Desobediência = fic que relata



Fic retirada do site: www.dracosinister.cbj.net
* blog de fics da Cassandra*



Desobediência
Beleza, não é só uma coisa terrível, também é misteriosa. Existem Deus e o Diabo lutando pelo domínio, e o campo de batalha é o coração do homem.- Doestoyevsky

I

Draco tem um ano de idade. Lúcio gosta muito dele, mas do que ele esperava gostar.Vaidosamente, ele ainda se considera muito jovem para ter filhos. Mas, de um modo inesperado, ele acha seu filho interessante.O menino sorri quando ele o vira de ponta cabeça. Lúcio sempre o leva ( virado de ponta cabeça ) até a galeria, porque isso encanta os retratos.
II
Draco tem dois anos de idade. Lúcio mandou os elfos domésticos começarem a construir um playground na parte de trás da Mansão, completa com frotas de soldados de brinquedo que andam sozinhos, um conjunto de xadrez cujas peças são maiores que o próprio Draco, Pó Escorregadio, Detonantes Podblossoms, vassouras de corrida e toda sorte de prazeres caros que o próprio Lúcio gostava quando criança.

Uma noite, a mãe de Draco o acorda no meio da noite e diz a ele que eles tem compania. Ela o veste em vestes de veludo negra que irritam sua pele. Ele mastiga o laço branco preso em volta de sua manga enquanto ela o carrega, descendo as escadas, onde há um homem esperando por ele. Um homem com uma pele branca de defunto e olhos estreitos como fendas de sangue. "Então, esse é o garoto." ele diz

No dia seguinte, Lúcio manda desmantelar o palyground. As explovivas Podblossoms são espalhadas ao vento. Por meses depois, eles faziam ventar através das janelas da casa assustando os habitantes, explodindo coisas estranhas no subsolo.
III
Draco tem três anos de idade. Lúcio passa muito tempo fora, cuidando de seus interesses de negócios; seja fiscalizando a corrida do Profeta Diário, ou suavizando a operação no Clube da Meia Noite. Quando ele chega em casa, o menino olha pra ele como se ele fosse um estranho.
IV
Draco tem quatro anos de idade. Narcissa exige uma explicação de Lúcio sobre aonde ele tem ido. Ela acha que ele está sendo infiel, e está certa porque ele está. No calor que se seguiu a discussão o colar de pérolas de Narcissa é arrebentado de sua garganta, fazendo as pérolas se espalharem.

Uma delas, rola até o pé do menino; ele a escorrega para dentro de seu bolso. Anos depois ele a encontra numa caixa próxima a sua cama e não consegue se lembrar como ela foi parar lá.
V
Draco tem cinco anos de idade. Uma criança exepcionalmente bonita, ele parece como se tivesse sido moldado em um cristal de leite. Toda sua palidez é tão fina, cabelos loiros e olhos cinzas translúcidos como janelas de vidro. Lúcio pode ver onde os próprios traços de seu sobrenome, haviam se misturado com a suavidade de Narcissa; onde sua própria sagacidade loira se misturava com o dourado dela. Então, o cabelo do menino é prateado como de alguns anjos e dourado como de outros. Ele é uma boneca feita de porcelana e pétalas de rosa, pintado de ouro. Lúcio acha toda essa beleza extravagante e completamente sem sentido. Ele não consegue ver razão nisso.
VI
Draco tem seis anos de idade. Finalmente ele aprendeu como montar uma vassoura de corrida, e triunfantemente ele sai para um passeio do topo da escadaria até o andar abaixo para o Salão, chocando-se e esmagangdo uma das preciosas estatuestas da dinastia Ming de Lúcio nesse processo . Lúcio estende sua mão, para sacudi-lo e pensa mehor. "Melhor não danifica-lo". O Lord das Trevas talvez possa retornar e o melhor que ele tinha a fazer era estar preparado para "dar a César o que é de César " quando ele chegasse - e para isso o menino tinha que estar inteiro.

Quando ele se retira ele sente o menino olhando para ele espantado e com alguma dor.Claramente, ele esperava ser castigado. Que surpreendente, Lúcio pensa, coisa de criança.
VII
Draco tem sete anos de idade. Lúcio o leva para caçar. Com sua varinha, Lúcio lança flechas, as vezes, canivetes. Maldições de Morte somente quando é necessário. Draco cavalga bem atrás dele, mãos pequenas segurando cuidadosamente as rédeas de seu cavalo. Seus olhos acompanham totalmente o que seu pai faz. Seus olhos se apertam quando os caes de caça rasgam, arrancam e racham.

Lúcio o tira do cavalo. Ele quase nunca toca em seu filho e a reação da criança é estranha pra ele. Ele o faz se sentar em um montinho de neve. O garoto afunda na neve até os joelhos. Ele olha olha assombrasamente para seu pai, quando este mergulha suas mãos no sangue. Então, ele se ajeita e toca no rosto do menino com uma de suas luvas. Draco é pequeno para a sua idade e as longas mãos de Lúcio cobrem quase todo o seu rosto, uma mascára de sangue e coro. Quando ele tira sua mão há sangue em todo rosto do garoto, sangue em seu cabelo fino e loiro, sangue em sua boca. Draco recua , como se isso fosse amargo para ele.

" O quê você quer me dizer agora, Draco ?" Lúcio pergunta a ele.
"Obrigado, pai"
VIII
Draco te oito anos. Lúcio deu de presente à ele um passáro, um falcão com asas de foice, totalmente não domesticado Por semanas o menino passeava num exaustivo deslumbramento, seus pulsos estavam como que pulseiras de sangue onde as garras da ave haviam perfurado sua pele. Ma ele é determinado, Lúcio acha que nunca viu uma criança tão determinada.

Quando Lúcio quebra o pescoço do passáro, o menino se desfaz em lágrimas encolhendo-se sobre o cadáver do bicho como se este tivesse sido a única coisa que ele realmente amara na vida.
Lúcio está desgostoso. O garoto é fraco e infantil. Dar-lhe uma lição de moral é impossível; é como tentar moldar lama em uma forma coesa. Ele é apenas metade daquilo que Voldemort prometera: mais feito de ouro do que de ferro, mais aguado do que de aço.

Mas, essa foi, contudo a última vez que ele chorou. Mais tarde, no decorrer dos anos seguintes, Lúcio pergunta-se por quê? Por quê que uma pequena dor, uma maldade insignificante acarretara isso. Ele se pergunta como aquela lição talvez tenha sido diferente das outras. E também se questiona se é cruel deixar a cargo do próprio menino a tarefa de testar os limites que Voldemort esperava dele. Se, talvez, houvesse algum tipo de angústia e se ele realmente se importava.Amor, sangue e magia. Se eles estavam travando uma guerra dentro dele, era uma guerra silenciosa, e não havia nehum sinal de conflito ou dano em sua face .
IX
Draco tem nove anos. Está sendo um inverno exepcionalmete rigoroso. Lúcio descobre que os elfos-domésticos andavam passando cobertores extras ao menino. Lúcio ordena que se levem todos os cobertores. Quando Lúcio chega para checá-lo ele descobre que Draco tinha arrastado todas as suas roupas:capotes,blusas e calças para cima de sua cama e ficava em baixo delas. Mais uma vez Lúcio ordena que se levem as roupas e amarra seu filho na cama pelos pulsos.

Na manhã seguinte, o garoto foge de casa.
Lúcio libera sua matilha de cães do inferno para buscá-lo, porém não matá-lo. Eles arrastam o garoto pelas costas e o conduzem até ao Salão Principal aos pés de Lúcio. Os ancestrais da família Malfoy olham com desagrado para ele do alto de seus retratos quando Lúcio o levanta do chão. Carinhosamente, ele toca no cabelo e no rosto do menino, em suas bochechas onde os arbustos o haviam arranhado. Suas roupas estavam rasgadas e ele cheirava a suor, e temor e cães.

"Você não pode fugir de mim" Lúcio fala mansamente. " Você me pertence. Você é meu, como esta casa, como estes cães, como os retratos nas paredes.Nem mais nem menos do que nenhum dos meus outros pertences, você pertence a mim. Você está sujeito as minha leis e as leis da Mansão. Lute comigo e eu destruirei você. Fuja de mim e eu lhe trarei de volta. Não há lugar nesse mundo para onde você possa fugir que eu não possa achá-lo, nenhum lugar que seja tão distante. Se eu te encontar,você não será mais meu filho.

O menino se desvencilha para longe de seu pai. Lúcio o leva para cima e o tranca em seu quarto. O garoto não bate na porta ou pede para sair ou implora por perdão. Lúcio está sombriamente satisfeito . Talvez, dentro dessa criança delicada, ainda haja alguma força de vontadade, no final das contas.
X
Draco tem dez anos de idade.Ele é frequentemente desobediente.Ele atormenta os elfos-domésticos, indo contra a vontade de Lúcio.Ele quebra a fechadura da acesso ao alçapão e explora as masmorras. Ele pula atrvés do cercado de esgrima, pega sua vassoura e voa alto demais com ela, quase fazendo com que um helicoptero trouxa batesse em uma parte da Mansão. Lúcio pega sua vassoura - nova e cara, presente de um tio - e a queima na lareira da biblioteca. Draco empalidece, assistindo sua vassoura qieimar, mas não diz nada. Então, Lúcio pega todas as sua as suas vassouras, inclusive a minúscula CleanSweep 100 com a qual ele aprendeu a voar e queima também. "E agora é isso que vai lhe acontecer"Lúcio diz, virando-se para o garoto, "enquanto você for desobediente"

O menino levanta seus olhos para seu pai." Eu não sei por quê você não me deixou ir quando fugi." ele diz. Havia um um tom icrivemente vazio em sua voz, apesar de sua pouca idade." Você não me quer aqui. Ninguém me quer aqui."
Então Lúcio faz uma coisa que ele nunca tinha feito antes. Ele alcança o rosto do garoto, gentilmente em sua bocheha."Eu quero você aqui" ele diz."Você é meu filho"
Draco ainda não havia aprendido a esconder suas emoções. Seu rosto traiu seu choque.

Lúcio abaiaxou sua mão, calculando. Isso é um teste da supersensibilidade do garoto.Ele olha severamente para a criança, " Você procura por benevolência de minha parte" ele diz " Isso até poderia ser, se você não fosse tão longe para evitar aquelas palavras que você odeia tanto: Pai, eu me arrependo pela minha desobediência"

Draco não diz nada. Lúcio o dispensa e espera para ver o que ele fará. Passam-se horas e Draco não aparece, mas depois, quando Lúcio vai para a sala de esgrima, ele encontra seu filho lá. Ele esteve praticando sozinho com um dos fantasmas professores.Ele parece cansado e desalinhado, a espada pendente em sua mão.Quando ele vê seu pai, ele congela por um momento.Então ele atravessa o aposento até ele, se ajoelha a seus pés em frente a Lúcio.Ele tira espada, e coloca a superfície da lâmina contra as palmas de suas mãos.

"Pai," ele diz."Eu me arrependo pela minha desobediência"
Lúcio pega a espada e olha para ela. Uma outra lâmina, desta vez de desapontamento, o atravessou, como se isso fosse uma ofensa. O garoto não aprendera nada sobre resitência. Ele ainda é tão fraco quanto antes.Lúcio abaixa a espada com violência contra a nudez do pecoço do menino visível pelo seu colarinho.
"Levante-se,"ele diz."Nós ainda temos muitas coisas a fazer "
XI
Draco tem onze anos de idade. Ele nunca mais desobedeceu à Lúcio, embora este ainda continue insatisfeito com ele. Ele é pequeno demais para a sua idade, por exemplo.Se ele fosse uma das preciosas criações de Lúcio, ele teria ponderado em cima de sua falha para prosperar. A limpída infancia do menino está definhando dando lugar ao refinamento de seus traços esbeltos. O menino é anguloso, tudo nele parece se encaixar, como articulações. Lúcio procura pela beleza que Voldemort prometera e sente que está faltando algo. Talvez houvesse alguma coisa que ele deveria ter feito, mas ele não tinha feito? Agora, não há mais jeito de saber.

As outras qualidades são: Draco consegue ser charmoso quando quer. Ele é indiferentemente cruel. Ele acende as asas das borboletas no fogo, só para ve-las queimar.Ele sabe muito bem como beliscar outra criança sem deixar marcas. Suas palavras podem fazer sangrar alguém. Ele tem fé em sua própria pureza e sangue azul. No seu primeiro dia na escola, parado na estação King Cross, ele esquadrinhou plataforma, seus olhos apertados, calculando, medindo as outras crianças, assegurando-se de sua própria superioridade. Ele não percebe o garoto que passa por ele, cabelos pretos e desarrumados, levando um baú atrás dele. Mas Lúcio o nota e o nome em seu baú rabiscado de tinta: Harry Potter
XII
Draco tem doze anos.Na estação King Cross ele passa os olhos pela plataforma, olhos estreitos, um brilho que ilumina suas bochechas pálidas. Quando Lúcio o pergunta, o que ele está procurando, o garoto responde tão rapidamente que a resposta soa quase incompreensível. Somente quando Lúcio o pergunta de novo, se ele dar-se conta porque é tão urgente procurar por Potter.
XIII
Draco tem treze anos de idade. Lúcio o considera incivelmente enfadonho. Ele é cruel, mas de um modo muito medíocre. Ele não tem a arte da malícia, nada comparado ao que Tom um um dia foi. Ele é apenas uma criança mal educada,um resmungão, queimador de borboletas e torturador dos pequenos e indefesos.

XIV
Draco tem quatorze anos . Ele está alto agora, e amadurecido, e embora ele não esteja assim tão crescido como deveria estar, uma pessoa já pode ver através dele a imagem do que ele será e isso foi o que Voldemort prometera, apesar de tudo. Suas atitudes em relação à Lúcio têm mudado significamente: uma camaradagem cautelosa emergira da adoração e medo infantis, ou até um tipo de divertimento retorcido.As vezes, Lúcio pode ver nos olhos de Draco uma certa emoção que ele não consegue definir- ele sente que ele deveria saber, mas esse conhecimento está distante dele, perdido em seu passado inacessível.
XV
Draco tem quinze anos. Lúcio deu uma festa de Ano Novo na Mansão.Um acontecimento pequeno, mas elegante. Draco foi solicitado a comparecer. Ele chega tarde a passos largos arrogantemente pasando pelas portas duplas negligentemente segurando uma luva,atras dele um elfo-doméstico numa atitude servil segurando a outra luva com o punho fechado. Ele pára esquadrianhando o salão e Lúcio pode ver como todos os olhos viram na direção dele, surpresos, um pouco impressionados no caso daqueles que apreciam coisas bonitas.

Ele atravessa o salão até seu filho, que está parado ao lado da fonte de champanhe: no centro, uma enorme travessa de prata, onde uma sereia despeja vinho de suas costas nuas. Draco olha para o pai através de sua taça borbullhante de chamapanhe(já pela metade) .O champanhe produz uma sombra mais amarelada do que os olhos dele, um pouco mais clara. "Feliz ano novo, pai", ele diz

"Mantenha as suas notas altas, Draco e será",diz Lúcio, ligeiramente irritado a depeito do bom humor de seu filho.
"Eu deveria ser o primeiro da minha classe este ano."Draco diz," com aquela Umbridge mantendo todos idiotas em seus devidos lugares." Ele ri para, si mesmo, reabastecendo sua taça na fonte. De alguma forma, ele tinha aprendido a beber.
"Eu te disse o que ela fez com o Potter? Ela o levou até sua sala e o fez escrever frases."
"Sim," diz Lúcio, perdendo o interesse - ele tinha visto Elefheria atravessar o aposento, parecendo magnífica em vestes roxas que emitiam fraca luz bruxuleante."Claro que você me disse - e se eu fosse você, Draco,eu seria um pouco mais sútil em relação essa sua obsseção pelo Potter. Isso já esta se tornando um pouco embaraçoso."

E sem olhar para tras, ele deu as costas ao filho. Ele não vê Draco o osbservando pela beira de sua taça, não escuta sua respiração sarcástica, ou pode ver o sorriso prático e forçado que escapa de seus lábios."Eu não direi mentiras," Draco diz, tão baixinho que nem mesmo a sereia consegue ouvi-lo.
XVI
Draco tem dezesseis anos. Ele já não pertence mais a seu pai.Lúcio deu-se conta disso numa fria tarde no hospital Saint Mungos,olhando para o Feitiço Essencial em sua mão, o feitiço que seu filho havia jogado em sua suas mãos um pouco antes. Eu o perdi, pensa Lúcio. Eu realmente o perdi,e ele sente por um instante as surpreendentes implicações, a enormidade de tudo isso . Mate me, então, Draco disse e Lúcio pôde sentir toda a extensão da raiva, em suas palavras. Ele não havia criado seu filho para ser altruísta, ele o havia criado para que entedesse isso: a importância do Sangue Malfoy e para administrar propriedade, não pra abnegação. Ele pensa no garoto que ele viu há pouco e que conversara com ele - um garoto que ele não conhecia. Um garoto, com uma mão marcada,uma voz penetrante e furiosos olhos incandescentes. Quando Draco havia se tornado tão forte?
Lúcio, sente-se pela primeira vez e apenas por um momento fugaz, orgulhoso de seu filho. Parece que o Amor triunfara acima do sangue e da magia, nem que fosse apenas por um instante.


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