Capítulo 4



CAPÍTULO 4:

Caminhava pelo bairro a procura do endereço, que tinha anotado no papel. Trazia na mão esquerda uma caixa de sapos de chocolate, os preferidos dele, e na mão direita um buquê de rosas azuis da Cornualha, as preferidas dela, como ela tinha lhe dito uma vez.

Estava muito nervoso. Depois de um mês de espera, Hermione tinha lhe enviado uma coruja avisando o horário do jantar, e junto havia anotado um endereço. O bairro se localizava no subúrbio de Londres e era pra lá que ele seguia.

Logo na segunda-feira, a primeira depois de seu encontro com Mione, ela havia lhe procurado para dizer que Rony havia concordado em se encontrar com ele para esclarecer as coisas. A amiga disse não saber quando, disse que o ruivo tinha pedido um tempo para se acostumar com a idéia de vê-lo, mas garantiu que o encontro ia acontecer.

A espera pela resposta de Rony e também o convívio com Ginny, faziam com que ficasse ansioso, angustiado e tenso. A ruiva já não o tratava com rispidez e ironia. O cumprimentava cortesmente ao chegarem e ao saírem do trabalho, discutia com ele os casos a que tinham sido designados, com profissionalismo, e isso pra ele significava uma coisa: indiferença. “Quando ela me maltratava, pelo menos eu sabia que ela, de alguma forma, pensava no que tivemos, mas agora...”. Suspirou.

Andou mais alguns metros e finalmente encontrou a casa dos amigos. Subiu o pequeno conjunto de degraus que levava a porta. Tocou a campainha. Após alguns segundos de espera, escutou a voz da amiga atrás da porta: “Prometa que vai se comportar!”. Harry riu do jeito mandão da amiga. Ela não mudava nunca. Em seguida, ouviu uma voz masculina dizendo: “Mione, não me trate como uma criança teimosa”. Harry riu mais uma vez. Ouviu o som da porta se abrindo. Hermione estava sorridente. Rony carrancudo, o encarando com um olhar mortal.

-Harry! – a amiga o abraçou e o beijou no rosto - Vamos, entre! – disse se afastando para que o amigo tivesse espaço para entrar. Rony também se afastou e cruzou os braços. Harry registrou que agora, além de alto, o ruivo estava mais forte que quando o viu pela última vez.

-São pra você – disse estendendo as flores para a amiga.

-Obrigado, Harry! São as minhas preferidas.

-É, eu sei! Você me disse uma vez, então resolvi lhe fazer um agrado já que você vai me alimentar – disse com um sorriso.

O ruivo mantinha os braços cruzados e o olhava com as sobrancelhas levemente franzidas. Harry se voltou para ele, lhe estendeu a mão e disse:

-Como vai Rony?

Hermione olhava apreensiva de um para outro. Harry mantinha a mão estendida. Rony olhou para a mão do moreno, voltou a encará-lo e sem lhe estender a mão disse:

-Muito bem, obrigado! – o tom era seco – Vamos nos sentar para jantar – deu as costas a Harry e se dirigiu a sala de jantar.

Harry ainda ficou com a mão estendida durante alguns segundos, deu um suspiro cansado e a abaixou.

-Tinha trazido isso pra ele, mas acho que ele não vai aceitar – disse enquanto mostrava a caixa de doces para a amiga.

-Não se preocupe. Vai ser um pouco difícil, mas ainda hoje as coisas vão se resolver. Eu sinto isso. – lhe lançou um sorriso encorajador.

-Espero que esteja certa – disse triste.

-Harry, querido. Eu SEMPRE estou certa. – disse com um ar convencido, colocando a caixa de chocolates encima de uma mesa e guiou o amigo pelo caminho.

Quando chagaram ao ambiente, Ron já havia se sentado na cadeira que ficava numa das pontas da mesa. O lugar ao seu lado esquerdo estava posto, assim como o a esquerda deste. Antes de se sentarem, Hermione lhe sussurrou no ouvido:

-Vamos nos sentar de maneira estratégica. Eu ia lhe colocar na outra ponta, mas aí ficaria difícil conversarmos.

Se sentou a esquerda do marido e Harry se sentou no lugar vago. Um elfo doméstico entrou na sala, trazendo o jantar.

-Obrigada, Sony! – agradeceu, Mione.

-É com prazer que Sony lhe serve, gentil Senhora – disse a criatura enquanto lhe fazia uma vênia, para em seguida se retirar do ambiente.

Harry olhou para Mione por alguns segundos, depois simulou medir a própria temperatura.

-O que foi, Harry? Você está bem? – perguntou, preocupada.

-Mione, um elfo acabou de entrar aqui?

-Sim!

-Ufa! – disse colocando a mão sobre o peito – Graças a Merlin! Pensei estar tendo alucinações.

Então, colocou a mão sobre a testa da amiga. A morena o olhou confusa. Um vestígio de sorriso surgiu no rosto de Ron, mas rapidamente desapareceu.

-Sem sinal de febre. Não entendo! – disse Harry fingindo confusão – Mione, você esta se sentindo bem?

-Estou! – respondeu mais confusa ainda.

-Mas há um elfo trabalhando aqui!

-Sim, e o que tem?

-Oras, você fundou o F.A.L.E e agora esta fazendo uso de trabalho escravo?! – disse em tom de provocação.

-Ei! Sony não é nosso escravo! Ele recebe salário e tudo a que tem direito. – disse a morena em tom ofendido – O que você pensa que eu sou? Uma hipócrita?

-Mione, não se estresse, foi só uma brincadeira! – Harry falou tentando acalmar a amiga – Me desculpe.

-Humf... Tudo bem! – respondeu mais calma.

Ron que parecia estar se divertindo com a situação, prevendo que, provavelmente, a mulher teria uma mudança brusca de humor, de repente, ao ouvir a mulher desculpar o outro tão rápido, não resistiu e disparou:

-Ei! Peraí. Por que você o desculpou tão rápido? Comigo nunca é assim. Eu sempre tenho que pedir mil desculpas, te elogiar e fazer algo que a agrade, o resultado da última crise, foi isso aqui! – disse abrindo os braços abarcando a mesa - Ter que me sentar na mesa com esse idiota! – disse apontando Harry, mas encarando a esposa.

Harry se mexeu na cadeira.

-Ronald! Não comece – disse Mione pausadamente – Você prometeu se comportar!

-Hermione, não se preocupe, está tudo bem. – se pronunciou o moreno.

-Não se meta! Não preciso de sua ajuda. – disse Rony, rispidamente.

-Não estou lhe ajudando. Só não quero que Hermione passe mal, ela está grávida. – respondeu Harry, sem encarar o ruivo.

-Sério?! – disse Ron, fingindo surpresa – Eu nem tinha percebido!

-Ronald Weasley, pare com isso, já! – se intrometeu a morena, chispando.

-Por que devo parar? Para não deixar seu amiguinho embaraçado?

-Hermione, acho melhor eu ir embora, isso não está dando certo. Você vai acabar passando mal e eu não quero isso. – disse já se levantando.

-Ah! Lá vai ele de novo! Vai embora para que todos se sintam melhor? Como você é bonzinho. Um verdadeiro herói – disse o ruivo, ironicamente.

Harry o encarou e disse entre dentes:

-Vou embora para o SEU bem! Por que se esse seu circo fizer mal a Hermione, eu juro que te arrebento do jeito trouxa mesmo!

-É mesmo?! Experimente! – disse Ron saindo de seu lugar, indo em direção a Harry.

-Meu Merlin! Rony, por favor, pare com isso! – Hermione, já chorando, tinha se colocado entre os dois.

-Não era você quem queria que conversássemos? Que esclarecêssemos tudo? É o que estamos fazendo!

-Não fale com ela assim, seu imbecil! O seu problema é comigo.

-Ainda bem que sabe que meu problema é com você, ou melhor, é você.

-Se pretendia armar esse circo todo, por que diabos me chamou aqui?

-Por Hermione! Ela queria e eu fiz para agradá-la. Não pense, nem por um segundo, que foi para rever você!

-E o pior é que pensei. Realmente pensei, que em consideração a tudo que nos três passamos durante os nove anos em que vivemos como uma família, você se disporia a me ouvir.

-Nove anos, não! Sete anos! Desde a Guerra não nos trata como sua família. Os dois anos antes de você ir embora foram como se você não estivesse lá. Estava sempre pensativo, calado, não nos deixava mais fazer parte da sua vida.

-Eu tive meus motivos! – respondeu, seco.

-É mesmo?! Então, por que não nos conta?! – despejou em tom irônico o ruivo. Harry desviou o olhar e abaixou a cabeça.

Hermione chorava desesperada.

-Rony, pare, pare! – colocou as mãos sobre o peito do marido, e tentou afastá-lo de Harry.

-Me solte! Pare de defendê-lo! – retirou os braços da esposa de seu corpo delicadamente.

-Rony, já chega!

-Não, Mione! Ele tem que se explicar. Você sabe disso!

-Ron... – não terminou de falar, pois escutou a voz de Harry as suas costas.

-Eu vou falar – os outros dois se voltaram para encará-lo – Afinal, acho que devo isso a vocês.

-Então vamos nos sentar! – disse Mione enquanto segurando a mão do marido e a do amigo os arrastou até a sala de estar.

Sentaram-se nos confortáveis sofás que compunham a sala. Por algum tempo, Harry manteve a cabeça abaixada e os olhos fechados, parecendo estar se lembrando de alguma coisa. Ainda sem encarar Ron e Hermione iniciou seu relato:

-Quando a Guerra acabou, pensei que minha vida ia mudar pra melhor. Eu tinha vocês dois, Ginny e os Weasleys, e Voldemort finalmente estava acabado. Pensei que finalmente ficaria em paz, que eu finalmente seria feliz, não que eu não já tivesse sido, mas acreditei na felicidade plena, numa vida perfeita. Porém depois que a euforia pela vitória diminuiu, as notícias maldosas começaram a aparecer no Jornal: “Como confiar em alguém com tamanho poder? Será que estamos mesmo a salvo?”. Assim, como haviam pessoas que agradeciam ao que nós fizemos, tinham aquelas que achavam que o mundo estaria melhor sem os nascidos trouxas e os mestiços, ou seja, que era melhor Voldemort ter sobrevivido.

“Assim como haviam pais que agradeciam pelo fim da Guerra, por que puderam ver seus filhos voltando pra casa, haviam aqueles que choravam a morte dos seus, me culpando por ter influenciado seus filhos a irem para o campo de batalha. Me lembro até hoje de um dia estar passeando com Ginny pelo Beco Diagonal e alguém chamar meu nome, quando me virei, recebi um tapa no rosto de uma senhora, que disse que por minha culpa seu filho não estava ao lado dela”

-Harry, ela devia estar desesperada, tinha acabado de perder um filho. Com certeza ela não pensava, realmente, que você fosse o culpado! – disse Hermione, tentando confortar o amigo.

-Eu sei, agora eu sei disso, mas não me senti assim naquela época... – a amiga fez menção de falar novamente, mas Harry a impediu -... me deixe terminar primeiro Mione, eu quero contar tudo a vocês – A morena anuiu e ele continuou.

-Tudo isso me afetou, eu me sentia confuso, pois ao mesmo tempo em que sentia culpa por estar vivo enquanto outros haviam morrido, também me sentia ofendido e pensava: “Como podem me culpar? Eu salvei a vida de todo o mundo bruxo, e eles ainda me culpam?”. Depois de um tempo a confusão acabou. Só conseguia pensar que todos me deviam a vida, que deviam me agradecer, que todos eram inferiores a mim, que eu, sozinho, tinha destruído o maior bruxo das trevas que já existiu, e por isso todos me deviam.

“Um dia, sonhei com Voldemort e com meus pais. Nesse sonho, Voldemort dizia que estava orgulhoso de mim, que eu tinha me tornado igual a ele, que era assim que bruxos poderosos como nós, deviam pensar; Minha mãe chorava arrependida por ter dado a vida por mim, e meu pai dizia que eu não era filho dele, que um filho dele nunca pensaria como Voldemort”.

Harry levantou a cabeça e encarou Ron e Mione. Ele o olhava assustado e ela penalizada. Suspirou e se recostou no sofá, para depois voltar a falar:

-Um sonho! Um único sonho foi o suficiente para me atormentar durante os dois anos seguintes à Guerra. Eu parei de ter pensamentos egoístas, me obrigava a não tê-los. Sempre que me lembrava daquele sonho, eu me sentia mal, me sentia indigno de ficar perto de vocês, me sentia indigno de Ginny.
“Apesar disso, eu não conseguia viver sem a amizade de vocês e sem o amor dela, por isso ficava por perto, mas sempre pensativo e calado, por que ficava tentando não lembrar do sonho, estava sempre travando uma batalha mental, e isso estava acabando comigo e o pior, estava acabando com vocês. Eu via como vocês e, principalmente Ginny, sofriam com a minha distância e foi por isso que decidir ir embora”.

O silêncio tomou conta da sala. Hermione e o marido mostravam olhares perdidos, enquanto absorviam, cada um ao seu modo, as informações que tinham acabado de receber. Harry esperava que um dos dois se pronunciasse, e quem o fez primeiro foi a amiga:

-Harry, naquele dia em que conversamos pela primeira vez, você disse que tinha ido por causa de Sirius, que foi para lá descobrir mais sobre o véu.

-Também foi por isso, mas foi principalmente pelo que estava causando a vocês.

-Então por que não me disse isso aquele dia?

-Eu ainda tinha medo.

-E por que parou de ter medo?

-Bom, não é que eu parei de ter medo. O que me fez falar, na verdade, foi que eu fiquei com mais medo de outra coisa.

-Do quê? – perguntou confusa

-De talvez não ter outra oportunidade de dizer... – disse em tom solene, para depois completar com um sorriso nos lábios – pensei que o ruivo aí... – disse apontando Rony com o polegar – ia me matar.

Hermione ia começar a rir, mas disfarçou o riso com uma tosse, ao perceber que o marido encarava o amigo com um olhar furioso. Harry percebendo o olhar que o outro lhe lançava, desmanchou o sorriso rapidamente e engoliu em seco. Ron se levantou do sofá em que estava sentado e se dirigiu até o moreno, mantinha o olhar fixo em Harry enquanto fazia o caminho. Ao chegar ao sofá em que o outro se sentava, disse:

-Levante-se!

Harry suspirou cansado, bateu as mãos nas pernas antes de se levantar e quando estava em pé, se dirigiu ao outro:

-Por favor, Ron. Não precisamos disso, não vamos nos atracar na frente da Mione. Ela esta grávida, pode passar mal. Se é o quer, eu vou embora. – ao terminar, se virou para ir embora. Sentiu seu ombro ser segurado e foi forçado a se virar.

A carranca de Rony se desfez, dando lugar a um sorriso zombeteiro:

-“Se é o que quer, eu vou embora” – emitiu numa voz ridiculamente aguda – Pelo amor de Merlin! Você anda muito dado a retiradas dramáticas, estou começando a desconfiar de você – finalizou lançando um olhar de soslaio, desconfiado.

Harry procurou o olhar de Hermione, a garota ria exultante e ao mesmo tempo chorava. Ele voltou a olhar o amigo, que ainda sorria, e o abraçou lhe dando tapinhas nas costas.

-Iiiiii, agora a desconfiança se transformou em certeza, o Potter mudou de lado! – disse, divertido, enquanto também abraçava o amigo.

Hermione se aproximou dos dois.

-Eu não disse que tudo se resolveria hoje? Eu não disse?!

-Você não parecia ter tanta certeza há poucos minutos – disse Harry, trazendo a amiga para o abraço.

-É mesmo... – riu Rony, e com a mesma voz aguda de antes, imitou a mulher – “Rony, pare, pare, já chega”. – e riu mais ainda, agora acompanhado pelo amigo.

-Aiiiii – gritaram os dois ao mesmo tempo – O que foi Mione? – completaram também ao mesmo tempo.

-Homens! Francamente, vocês tem que acabar com momentos especiais com esse tipo de comentário.

-Que momento especial? Você dizer que tem razão em alguma coisa, é o momento mais comum do mundo.

-Humf... Você não me respeita mais Ronald Weasley – ao ouvir que o amigo continuava rindo, emendou – E você também, Harry Potter, rindo de mim na minha própria casa.

-Desculpe Mione! – disse esperando a costumeiro perdão imediato.

-Não desculpo não! Agora vamos comer, toda essa situação me deu muita fome.

-Como se você precisasse de alguma coisa pra sentir fome – falou Rony em voz baixa, olhando para um quadro na parede.

-Eu ouvi isso Ronald Billius Weasley! Seu grande legume insensível! – e se retirou, pisando duro em direção a outra sala.

-Mione me desculpe! Foi só uma brincadeira... – o ruivo disse e saiu no rastro da mulher.

Harry que assistia a cena sorriu e disse:

-O trio maravilha está junto novamente.

E saiu da sala para se juntar aos amigos.

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Aparataram em um beco próximo ao Ministério. Não podia deixar de admitir que tê-lo como parceiro tinha ajudado, e muito, na solução de alguns casos que estavam empacados há meses. Não que ela fosse uma auror ruim, na verdade era considerada a melhor da seção, a Guerra tinha lhe ensinado bastante e ela sabia fazer uso disso no seu trabalho.

A questão é que na maior parte do tempo trabalhava sozinha, tivera alguns parceiros antes, mas todos eram tão incompetentes que ela acabou desistindo de trabalhar em dupla. Mas com Harry era diferente, ele e ela trabalhavam muito bem juntos. O parceiro além de também ter estado na Guerra, aprendera muito nos sete anos em que esteve fora, o que os ajudava bastante, pois suas investigações incluíam técnicas e estratégias novas, o que pegava os bandidos, que já haviam se “adaptado” ao estilo batido dos outros aurores, desprevenidos.

Na semana em que começaram a trabalhar juntos, ela tinha se desestruturado um pouco, mal conseguia pensar nos casos. Passava o dia o olhando de soslaio, apreciando o novo e comparando-o com o antigo Harry. Ele tinha adquirido uma postura imponente, estava mais encorpado, mais bonito e mais charmoso.

Depois da primeira semana atribulada, tinha decidido por um fim as suas perturbações. Convenceu-se de que teriam que trabalhar juntos por no mínimo, muito tempo, e que ela não poderia fazer nada pra mudar isso. Sendo assim, teria que aprender a conviver com a presença constante de Harry.

Havia concluído que o trataria como a qualquer colega de trabalho com quem não tinha intimidade, com profissionalismo. Falariam só de trabalho e nada mais. Sem incursões ao passado que tiveram juntos, sem conversas sobre a vida pessoal de ambos. Havia um único problema, mas nesse, ela pensaria depois com mais calma. Assim, havia deixado de lado as picuinhas que tinha dispensado ao moreno na primeira semana, e as substituíra por um tratamento formal.

Entraram na cabine telefônica aparentemente quebrada e depois de uma rápida viagem, chegaram ao átrio do Ministério. Se encaminharam para um dos elevadores e aguardaram. Assim que um chegou, eles entraram e Harry apertou o botão que indicava o andar da seção de Aurores. Ele assobiava e sorria, estava feliz, e ela sabia por que é assim que ele ficava quando... sacudiu a cabeça, “esqueça o passado ruiva”. Ela também sabia o motivo da felicidade, havia recebido uma coruja de Ron aquela manhã. A carta dizia:

“Querida irmã,(sei que deve estar pensando que eu quero alguma coisa ao te tratar assim, e você está certa!)

Como vai? Sei que andou reclamando com Mione, nossa ausência da Toca nos últimos tempos, mas acontece que eu sou um jogador de Quadribol famoso, não sei se sabe?(sei que deve estar pensando na minha falta de modéstia),e os treinos tem me tomado tempo, mas daqui a uma semana estarei de férias e poderei visita-los com maior freqüência. Bom, agora ao assunto que me fez enviar-lhe a carta: Harry esta de volta (eu sei que sabe, Mione me contou. Sim, ela me conta tudo... eu acho). Ontem ele veio aqui em casa, nós conversamos e por fim, eu o perdoei. Eu sei que disse que nunca faria, mas eu entendi os motivos dele. Espero que não fique chateada conosco por isso (isso é o que quero). Saiba que lembro da promessa que fiz, e vou cumpri-la, assim como a Mione, e não vou tentar mudar o que pensa, essa parte eu deixo para minha inteligente esposa. Voltei às boas com Harry, mas ainda sou seu irmão, o que significa que estarei sempre ao seu lado, qualquer que seja sua decisão.

Beijos do seu irmão,

Ron Weasley. ”


Conclusão: o trio maravilha estava de volta. Não havia, sinceramente, ficado ressentida com o irmão e a cunhada... talvez só um pouco. Não, não era ressentimento, na verdade era um leve ciúme, por que o melhor amigo, dos seus dois melhores amigos, tinha voltado e como ela não era amiga dele, por que era SOMENTE colega de trabalho deste, perderia a atenção daqueles.

Como estava perdida em pensamentos, não se deu conta que já estava em frente a sala deles, Harry teve que chama-la:

-Ginny?!

-Oi... O quê?!

-Não vai entrar? – Harry a encarava enquanto mantinha a porta aberta.

-Vou... Vou sim – disse enquanto entrava. Olhou em direção a sua mesa. Estacou.

Harry bateu em suas costas, pois não viu que ela tinha parado, estava limpando os óculos na capa.

-Matt?! – Harry escutou a ruiva balbuciar.

-O quê? Matt? Quem é Matt? – se moveu para a frente de Ginny, para encara-la. Colocou os óculos. Viu que a moça olhava em direção a mesa dela, com uma expressão surpresa, ou melhor, estupefata.

-MAMÃÃÃÃEEEEEE!!!! – o moreno ouviu uma voz de criança às suas costas gritar.

Pouco antes do filho se jogar em seus braços a ruiva pensou:

“Acho que não vou poder resolver o problema depois e muito menos com calma”.


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N/A: Hello people! E aí? Gostaram do capítulo? Quem é Matt? A pergunta que não quer calar e que ninguém *autora faz uso de tom irônico* saberá responder. A questão é, Quais serão as consequências da aparição do novo personagem? Cenas dos próximos capítulos, muahahahaahaha...

Larissa Manhães: Bem, seu último comentário não me acalmou, continuo com medo de você o “esfrega as mãos” foi ligeiramente macabro, hehehe... Obrigada por elogiar a fic mais uma vez e... Vou antecipar algo para você, não tem nada de podre na vida da Ginny... não por enquanto, mas sabe lá onde a minha mentizinha pode me levar nos próximos capítulos. Continue acompanhando.

Expert2001: Que bom que gostou, obrigada pelo elogio e não deixe de ler a fic.

Tucca Potter: Agora deu para descobrir o que Harry deixou para Ginny? Será que era isso que você estava pensando? Espero que goste desse capítulo tanto, ou mais, quanto do outro.

Paulinha Potter: Que bom que gostou do capítulo. A idéia que você teve foi comprovada ou não? Continue lendo. Bjos

Leo Potter: Pronto! Agora a Ginny não tem mais nada a esconder... ou tem? Continue acompanhando. Bjos.

Dora: Aêêêêêê, ganhei uma leitora!!!! Muito bom, bem vinda a minha humilde estorinha, continue acompanhando. Respondendo a sua pergunta: Eu estudo (veterinária). Bjos, espero que tenha gostado desse capítulo.

Ana Carolina Guimarães: Coitada da Ginny, vocês pensam que a moça é um poço de mistérios, todo mundo acha que ela esconde mil segredos... Perece que ao menos um, ela não esconde mais. Bjos e bem vinda a fic.

Mari Black: Se você é apaixonada pelo casal mais perfeito de todos os tempos, você achou o seu lugar, nessa fic, H/G na veia!!!! Tá bom, eu admito que PODE ser que haja alguma interferência, mas veja bem, PODE ser que aconteça, não sei se o meu fanatismo pelos dois vai permitir que eu arrume “outros” para eles, vamos ver... Continue acompanhando. Bjos.

Pessoas continuem comentando, dêem suas sugestões, façam suas críticas, sintam-se a vontade...

Estou avisando a todos por e-mail quando das atualizações, se alguém não estiver recebendo o aviso ou não quiser receber, me comunique.

Por enquanto é isso, até o próximo. Bjos.


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