FICA COMIGO



Fica comigo

Harry dirigiu-se para a cozinha, para se encontrar e, finalmente poder conversar com Rony e os outros sobre a penseira, os pensamentos e a carta que Dumbledore o deixara. Era um tanto desconfortável andar com uma bacia, significativamente grande nas mãos.
Quando chegou perto a entrada Rony veio ao seu encontro,e o ajudou com, pegando a penseira e depositando-a em cima da mesa. Harry notou que o amigo crescera alguns centímetros desde a ultima vez que se viram, e que ele estava com o olhar mais alegre — talvez, ou melhor, com certeza era por causa do namoro com Hermione. Ele agradeceu ao amigo, e sentou-se do lado esquerdo da mesa, obedecendo ao pedido da sra. Weasley, ficando de frente para Rony e Mione, — não pode deixar de notar que Gina já não estava ali.
Os olhos de todos se voltaram para a Penseira, extasiados e surpresos:
— Pra que serve essa bacia? — perguntou Rony, inocentemente.
— Rony, não seja estúpido! — repreendeu-o Hermione — Essa “bacia” é uma Penseira, certo Harry?
— É, é sim… Dumbledore a deixou pra mim, junto com uma carta e isso.
Harry pegou os pequenos tubos e mostrou aos amigos.
— São lembranças, acho que são as mesmas que Dumbledore me mostrou no ano passado, sobre Voldemort, mas não tenho certeza.
— Hum…bem, com certeza vão ajudar na bus… — Hermione calou-se, ao ver a cara de repreensão de Rony e Harry. A sra. Weasley vinha na direção deles, e depositou o café da manha de Harry à sua frente.
— Você já leu a carta Harry?
— Ainda não. — ele fez menção de pegar a carta, am s a sra. Weasley disse que ele poderia ler um livro se quisesse, mas não durante o café da manha.
— Vou guarda isso pra você Harry — continuou a sra. Weasley, pegando a penseira — vou deixa-la no quarto de Rony, coma tudo querido, antes que esfrie. — ao terminar de falar, subiu as escadas, em direção ao quarto.
— Ah, vamos Harry, abra logo. — disse Rony.
— Ok.
Harry abriu o envelope e retirou a carta, reconhecendo, de imediato, a fina caligrafia de Dumbledore — acostumara-se com ela, depois de um ano recebendo pequenos bilhetes do diretor:

“Olá, Harry

Imagino que já tenha feito dezessete anos, quando ler isso, como pedi. Infelizmente, não vou poder lhe cumprimentar pessoalmente, as ainda assim: Parabéns, Harry


Harry esboçou um leve sorriso, lembrando-se do bom humor de Dumbledore.

Acredito também que já tenha recebido a minha Penseira, e os Tubos de Lembranças, que deixei ao seus cuidados. São as mesmas lembranças que vimos no último ano, em nossas aulas particulares. Si Harry, acredito que você encontrará algumas pistas a mais, sobre as Horcruxes de Voldemort, as analisando-as melhor, e existem algumas que voce recebera depois.

Com certeza — pensou Harry.

Mas, Harry, eu vim lhe deixar uma ultima lição de casa: encontre Augustus Flamel, ele é um dos poucos, se não único, parentes de Nicolau Flamel, que permanecem vivos e está a sua espera pra lhe contar o que eu não tive tempo de lhe ensinar — excitante Harry, excitante, ainda que perigoso.

Algo que Dumbledore não lhe contara? Perigoso e excitante? O que poderia ser?

Bem, por hora é isso, e não se preocupe quanto como encontrar Augustus, Fawkes o levará a ele, espere por ela, não vai demorar, alias ela deve estará a caminho.

Como ele podia ter certeza, Harry não sabia, mas conhecia Dumbledore o suficiente pra saber que o bruxo não era de errar em assuntos assim.

Não saia sem capa de invisibilidade, fique como os amigos, boa sorte Harry.

Alvo Dumbledore”


— Flameu? Não o cara que conseguiu fazer a Pedra Filosofal, com Dumbledore, Harry? — rosnou o Rony, que lia a carta por cima do ombro de Harry.
— É sim, Rony — murmurou Harry, em um som quase inaudível.
— O que Dumbledore quis dizer com “excitante” e “perigoso”
— Eu não sei, algo sobre as Horcruxes, talvez.
Os garotos “acordaram”, ao ouvir a sra. Weasley descendo as escadas,e ela não estava só — Fleur e Gina a acompanhavam.
O animal no peito de Harry corou — precisava falar com a garota, explicar, de novo o por que do “fim do namoro”, dizer que… que… que a amava. É. Ele precisava dizer isso, mas a idéia de poder ver Gina chorando, ou chateada com ele… ah, isso era... como um afaça o rasgando. Ele não soube dizer, quanto durou a caminhada dela da escada até a porta de entrada; horas, dias, talvez meses? — Sim, Gina era uma parte de Harry… mas uma parte que ele tinha que “abandonar”, justamente por ama-la.
— Harry, você está bem? — indagou Hermione, ao perceber o súbito silencio do amigo, mas ela sabia o por que de tal silencio.
— Ah, é… eu estou… eu estou bem Mione, que pergunta.
— Harry, vá falar com ela, voce quer e precisa fazer isso — murmurou Rony — como eu te disse, ela anda “estranha” e…
— Rony!
— Que foi Mione? Você sabe que é verdade.
— Não é não! Ela não está estranha, está com saudade do Harry, e preocupada também.
— Mas não quis falar comigo, não é? — disse Harry.
— E ela deve espaço pra isso, Harry? Você acabou de chegar, e foi logo falar com a professora Macgonagal.
— É verdade cara.
— Ok, eu vou falar com ela, pra onde ela deve ter ido?
— Ah, relaxa, elas devem estar no jardim, preparando as coisas pro casamento, vai ser semana que vem.
— Ah claro…
— Mas venha, Harry, quero lhe entregar me u presente de aniversario — disse Hermione.
Os três subiram as escadas, em direção ao quarto de Rony,. Hermione deu a Harry um livro intitulado Magia avançada: feitiços pra todas as horas, Rony deu a ele um novo bisbilhoscopio e uma capa de viagem.
O dia passou rápido, e na primeira oportunidade que teve, Harry foi falar com Gina.
Ele tinha ido a cozinha, beber um pouco de água, e a encontrou lá. Os cabelos amarrados, formando um “rabo de cavalo”, também usava um belo vestido azul-claro… estava linda nele, pensou Harry.
Ele se aproximou e tocou os ombros de Gina, — que corou com o “susto” — não sabia se tinha aquele direito, mas isso era irrelevante agora. O animal em seu peito pulava, gritava, dançava e até voava de alegria.
Ela virou-se pra ele, com um olhar determinado, e marejado de lagrimas.
— Deixe-me ir com você Harry… por favor — sussurrou a garota.
— Gina, eu não posso arriscar perder voce…não você.
— E por que, Harry, por que eu tenho que ficar aqui, sem saber se voltarei a vê-lo de novo? Por que eu tenho que que ficar aqui, me remoendo sem saber que o homem que eu amo vai voltar ou não pra mim? Isso é justo Harry?
O homem que eu am, as entranhas de Harry se reviraram ao ouvir isso, Gina nunca o chamara assim, e não que fosse estranho, mas ele estava acostumado a ser chamado apenas de “garoto”, “homem” era nova.
— Gina, não é isso…
— É o quê então, Harry? Eu não sou forte o suficiente? Pensei ter provado que era no Ministério, e ano passado quando Hogwarts foi atacada.
— Gina… não é…
— Então é o quê? Sou nova demais? Duvido que o ministero irá se preocupar comigo, nos dias de hoje.
— Seus pais nunca a deixariam, ir comigo.
— Eles não podem me impedir, Harry… eu quero, quero ficar com voce… é tão dificl entender.
Lagrimas rolaram dos olhos de Gina, contornando a extensão de seu rosto, tornado-se um mar de tristeza…
— Gina… você estará sempre comigo — confirmou Harry, envolvendo-a em um reconfortante abraço.
— Estou com medo, Harry, estou com medo por você — mais lagrimas insistiram em saltar de seus olhos, Harry pode senti-las molhando seus braços.
— Gina… — Harry não resistiu, lagrimas corriam agora de seus olhos.
— Prometa, Harry, prometa que voltará pra mim, prometa que acabará com Voldemort, e voltará pra mim…
— Eu não posso diz…
— Prometa,, Harry! — ele não podia dizer que não, não com aqueles belos olhos o encarando, penetrando o mais profundo do seu âmago, indo a lugares dentro dele, que nem ele conhecia.
— Eu prometo Gina, matarei Voldemort, e voltarei pra você.
Eles se abraçaram ainda mais forte.
— Eu te amo, Harry — sussurrou Gina, nos seus ouvidos.
— Também te amo, Gina.
O tempo parou, e Harry e Gina se viram em um dimensão só deles. O ar quente da respiração dos dois, os tocando, os fazendo-os sentir, como se fossem um, que dependiam um do outro. Pássaros cantaram, sinos soaram, flores voavam em todas as direções. Não existia Voldemort, nem Horcruxes, guerra, nada. Naquele momento só existia Harry, Gina, e o amor que unia os dois, amarrando-os eternamente, em um casamento silencioso. Lábios se tocaram, corações aceleraram, abraços foram dados… almas se ligaram.
Eles nem perceberam, que na porta a sra.Weasley os observava, as lagrimas a tomando também, pensou em chamá-los, mas exitou — eles mereciam aquele momento… que talvez fosse o ultimo…

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