em sua direção.

— Mas você está gelando. — disse preocupado.

— Importa? — finalmente o olhou.

Ele correspondeu a seu olhar e colocou as mãos dela, geladas, entre as suas.

— Importa sim. — afirmou com voz terna. — Você é minha amiga.

Oh, aquilo doeu. Doeu muito. E ele não estava preparado para escutar o que ela dissera depois.

— Não terá de se preocupar com sua amiga nunca mais. — falou se levantando.

Harry notou a amargura de suas palavras e algo se rompeu em suas profundezas.

— Hermione... — ergueu-se também, meio afligido. — Porque você tá assim?

Ela tirou o paletó e o depositou no banco.

— Obrigada. — articulou seca.

Harry aproximou-se, mas ela se afastou.

— O qu...

— Boa sorte com Gina, Harry. — começou a caminhar de costas.

Ele pegou o paletó e andou em sua direção.

— Hermione...

Ela o examinou de modo estranho, demoradamente, e ele não estava a gostar disso nem um pouco.

— Adeus Harry.

— Hermio... — sua face se encolheu tristemente quando ela desaparatou.

Oi pessoal. É minha primeira fic, por isso não deve de estar grande coisa, mas eu espero que comentem, é sempre importante ter comentários e opiniões diferentes, pra mim é, eu preciso de comentários pra continuar com a fic, por favor, comentem, digam qualquer coisa. Até o próximo capítulo.

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