O Império de Voldemort



Capítulo 3 – O Império de Voldemort


Uma névoa forte ventava em um rio imundo que servia de esgoto e que tinha montanhas de lixo em sua margem. Algumas coisas haviam mudado....

A névoa, estranhamente, estava mais forte que o comum, mais densa, mais pesada, mais fria. Aqueles montes de lixo pouco ou nada mudaram, com exceção de um esqueleto de uma raposa morta há um ano atrás. Um cheiro de comida podre banhava o ar. Nada que possuísse vida agora ousava passear por aquelas terras, nem ao menos um corvo para devorar os restos de lixo orgânico. O vento soprou e carregou um pouco da névoa com seu ar putrefado por entre ruelas em uma espécie de labirinto. A névoa foi indo, indo, virando aqui e ali, até que alcançou dois vultos encapuzados que corriam.

- Draco, espero que tenha praticado oclumência o bastante. – disse Snape com a voz tremida.
- Um ano...você não acha que o Lord Negro... – Draco não terminou a frase, Snape apenas assentiu com a cabeça.

Viraram a esquerda ainda correndo.

- Você vai querer levar todo credito, não vai?


Snape não disse nada apenas estendeu o braço que empunhava a varinha e uma porta a frente deles se abriu espalhando um pouco de pó no ar. Ele estava transtornado com o que ocorrera, aquele olhar de Dumbledore foi horrível, pior que a Maldição Cruciato, pior que ter sido despido na frente de toda escola, pior que...não não...
“Melhor não pensar nisso de novo”

Mas de uma coisa estava certo: ele era o que mais estava fazendo, com certeza!

Os dois entraram na casa ainda correndo. Snape apertou os interruptores, acendendo as luzes, e foi correndo até uma estante onde havia alguns frascos.

- Não Draco. Os Malfoy´s não merecem morrer por um deslize de um adolescente. – disse Snape enquanto pegava alguns frascos cheios de um líquido estranho.

Colocou-os por cima da mesa e tirou as tampas deles rapidamente e de forma desordenada. Retirou do bolso um saquinho com pó e foi despejar em um dos fracos, mas acabou derrubando-o, sua mão tremia freneticamente.

- Você está com medo... – disse Draco vagamente.
- Só um tolo não estaria. – disse Snape colocando o pó em outro frasco.

A poção mudou de cor, de um preto para um amarelo pálido.

- Tome! – Snape estendeu a poção para Draco. Um gole apenas.

Draco olhou a poção com desconfiança.

- Poção da Oclumência, meu caro, irá ajudar você a esquivar seus pensamentos e controlar suas emoções.

Draco pegou a poção e tomou um gole e devolveu a Snape que também tomou.

- Vamos, estamos atrasados – disse Snape apressado enquanto recolocava os frascos na estante rapidamente e puxava Draco pelas vestes para fora.
- Lembre-se, feche a mente! – disse por fim ao alcançarem a parte de fora da casa.

E num movimento girou a varinha na direção de Draco. Este sentiu um tranco e perdeu o equilíbrio indo para trás ao mesmo tempo em que sentiu uma pontada forte na sua cabeça. Snape lançou-lhe um olhar nada agradável.

- Excelente, consegui ler metade de seus pensamentos – disse Snape tentando raciocinar o motivo pelo qual a poção ainda não havia surtido efeito – A coisa tende a piorar.. Little Hangleton.

Snape lançou um último olhar para Draco. Este estava mais pálido que o normal, havia feito uma tarefa estafante e isso havia e estava o consumindo. Mais magro que o normal e com olheiras profundas, por muitas noites não dormiu para poder tentar consertar o armário duplo. Draco pela primeira vez se sentia sem vida. Há um ano atrás, sentiu orgulho de se tornar um comensal da morte, orgulho de receber uma missão do Lord Negro, feliz por ter que matar Dumbledore, pois nunca gostara dele, mas naquela hora era diferente, não sentia mais a mesma firmeza, não sentia vontade de matá-lo!

E agora...Nessas últimas horas apenas se arrastava como um zumbi, imagens iam e vinham em sua mente. Seus pais seriam mortos, assim como ele. A missão era dele e não de Snape, mas não poderia culpá-lo porque fora ele que não teve força o suficiente, que não teve coragem o suficiente...não poderia mais desistir, era um caminho sem volta, o caminho da morte...

- Dumbledore me ofereceu proteção, disse que me protegeria do Lord Negro, disse que acolheria meus pais...
- O caminho das trevas é um caminho sem volta meu caro, se conforme com isso...Little Hangleton? – repetiu Snape.
Draco assentiu com a cabeça.
Dois estampidos.

Uma mansão estava logo à frente. Estava velha, suas janelas estavam penduradas quase caindo, outras tinham o vidro quebrado por pedras jogadas por algum desocupado. O velho portão de metal estava entreaberto e enferrujado. A antiga mansão dos Riddle`s estava sendo leiloada porque depois da morte do caseiro dela os donos decidiram abandoná-la, alegavam que estava amaldiçoada.

Naquela noite um frio cortava o ar seco. Nada de nuvens no céu e apesar disso, as estrelas estavam opacas e sem brilho. Algumas árvores dispersas por aquela rua pareciam estar sem vida e abaixo delas, várias folhas secas caídas, apesar de o outono já ter passado...a tempos...A natureza estava de luto.

Algumas balanças ocupavam a esquerda da mansão e uma delas parecia estar se balançando sem ter ninguém sentado nela. Snape e Draco apareceram na rua sob suas vestes negras. Snape virou a cabeça levemente para Draco e falou num sussurro:

- Estamos sendo vigiados agora.

Draco apenas engoliu em seco. Olhou para o portão da mansão: ali estaria seu destino, receberia o merecido. Angustiado, seguiu Snape a passos lentos, que já estava quase no portão de ferro.

- Remorsos Snape? – disse uma voz quase inaudível vindo de algum lugar da escuridão.

Snape virou-se com tudo e olhou por detrás das grades do portão procurando o autor da voz, ou talvez, autora...Daquela balança que se mexia, Bellatriz aparecera com um olhar zombeteiro e quase rindo. Bellatriz perdera o marido há mais de um ano meio, Dolohov Lestrange, pois ele havia sido enfeitiçado por um sino no ministério, a magia era irreversível e os médicos do hospital St. Mungus não pareciam se esforçarem para curá-lo, mas Bellatriz não havia ficado triste por isso, não o amava, os velhos casamentos por sangue...

Ela era a comensal mais pálida do grupo, os quinze anos em Azkaban tiraram sua beleza e elegância que tinha quando jovem, agora, a pele do seu rosto era prensada contra os ossos da face de tão magra que era. As missões que Voldemort dava aos comensais despendiam de muita energia e quase nunca eles podiam parar para descansar, isso afetava todos, talvez com exceção de Greyback que se alimentava periodicamente de um cardápio muito nutritivo a base de carne humana.

Antes que Snape pudesse retrucar, um vulto apareceu do nada atrás dele.

- Parece que está menos atrasado que o próprio Lord Negro, Snape. – disse ele.
- Fizemos o possível Amycus. – disse Snape.
- O que pretende?– perguntou outra que parecia ter surgido de uma árvore próxima.
- A verdade Alecto – disse ele – Draco matou Dumbledore não foi?
- Você não ousaria mentir para o Lorde, ousaria? – disse Bellatriz com sua voz estridente, se juntando ao quarteto.

Draco continuava mudo.

- Dessa vez sim – disse ele olhando furiosamente para Bellatriz – Os Malfoy´s não precisam morrer!

Bellatriz olhou para Draco e pareceu reconsiderar o que havia dito.

- Só nós sabemos? – perguntou Draco mal abrindo a boca.
- Greyback, obviamente, sua mãe e Rector. – disse Alecto.

Um estampido ao lado deles, e aquele comensal que a pouco menos de uma hora lançava vários feitiços nos corredores de Hogwarts, tantos que eles ricocheteavam pelas paredes, apareceu.

- O Lord Negro está vindo, tirou os comensais de Azkaban com a ajuda de Pedro – disse Rector.

O coração de todos disparou batendo forte. O de Snape parecia que ia sair pelo peito, o de Draco, pela goela. O silêncio. Todos aguardavam o que iria acontecer. Dumbledore, o único a quem Voldemort temia fora morto, mas o assassino havia sido invertido e ele certamente não iria gostar disso. Vários estampidos. Draco parou de respirar.

Um ser de rosto viperino, olhos vermelhos em formato de fendas, dedos esqueléticos que superavam a alvura dos de Bellatriz, fendas no lugar do nariz.

Voldemort, o maior bruxo das trevas, o mais temido e perseguido, um bruxo tão cruel que foi capaz de dividir sua alma em várias partes.

Outros comensais estavam a sua volta, dentre eles, se podia ver o rosto de Narcisa e Lúcio Malfoy, e Pedro Pettigrew. Voldemort ao ver a figura de Snape e Draco abriu um meio sorriso com sua boca em forma de traço e andou apressadamente até eles. Os outros comensais foram para trás deixando Snape e Draco no centro de todos e de tudo. Narcisa correu até Draco, mas parou a poucos metros dele ao um sinal de Voldemort com as mãos.
- Depois Narcisa! – disse ele secamente.

Andou lentamente até ficar a poucos passos de Snape. Voldemort, o rei da Legimenta, “o soberano da mente” diziam, de todas as mentes de que não conseguia ler, era a de Bellatriz, a melhor Oclumenta que já vira e não reclamava, pois sabia que ela era sua mais fiel comensal e que assim seria melhor porque se fosse pega pela Ordem, nunca leriam seus pensamentos. Ele também não conseguia ler os pensamentos de Snape, na verdade, Voldemort não sabia que era enganado por Snape nesse ponto.

Snape bloqueava sua mente de forma tão sutil que Voldemort não sabia que Snape o fazia.. Mas isso despendia de muita força e Snape não estava em boas situações, o Avada Kedavra e todo stress dquela noite de certa forma deixaram-no um pouco fraco, além de toda pressão e toda a confusão que tudo aquilo o envolvia, pois agira como um traidor, matara Dumbledore, traíra a Ordem, abandonara Hogwarts...mas não era hora de pensar nisso, não agora que estava de frente ao maior bruxo das trevas, a quem ele tinha um pouco de medo e admiração.

- O que aconteceu? Ele cumpriu sua missão? – perguntou Voldemort olhando para Snape no fundo de seus olhos.
- Sim, mi-lord – disse ele fazendo uma reverência.
- Draco matou Dumbledore? Sozinho? – seus olhos agora se misturavam num misto de descrença e de uma satisfação furiosa.
- Sim, e com uma maldição imperdoável. – disse Snape.

Voldemort voltou-se para Draco. Este tremia, com o coração acelerado. Todos olhavam apreensivos para cena.

“Dezessete anos...e já se tornou um assassino” pensou Voldemort enquanto dava uma gargalhada alta e demente.

- Deixe me ver Draco, seus planos – disse Voldemort – O que fez para mandá-lo ao inferno!

E nisso esticou o braço com sua varinha na direção da cabeça de Draco. Narcisa estava mais atrás junto com Bellatriz e os outros comensais e quase gritou, se não fosse pela mão de Bellatriz que abafara o som. Lúcio Malfoy engoliu em seco.

Draco permaneceu parado sem se mexer e impassível, como se nada tivesse acontecido. Pensamentos vieram a sua mente, ele conversando com Dumbledore, parado ali na torre de Astronomia, aparentemente sozinho.

- Bela encenação Malfoy! – disse Voldemort vendo a cara impassível de Draco.

As coisas estavam piorando, a conversa com Dumbledore corria, e ele estava prestes a oferecer-lhe ajuda.

- Parece que Dumbledore quis conversar como de hábito! As longas conversas, as conversas que nunca o ajudaram! – seus olhos agora irradiavam uma fúria sem igual, talvez por estar vendo a imagem de Dumbledore, tão nitidamente como se ele estivesse na sua frente.

[- Venha para o lado certo, Draco, e nós podemos esconder você mais do que você possa imaginar. O que mais, Eu posso enviar membros da Ordem para sua mãe hoje à noite e escondê-la do mesmo modo. Seu pai está seguro neste momento em Azkaban... quando chegar a hora, nós podemos protegê-lo também... venha para o lado certo, Draco... você não é um assassino...]

O coração de Draco gelou e seu coração disparou violentamente...estava perto, estava perto dos comensais e de Snape chegarem.

- Você não é um assassino... – repetiu Voldemort dando uma pausa no feitiço, aquilo parecia tê-lo perturbado. Mas ele estava enganado – tornou a dizer bem alto – como sempre, sua nobreza ofuscou a realidade das coisas. Um cego! – gargalhou ele.

Voldemort olhou bem nos olhos de Malfoy, o reflexo dos olhos azuis deste mostravam algo: a figura ansiosa de Narcisa e Lucio eram refletidas pela retina brilhante do bruxo. Voldemort fechou o sorriso.

“Há algo de que não estou sabendo”

Ele olhou para trás, todos estavam quietos em um dia que deveria ser de comemoração. Virou o rosto para frente e sem ninguém esperar Draco quase tombou para trás com o ímpeto da força do feitiço Legimenta.

As imagens transcorreram mais ainda lúcidas na mente de Draco e de forma mais rápida.

[- Mas eu consegui ir longe, não consegui?” Draco disse lentamente. Pensaram que eu morreria tentando, mas eu estou aqui... e você está em meu poder... Eu sou o único com varinha... você está em minhas mãos...”
- Não, Draco - disse Dumbledore calmamente. É minha compaixão, e não a sua, que importa agora.]

Draco sabia que era aquela hora que os comensais apareceriam, tentou concentrar seus esforços, não via mais nada, somente ele e Dumbledore ali.

[- Dumbledore encurralado! – disse um comensal. Dumbledore sem varinha, Dumbledore sozinho! Muito bem, Draco, muito bem!
- Boa noite, Amycus - disse Dumbledore calmamente, como se estivesse dando boas-vindas à um homem, para um chá. “E você trouxe Alecto também... encantado...]

- Muito bom Draco... – disse Voldemort vagamente enquanto ia se deliciando com a cena.

Draco estava desesperado, iria ser morto, seus pais seriam mortos! Ele concentrou mais suas energias. Sua mãe não agüentou e começou a chorar lá atrás sobre o peito de Lúcio Malfoy. Bellatriz soltou um “Humpf” indignada por Narcisa não estar contente com o ocorrido.
“Não posso morrer!”
Uma das característica que mais faltava em Draco era a coragem, mas nesse ano sua luta pela própria vida havia o impelido a desenvolvê-la um pouco mais.
“Não posso morrer!”
Sua visão voltou ao normal, estava ali, na frente de Voldemort e cercado pelos outros comensais. A imagem de Dumbledore ainda passava sobre sua mente, mas não de forma que ofuscasse sua visão. Snape percebera que Draco estava em semi-legimência. Agora teria que moldar sua mente, lutar contra seu cérebro. Voldemort ainda estava entretido demais com a visão para perceber que Draco estava progredindo.
[- Eu poderia fazer você de sobremesa, Dumbledore...
-Não - disse o quarto Comensal da Morte com severidade. Nós temos que seguir ordens. Draco deve fazer isso. Agora, Draco, e seja rápido.]

Voldemort franziu o cenho. Draco se concentrou. Nunca havia feito aquilo em toda sua vida, aliás, a única pessoa que havia feito era Snape! Draco se concentrou, tentou imaginar ele matando Dumbledore com um Avada Kedavra, mas nada, os fatos iam correndo.

[ - Draco, faça agora, ou fique contra nós - gritou Alecto.]

A expressão de Voldemort estava mudando de interrogação para fúria. Draco comprimiu seu rosto, tinha que se salvar, tinha que salvar seus pais. Snape olhava Draco com os olhos arregalados.

“A poção tinha que ter dado certo, talvez fará fazer efeito agora”

Draco fechou os olhos. Concentrou todas suas forças. De repente a imagem apaga. Os sons voltam ao normal. Ele abre o olho: Voldemort o olhava com os olhos inflamados, faíscas saíam da ponta de sua varinha

- Draco Malfoy, o não cumprimento das missões é considerado uma traição! Legimenta!
Draco caiu no chão.

[- Nós temos um problema, Snape - disse Amycus - O menino não parece capaz!]
Snape olhava indignado, ele tinha certeza que tinha acertado os ingredientes da poção. Lançou os olhos para os comensais. Narcisa em prantos, Lúcio com os olhos vidrados, os outros pareciam parados feito pedra, Rabicho....
“Rabicho!” pensou Snape.
Rabicho estava com a mão levantada e acenava com os dedos para ele com um sorriso de deboche.
“Ele contaminou as poções! Maldito!”
Draco sentado no chão, não tinha mais forças para nada.

[- Avada Kedavra!]

Na mesma hora Voldemort parou de ler a mente de Draco. Seu peito arfava, seus olhos pareciam mais vermelhos do que o costume. Sem dizer nada, fez um movimento horizontal com a varinha, cortando o ar. Draco foi erguido e se debatia pedindo clemência. Lá atrás Narcisa gritava:

- Mate-me em seu lugar! Filho, meu filho, meu filho único!

Voldemort não suportava quando pediam isso, não concebia a idéia de trocar sua vida por outra, jamais.

- Por que mentiu? – disse Voldemort fazendo Draco cair no chão a dois metros de altura.

Draco sentiu uma dor infernal em suas costas com a queda.

- Traidores não merecem meu perdão! Crucio!

Bellatriz olhou para o lado. Narcisa já estava rouca com seus gritos sendo segurada pelos outros comensais. Draco sentiu mil facas ardentes espetando todo seu corpo, seu cérebro, tudo, desejou morrer, seus músculos se contraíam freneticamente, era insuportável, uma dor sem limites.
Voldemort levantou a varinha. A dor intensa desapareceu, mas as células do seu corpo pareceram sair lesadas com o feitiço, toda sua musculatura ainda doía.

- Bom Draco, conforme o combinado, quem pagará por isso serão seus pais!
- EU TE ODEIO! EU TE ODEIO! – gritou Narcisa.

Os comensais soltaram uma exclamação. Voldemort pareceu não gostar do insulto, nunca o tratavam assim:

- Levem-na para cela, ainda será útil futuramente. Quanto a Lucio, entrego-o aos dementadores, há tempos que estão interessados nele.

Alguns comensais imobilizaram Narcisa, que se debatia fortemente. Lucio pensou em aparatar, mas sabia que era uma tentativa vã, logo o achariam. Voldemort voltou a dizer:

- Você! Ser inútil! – disse enquanto Draco era arremessado para trás – Poderá se redimir!

Snape ousou falar, talvez o único que tivesse direito naquela hora:

- Como meu senhor?
Voldemort fez outro movimento com a varinha e o corpo de Draco foi erguido no ar novamente. Sangue saía de sua boca. Em seguida, volitou até ficar de frente para Voldemort. Draco estava quase inconsciente e não conseguia abrir os olhos.

- Me ajude...a matar...Harry Potter! Se o fizer, sua mãe e você serão perdoados!

Todos comensais estavam paralisados, esse não era um pedido qualquer, Voldemort nunca permitira que outros Harry, queria fazer com as próprias mãos. E agora, pedia a um comensal novato para que o fizesse?

Mas estavam enganados, Voldemort não pensava nisso. Sabia que Draco não conseguiria, estava fraco e debilitado, iria morrer na frente de Harry ou em Azkaban quando fosse pego, Draco seria apenas a isca. Voldemort virou-se para Snape e para os outros comensais:

- Bem, hoje é dia de comemoração. Snape, eu entendo porque mentiu a mim, sei o quanto preza os Malfoy´s, mas nunca mais repita isso, esse tipo de sentimento não é tolerado entre meus seguidores – disse friamente. E eu iria te dar essa missão caso Draco não conseguisse, você sabia disso!

Snape continuou impassível, mas fingiu demonstrar felicidade. Voldemort abrira um sorriso finalmente:

- Vamos comemorar, muitos trouxas sofrerão em nossas mãos hoje – disse enquanto olhava em um ponto qualquer do espaço com o olhar demente. Longe daqui de preferência! Não há mais nada impedindo nosso caminho!

Voldemort estava extremamente contente, seu maior inimigo derrotado! Finalmente, depois de cinquenta anos! Finalmente, finalmente! Agora não tinha mais empecilhos, agora estava fácil de achar, nada os impediria, finalmente as trevas, finalmente...

"O Império de Voldemort"

Vários comensais abriram sorriso, era isso o que mais gostavam em Voldemort, seu desejo em exterminar os trouxas, soberania acima de todos, a sede pelo poder! E isso era diversão para eles e diversão para aquele capaz de dividir sua alma várias vezes. O caminho agora estava desimpedido, nada os pararia e Voldemort tinha novos planos. Saíram em bando soltando jatos luminosos ao alto até chegarem a uma esquina e aparatarem...

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