A Revelação



Já era noite quando Rony foi para o quarto.Nunca pensou que ia se divertir tanto fora de casa,e de Hogwarts.Ainda mais com jogos e pessoas trouxas.Depois de vencer a batalha entre seu estômago e a feijoada,jogar Batalha Naval,Dominó,Pique-Pega, não foi difícil.
Deitado na cama,Rony teve seu primeiro momento,desde que conhecera Bruna, no qual sentiu saudades da família.Pensava na preocupação de sua mãe e de seu pai.Pensava em Fred e Jorge o chamado de sortudo por ter “tirado férias” longe dos pais.Pensava em Gina, quieta no canto.Pensava em Hermione...

— Oi Rony, posso entrar? – disse Bruna ao bater na porta.
— Claro....pode sim. – respondeu o garoto,voltando a realidade.
— Tá tudo bem com você? – perguntou a menina já dentro do quarto.
— Pra falar a verdade não,Bruna.Preciso te contar uma coisa. – disse Rony.
— Pode contar! – disse Bruna,já ficando curiosa.
— Bom,você vai jurar que mesmo depois de eu te contar, você continuará falando comigo,ok?
— Juro!
— Ok,então vou começar...-começou Rony antes de ser interrompido por Ângela,mãe de Bruna.
— Meninos,vamos tomar sorvete? – perguntou.
— Rony,o que você tem pra me dizer pode esperar? – questionou Bruna.
— Ah, tudo bem...
— Oba! Então vamos! – disse Bruna saindo correndo pela porta.

Rony sabia que não podia esperar pra falar com Bruna,mas como dizer isso pra ela,vendo a animação da garota para tomar sorvete?!Então,o garoto saiu do quarto rumo a cozinha,para tomar o seu sorvete.

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— Pai, minha mãe ainda quer ir pro Brasil? – indagou Gina.
— Não, parece que ela resolveu esperar...percebeu que não ia adiantar muito,ela ir pro Brasil. – respondeu Arthur.
— Pai,pai! – gritava Fred correndo em direção aos demais – Pai, um garoto britânico,vestindo vestes estranhas,foi visto no Rio de Janeiro!
— Recebemos uma carta do Ministério, tá aqui – disse o garoto entregando a carta ao seu pai.
— Eu disse que o Rony precisava comprar roubas novas! – brincou Jorge.
— Jorge,vê se eu to lá no quarto! – falou Gina mal-humorada.
— Ok! – disse Jorge subindo as escadas.
— Notícias? – perguntou Mione, que acabara de chegar após ouvir a gritaria de Fred.
— Descobriram em que cidade Rony tá. Rio de Janeiro – falou Carlinhos.
— Rio de Janeiro?Dá pra ir pra lá? – perguntou Mione.
— Não...quase não existem mais lareiras lá...e por vassoura é muito longe. – respondeu Arthur.
— E se... – começou Mione,mas não terminou pois não encontrou argumento.
— Não!!!!Você não tá lá! – disse Jorge, descendo as escadas correndo.

Todos riram,melhorando um pouco o clima da casa.

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— Bruna,será que podemos conversar agora? – perguntou Rony,depois de sua quarta taça de sorvete napolitano.
— Ah,claro. – disse Bruna, que ainda terminava seu sorvete.

Os garotos então,subiram ao quarto para que podessem conversar.Rony pediu para que a menina trancar a porta,deixando a garota assustada.

— É tão sério assim? – perguntou a menina,a qual Rony respondeu apenas com um aceno de cabeça.

Bruna sentou em sua cama,cuja ficava a poucos metros da de Rony,que sentou na sua, e começou a falar.

— Bruna,já estou a dois dias aqui,e acho que você precisa saber da verdade – começou – Quando lhe disse que estava perdido,sem dinheiro e sem lugar pra ficar,estava dizendo a verdade,mas omiti alguns fatos,como por exemplo como cheguei ao Rio.
— Não to entendendo? – interrompeu a menina.
— Bruna,existe um tipo de pessoas que não é muito conhecido pelos demais.É como se fosse uma tribo,entende?Bem,eu faço parte de uma “tribo” dessas.Minha tribo,tem membros em todos os lugares do mundo,mas a maioria fica na Europa.
— Você é de alguma seita? – interrompeu novamente a garota.
— Não,não sou de uma seita.Bem,vou ser mais objetivo. A “tribo” a qual me refiro é uma tribo de bruxos e bruxas...
— Ah, fala sério...
— É sério,eu posso te provar...bem,eu tava indo viajar pra Romênia,pra poder visitar meu irmão que trabalha lá cuidando de dragões...
— Dragões não existem. – interrompeu mais uma vez.
— Sim,existem...bem, eu iria viajar por lareira,com pó-de-flur – nesse momento Bruna sufocou uma risada – porém eu acabei dizendo o destino errado,ao invés de dizer Brèziu, disse Brasil. Parei na casa de um antigo Ministro da Magia Brasileira, que me disse que pra voltar,teria que achar a Assosiação Americanas de Bruxos,que fica aqui em Copacabana. – finalizou Rony.
— Bem,Rony...eu não acredito no que você disse. – falou Bruna.
— Como eu disse posso te provar. – disse Rony puxando a varinha da gaveta que guardava suas roupas.
— Que isso? – perguntou a menina.
— É minha varinha...desliga a luz,por favor. – falou o garoto.
— Pra que? – falou a garota assustada.
— Confia em mim... – falou Rony,enquanto a garota apagava a luz.
— Bom,agora eu vou fazer surgir uma luz da ponta da minha varinha. – começou Rony.
— Duvido! – disse a menina interrompendo-o.
— Lumus! – gritou Rony,fazendo surgia uma luz amarela da ponta de sua varinha,para surpresa de Bruna,que ainda não acreditava.
— Isso pode ser uma lanterna... – falou a menina,tentando arranjar argumentos que confirmasse sua suspeita.
— Tudo bem...pode acender a luz. – começou Rony,enquanto Bruna acendia a luz. – Agora, me diz uma coisa que esteja nesse quarto que você queira! – finalizou.
— Hmm...Aquela bola ali – disse a garota,apontando para a bola que estava no outro canto do quarto.
— Ok, Accio bola! – falou Rony,e a bola veio para suas mãos.
— Então é verdade!!! – exclamou Bruna,não acreditando no que via – Po,por que você não disse antes?
— Porque eu tinha medo que você não entendesse.Gosto muito de você,e também vou precisar de sua ajuda pra achar a Assosiação. – respondeu o ruivinho.
— Pode contar comigo,pro que precisar,Ron. Também gosto muito de você,e não me importa se você seja bruxo,ou não,tem certas coisas que não importa,etnia,raça...gosto de você do jeito que você é. – disse a menina envergonhada.

Rony levantou,foi até Bruna e a abraçou.Ficaram abraçados por algum segundo até que a garota resolveu falar.

— Ron,você tem namorada? – perguntou a garota que a essa altura estava mais vermelha do que antes.
— É,não...tenho não. – respondeu Rony meio sem-graça.
— Gostaria de ter? – disse a menina enquanto se dirigia, cheia de vergonha, para Rony.
— Por que não? – respondeu Ron.

E para desespero de Hermione,que mesmo longe, continuava no coração e na cabeça de Rony,um beijo aconteceu.

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