A Dama dos Olhos de Gato

A Dama dos Olhos de Gato



Capítulo 4- A Dama dos Olhos de Gato

“Abram alas, o garoto não está bem!” era a voz de Severo Snape
Só então percebi que estava nos braços dele, suando bastante. Harry, Rony e Hermione estavam ao lado dele, quando ele me depositou em cima da cama da ala Hospitalar.
“O que diabos...?” eu sustentei meu tronco zonzo, tentando entender o que acontecia.
Hermione tentou me acalmar
“Você aspirou poção do Pinho Veloz pura, não agüentou a carga e desmaiou. Lembra? Na aula de poções?”
Recostei no travesseiro, tentado lembrar. Aos poucos, pequenos fragmentos começaram a nascer em minha mente. Lembranças não muito importantes: conversas jogadas fora, brincadeiras, uma ou outra aula. Sorrisos, principalmente femininos. Lembrei-me da Câmara Secreta, como uma lembrança passada. Eu com certeza não estava no segundo ano. Mais uma olhada em volta para compreender que eu estava exatamente no terceiro ano.
Snape falava qualquer coisa com madame Pomfrey sobre as propriedades da poção que me fizera desmaiar. Compreendi que era um acaso do destino para eu acordar exatamente naquele momento, eu consertaria concertar outro erro.
Me levantei devagar, tentando valorizar cada lembrança que nascia: era como se eu tivesse vivido o final do primeiro ano e o segundo inteiro. Eu lembrava dos locais e das pesoas. Eu podia sentir as sensações que tive em cada momento. Lembrava do gosto da comida, do cheiro de flores, das risadas de meus amigos. Não era como se eu tivesse pulado tanto tempo, apesar de tê-lo feito.
Me levantei meio bambo, mas madame Pomfrey quis me impedir:
“Não, rapazinho! Você fica aí. O Pinho Veloz pode facilitar legilimência, mas aspirá-lo e como tentar provar sabão. Você pode começar a vomitar em qualquer momento.”
Harry, Rony e Hermione deram, institivamente, um passo para trás.
“Não, eu estou bem, juro!” reclamei. Foi cansativo tentar me explicar. Fiquei lá na meia hora seguinte, e meus amigos tinham sido mandados embora. “Veja! Eu até enfeitiço! Ahn... Accio algodão!” tentei, com um movimento da varinha. Vários chumaços vieram em minha direção.
Ela ficou meio mal-humorada em me liberar, mas não forçou mais.
Assim que saí da cama, corri pelos corredores para minha próxima aula. Infelizmente não integraram Sonserina com Grifinória na aula de transfiguração, mas eu sobrevivi.
Tom, meu colega de quarto, era um cara legal. Aliás, eu havia descoberto vários caras legais na Sonserina, bastava não procurar gente mais rica e/ou do ministério.
Tom, Anthony e Ryan sentavam-se lado à lado. Eu conversava com eles, sem me preocupar muito no que Minerva falava sobre transfigurar apitos em relógios de pulso (“Uma mágica muito útil!” disse ela, no início da aula).
Passados mais ou menos vinte minutos, bateram na porta.
“Quem bate?” perguntou Minerva, se aproximando da porta. Não vi nem o visitante, nem ouvi sua voz, mas pude ver uma mão esticando um pedaço de papel. “Muito bem, sente-se ali. Está vago.” Apontou a professora.
Não é muito fácil agitar alunos no meio de uma aula de transfiguração tão maçante quanto aquela, mas digamos que a convidada fez uma entrada triunfal.
Chamma caminhou entre as carteiras sem a capa do uniforme, apenas com a saia, camisa, colete e gravata. A exibição de suas pernas deixou, digamos assim, garotos já não muito calmos (guiados por hormônios) um tanto... animadinhos demais.
“Quem é a dama de olhos de gato??” interrogou-me Tom, animado. E com o olhar, não muito comportado. Esse garoto tinha fama de catador.
“Chamma alguma-coisa.” Respondi, fingindo desinteresse “Meio esnobe, parente de Godric Griffindor.”
“Sangue real. Interessante.” Falou Tom, com um sorriso malicioso. Chamma devia ter sido transferida no meio de alguma aula, e quando me viu abriu um pequeno sorriso e acenou.
Tom ficou um tanto surpreso.
“Você a conhce mais do que está me contando, Malfoy?” questionou ele, brincando.
Até eu estava meio confuso. Aos poucos, reunia as lembranças relativas à ela e as organizava. Pelo jeito, eu me tornara amigo dela. Grande amigo. E confidente... ela havia me dito que sabia legilimência, de brigas entre os pais, de pequenos casos de amor.
Quando cheguei a essa lembrança, me impressionei: que raio de pessoa aprendia legilimência nessa idade??
Nesse momento, chegou em minha mesa, literalmete voando, um pegueno tsuro de papel. Ao abrí-lo, havia uma curta mensagem:

“Oi! Juro que não esperava te encontrar aqui, esqueci do seu horário. A professora de adivinhação, aquela de nome pateticamente grande, disse que, como minha “grande amiga (provavelmente Mione), ligada à min por magia, eu nunca aprenderia a NOBRE (nossa, tão nobre quanto um trasgo)arte da adivinhação”. Depois disso, fui embora. Ela me autorizou à trocar de aula.
Enquanto ao plano R/H, como vamos fazê-lo?

Chamma”

R/H. R/H? Que raio de plano era esse? Fui puxando, aos poucos, um fio de memória. Tinha à ver com seus amigos, e não era nada de mal... Rony... Rony... Ronald... e Hermione?
“Rony e Hermione?” perguntei, em minha lembrança
“É! Um perfeito casal, não acha? Só não se admite.Os dois são dois tímidos travados.”começou ela
“Tem alguma idéia pra juntá-los? Algo que não envolva... sei lá poços de amor? Porque isso não é justo.” Respondi
Minha lembrança desse estranho plano ficou clara. Eu iria ajudar Chamma a juntar meus melhores amigos. Não sabia se soava uma boa idéia. Mas eu na conseguia dizer não ao sorriso doce de minha amiga. Virei-me e dei nos ombros, mostrando que não tinha idéia do que poderíamos armar. Ela fez o mesmo. Depois deu uma piscadela e um aceno um pouco provocantes.
Eu sinceramente me assustei. Aquilo não era o tipo de coisa que amigos faziam uns para os outros. Só então percebi que Tom acenava displicentemente para a minha amiga, buscando um sinal positivo. Se eu conhecia aquele garoto, ele daria em cima dela descaradamente. E pior: eu achava Chamma capaz de retribuir descaradamente as investidas.
A aula seguiu sem surpresas. Tom descrevia com rigor e animação quadribolístca as pernas da colega transferida, o que não foi muito divertido ficar ouvindo (não que eu não achasse a mesma coisa).
A aula acabou, e os alunos, aos poucos, foram saindo de seu estado de semi-consiênca. Transfiguração era, no geral, uma aula legal, mas a parte teórica era muito, muito chata.
Eu arrumava lentamente meu material, haveria um espaço de tempo de quinze minutos para próxima aula. Antes que eu me virasse, Chamma segurou meu braço e murmurou em meu ouvido:
“Me encontre no corredor das masmorras, na terceira ou quarta pilastra, daqui a dez minutos. Eu tenho a poção perfeita para o R/H.” eu ia contestar. Afinal, não planejávamos usar poções, e quem disse que os amigos não poderiam se juntar naturalmente? Ela me interrompeu antes que eu começasse “E não, não é uma poção do amor, e não também, não vamos esperar Rony e Hermione se juntarem naturalmente por que é o mesmo que esperar um trasgo se alfabetizar sozinho.”
Nem pude me virar. Ela largou meu braço e foi embora, irritando-me pelo fato de ler minha mente sem preocupar-se com limites.
“Um belo espécime. Pode falar bem de mim pra ela?” Tom sempre fora inconveniente. Olhei-o de cima à baixo: minha altura, moreno, olhos extremamente negros,alguma coisa de latino perdida no rosto. Era considerado bonito, apesar de eu ser suspeito pra falar, já que ele pode ser considerado um concorrente.
Pensei um pouco.
“Ta, eu toco no assunto.” Eu disse. Ele podia ser considerado um amigo próximo meu, então resolvi pedir certos conselhos “Você... você já tentou juntar um casal? De amigos seus?”
Ele olhou para o alto pensativamente, por um instante.
“Minha irmã, a Emily, inventa de fazer isso de vez em quando, e me arrasta para ajudá-la. Mas normalmente não dá certo. Por que?” ele deve ter perguntado por um reflexo de curiosidade, pois eu simplesmente dei nos ombros e ele não se importou.
Caminhamos juntos, jogando conversa fora Tentei me lembrar dos horários do dia, meus e da Grifinória (pra encontrar Harry, Rony, Hermione, e possivelmente Chamma). Ele se despediu, dizendo que estava procurando uma certa Parvati. Preferi não perguntar o por quê.
Lá estava eu, na quarta pilastra do corredor das masmorras. Cheguei exatamente dez minutos depois da aula, mas tive que esperar um ou dois minutos. Ela chegou brincando com uma âmpola, fazendo malabarismo de uma mão.
“Tome cuidado! Você vai quebrar esse vidro com...” tomei a poção das mãos delas e cheirei após tirar a tampa “...Poção da Mente Clara? Clareius Mentes?”arrisquei. Ela acenou positivamente com a cabeça e tomou o vidro de volta.
“A probabilidade de Rony e Hermione entenderem que se amam depois de pensar um pouco no assunto e beber isso...” ela deu um sorriso maroto “...é grande, se eles realmente se amarem. Além do mais, não vai quebrar. Feitiço anti-quebra.” Ela completou, batucando o vidro.
“E de onde veio isso?”
“Faltava pó de casca de esplosivin, um pouco difícil de conseguir. E era indispensável Eu tinha poção quase pronta, e completei no armarinho de Snape, quand ele reclamava com uns alunos do primeiro ano.”
Eu compreendi que ela pegara emprestado sem permissão ou intenção de devolver. Antes que eu pudesse argumentar, ela sorriu. Eu compreendia que era uma mensagem do tipo: ‘Vamos nos dar bem, relaxe’. Mas sempre me derreti pelos sorrisos dessa garota.
Passei a mão no cabelo dela (“Você não existe!” falei). Inconvenientemente, passos furiosos irromperam no corredor, próximos. Quebravam completamente o clima. Eram passos reconhecíveis. Realmente reconhecíveis.
“Snape!” murmurei, baixinho. Ele provavelmente havia percebido um furto. Calculei que tínhamos um minuto para decidir o que fazer. Chamma foi rápida.
Pequenas reentrâncias e estranhas clarabóias ocupavam os espaços entre os pilares ornamentais do corredor em que nos encontrávamos. Ela simplesmente arremessou o vidrinho para uma delas, abandonando-o. Era uma garota EXTREMAMENTE estranha, e irritantemente decidida.
“Você está louca??”sussurrei.
Snape estava ainda mais próximo.
“Me beija.”
“O que???” Não digeri a pergunta.
“Por Melin, Malfoy, me beije!” tentou, um pouco mais alto e apressada. Não a acatei novamente, confuso.
Mas não foi necessário. Quando me dei por mim mesmo, ela já me puxava pelo colarinho e me beijava vigorosamente.
Fiquei confuso, mas não por muito tempo. Logo entrelacei-me a ela, segurando sua cintura, e ela segurando minha nuca. Foi um misto de prazer e satisfação. Eu realmente gostava daquela garota, e esperara bastante para tê-la em meus braços...
Eu beijava pela primeira vez, nem preciso dizer. Pelo jeito, ela já era um tanto... experiente. E nos agarrávamos como se não houvesse amanhã. Eu a empurrei na pilastra, apoiado na parede, aproveitando cada momento daquele sonho.
“O que os mocinhos estão fazendo no meu corredor???” berrou Snape
Nos já nos esmagávamos na pilastra, acho que eu seria capaz de ter ficado horas ali e perdido os próximos horários. Mas o professor ranzinza me assustou, fazendo eu recuar assustado com sua presença. Chamma permaneceu encostada lá, surpresa.
“Srta.Hertz? Sr.Malfoy? Pois bem, os dois acabam de pegar uma detenção grátis. Separados. Falarei com Minerva para que ela trate de você, Hertz. Malfoy, encontre-me... depois de manhã, quinta-feira, nas masmorras. Oito horas em ponto.”ele virou pra continuar a rondar os corredores, mas voltou bruscamente “Por que nesse corredor? Viram alguém passar? Ou” ele olhou acusadoramente para Chamma, provavelmente pronto para revistá-la “vocês o roubaram? Pó de Esplosivin acaba de desaparecer de meu armário. Eu não ia gostar de saber que fora um de vocês.”
Ela não falou nada. Simplesmente estendeu sua mochila. Eu fiz o mesmo.
Um movimento e um feitiço não verbal foram o suficiente para ele revistar as mochilas (não muito educadamente, já que os livros e pergaminhos esparramaram-se no chão).
“De qualquer jeito, menos dez pontos para Grifinória e dez da Sonserina.”
Ele grunhiu de novo, e virou-se para ir embora a procura de seu ladrão.
Agachamos para recolher o material, calados. Eu sabia que a cena anterior fora simulada (não da minha parte, mas ela não precisava saber disso), apenas um show para desviar a atenção de Snape. Uma pequena parte de mim gritava para eu beijá-la exatamente do mesmo jeito, mas eu fui covarde demais.
Ela levantou os olhos e tirou a varinha do meio do bolo desarrumado no chão.
“Accio Clareius Mentes.” A ampola levitou e desceu preguiçosamente até a mão espalmada de Chamma. Após rodopiar a poção entre os dedos, comentou “Por um instante, achei que ele não a acreditar.”
Dei nos ombros. Não ia conseguir falar o que sentia mesmo. Levantamos, e só então percebemos:
“Droga! Eu tenho História da Magia agora!” eu já estava marcado com aquele professor (ele não gostava de mim desde que me pegara babando em cima de um pergaminho, no décimo sono).
Chamma forçou um pouco a memória e desesperou-se:
“Droga, eu também! Talvez Rony, Harry e Hermione segurem a barra, mas não muito...”
Não deixei que terminasse: comecei a correr, arrastando-a pelo braço, com as mochilas meio abertas equilibradas em nossos braços. Chegamos na classe afobados e suados, para a alegra do professor.
“Ora, ora, ora, meus alunos favoritos.Resolveram achar um tempo em suas agendas para minha humilde aula?” respondemos as intimidações dele com frágeis sorrisos amarelos. Harry, quando nos sentamos, fez um cara do tipo ‘Onde diabos vocês estavam???’ . Apenas sussurrei:
“Uma longa história, que eu te conto depois, se você não contar para Rony e Hermione!” ele olhou pra mim, me interrogando com o olhar se eu fizera alguma cosa contra meus amigos. Eu apenas acenei negativamente a cabeça, com um sorriso tranqüilo “Relaxa.”
Eu me virei pra lousa, pronto para tentar entender a fuga dos centauros do terreno que antes fora Hogwarts que tentavam explicar. Como eu não ia consegui-lo (descobri isso dos segundos depois de ver as anotações de Hermione), resolvi tentar pesar o por que eu estava vivendo esse terceiro ano: qual era meu segundo grande erro? Antes de mergulhar em devaneios e temores, lembrei apenas de uma coisa:
“Chamma, conheço um cara incrível que quer te conhecer!”

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Oieeee! Eu tô postando sem parar, né??? Mas eu vou passar um tempinho sem fazer isso, tô de férias no sítio (EBAAAA! FÉRIAS!!!) Blz, tchauuuuu.

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Bi@~~Ballu

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