O Fim era o Começo



Hermione Granger correu desesperada no meio do campo de batalha quando viu a cena que mais temia em sua vida: ele fora atingido em cheio no peito. Ela não vira qual era o feitiço; vira apenas o raio atingi-lo no peito e ele cair, com sua varinha voando para longe e partindo-se.
Naquele momento, ela foi até imprudente, pois não se importou com mais nada além dele. Voou pelo campo de batalha e quase foi atingida por vários feitiços. Seus amigos não sabiam o que fazer quando viram o objetivo dela. Ela não parecia ter raiva daquele traidor assassino; ela chorava.
Harry apenas teve tempo de defender Rony de um Avada, mas foi atingido por uma raspa de um Estupefaça que um comensal tentou lhe lançar. Rony logo correu para ajudá-lo, mas ambos estavam prestando tanta atenção na ousadia de Hermione que não chegaram a ver o que se passava à sua volta. Mesmo a presença de Voldemort não era tão importante quanto a estranha atitude da amiga.
McGonagall observou a corrida de Hermione com um meio sorriso sábio, mas um pouco de preocupação também. Ela não se defendia de feitiço nenhum, parecia completamente cega.
A própria diretora da Grifinória teve que defendê-la de alguns, enquanto defendia Harry e Rony e a si mesma. Nunca concordara com Dumbledore que eles tinham nervos para estar numa batalha como aquela.
Lupin e Tonks davam cobertura para McGonagall, mas mesmo eles estavam apavorados com a atitude de Hermione. Aliás, o próprio Voldemort estava abismado. Mesmo ele parara seus ataques para observar a insensatez da garota, e ficou curioso para saber o que a movia a tanta preocupação.
Por um curto momento, em que Hermione corria, o campo de batalha silenciou-se. Mas foi um momento curto mesmo, porque logo vários comensais lançaram-lhe feitiços, que foram desviados pelos membros da Ordem.
Hermione olhou para a figura de Severo Snape com os olhos arregalados, apavorada, desejando que ele estivesse vivo, desejando que não tenha sido um Avada Kedavra a atingi-lo. Ele tinha os olhos abertos e algumas lágrimas encheram os olhos dela. Mas, ao ver o olhar dele correr para ela, ela quase pulou – primeiro com o susto, depois com a alegria.
Havia algo como curiosidade e espanto naqueles olhos negros, mas ela não os analisou por muito tempo. Sentindo-se mais forte, virou-se e olhou em volta com olhos atentos para compreender a situação. Então, pôs-se de modo a conseguir ver tanto Snape quanto o resto do campo de batalha.
O próprio Voldemort a encarava com olhos confusos, mas ainda assim assassinos; ele em pessoa lançou-lhe um feitiço, que ela defendeu com suprema maestria, para espanto do que a observavam.
- E não é que a sangue-ruim sabe fazer feitiços? – debochou Voldemort ao longe, rindo dela.
- Sei fazer muito mais que isso, Voldie – gritou ela de volta, com uma insolência que lhe era estranha.
Voldemort apenas riu. Não havia mais muita gente viva para combater, e estavam todos exaustos. Ele em breve venceria. Lupin, apavorado, gritou:
- Hermione! O que você está fazendo?
O olhar dela desceu para Snape, caído no chão. Ela queria ajudá-lo logo, temia que a demora o levasse embora, mas não podia fazer tanto com Voldemort ainda vivo.
- Harry, pelo amor de Deus! – exclamou Hermione, apavorada.
- Mione... Eu... eu não posso! – gritou Harry, fraco.
- Ah, você pode sim, ou você não é filho de Lílian Evans e Tiago Potter! – exclamou Hermione, enérgica, com uma força de caráter que não teria sido esperada dela anos antes.
- Seria melhor que a missão de me matar fosse sua, não dele, sangue-ruim – debochou Voldemort.
E logo Voldemort ordenou que Hermione fosse morta, e vários feitiços voaram para ela ao mesmo tempo. Apavorada que algum deles pudesse atingir Snape, ela mesma atirou-se por terra para longe dele, enquanto alguns feitiços os amigos desviavam dela e ela defendia harry – a quem Voldemort atacara de surpresa.
- Você é um merda, Voldie – gritou ela, ficando em pé.
- Eu sou? – perguntou ele. – O seu amigo Potter é que me parece um. Olhe para ele, que figura humilhante e ridícula ele é.
- Você deveria ouvir o professor Snape, Harry – gritou Hermione, séria. – Enquanto você não aprender a fechar a mente e a fazer feitiços não-verbais, você será um fraco. Fraco! Fraco! Fraco!
Harry arregalou os olhos, primeiro com raiva dela, depois com súbita compreensão. Ergueu a cabeça e se pôs em pé. Hermione sorriu e disse:
- Professora McGonagall... os nossos ratinhos têm que sair do caminho deles...
McGonagall assentiu e lançou um olhar para Lupin e outro para Tonks, depois para os gêmeos Weasley e para Gina. Todos sabiam o que fazer.
Algumas gemialidades Weasley foram usadas e confundiram as vistas dos comensais da morte. Harry só precisava enfrentar Voldemort cara a cara. O bruxo mais velho o olhava com um sorriso de desdém, de braços cruzados.
Hermione abaixou-se ao lado de Snape e segurou uma das mãos dele com firmeza, quase inconsciente do olhar dele em si, olhava aflita para a batalha que se travava. Sabia que devia ajudar os amigos. Sabia que aquele homem era um traidor, que matara o velho Dumbledore. Mas havia algo – além de seu amor desmedido por ele – que a fazia crer que havia algo mais do que só o que ela sabia da história.
Os comensais tombavam. A ajuda das travessuras daqueles gêmeos estava ajudando mesmo. Ela duvidara disso algumas vezes e agora sorria levemente ao lembrar que eles haviam dito que ela precisava ser um pouco infantil de vez em quando, só para ser um pouco mais alegre.
Ela olhou em volta e desceu seu olhar para Snape. Ficou um pouco assustada ao ver o olhar dele fixo em si. Ele pareceu querer falar algo, mas estava mesmo impossibilitado. Hermione, como se não soubesse de quem se tratava, olhou para ele mais fixamente, tentando compreender o que ele poderia querer. Sentiu-o apertar sua mão com mais força e algumas lágrimas lhe vieram aos olhos. Não podia esperar nada dele. Ele provavelmente só queria que ela o curasse logo.
A jovem enxugou as lágrimas que queriam cair e olhou em volta. Com um Accio, chamou os pedaços da varinha dele e a reconstituiu usando um feitiço complicado de reconstituição no tempo, para poder deixá-la exatamente como antes e não criar nenhum problema para quando ele fosse usá-la novamente.
Ela mostrou a varinha para ele e a pôs num dos bolsos internos das vestes dele, o que o fez arregalar os olhos. Ela abaixou o rosto e sussurrou no ouvido dele:
- Eu cometi um erro de julgamento muito grave no primeiro ano... E não vou fazê-lo outra vez, professor.
Depois olhou para os olhos dele; em seguida olhou em volta. Os comensais restantes estavam com problemas, em compensação Harry estava muito debilitado, e Voldemort estava se divertindo torturando-o. Lágrimas escorreram pelos olhos dela, e ela condenou-se por ser tão desatenta. Levantou-se correndo, sentindo um puxão leve. A mão dele pressionou mais a dela e eles cruzaram o olhar mais uma vez antes de ele soltar a mão dela.
- Harry! – gritou ela, correndo para ele.
Ela fizera de propósito, para chamar a atenção de Voldemort. E funcionara. Ele parou de torturar Harry e olhou para ela.
- O que foi, sangue-ruim? Você acha mesmo que é capaz de ajudar o seu amigo?
- É o que os amigos fazem, não? – perguntou ela, olhando para Harry.
Voldemort ensaiou um sorrisinho e olhou em volta.
- Os seus estão tão ruins quanto os meus. A diferença é que os meus não dependem de um moleque fraco.
- O Harry não é fraco! – exclamou ela, com a varinha em punho.
O olhar de Voldemort correu para algo atrás dela, mas ela disse:
- Boa tentativa, Voldie, mas não vou me distrair com você!
Ela morreria se fosse preciso, mas defenderia Harry. Aquele olhar de Snape jamais lhe sairia da mente. Nunca encontrara força e apoio em um olhar dele. Nunca.
- Mas que diabos é isso? – perguntou Voldemort, com uma expressão apavorada.
Hermione achou que era encenação dele, mas logo viu dentro daqueles olhos de fenda o corpo e Snape refletido.
- Um seguidor forte, afinal – murmurou Voldemort.
Apavorada, Hermione olhou para trás e viu Snape sentando-se com um esforço acima de qualquer outro, e pegando sua varinha. Os olhos dela se arregalaram e por um momento ela temeu que tivesse feito algo muito errado, que tivesse decidido o destino apenas pelo que ela sentia por aquele homem de negro.
Entretanto, ele apontou a varinha para o céu. Aparentemente, nenhum efeito. Ele logo voltou ao chão, desfalecido. Voldemort riu.
- Mas que criatura mais estúpida – disse ele. – Devia estar delirando.
Hermione desta vez não impediu as lágrimas de caírem. Teve pensa de Snape. Então ele trocara o amor paternal de Dumbledore por um homem louco que não lhe dava o menor valor?
Mas aconteceu algo que ninguém previu. Um canto de fênix foi ouvido aproximando-se e todos puderam observar Fawkes, mais linda do que nunca, voando para eles. Ela deu um rasante e aproximou-se de Harry, parando ao lado dele no chão. Lágrimas de fênix.
Voldemort, recuperado do susto de ver a ave que não aparecia desde o enterro de Dumbledore – dois anos antes – apontou a varinha, pronto para matar Harry.
No momento em que ninguém mais tinha forças para lutar, quando estavam todos fracos demais diante da evidente vitória de Voldemort em mais uma batalha e, talvez, na derradeira, um senhor de barba branca longa e olhos calmos, rodeado de uma aura indescritível de poder, desaparatou ali, diante deles.
Fawkes voou de uma vez só para ganhar o céu enegrecido pelas feias nuvens. Voldemort caiu para trás diante de tamanho espanto e lançou um olhar fulminante para o corpo inerte de Snape, sem saber se apontava a varinha para lá, para Dumbledore ou para Harry.
Harry estava totalmente renovado e, ao ver Dumbledore, sentiu todas as suas esperanças retornando de uma vez só. Ergueu a varinha e, apontando-a para Voldemort, disse:
- Avada Kedavra.
Voldemort estava tão pasmado que não conseguiu articular nada. Morreu sem defesa, patético, pelas mãos de um jovem que até pouco antes estava sendo torturado por ele.
Os comensais remanescentes tentaram escapar, mas Dumbledore, com um simples gesto e sem sua varinha, fez todos eles agruparem-se, imóveis. Estava acabado.


E AÍ? O QUE VOCÊS ACHARAM, MEUS AMORES???

A IDÉIA PRA ESSA FIC ME VEIO SUBITAMENTE, E EU TIVE QUE ESCREVER. JURO QUE NÃO VOU ABANDONAR AS OUTRAS, ATÉ PORQUE EU DIFICILMENTE SOBREVIVERIA SE FISSE ISSO, MAS VOU ESCREVER AS TRÊS AO MESMO TEMPO....

HAHAHAHAHA

BJOSSSSSSSSSSS

ANNINHA SNAPE

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.