capítulo 15



CAPÍTULO 15:

Tudo bem, ela queria esquecer Harry, tinha se proposto a namorar Dino, mas só que não pretendia ser tão rápida. Sentiu Dino, apertar mais o abraço. Tinha que ir embora dali, mas se levantar significava acordar quem a abraçava e definitivamente, não se sentia pronta para encarar ninguém, estava com vergonha demais para isso.

Já até conseguia imaginar o sermão que Hermione ia lhe passar e o pior é que ela estaria certa em repreendê-la. Em tão pouco tempo de namoro e já passar a noite com Dino. Ficar bêbada a ponto de não ter consciência dos seus atos era vergonhoso demais, ela sabia que era fraca para bebida, não podia ter se descontrolado.

Resolveu abrir os olhos, a vergonha com certeza iria anestesiar a dor. O ambiente em que se encontrava era familiar, ela já havia visto aquele papel de parede antes “Será que foi ontem à noite?!”, uma vozinha sarcástica ecoou em sua mente. Desviou os olhos levemente para cima. Mas, o quê? ... O que uma foto de Mathew estaria fazendo na mesinha de cabeceira da cama de Dino?

Olhou para baixo, aquele braço de pele clara com certeza não era de Dino. “Como eu vim parar aqui?”.

Flashback:

Sentiu um leve desconforto na barriga.

-Ginny!? – ela tentou caminhar, novamente trocou os pés, mas dessa vez foi de encontro ao chão, começou a rir, alguém lhe estendeu a mão para ajudá-la a levantar.

-Obrigada, Dino!

A mão que antes a erguia se desprendeu da sua e com isso ela voltou ao chão.

-Não sou seu namoradinho, Ginevra! – a voz de Dino parecia mais grave.

Apoiando as duas mãos no chão, deu um impulso e conseguiu se levantar, encarou a pessoa a sua frente.

-Harry? – vê-lo pareceu despertar um pouco sua mente embotada – o que está fazendo aqui? Por acaso anda me seguindo.

-Não sei se percebeu, Ginevra, mas eu estou em minha casa, a intrusa aqui é você.

Olhou em volta e constatou que ele estava certo.

-Agora é minha vez de perguntar, o que faz aqui? Não devia estar com o idiota do Thomas?

-Não fale dele assim!

-Estou em minha casa, portanto falo do jeito que bem entender daquele imbecil – ela ia retrucar mas ele continuou – Me responda, o que faz aqui?

A raiva que só aumentava a cada frase que ele dizia naquele tom petulante, estava a deixando mais alerta, a ponto de fazê-la lembrar da discussão no escritório.

-Eu vim lhe dizer para não se meter na minha vida, vim dizer que ser o pai de Matt não lhe confere direitos sobre mim.

-Isso você já disse hoje mais cedo.

-Mas vim ratificar, para que fique bem claro.

-Por mim, você e ele podem se explodir – ela abriu a boca em protesto a grosseria dele – Só não quero que meu filho tenha contato com aquele idiota, que ele só tenha CONTATO com você.

-Pode deixar que nos vamos fazer bastante CONTATO – rebateu ironicamente e se dirigiu para a saída. Onde ficava a saída?

Sentiu seu braço ser puxado bruscamente.

-Você não tem um pingo de vergonha do que esta fazendo? – ele perguntou com o rosto muito próximo ao dela, o que permitiu que ela sentisse o cheiro de whisky de fogo que exalava da boca dele.

-O que estou fazendo de tão vergonhoso?

-Você ainda pergunta? Ficar saindo com o Thomas e abandonar seu filho em casa.

-Matt está muito bem com mamãe e papai, eu não o abandonei.

-Mas você é a mãe dele, não devia deixá-lo para ir se esfregar com um homem, esta se comportando como uma qualquer.

PAFT!

Harry a olhava assustado enquanto tinha a mão sobre o lado que havia recebido um tapa.

-Me respeite! Eu não lhe dou o direito de falar assim comigo.

-Seu comportamento me dá o direito de falar assim.

-Como você se atreve a discutir a minha responsabilidade sobre Matt, nesses sete anos que você esteve fora, fui eu quem o educou, eu cuidei dele dia e noite, enquanto VOCÊ estava por aí, Merlin sabe com quem!

-Eu estava estudando – respondeu indignado – Eu não estive com ninguém durante todo esse tempo.

-Eu não acredito em você! Mal voltou para a Inglaterra e, usando os seus termos, já está se esfregando com a Chang.

-Eu não tenho nada com a Cho!

-Não foi o que pareceu aquele dia no restaurante. Ficou todo derretido quando ela disse que você era bonito – não conseguiu conter o ciúme na voz.

-Ora, só agradeci pelo elogio que ela fez a mim e a Matt.

-Ah! Quer saber?Não me interessa o que você faz da sua vida! Não se meta na minha, que tudo vai ficar bem entre nós.

Mais uma vez a ruiva olhou ao redor em busca da saída, quando voltou o olhar na direção de Harry, se surpreendeu com o que viu. A postura dele tinha mudado. Deixou de lado o ar beligerante e voltou a olhá-la com aquela expressão de arrependimento e súplica.

-Não, não vai. Tudo só vai ficar bem entre nós quando você me perdoar e voltar para mim – ela se afastou a medida que Harry ia se aproximando dela.

-Harry...

-Por favor, Ginny, me dê uma chance! – ela sentiu suas costas se chocarem contra uma parede.

-Não, Harry... – não havia nenhuma convicção na sua voz.

Ele colocou os braços um de cada lado da cabeça dela. Teimosamente seus olhos se fixaram na boca de Harry, que agora tinha os lábios a milímetros dos seus.

-Por favor, eu te amo tanto... – ele beijou a lateral do seu rosto – Tanto... – sentiu os lábios dele tocarem seu pescoço – Tanto... – beijou seus lábios e os manteve encostados como se esperasse uma atitude por parte dela.

E não demorou a vir. Ela não resistiu ao contato prolongado e passou a movimentar os lábios no que foi acompanhada por ele. Ginny se entregou ao momento, enlaçou o pescoço de Harry e passou a acariciar os cabelos revoltos do moreno. A ruiva reclamou quando Harry afastou os lábios dos seus, mas se sentiu satisfeita quando ele lhe beijou o pescoço, enquanto pressionava sua cintura com as mãos.

Os beijos se tornaram mais ardentes e desesperados, Ginny entranhou as mãos sob a camisa do moreno que no momento passava a mão por todo o seu corpo, lhe causando arrepios e a fazendo soltar gemidos. Num último resquício de consciência de sua mente embotada, agora não mais pela bebida, ela tentou se afastar.

-Não podemos, Harry... – disse enquanto lhe empurrava fracamente pelo peito.

-Por que não? – ele tinha voltado a aproximar o corpo do dela e voltou a lhe beijar o pescoço – Você não quer?

-Eu... não posso – a voz saiu entrecortada, devido as sensações causadas pelas carícias do moreno.

-Não foi isso que perguntei – ele manteve uma das mãos apertando sua cintura, enquanto posicionou a outra na curva de seu pescoço, ergueu sua cabeça levemente fazendo com que ela o encarasse – Você quer?

Ginny fixou seus olhos na imensidão verde dos dele e se perdeu, por momentos teve esperança de que algo ou alguém os interrompesse, como das outras duas vezes, por que ela sabia que não teria forças para isso. Ele a encarava, a espera de uma resposta, que veio na forma de um beijo avassalador e um abraço apertado.

A partir daquele sim, ela não resistiu mais a ele.

Fim do Flashback


Infelizmente ela não sofria de amnésia alcoólica, depois da confusão inicial, que era tão comum mesmo quando ia dormir sóbria, ela conseguiu lembrar, muito bem, diga-se de passagem, da noite que havia passado ao lado do homem que a abraçava. A vergonha deu lugar a indignação, como ela pôde? Mais uma vez se sentiu fraca.

Sentiu um movimento às suas costas, Harry tirou o braço de sua cintura e ela viu nisso uma boa oportunidade para sumir dali. Foi retirando as pernas da cama, ergueu o tronco vagarosamente e se sentou numa beirada, viu suas roupas espalhadas pelo chão. Quando estava prestes a se levantar, sentiu sua cintura sendo enlaçada.

Num movimento rápido, foi obrigada a deitar novamente e Harry deitou seu tronco sobre o dela.

-Bom dia, princesa! – ela estava confusa demais para recusar o beijo dele – Espere aqui, vou preparar o nosso café.

Harry lhe deu mais um beijo, saiu da cama e ela percebeu que ele estava...

-Oh meu Merlin! Vista-se! – cobriu os olhos com uma das mãos.

-Ora, meu amor, deu pra ficar com vergonha agora?! – ele tentou destampar-lhe os olhos – Ontem você não pareceu tão tímida – o tom malicioso a fez corar.

Numa atitude de puro desespero, tentou.

-Ontem? – tentou imprimir ao rosto uma expressão inocente – O que você quer dizer com isso? – arregalou os olhos, com certeza sua interpretação estava ridícula – Onde estou?

Harry riu gostosamente.

-Princesa, tenho que dizer que você está perdendo seu talento para interpretação – ele voltou para a cama – Ande, deixe de tolices, tive uma idéia, vamos tomar um banho, depois arrumamos alguma coisa para comer.

O moreno insinuou que ia beijá-la novamente, mas dessa vez ela ia reagir.

-Não me toque – levantou da cama de repente, ao invés de se assustar com o rompante dela, Harry tinha um sorrisinho malicioso nos lábios.

-Fica quase impossível com uma visão dessas – e a olhou de cima a baixo.

Ela também se olhou, rapidamente puxou um lençol da cama e se cobriu com ele. Harry saiu da cama para vir ao seu encontro. Ele a abraçou de modo que os braços dela, que ela comprimia contra o peito segurando o lençol, ficassem presos, ela tentou escapar, mas ele era mais forte.

-Deixe de brincadeiras! – Harry passou a depositar beijos em seu pescoço, ao mesmo que tentava arrancar o lençol de suas mãos.

PAFT!

-Já disse para não tocar em mim.

-Mas que história é essa?! E ontem a noite? – Harry disse enquanto massageava o lado atingido pela mão da ruiva.

-Não sei do que você está falando! – sabia que sua atitude estava sendo ridícula.

Harry que até então se mostrava confuso, mostrou indignação.

-Eu não acredito que você vai fazer isso!

-Fazer o que? – ela passou a juntar as roupas que estavam espalhadas pelo chão.

-Ora, Ginevra, é claro que você lembra do que fizemos.

-Não lembro de nada! – onde estava o maldito sapato?!

-Então eu vou lembrar a você! Bem, primeiro eu te trouxe pra cá, depois você...

-Não seja indelicado! – sentiu seu rosto enrubescer com o comentário dele, que foi abafado pelo grito dela.

-... Cinco vezes... – ele não se importou e continuou a narrar a noite anterior.

-Já chega – ela o impediu de dizer mais.

-Ah! Então agora você lembrou?! – o tom irônico dele fez com que sentisse vontade de lhe dar outro tapa.

-A... a... a culpa foi sua! – disse enquanto apontava o dedo para ele, tinha resolvido mudar de tática já que a da amnésia tinha falhado miseravelmente – Você... você... – isso definitivamente estava sendo ridículo, mas... – Você me seduziu! Praticamente me obrigou.

Como primeira reação, ele simplesmente arqueou as sobrancelhas, depois riu, se jogou de costas na cama, e riu escandalosamente. Ela, que antes buscava suas roupas para sair logo dali, parou os movimentos e cruzou os braços para ficar observando o espetáculo dele, até que se impacientou.

-Do que você está rindo?

-E você ainda pergunta?! – ele tinha parado de rir, mas sua voz ainda saia risonha – De você, é claro – Harry se levantou e se aproximou dela – Então quer dizer que eu te obriguei – ela anuiu – Fui eu que a forcei a arrancar a minha camisa? Fui eu que a forcei a me abraçar e me beijar?

Ele estava perto demais, ela mal-disse o arrepio que sentiu quando Harry pôs uma das mãos em sua cintura, e ainda pior foi o fato de não se afastar quando percebeu que os lábios dos dois ficavam cada vez mais próximos. O moreno não perdeu tempo e a contemplou com um beijo, automaticamente ela enlaçou o pescoço dele e foi dela a atitude de aprofundar o ato.

Ora, ela não podia ser responsabilizada por aquilo! A culpa era dele, que tinha ficado perto demais a envolvendo com aquele tom rouco na voz que sempre teve o poder de enlouquecê-la, e as mãos, que mesmo depois de tanto tempo, ainda sabiam aonde tocar para fazer o seu corpo se arrepiar. Além do mais tinha a bebida, sua resistência ao álcool era quase zero, e com certeza ainda estava sob os efeitos do pileque da noite anterior, sua mente estava entorpecida demais para resistir e aquele... aquele... Merlin! Como o beijo dele era bom!

Eles estavam se movendo, um resquício de consciência a avisou disto, sentiu seu pé enganchar em alguma coisa, provavelmente numa das suas peças de roupa que tinha voltado ao chão, assim como o lençol que antes a cobria, no momento que jogou os braços no pescoço dele. Sentiu algo batendo na parte de trás das suas pernas, Harry curvou o corpo e delicadamente a fez se deitar no que parecia ser a cama.

Harry deixou de se concentrar na boca de Ginny, agora ele ia fazendo um caminho de beijos por todo o corpo da ruiva, que se ocupava em aproveitar as sensações que os toques dele lhe proporcionavam. Uma vontade urgente de ter os lábios dele junto aos seus novamente a tomou, o puxou pelos ombros e fez a boca dele se encontrar com a sua, sentiu ele sorrir em meio ao beijo afogueado que trocavam. Ele se afastou um pouco, para sussurrar em seu ouvido.

-Fui eu também quem te obrigou a fazer isso? – ele falou zombeteiro e já ia voltando ao que faziam antes, quando foi arremessado ao chão.

-Seu... Seu... Cafajeste! – saiu da cama, tomando agora o cuidado de se enrolar num lençol, passou por um Harry assustado em busca de suas roupas – Nunca mais encoste em mim!

-Hei?! Foi você quem me beijou agora a pouco!

-Mentira! Foi você quem me atacou – disse enquanto vestia desajeitadamente a saia.

-Eu posso ter até dado o primeiro passo, mas você continuou – Harry estava irritado.

-Não continuei nada – xingou baixinho o botão da blusa que não queria entrar na casa.

-Não vi você resistir quando estava te levando para a cama – rebateu ele entre irônico e malicioso.

Como ele estava terrivelmente certo, ela se limitou a um bufo indignado, ele definitivamente não precisava ter feito o último comentário que na opinião dela tinha sido muito grosseiro, além de indiscreto, por que ele simplesmente não parava de lembrá-la de fatos desagradáveis (Ok! Não tão desagradáveis) e a deixava ir embora.

Finalmente achou o par de sapatos e os calçou, se dirigiu a porta, estava pronta para sair quando a voz de Harry se manifestou mais uma vez

-Eu não acredito que você vai embora assim! Depois de tudo que aconteceu ontem, você não vai se dignar a ficar para que a gente ao menos tente resolver essa situação?!

-Não há nada para conversarmos, não aconteceu nada – ouviu ele dizer um “como não?” indignado e resolveu se corrigir – tudo bem, aconteceu... Mas não SIGNIFICOU NADA, ao menos não para mim...

A última frase teve um efeito imediato em Harry, o que se tornou visível pela brusca mudança no seu semblante, ele estava extremamente magoado.

-Não adianta me olhar assim, Harry, o erro de ontem não significa mudanças no que eu penso, foi só um deslize.

-Até quando vai continuar com essa sua teimosia?! Dois beijos, uma noite maravilhosa e você ainda continua mentindo pra você mesma, é óbvio que você ainda sente alguma coisa por mim.

De algum modo toda a confusão e embaraço que ela sentia foram encobertos pela determinação e indiferença que ela sustentou durante os anos que ele esteve fora e nas primeiras semanas depois da volta dele, foi com uma voz firme que voltou a se dirigir Harry.

-Ir para a cama com você ontem não significa que eu ainda o ame, significa no máximo atração física, o que é mais que natural quando se trata, e isso eu não posso negar, de um homem bonito e charmoso como você, mas é só isso atração somada a embriaguez, foi essa combinação que permitiu que a noite de ontem acontecesse.

-Eu SEI que não foi só isso, eu SENTI que não foi só isso – Harry falava com desespero, ela sabia que o que disse tinha o atingido – Eu sinto que você ainda me ama, seu orgulho é que não te de deixa admitir... Pare com isso... Nos dê uma chance... Me perdoe! – o moreno apertou as mãos dela nas dele.

-Não, Harry, entenda, acabou. Não existe mais “nós”, aceite. Foi você quem quis assim quando foi embora.

-Me perdoe, meu amor – ele se ajoelhou na frente dela e a abraçava pela cintura – Me perdoe, eu fui fraco, fui embora por que achei que seria melhor para todos, que seria melhor para você, eu via como você ficava magoada com a minha distância, eu não aguentava mais te machucar, foi por isso que saí da Inglaterra.

Ginny tentava se desvencilhar dele, mas Harry apertou mais o abraço.

-Eu não aguento mais viver sem você, eu preciso que você fique comigo.

-Eu, eu, eu... – ela agora estava transtornada – Você só sabe falar do que você quer, do que você precisa. Acha que é assim, que a minha vida vai ser regida pelas suas vontades – estava tão nervosa, que conseguiu se soltar dele – Quer dizer que eu tenho que te perdoar, por que você foi embora para o meu bem, então eu tenho que dar Graças a Merlin por isso e te aceitar de volta de bom grado.

-Não é nada disso, princesa.

-Não me chame assim! Não ouse! Eu não quero saber o POR QUE de você ter ido embora, você não vai conseguir me comover pelas suas boas intenções, a única coisa que eu sei é que você foi, depois de me usar mais uma noite, depois de se aproveitar do fato de eu ser uma tola apaixonada e passar a noite me fazendo juras de amor eterno ao pé do ouvido, você foi sem se despedir, e eu, idiota que era, ficava me perguntando o que eu tinha feito de errado pra você me deixar. Eu me senti usada, rejeitada e enganada.

-Eu fui covarde Ginny, aquela noite eu tinha me preparado para contar tudo, mas eu não consegui, você estava tão feliz, tão linda, eu não consegui resistir.

-E você acha que isso justifica o fato de você ter me usado durante a noite pra depois me deixar lá sozinha?

-Não fale assim, o jeito que você fala faz tudo parecer tão frio... tão sórdido. Eu não planejei aquilo, só aconteceu. E respondendo a sua pergunta, não, não justifica, o que eu quero é que você entenda que eu não tive a intenção de te usar, eu só... te amava e te queria demais.

-Você só era egoísta demais, isso sim, ou melhor, ainda é. Não pensou um minuto sequer em como eu ia me sentir. Você não foi embora pra eu me sentir melhor, mas pra VOCÊ se sentir melhor.

-Não é verdade...

-É sim! Você não me engana mais, atrás das suas boas intenções sempre existe um interesse próprio – a ruiva sabia que estava sendo injusta, mas a raiva a comandava no momento, depois dessa afirmação ele tinha recuado um passo e balançava a cabeça em negativa – A questão é que você se acostumou a sempre ter pessoas fazendo as suas vontades, Hermione, mamãe e eu por muito tempo, todos sempre preocupados em fazer de tudo para o pobre Harry se sentir bem, afinal ele não tem pais, foi maltratado pelos tios, tem Voldemort o perseguindo, está traumatizado pela Guerra... Sempre havia uma desculpa para justificar as burradas que você fazia.

-Você está sendo injusta, pode ter sido errado, mas eu realmente achava que ir embora era o melhor a fazer.

-Mione me falou de um ditado trouxa que cabe muito bem aqui “De boas intenções o inferno está cheio”

-Pare com isso! Por favor. Eu só estou te pedindo uma chance para mostrar que eu te amo, que eu posso te fazer feliz – ele voltou a se aproximar – Ontem você disse que me amava.

Isso pegou a ruiva de surpresa.

-Eu não me lembro disso – e dessa vez era verdade.

-Bem, você não disse com essas palavras, mas quando eu disse “eu te amo”, você disse “eu também”.

Ginny ficou levemente atordoada com a informação, não era possível que tivesse dito aquilo, ela não o amava, o que tinha acontecido entre eles tinha sido pura atração, resultado da tensão criada entre eles desde aquele primeiro beijo na Toca, da raiva pelas coisas que tinham sido ditas e pelo vinho que ela tinha ingerido, era isso, não era amor, ela não podia continuar amando aquele miserável que a tinha decepcionado tanto. A confusão voltou a tomar conta dela.

-Você se enganou, nem bêbada eu diria isso, por que não é verdade, eu não te amo, não importa o que você pense ou sinta, EU NÃO TE AMO MAIS.

Abriu a porta de supetão e depois de atravessar o corredor, desceu rapidamente as escadas, tinha que sair dali o mais rápido possível, tinha que sair de perto de Harry para voltar a sentir nada por ele.



***

N/A: *autora entra de fininho com medo de novas azarações*, Gente, eu tô pasma! Sério! Sinceramente não achei que fosse causar tanta comoção com o capítulo anterior.
MAS, apesar de tudo eu adorei os comentários, ri feito boba ao lê-los. Bem, vamos a eles então.


Leo Potter: Você está mais calmo? Coitado do Dino! *autora diz isso com falsa expressão de pena*. Então, seguindo a sua lógica, agora que sabemos de quem é o braço, o Harry também se aproveitou da bebedeira da Ginny, ou não? Me responda isso no próximo comentário, viu?! BJOS e obrigada pelo elogio.

Dessa Potter: Primeiro tenho que dizer, adorei o amável epíteto changalinha. Tenho que dizer que concordo com você, ela tinha que servir para alguma coisa. Segundo: mulher, não acalente ódio no seu coração! Que é isso? Matar a Ginny, por um pequeno deslize? (se esse deslize tivesse acontecido é claro, hehehe). Não, não, não... nada disso. Espero que esse capítulo tenho acalmado este coração com ganas assassinas. BJOS e continue acompanhando a fic.

Tonks & Lupin: É, estpu vendo que nosso querido Dino não tem o apoio popular. E quanto ao Harry ser banana... acho que esse capítulo muda um pouco essa idéia, né? E que a coitada da Ginny esteja em seu melhor conceito agora. BJOS e não deixe de acompanhar e comentar a fic.

Be Potter: Curiosidade sanada? Acho que dessa vez não se pode dizer que eu demorei a postar. BJOS e continue acompanhando.

Danielle Weasley Potter: Valeu pelos elogios ao capítulo. Espero que tenha gostado dos acontecimentos ocorridos neste capítulo. BJOS e comente.

Mari Black: Bom, eu acho que nem tudo é culpa do álcool, é claro que ele faz parte da equação, podemos chamá-lo até de incentivador, o que você acha? Mas com certeza a culpa não é só dele... eu acho. Se bem que a declaração sobre o álcool foi minha né? Aaaaahhh, estou ligeiramente confusa. BJOS

Paulinha Potter: Desconfiometro? Humf, definitivamente a nossa “querida” chionesa não veio com esse item de série. Então, quer dizer que você se divertiu com a desgraça alheia, ou melhor, com a bebedeira alheia, hein? Que bom que consegui lhe oferecer uma leitura divertida. BJOS e continue acompanhando.

Luca Lovegood: Calma, calma, calma. Não precisava tanto, deixar de ler a minha humilde estorinha?! Se isso acontecer quem vai chorar sou eu. Espero que após esse capítulo você esteja mais feliz. BJOS e me faça feliz também lendo o restante da fic.

Prika Potter: Obrigada pelo elogio. Matt e eu agradecemos. BJOS

Carol Lee: pequeno parêntese: Eêêêêê... você atualizou a Before the dawn rápido, êêêê... Fim do parêntese. E aí gostou desse capítulo, também? espero que sim. BJOS.

Ana Eulina Carvalho: Bem vinda, nova leitora. Sim, sim, o braço pertencia sim ao moreno de olhos verdes. BJOS e continue acompanhando a fic.

Yeah, people. It so it is. Até o próximo capítulo. Abraço a todos

Ah! E se for possível comentem.

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