A nova Potter



Naquela mesma noite o jovem casal contou para Sirius que a casa ganharia mais um morador dentro de alguns meses, ele ficou muito feliz com a noticia e a senhora Weasley também adorou a novidade e disse que iria começar a fazer roupinhas de tricô para o bebê. O grande medo de Hermione era contar para os seus pais e só teve coragem de falar com eles no dia do seu aniversário e os dois aceitaram muito bem para o alívio dela.


Os nove meses seguintes foram bem atarefados. Harry sempre chegava cansado do curso e auror e só tinha tempo para ficar com a namorada nos finais de semana. Já a morena estava bem empolgada com a F.A.L.E, mas não se descuidou da gravidez e ia sempre ao médico para saber como é que estava tudo.


Não quiseram saber o sexo do bebê, Hermione disse que queria ter a surpresa na hora do parto. O garoto disse que esperava que fosse um menino, mas também não ficaria triste se fosse uma menina.


- Tem certeza de que você vai ficar bem, meu amor? - já era a décima vez que Harry isso nesse mesmo dia.


- Pode ficar tranquilo Harry! - garantiu – Vou ficar muito bem aqui, já te disse isso antes. Não vai ser a primeira vez que vou ficar sozinha em casa.


- Mas é a primeira vez que você fica sozinha em casa grávida de nove meses – lembrou – Sabe muito bem que o nosso bebê pode nascer a qualquer momento.


A morena decidiu parar de trabalhar de deixar tudo com os seus colegas, seu último dia no escritório da F.A.L.E foi na sexta-feira, já que o ato de dar um passo para frente e estava começando a ficar cansativo. O grande problema é que Harry precisava ir para a sua aula no curso de Aurores e Sirius também iria saber, por isso, ela ficaria sozinha em casa.


- O bebê não vai nascer agora! - passou a mão pela barriga, que já estava enorme – Acredite em mim, é intuição de mãe.


- De qualquer maneira, vou pedir para a senhora Weasley ficar aqui com você – avisou – Dessa maneira eu vou para a aula mais tranquilo.


Pegou um pedaço de pergaminho e escreveu um bilhete para a senhora Weasley e pediu para Edwiges entregar. Algum tempo depois a mulher estava tocando a campainha do largo Grimmauld 12.


- Muito obrigado por vir, senhora Weasley! - disse quando ela lhe deu um abraço – A Hermione está aqui.


Os dois foram até a sala, onde a morena estava sentada no sofá não parecendo estar de bom humor.


- Só terei uma aula hoje ! - Harry avisou – Por isso, não vou demorar muito Fica Mione! - deu um selinho na namorada.


Viram quando o garoto caminhou até a porta, novamente, e saiu de casa deixando as duas sozinhas.


- Espero que não se importe, Hermione! - começou a tirar as coisas de dentro da bolsa – Estava terminando de fazer um casaquinho, então vou continuar aqui.


- Tudo bem! - concordou com a cabeça – Ainda não acredito que o Harry fez a senhora sair da sua casa para ficar aqui comigo. Eu estou bem.


- É o primeiro filho de vocês e o Harry está preocupado, é natural – disse com um pequeno sorriso – O que está achando do casaquinho? Daqui a pouco vai começar a esfriar o bebê vai precisar ficar agasalhado.


- É lindo! - respondeu – Mas a senhora não precisa ter tido todo esse trabalho. Não tem idéia de quanta coisa o Harry comprou para o bebê e os meus pais também me ajudaram.


- Não é trabalho nenhum, Hermione querida – garantiu – Você e Harry estavam sempre lá em casa e vi o namoro de vocês acontecer bem diante dos meus olhos. Esse bebê é praticamente meu neto.


- É muito importante saber que eu e o Harry não estamos sozinhos – sorriu – Tem muitas pessoas ao nosso lado nos apoiando.


- Todas as roupas que eu fiz, utilizei lá branca! - explicou – Assim, quando nascer e soubermos se é menino ou menina, é só mudar a cor.


- Confesso que mal posso esperar para chegar essa hora! - deu um suspiro pesado – Estou doida para ver o rostinho do meu bebê e saber com quem ele se parece.


- Mas agora me conte uma coisa Hermione! - a senhora Weasley disse – Como estão as coisas na F.A.L.E?


- Maravilhosas! - respondeu, gostava muito de falar a respeito do seu novo trabalho -Nunca imaginei que tantas pessoas fossem apoiar a causa a respeito da liberdade dos Elfos.


- Isso é mesmo muito bom! - a mulher concordou – Tenho certeza de que logo você vai conseguir que o ministério declare a liberdade do Elfos.


- Assim eu espero! - completou – Tudo que eu sei é que vou sentir muita falta de lá esses meses em que estiver de licença maternidade.


- Passa muito rápido, acredite em mim – disse – Além disso, você vai ter tanto trabalho cuidando do bebê que não vai ter tempo para sentir saudades da sua vida antes dele nascer.


- Foi a mesma coisa que a minha mãe falou – lembrou.


As duas passaram uma tarde muito agradável e conversaram sobre várias coisas e a senhora Weasley terminou de fazer o casaquinho de crochê. Estavam distraídas quando ouviram barulho de chave na porta da frente.


- Cheguei! - Harry disse quando se aproximou das duas – Ela se comportou direito enquanto eu estive fora, senhora Weasley?


- Sim! - a mulher não pode deixar de rir ao ouvir essa pergunta – Nos divertimos muito, não foi mesmo Hermione?


- Claro! - concordou com a cabeça – Estamos muito bem aqui.


- Que bom! - se ajoelhou na frente da namorada – E como está esse bebezinho mais lindo do mundo? Aposto que mal pode esperar para sair daí e curtir tudo que tem aqui fora.


No momento em que Harry colocou a mão sob a barriga da morena, o bebeu chutou. O jovem casal não pode deixar de dar um pequeno sorriso.


- Está vendo só, Mione! - a olhou – Ele sabe que o pai dele está aqui.


- Não sei por que você sabe fala “ele” - revirou os olhos – Você sabe, muito bem, que pode ser uma menina.


- Sei disso, mas estou falando do bebê, ele! - explicou – Aposto que vocês duas já comeram alguma coisa, mas eu estou morrendo de fome. Ficar fazendo todos aqueles feitiços cansa.


- Na verdade nós não comemos ainda! - a senhora Weasley disse – Achamos melhor esperar por você.


- Mione, você sabe que precisa comer toda hora! - lembrou – Está comendo por dois agora.


- Sei muito bem disso, tanto que eu estou parecendo dois! - revirou os olhos – Mas acontece que eu não estava com fome.


- Mas agora você vai comer! - a segurou pelo braço – Vamos até a cozinha e peço para o Dobby te preparar alguma coisa.


No momento em que se levantou, Hermione fez uma careta de dor. O que a fez se sentar mais uma vez.


- Você está bem, meu amor? - o moreno ficou extremamente preocupado – O que foi que aconteceu?


- Não é nada! - tentou tranquilizá-lo – Foi só uma dorzinha, não é nada demais, já estou bem.


- Nessa altura da gestação, é preciso ficar atento há qualquer coisa – a mulher comentou – Pode ser uma contração.


- Ai meu merlim! - Harry começou a andar em círculos pela sala – Está na hora do bebê nascer. O que vamos fazer agora?


- Fica calmo Harry! - a morena disse – Vamos até o hospital. Se não for nada, o médico vai me mandar para casa.


- Certo! -concordou com a cabeça – Deixa eu ir até lá em cima pegar as coisas do bebê. Ainda bem que já deixamos tudo arrumado.


- Fiz isso justamente por que eu sabia que ele iria ficar nervoso! - a garota riu, mas então veio uma nova contração – Todos me disseram que isso doía, mas não imaginava o quanto.


- É só você ficar calma, Hermione, vai dar tudo certo! - a senhora Weasley segurou a mão dela, delicadamente – Acredite em mim, já passei por isso seis vezes.


- Se sempre for assim! - reclamou – Pode ter certeza de que não terei outros filhos.


Quando a morena fez seis meses de gravidez, Harry decidiu comprar um carro, pois não achava que era seguro ela ficar aparatando todos os dias até o Beco Diagonal, então eles utilizaram para ir até o hospital. No caminho ela sentiu mais contrações, que já estavam em um intervalo de dois em dois minutos.


A levaram, imediatamente para a sala de exames e pediram para que ficassem esperando na recepção. Os pais de Hermione não demoraram muito para chegar.


- Com licença! - o médico chegou na recepção trazendo uma prancheta na mão – Vocês estão aqui com a senhorita Hermione Granger.


- Sim! - a senhora Granger se levantou imediatamente – Eu sou a mãe dela. Está tudo bem com a minha filha?


- Está tudo bem sim! - respondeu dando um fraco sorriso para acalmá-la – No momento em que entramos na sala de exames a bolsa estourou, só estávamos esperando aumentar a dilatação. Já estamos prontos para começar o parto.


- Será que eu posso acompanhar o parto? - Harry se levantou imediatamente ficando ao lado da sogra – Eu sou o pai do bebê.


- Esta certo senhor? - o olhou em dúvida.


- Potter! - estendeu a mão para o homem – Harry Potter!


- Me acompanhe senhor Potter! - pediu enquanto ia em direção a ala em que ficavam os consultórios médicos.


No momento em que abriu a porta do quarto, viu Hermione dar um enorme sorriso. Aproximou-se dela e deu um beijo na sua testa.


- Você veio! - disse.


- Pensou mesmo que não estaria ao seu lado nesse momento? - passou a mão pelo cabelo dela – Não poderia perder o nascimento do nosso bebê!


- Só quero que você me prometa uma coisa! - pediu – Não me saia de perto da mim nenhum minuto, eu estou com medo.


- Vai dar tudo certo, meu amor! - garantiu – Pense que daqui há alguns minutos vamos estar com o nosso bebê aqui.


- Muito bem Hermione! - o médico entrou na sala, agora ele usava uma máscara sob o rosto – Está preparada?


- Na verdade não! - admitiu – Mas não tem jeito mesmo, esse bebê vai ter que sair de alguma maneira.


- Isso é verdade! - concordou – Quando você sentir a próxima contração chegando, você começa a empurrar.


Ela balançou a cabeça afirmativamente então sentiu uma contração vindo e começou a apertar a mão de Harry com força. Cerca de cinco minutos depois, ouviram um chorinho de neném..


- Aqui está! - o homem levantou o bebê para que os dois pudessem ver – É uma menina e parece ser forte e saudável.


- Eu quero vê-la! - Hermione esticou os braços – Quero segurar a minha filha!


- Já vou entregá-la, senhorita Granger! - avisou – A pediatra só vai fazer alguns exames nela.


Um minuto depois a morena estava com a sua filha nos braços e pode olhá-la mais atentamente. Os cabelos era castanhos e pareciam ser lisos, já os olhos e a boca eram iguais aos da mãe, e os olhos era completamente verdes, como duas esmeraldas.


- Ela é linda Harry! - a garota não deu um pequeno sorriso – É a nossa garotinha, nosa princesinha.


- É sim! - Harry percebeu que algumas lágrimas se formaram no canto dos seus olhos estava muito emocionado – E qual vai ser o nome dela?


- Pensei chamamos ela de Louren! - respondeu – O que você acha? Era o nome de uma das minhas bonecas quando eu era pequena.


- Acho perfeito! - concordou – É o nome perfeito para ela.


A senhora Weasley, o senhor e a senhor Granger foram os primeiro a visitar a pequena Louren; Sirius, Lupin e Tonks apareceram quase de noite. No dia seguinte Gina e Luna conseguiram autorização do professor Dumbledore para irem até Londres.


- Ela é mesmo muito linda! - a ruiva estava andando pelo quarto com o bebê no colo – E parece ser muito calma também.


- Pelo menos é o que parece! - Hermione disse – Aqui no hospital está tudo bem, mas vamos ver como vai ser quando formos para casa.


- Ainda não consigo acreditar que vocês dois são pais! - a outra comentou – É mesmo muito estranho.


- Acredite Luna! - o moreno comentou – Nós dois ainda estamos nos acostumando com isso também.


- Sabe Gina, eu e o Harry estivemos conversando! - a garota começou a falar quando a amiga lhe devolveu Louren – E queríamos te convidar para ser a madrinha.


- Você está falando sério? - tinha um enorme sorriso no rosto – É claro que eu aceito Mione.


- Queríamos poder chamar você também Luna! - virou-se para loira – Mas é que o Rony só vai voltar daqui há três meses e iriamos querer que os dois fossem padrinhos.


- Está tudo bem! - disse – Tenho certeza de que a Gina vai fazer um bom papel de madrinha.


Eles continuaram a conversando até quase escurecer, quando as duas tinham que voltar para Hogwarts.

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