De Volta a Vida




Remus estava ali novamente, vendo a Lua do penhasco, Gabriel, sei filho mais velho, estava brincando no jardim com Clara, sua filha mais nova.



Ao olhar os filhos, via sua esposa, Gabriel ainda o lembrava em sua juventude, mas Clara, ela sim, aquela princesinha era muito parecida com a mãe, os cabelos lisos, longos até o meio da cintura, e castanhos os olhos pretos.



Ela saíra uma noite em missão para o ministério, isso já fazia seis meses, e ainda não havia dado nem uma notícia, certamente, estaria morta.



Só de lembrar-se dela, de seu sorriso, e ao olhar seus filhos, seu coração apertava, e a vontade de estar junto dela era imensa.



A noite ia para o penhasco lembra-se de tudo que passaram juntos, de todos os desentendimentos e de todas as reconciliações.



Lembrava-se também, de seu sorriso, ah sim, aquele sorriso não saia de sua mente, o sorriso que a pequena Clara Tonks Lupin havia herdado e o modo desajeitado que havia em Gabriel, que mais se parecia com Sirius menos, pelos olhos, os olhos eram os de Remus.



Logo seria lua cheia, e estaria sozinho novamente, Gabriel queria sempre acompanha-lo, mas como poderia arriscar a vida do próprio filho? Porem, não arriscava a vida de sua amada esposa? “Gabriel é muito pequeno, nove anos não são nada”.Pensava olhando o mar.



-Papai? - Gabriel estava do seu lado. – Está ficando frio... Posso levar Clara para dentro de casa?



-Hum? Ah sim, claro...- respondeu sorrindo - coloque-a para dormi, logo entrarei também.



-Está bem... – Remus pode ver Gabriel entrando em casa com Clara.



Era incrível como depois de seis meses, Nymphadora ainda não saíra de sua cabeça.



Flash beck



-Remus? – ela estava com a roupa branca do ministério, sua aparência era a de tristeza, sabia que algo iria acontecer.



-Tonks? Por quê está vestida assim? Aonde vai? Hoje é aniversario de Clara.



-Eu sei... - lágrimas corriam de sua face - vou despedir-me dela, e de Gabriel também... Mas, quero me despedir principalmente de você.



-Co...Como? Sim, me parece uma missão do ministério, mas você vai vol... Não vai? – Perguntava remus desesperado.



-E... E... Eu não sei... – respondeu Nymphadora, abaixando a cabeça. – É uma missão perigosa, tenho garantia de conseguir o que quero e entregar para o ministério, mas não tenho garantia de sair viva...



Remus a observava, desesperado.



-Certo... Irei com vo... –começou, mas foi impedido por Nymphadora que colocou o dedo indicador sobre seus lábios.



-Não... Temos dois filhos... Eles não podem ficar sem o pai... Já que podem.. perder a mãe...



-Não... Nymphadora... – Remus a segurou pelas mãos – Não saia desta casa, não deixe sua família... Seu país vale mais que sua família?



-Não Remus, mas para proteger minha família tenho que proteger meu país. – respondeu-lhe soltando as mãos, e rumou para as escadas da casa.




-Irá se sacrificar por isso então? – Perguntou a Impedindo de descer as escadas.



-Remus, entenda, há sacrifícios a serem feitos, eu serei uma a ser sacrificada, mas o farei em nome de minha família, em nome de quem eu amo.



-Sim, mas, para a nossa salvação, não queremos sua morte, Tonks... – remus não agüentava mais e a abraçou, deixando car lágrimas dos olhos. –Tudo que nos, eu Gabriel e Clara queremos e a você, viva e bem, ao nosso lado.



Nymphadora sorriu tristemente, e soltou-se do abraço.



-Estarei sempre com você, olhando por vocês.



-Há chances de que volte viva? - perguntou Remus acariciando sua face.



-Mínimas, porem, se voltar... Estarei a beira da morte. - respondeu-lhe colocando a mão sobre a dele.



-Não me intereça, estarei lhe esperando. – respondeu-lhe Remus tirando o medalhão que carregava no pescoço dez de criança e colocando no de Nymphadora, que por sua vez tirou seu pendulo. – Quero que o devolva, ele lhe protegerá.



Nymphadora sorriu e o abraçou novamente.



-Eu te amo Remus Lupin... Com todas as forças que tenho.



Neste momento, Gabriel e Clara estavam correndo pelo corredor, Nymphadora os avistou e os chamou.



-Mamãe? Está chorando?- Perguntou Clara ao chegar perto de Nymphadora.



-Sim, querida, mamãe não poderá ficar para sua festa de aniversario, mas aqui está o meu presente. – e colocou o pendulo no pescoço de Clara. – Gabriel... Também tenho uma coisa para você. - disse tirando o anel que fora de Sirius e que ele lhe dera uns dias antes de morrer e colocou em Gabriel. – Foi do seu tio, Sirius... Você não chegou a conhece-lo.



-Para onde a Sra. vai mamãe? - perguntou Gabriel.



-Para um lugar distante...



-E quando A Sra. volta? – Perguntou Clara



-Dentro de três meses, filha. – respondera Remus antes que Nymphadora pudesse responder.



Nymphadora abraçou seus filhos e voltou-se para Remus.

-Está bem, Remus, escreverei uma carta amanhã e lhe mandarei, daqui seis meses a entregue para nossos filhos.- disse ao abraça-lo – Não me espere mais.



-Está errada, minha Tonks, estarei te esperando todos os dias, após os três meses, na beira de nosso penhasco. Eu te amo Nymphadora Tonks Lupin.-sussurrou Remus.



Nymphadora não disse mais nada, apenas abaixou a cabeça e andou em direção a porta de casa, onde aparatou para o ministério.



Fim do Flash back



Após três meses, ela não havia voltado, seus filhos encararam com maturidade e força, mas Remus a esperava todas as noites no penhasco.



O mar estava calmo, a luz a lua iluminava pouco, mas o ar tinha um cheio diferente.



-Acho que ainda consegue reconhecer meu cheiro, Remus Lupin... – Remus escutou uma voz a traz dele, era ela, virou-se rapidamente e correu ao seu alcance a abraçando.



-Eu sabia que voltaria, Tonks! Tinha certeza.-respondeu Remus, Nymphadora sorriu, e o observou.



-Eu também soube que voltaria assim que se passaram os três meses, não havia o que temer, Mundungo se sacrificou por mim. Eu estava protegida. – respondeu sorrindo.



Remus a olhava de baixo a cima, como se quisesse examina-la, ela estava de fato bem, e sim, era ela, viva.



-Diga-me. Onde estão meus filhos? Quero vê-los. – falou sorrindo.



-Gabriel esta colocando Clara para dormir, venha, quero matar as saudades! – e a virando para si rapidamente, remus a beijou, como não fazia a muito tempo.

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