Prólogo



Prólogo


Um idoso vestido com roupas de pele de animais e usando uma cabeça de lobo como um chapéu seguiu por entre aqueles corredores de madeira com um lampião na mão e um cajado na outra. As paredes do corredor eram feitas de madeira também, como se ele estivesse andando dentro de uma enorme árvore. Algumas plantas cresciam ali em volta, umas brilhosas e outras resguardadas, escuras. Pontinhos luminescentes voam por aquela atmosfera. Chegou num lugar sem saída onde havia a forma de uma mão entalhada na parede. O ancião olhou para os lados e quatro homens surgiram misteriosamente ao seu lado. Os homens tomaram sua guarda e sem seguida ele pôs sua mão na abertura.

O encaixe se iluminou com uma forte luz, que parecia ser líquida e enchia o ambiente de um tom místico e esotérico. Aos poucos, a luz foi tomando todo o corpo do ancião e de repente ele já não estava mais no corredor.

Era uma área a céu aberto, a lua cheia iluminava todo o lugar, as poucas árvores que ali estavam e, mais adiante, quatro pilastras...

O ancião se aproximou delas. Via-se símbolos rúnicos nas quatro, alguns eram distinguíveis como um leão, um corvo, um texugo e uma cobra. Um objeto luminoso se encontrava entre elas, uma espécie de cilindro pétreo negro de uns trinta centímetros.

Algumas águias sobrevoaram o local, lideradas por um hipogrifo. O coração do ancião acelerou.

“Chegou a hora” pensou

Ele caminhou lentamente até o objeto. Ao lado, havia dois córregos de água que davam para um pequeno lago cuja água se assemelhava a um cristal líquido de onde se podia ver peixes vermelhos sob a superfície. Ele estendeu o cajado e murmurou:
- Expecto Patronum!

Um corvo prateado saiu de seu cajado e começou a voar em círculo em alta velocidade a sua volta. O cilindro começou a ficar cada vez mais iluminado. O hipogrifo deu meia-volta no ar e pousou ali perto, assim como as dezenas de águias que o seguiam. Corujas fizeram parte ao grupo. Alguns lobos pareceram terem surgido por detrás de moitas. Unicórnios se materializaram perto do ancião. Todos queriam assistir ao ritual esperado... o despertar!

O ancião fez um sinal com a mão, e, temeroso, estendeu o cajado, dizendo por fim:

- Supervenio Oraclum! Ressurja... Dama da Justiça!

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