Prólogo - A Carta



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Prólogo - A Carta




“Eu nunca compreendi antes, eu nunca soube para que servia o amor
Meu coração estava partido, minha cabeça estava doendo
Que sensação!
Amarrado à história antiga, eu não acreditava em destino
Eu procuro e você está ao meu lado
Que sensação!
(...)
Eu nunca vi isso acontecer, eu desistiria e cederia, eu simplesmente não podia me machucar outra vez
Eu não tive forças para lutar, de repente você pareceu tão certa
Eu e você
(...)
O amor ainda é um mistério, mas me dê sua mão e você verá
Seu coração está mantendo o ritmo comigo”



Eles eram inseparáveis. Passaram a infância e adolescência juntos. Enfrentaram uma guerra juntos e juntos venceram. Um sempre sabia onde o outro estava. Um sempre sabia o que outro estava sentido. Falavam apenas com um olhar. Eram melhores amigos, mas eram pessoas diferentes. Ele queria conhecer o mundo. Ela queria a segurança de um lar e um emprego estável. Ele era Harry Potter, ela “apenas” Hermione Granger.

Ainda jovens, entraram numa guerra e enfrentaram o maior bruxo das trevas que já houve. Eles sempre viviam coisas demais para a idade. Tudo se apresentava a eles de forma exagerada. Viveram tempos sombrios...
Mas mesmo diante de tantas dificuldades, eles conseguiram ver o nascer do Sol. Encontraram a magia de uma verdadeira amizade. Pode-se dizer com toda certeza, que eles foram felizes... Porque juntos, eles eram imbatíveis!

A guerra terminou. Muitos se foram, muita coisa aconteceu. Coisas que marcaram coisas que eles jamais superariam. A guerra tirou deles um grande amigo. Ronald Weasley sempre faria falta. O vazio deixado por ele jamais foi, nem seria preenchido. Eles não resistiram a esse vazio. Então, aos 19 anos, Harry foi embora. Foi em busca da sua pequena porção de paz. Em busca de seus sonhos.
Ela ficou. Tornou-se uma medibruxa conceituada. Tinha agora a segurança de um lar, e a total estabilidade de um emprego.
Mas grandes sentimentos não podem ser esquecidos, muito menos abafados. Eles eram melhores amigos, e isso nem o tempo, nem a distância poderiam apagar.

As cartas...
Eles sempre se falavam por cartas, e as cartas dele sempre vinham de algum lugar diferente do mundo. Era bom ver que ele finalmente estava realizando seus sonhos. Harry era auror, corria o mundo salvando pessoas, aprisionando bruxos das trevas, enfim, a vida para ele era uma grande aventura, e ele era pra vida um verdadeiro Herói.

Oito anos.
Esse foi o tempo que passaram sem se ver. Apenas cartas, apenas palavras.
Ela noivou, terminou.
Ele jamais teve um relacionamento sério.
Ele era muito rico.
Ela tinha uma vida “tranqüila”.
Eles ainda eram diferentes... Mas quem disse que o amor não está presente nas diferenças?

**

Já eram 8h00min da noite, quando Hermione chegou a sua casa. Na verdade, sua carga horária já havia extrapolado duas horas, mas não conseguia sair antes que todo seu trabalho estivesse feito.

Mal entrou em casa e ocupou-se de retirar os sapatos, seus pés latejavam. Acendeu a luz iluminando todo o ambiente. A pequena e confortável sala, tinha tons de creme e dourado. O sofá grande e convidativo, cercado por um conjunto de tapetes estampados dava um ar exótico a decoração.

Morava em um conjunto de apartamentos trouxa, na grande Londres, o que facilitava seu contato com os pais, que apesar de toda boa vontade, jamais sobreviveriam no mundo bruxo.

Hermione se jogou no sofá e fechou os olhos. Estava exausta. Talvez fosse o momento de reavaliar as férias que seu chefe lhe propôs. Por mais que gostasse do trabalho, e ela amava, seu corpo já reclamava por algum descanso.
Soltou um longo suspiro enquanto o silêncio do lugar penetrava-lhe a alma. Às vezes, ocorria-lhe de sentir falta de uma companhia. Alguém para comentar sobre o dia e realizar as coisas banais da vida, mas que eram imprescindíveis.
Todos os seres humanos precisam de uma testemunha. Alguém que compartilhe seus fatos e atos, e que após sua partida, possa dizê-lo a outros, para que sua memória jamais seja apagada.

Um ruído leve, fez com que esses pensamentos dispersassem. Abriu os olhos vagamente para contemplar uma velha coruja branca tentando passagem pelo vidro irredutível da janela
Aquilo era sempre uma surpresa, embora fosse também, sempre esperada.
Levantou-se meio sem jeito, correndo até a janela. Abriu-a e recebeu o pequeno pergaminho que a ave trazia. Afagou-a por alguns instantes, antes que ela voltasse a erguer vôo.

Tratava-se de mais uma carta dele
Olhou o pergaminho meio encardido, amarrado com uma fita verde musgo, que durantes os anos, tornou-se sua marca, e então sentiu lampejos de excitação assombrar seu peito.
No remetente, seguido pelo nome dele, vinha o país de origem: França.
“Por Mérlim, ele está perto. Perto como há oito anos não ficava.”
O coração de Hermione bateu meio sem ritmo, e quando ela enfim se pôs a abrir a carta, era com certo desespero, quase a rasgando.

Hermione

Como vai minha amiga? Espero que esteja tudo bem. Você não anda com aquela sua velha tendência de trabalhar mais que o necessário, não? Lembre-se que a vida não é só responsabilidade, há tanto para se ver nesse mundo.
Bem, acho que você já percebeu que dessa vez eu estou perto. Surgiu um trabalho mais burocrático, e eu estou na França, em Paris para ser mais exato. Você sempre quis vir aqui não?!
Sinto muito a sua falta. Seria bom poder partilhar com você todas as minhas aventuras. Como nos velhos tempos! Por isso, venho lhe fazer uma proposta. Vou ficar aqui na França durante toda essa semana, e gostaria muito que você viesse ao meu encontro. Sei que você tem férias vencidas, e, portanto, conseguiria facilmente uma semana de folga. Por amor a um velho amigo. Espero ansioso sua resposta.

Com afeto,
Harry


Hermione parou alguns segundos, sem saber exatamente que reação ter. Podia sentir seu coração bater desenfreado dentro do peito, e um milhão de sentimentos atravessarem seu corpo.
“Depois de oito anos, enfim o reencontro. Será que estou preparada para encontrá-lo novamente? Há tantas palavras não ditas, tantos sentimentos guardados...” mordeu o lábio como se assim, pudesse também ferir aquela duvida.
Após alguns segundos de hesitação, buscou um pergaminho e se pôs a escrever uma resposta.
Embora sem muita certeza, sua natureza a incitava a arriscar.


**

N/Nina: Primeira fic *-*
Tenham paciência, a história só começa a ficar envolvente a partir do quarto capítulo.
E mais uma coisinha, alguns fatos da fic, foram baseados no livro “Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei” do Paulo Coelho, entretanto, com o decorrer da fic, essa relação se torna quase nula.
Espero que gostem. E qualquer coisa... Comentem! ;]

Beijo.

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