conversa inacabada



Promessa e despedidas

Fazia dois dias que Harry chegara a Toca e agora, depois do casamento de Gui, ele, Ron e Mione estavam acertando os últimos detalhes para a jornada que iriam começar em busca dos pedaços da alma de Tom Ridlle.
Os três amigos estavam no quarto de Ron e agora se encaravam mudos como se esperassem que alguém lhes dissesse que o que fariam era loucura e que voltassem a escola e se importassem somente com as provas e os jogos de quadribol. Mas o único barulho que se ouvia era do vampiro do sótão batendo nos canos.
Harry caminhou até a janela para observar o jardim. Mas a visão que teve só fazia deixa-lo mais triste em ter que começar essa viagem. Ele visualizou Gina sentada em uma rocha distante da casa brincando com bichento, o vento balançando sua cabeleira ruiva e o sol de verão refletindo-se nos seus olhos castanhos.
...........................................//............................................................//...................................
O jantar mais uma vez foi silencioso para os três amigos, mesmo as brincadeiras de Fred e Jorge não conseguiram arrancar sorrisos dos lábios dos garotos. Outra pessoa, outrora sorridente, também estava séria, mas sua seriedade devia-se única e exclusivamente a falta de respostas do moreno sentado na cabeceira da mesa. Era preciso resolver toda essa situação ela sabia, e seria naquela noite mesmo.
Terminado o jantar todos se recolheram a seus quartos. Harry ficara com o quarto dos gêmeos que agora moravam em um apartamento em cima de sua loja em Londres. O garoto bem que tentou mais o sono não chegava ele resolveu então ficar deitado observando o céu estrelado pela janela. Passaram-se alguns minutos quando seus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta e um feitiço “coloportus”. Gina entrara no seu quarto, ela vestia uma camisola bege que contrastava com os cabelos vermelhos e a deixava ainda mais linda. A penumbra e frio da noite que a fazia tremer lhe davam um ar de fragilidade, e quando ela sentou-se na cama de frente ao garoto a única coisa que Harry pensava era em abraçar aquele anjo, que com aquela camisola fina de onde se podia ver todos os contornos do corpo esbelto, parecia mais tentador do que nunca. Mas ao encarar os olhos castanhos viu que a garota parecia decidida a arrancar todas as respostas às perguntas que ela fizera todos esses dias a ele e não obteve respostas. O fato de ter que dar todas as respostas a Gina doía profundamente ao garoto, pois significava que era hora de esquece-la e deixar para trás todos os momentos felizes ao lado dela.
- Acho que você sabe porque estou aqui essa hora, disse a garota.
- É posso imaginar - disse o moreno tristemente - quer saber porque tenho evitado falar com você, não?
- Evitado! Disse a garota enlouquecida. Desde o funeral de Dumbledore que você está estranho, veio com aquele papo de que deveríamos nos separar e depois foi para casa dos seus tios e não respondeu nenhuma das minhas corujas. O que você quer fazer einh? Enlouquecer-me?
- Desculpe Gina, mas essa conversa é mais difícil pra mim que pra você, e eu queria realmente que ela não acontecesse, mas é inevitável.
- Bem então é melhor não adiar mais – disse a ruiva enraivecida.
- Nós não vamos nos ver por um bom tempo, disse o garoto decidido, e continuou a falar mesmo vendo o rosto estarrecido da ruiva. Nós não vamos nos ver porque eu vou viajar, ou melhor, vou partir para uma missão que comecei junto com Dumbledore naquela noite em que a escola foi invadida.
- Missão? Mas que missão?- ela perguntou atordoada.
- Bom durante todo o ano passado o diretor e eu mergulhamos nas lembranças relacionadas a Tom Ridlle e descobrimos várias coisas sobre a personalidade dele e o motivo pelo qual ele ainda está vivo.
- Como assim?
- Através de uma lembrança do professor Horácio nós pudemos descobrir que Tom criou sete Horcruxes e que foi por causa delas que não morreu quando tentou me matar a dezesseis anos atrás.
- Mas o que são essa horcruxes?
- Horcruxes são fragmentos da alma de uma pessoa guardados em um objeto e que só podem ser criados se essa pessoa tiver matado alguém. Para cada morte se cria um horcruxe. E no caso de Ridlle ele fez sete desses e, portanto é imortal enquanto esses objetos existirem.
- E que objetos são esses?
- Bom eu não sei quais são todos, mas sei que dois já foram destruídos.
- Já! Mas quem os destruiu?
- Dumbledore destruiu o anel do avô de Tom que era um dos horcruxes e o outro, bem, eu destruí.
- Você, mas como assim, onde, quando?
- A uns quatro anos atrás, na câmara secreta.
- O quê? – disse a garota estarrecida.- o basilisco era um desses horcruxes?

O garoto sabia que o que ia falar ia machucar muito a ruiva, mas se já começou a relembrar os fatos daquele ano era melhor falar tudo. – não era o basilisco, era o diário de Tom que eu destruí.
Aquele dado deixou a garota abismada, toda vez que lembrava daquele diário se sentia uma idiota por ter se deixado levar pelas artimanhas de Ridlle e em pensar que aquele diário era mais do que um simples objeto encantado, mas sim uma parte da alma daquele cara de cobra, a deixava mais culpada do risco que seus amigos passaram para destruí-lo e poder salva-la.
- Você poderia ter morrido quando destruiu aquilo – disse a garota chorosa – e seria minha culpa.
- Não seria não, Gina. Eu sei que aquele diário só trouxe coisas horríveis para todos nós, mas se não tivesse chegado às nossas mãos, talvez seria mais um horcruxes desaparecido para complicar nossa missão. E também eu não me importaria de morrer para salvar você.
- Mas eu me importaria.- Disse ela encarando profundamente os olhos verdes. –pois bem, eu entendi o que são horcruxes, mas o que sua missão tem a ver com eles?
- Naquela noite fatídica, em que...você sabe.- O garoto ainda sentia muita dor ao falar da morte do seu mentor, mas continuou.- Bom naquela noite eu e o diretor tínhamos saído em busca de um horcruxe, enfrentamos uns inferes horríveis e Dumbledore bebeu uma porção para retirar o horcruxes de uma bacia, o que o deixou muito fraco. Quando retornamos, ele não pode enfrentar os comensais e aí ocorreu tudo aquilo que você sabe. E o pior foi que o objeto que pegamos era um horcruxe falso que alguém colocou ali quando retirou o verdadeiro.

O garoto retirou o cordão que sempre levava consigo e mostrou a garota que ouvia tudo perplexa. E depois continuou a falar. Depois do funeral eu percebi que se o diretor me mostrou tudo isso era porque queria que eu continuasse em busca desses objetos e é o que eu vou fazer. Destruirei todos esses horcruxes e matarei Ridlle e seus comensais – disse decidido.- Só não sei se vou sair vivo de tudo isso e é por esse motivo quero que você me esqueça, não quero que sofra por minha causa.
- Não Harry, eu vou com você, vou até o fim mesmo que isso me custe à própria vida.
- De jeito nenhum, já estou arriscando demais levando Ron e Mione comigo, não vou colocar você em risco também.
- E porque você os leva e não pode me levar?
- Porque é muito perigoso, eles estão acostumados aos riscos você não, além do que eu não suportaria te perder.
- Como assim não estou acostumada aos riscos, saiba que tenho muito mais coragem que a Hermione e com certeza conjuros melhores feitiços que o Ronald. E se você não lembra, eu enfrentei vários comensais da morte esses últimos anos e estou bem aqui vivinha da silva. Como é que mesmo assim você pode dizer que não estou acostumada a correr riscos Potter? – dizia a ruiva agora realmente enfurecida.
O moreno viu que dessa vez realmente estava perdido, pois quando aquela ruiva ficava com raiva era fogo, além do que se alguém os escutassem estariam em maus lençóis. Então ele pensou em uma saída que acalmasse Gina, mas que a deixasse segura em casa – eu sei que você é excepcional em feitiços, e muito corajosa e esperta, mas veja eu quero que fique aqui para proteger sua família e o pessoal da ordem, alem do que me manter informada sobre tudo que se passa no mundo bruxo, por que eu não vou poder ler o PROFETA DIÁRIO nos locais aonde eu vou.
- Tudo bem eu posso até não ir, mas te esperarei e vou continuar a ser sua namorada.
- Entenda Gina, eu não posso te namorar seria muito arriscado, lembra que você quase morreu na câmara secreta só por ser irmã do meu amigo, imagina o que eles fariam se soubessem que você é minha namorada – disse o garoto impaciente com a cabeça dura da ruiva.
- Eu não me importo – disse petulante.
- Mas eu sim.
- Harry você não vai me convencer a abrir mão de tê-lo, vou te esperar o tempo que tiver que esperar.
- Ginny – disse o moreno carinhoso - eu fico lisonjeado por esse sentimento que você tem por mim, mas eu não posso deixar você com esperanças, muitas pessoas morreram nesta missão, até Dumbledore que era o bruxo mais poderoso do mundo.
- Concordo que é perigoso, mas tenho certeza que você sobreviverá. Você se subestima Harry, mas é um bruxo extraordinariamente poderoso, e vai descobrir isso logo. E quanto a não me dar esperanças de sua volta, eu não me importo de te-las.
- Mas Gina...

Ele foi interrompido por um caloroso beijo da garota, que ele não recusou, mesmo sabendo que o certo seria terminar tudo com a ruiva, ele não conseguia, o que sentia era muito forte e impossível de esquecer ou esconder.
Quando os lábios se soltaram, ele encarou os olhos castanhos, seus rostos ainda estavam colados, e ele pensou em dizer várias coisas e terminar tudo, mas os olhos da garota estavam marejados de lagrimas e os seus também. Palavras foram sufocadas pelo entendimento daquele olhar, os dois ficaram alguns minutos ali, se encarando e os olhos transbordando de lagrimas. Até quando o garoto abraçou a ruiva e disse no seu ouvido.
- Ginny é impossível negar que eu te amo muito, e não consigo viver sem você, então vamos continuar juntos, mas eu quero que você fique aqui, segura com o pessoal da ordem e que se eu não voltar você vai seguir a vida e ser muito feliz ta.
- Eu tenho certeza que você vai voltar e eu vou esta aqui para te cobrir de beijos que um herói bravo como você merece.
O garoto riu da declaração, um riso meio triste como se não acreditasse nas ultimas palavras. Mas concordou com a garota. Como poderia resistir àqueles olhos castanhos?
- Toda vez que olho pra você Gina é como se tudo ficasse perfeito, como se Ridlle fosse apenas um bruxo mal das histórias infantis. Eu vou partir pra essa missão, mas farei de tudo pra voltar vitorioso e passar o resto da minha vida a seu lado, eu prometo.
- Não acredito muito em promessas, mas nessa eu vou acreditar e colocar todas as minhas forças para que você consiga cumpri-la, porque não apenas eu morreria se você falhasse, mas também muitos inocentes.

Os dois se abraçaram, como nunca antes haviam feito, um abraço forte que ultrapassava os corpos físicos, eram como se suas almas se unissem. O garoto levantou o rosto da ruiva e lhe deu um caloroso beijo, que ela retribuiu com o mesmo ardor. Ela apertou o abraço que os envolvia, quando ele deslizou uma das mãos pela nuca dela arrancando alguns gemidos. Com um movimento rápido ele a deitou na cama seu corpo sobre o dela. Sentiu as mãos da ruiva deslizarem nas suas costas e uma delas chegar a sua nuca, subir para os cabelos e apertar com força aqueles cabelos negros e desalinhados. Cada vez que um beijo era interrompido, apenas para tomar fôlego para outro, eles se encaravam, o desejo que um sentia pelo outro aumentando a cada carícia ousada. As mãos do moreno passaram a percorrer o rosto da ruiva descer até a nuca e alcançar o colo da garota, enquanto as dela já subiam a blusa do pijama do garoto. Neste momento ele segurou as mãos da ruiva impedindo-a de continuar o movimento. Por mais que ele quisesse te-la nos braços não poderia deixar se levar pelo instinto que se apoderava dele.

- Gina, você tem certeza que quer fazer isso.
- É o que mais quero nesse momento.
Que as conveniências se danem, pensou o garoto. Aquela ruiva era a mulher da sua vida e nada seria mais maravilhoso que eles se descobrirem como homem e mulher juntos. Ele soltou as mãos dela e deixou que retirasse sua blusa e nesse mesmo momento ele descia delicadamente a camisola bege da garota descobrindo as formas daquele corpo nu e o puxando para junto do seu. Os corpos do moreno e da ruiva uniram-se em uma sintonia perfeita, como se um fosse feito para outro. E apenas a lua e o céu estrelado foram testemunhas daquela noite de amor entre Gina e Harry Potter.
Quando os primeiros raios do dia entraram pela janela, Harry despertou da melhor noite de sua vida, e ficou ainda mais radiante ao encarar a ruivinha deitada a seu lado. Como poderia um amor tão grande surgir daquele jeito na vida dos dois. Ele ficou observando o rosto e o corpo maravilhoso da mulher da sua vida ali do seu lado e soltou um lindo sorriso para os olhos castanhos que despertavam sonolentos.
- Pensei que tinha sido um sonho, disse a garota colocando a cabeça no peito do moreno, fazendo a criatura dentro dele vibrar de contentamento.
- E foi um lindo sonho mesmo ter você em meus braços e acordar com você ao meu lado.
Os dois ficaram abraçados por um bom tempo, até os raios solares chegarem a metade do quarto, quando depois de novamente se amarem, ela sair do quarto, pois os outros moradores já estariam acordando e Mione sentiria a falta dela no quarto ao lado.
Quando o garoto se reuniu aos outros no café da manhã encarou uma Gina radiante, e ele mesmo não conseguia esconder toda a alegria que se instalara dentro de si. Mas a chegada dos amigos preocupados à mesa o despertou para a perigosa jornada que começariam a encarar a partir daquele dia.
Depois do café ele subiu e colocou o estritamente necessário na sua mochila, enquanto Ron fazia o mesmo e Mione, que já arrumara as malas no dia anterior, escrevia uma carta aos Weasley explicando a partida deles.
Às nove horas os três se encontraram embaixo da copa de uma das arvores, que escondiam o campo de quadribol improvisado dos Weasley, para partir.Os três novamente se encaravam e quando Harry perguntou PRONTOS, os dois acenaram que sim. Eles já iam aparatar quando uma voz decidida gritara pelo moreno.
Todos se viravam, e o coração de Harry acelerou quando viu Gina correndo em sua direção. Os dois pararam um em enfrente ao outro. Os olhos verdes e castanhos se encontraram.

Pra que falar se você não quer me ouvir
Fugir agora não resolve nada
Mas não vou chorar se você quiser partir
Às vezes a distancia ajuda
E essa tempestade um dia vai acabar
Só quero te lembrar de quando a gente andava nas estrelas
Nas horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar
E hoje tenho certeza
A nossa historia não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar

Havia uma compreensão mútua naquele olhar. Os olhos da garota estavam marejados de lágrimas. Eles sabiam tudo que iriam enfrentar, a separação, os perigos e a solidão. Mas sabiam que onde quer que estejam e a qualquer distância, um seria do outro inteiramente como na noite anterior.
- Não se esqueça da sua promessa. Vá, encontre os horcruxes, mate o Ridlle e os comensais e volte para passar o resto da vida ao meu lado.
O garoto segurou o rosto da ruiva com as mãos, enxugou as lágrimas do rosto dela e lhe deu um longo beijo.
- Eu vou voltar, não só por que prometi, mas por que tenho certeza que a felicidade do meu ser está ao seu lado.
Eles se abraçaram mais uma vez. E quando se soltaram, o moreno olhou fixamente nos olhos da garota, acariciou seu rosto com uma das mãos e disse – - - EU TE AMO.
A ruiva fez o mesmo que na noite anterior e sufocou todas as palavras com um caloroso beijo.

Quando a chuva passar quando o tempo abrir
Abra a janela e veja eu sou o sol
Eu sou céu e o mar
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão.

Ela viu então o moreno aparatar junto com o irmão e a melhor amiga para uma jornada cujo caminho e desfecho era desconhecido, mas que ela tinha certeza de que seria um desfecho feliz.









Promessa e despedidas

Fazia dois dias que Harry chegara a Toca e agora, depois do casamento de Gui, ele, Ron e Mione estavam acertando os últimos detalhes para a jornada que iriam começar em busca dos pedaços da alma de Tom Ridlle.
Os três amigos estavam no quarto de Ron e agora se encaravam mudos como se esperassem que alguém lhes dissesse que o que fariam era loucura e que voltassem a escola e se importassem somente com as provas e os jogos de quadribol. Mas o único barulho que se ouvia era do vampiro do sótão batendo nos canos.
Harry caminhou até a janela para observar o jardim. Mas a visão que teve só fazia deixa-lo mais triste em ter que começar essa viagem. Ele visualizou Gina sentada em uma rocha distante da casa brincando com bichento, o vento balançando sua cabeleira ruiva e o sol de verão refletindo-se nos seus olhos castanhos.
...........................................//............................................................//...................................
O jantar mais uma vez foi silencioso para os três amigos, mesmo as brincadeiras de Fred e Jorge não conseguiram arrancar sorrisos dos lábios dos garotos. Outra pessoa, outrora sorridente, também estava séria, mas sua seriedade devia-se única e exclusivamente a falta de respostas do moreno sentado na cabeceira da mesa. Era preciso resolver toda essa situação ela sabia, e seria naquela noite mesmo.
Terminado o jantar todos se recolheram a seus quartos. Harry ficara com o quarto dos gêmeos que agora moravam em um apartamento em cima de sua loja em Londres. O garoto bem que tentou mais o sono não chegava ele resolveu então ficar deitado observando o céu estrelado pela janela. Passaram-se alguns minutos quando seus pensamentos foram interrompidos por uma batida na porta e um feitiço “coloportus”. Gina entrara no seu quarto, ela vestia uma camisola bege que contrastava com os cabelos vermelhos e a deixava ainda mais linda. A penumbra e frio da noite que a fazia tremer lhe davam um ar de fragilidade, e quando ela sentou-se na cama de frente ao garoto a única coisa que Harry pensava era em abraçar aquele anjo, que com aquela camisola fina de onde se podia ver todos os contornos do corpo esbelto, parecia mais tentador do que nunca. Mas ao encarar os olhos castanhos viu que a garota parecia decidida a arrancar todas as respostas às perguntas que ela fizera todos esses dias a ele e não obteve respostas. O fato de ter que dar todas as respostas a Gina doía profundamente ao garoto, pois significava que era hora de esquece-la e deixar para trás todos os momentos felizes ao lado dela.
- Acho que você sabe porque estou aqui essa hora, disse a garota.
- É posso imaginar - disse o moreno tristemente - quer saber porque tenho evitado falar com você, não?
- Evitado! Disse a garota enlouquecida. Desde o funeral de Dumbledore que você está estranho, veio com aquele papo de que deveríamos nos separar e depois foi para casa dos seus tios e não respondeu nenhuma das minhas corujas. O que você quer fazer einh? Enlouquecer-me?
- Desculpe Gina, mas essa conversa é mais difícil pra mim que pra você, e eu queria realmente que ela não acontecesse, mas é inevitável.
- Bem então é melhor não adiar mais – disse a ruiva enraivecida.
- Nós não vamos nos ver por um bom tempo, disse o garoto decidido, e continuou a falar mesmo vendo o rosto estarrecido da ruiva. Nós não vamos nos ver porque eu vou viajar, ou melhor, vou partir para uma missão que comecei junto com Dumbledore naquela noite em que a escola foi invadida.
- Missão? Mas que missão?- ela perguntou atordoada.
- Bom durante todo o ano passado o diretor e eu mergulhamos nas lembranças relacionadas a Tom Ridlle e descobrimos várias coisas sobre a personalidade dele e o motivo pelo qual ele ainda está vivo.
- Como assim?
- Através de uma lembrança do professor Horácio nós pudemos descobrir que Tom criou sete Horcruxes e que foi por causa delas que não morreu quando tentou me matar a dezesseis anos atrás.
- Mas o que são essa horcruxes?
- Horcruxes são fragmentos da alma de uma pessoa guardados em um objeto e que só podem ser criados se essa pessoa tiver matado alguém. Para cada morte se cria um horcruxe. E no caso de Ridlle ele fez sete desses e, portanto é imortal enquanto esses objetos existirem.
- E que objetos são esses?
- Bom eu não sei quais são todos, mas sei que dois já foram destruídos.
- Já! Mas quem os destruiu?
- Dumbledore destruiu o anel do avô de Tom que era um dos horcruxes e o outro, bem, eu destruí.
- Você, mas como assim, onde, quando?
- A uns quatro anos atrás, na câmara secreta.
- O quê? – disse a garota estarrecida.- o basilisco era um desses horcruxes?

O garoto sabia que o que ia falar ia machucar muito a ruiva, mas se já começou a relembrar os fatos daquele ano era melhor falar tudo. – não era o basilisco, era o diário de Tom que eu destruí.
Aquele dado deixou a garota abismada, toda vez que lembrava daquele diário se sentia uma idiota por ter se deixado levar pelas artimanhas de Ridlle e em pensar que aquele diário era mais do que um simples objeto encantado, mas sim uma parte da alma daquele cara de cobra, a deixava mais culpada do risco que seus amigos passaram para destruí-lo e poder salva-la.
- Você poderia ter morrido quando destruiu aquilo – disse a garota chorosa – e seria minha culpa.
- Não seria não, Gina. Eu sei que aquele diário só trouxe coisas horríveis para todos nós, mas se não tivesse chegado às nossas mãos, talvez seria mais um horcruxes desaparecido para complicar nossa missão. E também eu não me importaria de morrer para salvar você.
- Mas eu me importaria.- Disse ela encarando profundamente os olhos verdes. –pois bem, eu entendi o que são horcruxes, mas o que sua missão tem a ver com eles?
- Naquela noite fatídica, em que...você sabe.- O garoto ainda sentia muita dor ao falar da morte do seu mentor, mas continuou.- Bom naquela noite eu e o diretor tínhamos saído em busca de um horcruxe, enfrentamos uns inferes horríveis e Dumbledore bebeu uma porção para retirar o horcruxes de uma bacia, o que o deixou muito fraco. Quando retornamos, ele não pode enfrentar os comensais e aí ocorreu tudo aquilo que você sabe. E o pior foi que o objeto que pegamos era um horcruxe falso que alguém colocou ali quando retirou o verdadeiro.

O garoto retirou o cordão que sempre levava consigo e mostrou a garota que ouvia tudo perplexa. E depois continuou a falar. Depois do funeral eu percebi que se o diretor me mostrou tudo isso era porque queria que eu continuasse em busca desses objetos e é o que eu vou fazer. Destruirei todos esses horcruxes e matarei Ridlle e seus comensais – disse decidido.- Só não sei se vou sair vivo de tudo isso e é por esse motivo quero que você me esqueça, não quero que sofra por minha causa.
- Não Harry, eu vou com você, vou até o fim mesmo que isso me custe à própria vida.
- De jeito nenhum, já estou arriscando demais levando Ron e Mione comigo, não vou colocar você em risco também.
- E porque você os leva e não pode me levar?
- Porque é muito perigoso, eles estão acostumados aos riscos você não, além do que eu não suportaria te perder.
- Como assim não estou acostumada aos riscos, saiba que tenho muito mais coragem que a Hermione e com certeza conjuros melhores feitiços que o Ronald. E se você não lembra, eu enfrentei vários comensais da morte esses últimos anos e estou bem aqui vivinha da silva. Como é que mesmo assim você pode dizer que não estou acostumada a correr riscos Potter? – dizia a ruiva agora realmente enfurecida.
O moreno viu que dessa vez realmente estava perdido, pois quando aquela ruiva ficava com raiva era fogo, além do que se alguém os escutassem estariam em maus lençóis. Então ele pensou em uma saída que acalmasse Gina, mas que a deixasse segura em casa – eu sei que você é excepcional em feitiços, e muito corajosa e esperta, mas veja eu quero que fique aqui para proteger sua família e o pessoal da ordem, alem do que me manter informada sobre tudo que se passa no mundo bruxo, por que eu não vou poder ler o PROFETA DIÁRIO nos locais aonde eu vou.
- Tudo bem eu posso até não ir, mas te esperarei e vou continuar a ser sua namorada.
- Entenda Gina, eu não posso te namorar seria muito arriscado, lembra que você quase morreu na câmara secreta só por ser irmã do meu amigo, imagina o que eles fariam se soubessem que você é minha namorada – disse o garoto impaciente com a cabeça dura da ruiva.
- Eu não me importo – disse petulante.
- Mas eu sim.
- Harry você não vai me convencer a abrir mão de tê-lo, vou te esperar o tempo que tiver que esperar.
- Ginny – disse o moreno carinhoso - eu fico lisonjeado por esse sentimento que você tem por mim, mas eu não posso deixar você com esperanças, muitas pessoas morreram nesta missão, até Dumbledore que era o bruxo mais poderoso do mundo.
- Concordo que é perigoso, mas tenho certeza que você sobreviverá. Você se subestima Harry, mas é um bruxo extraordinariamente poderoso, e vai descobrir isso logo. E quanto a não me dar esperanças de sua volta, eu não me importo de te-las.
- Mas Gina...

Ele foi interrompido por um caloroso beijo da garota, que ele não recusou, mesmo sabendo que o certo seria terminar tudo com a ruiva, ele não conseguia, o que sentia era muito forte e impossível de esquecer ou esconder.
Quando os lábios se soltaram, ele encarou os olhos castanhos, seus rostos ainda estavam colados, e ele pensou em dizer várias coisas e terminar tudo, mas os olhos da garota estavam marejados de lagrimas e os seus também. Palavras foram sufocadas pelo entendimento daquele olhar, os dois ficaram alguns minutos ali, se encarando e os olhos transbordando de lagrimas. Até quando o garoto abraçou a ruiva e disse no seu ouvido.
- Ginny é impossível negar que eu te amo muito, e não consigo viver sem você, então vamos continuar juntos, mas eu quero que você fique aqui, segura com o pessoal da ordem e que se eu não voltar você vai seguir a vida e ser muito feliz ta.
- Eu tenho certeza que você vai voltar e eu vou esta aqui para te cobrir de beijos que um herói bravo como você merece.
O garoto riu da declaração, um riso meio triste como se não acreditasse nas ultimas palavras. Mas concordou com a garota. Como poderia resistir àqueles olhos castanhos?
- Toda vez que olho pra você Gina é como se tudo ficasse perfeito, como se Ridlle fosse apenas um bruxo mal das histórias infantis. Eu vou partir pra essa missão, mas farei de tudo pra voltar vitorioso e passar o resto da minha vida a seu lado, eu prometo.
- Não acredito muito em promessas, mas nessa eu vou acreditar e colocar todas as minhas forças para que você consiga cumpri-la, porque não apenas eu morreria se você falhasse, mas também muitos inocentes.

Os dois se abraçaram, como nunca antes haviam feito, um abraço forte que ultrapassava os corpos físicos, eram como se suas almas se unissem. O garoto levantou o rosto da ruiva e lhe deu um caloroso beijo, que ela retribuiu com o mesmo ardor. Ela apertou o abraço que os envolvia, quando ele deslizou uma das mãos pela nuca dela arrancando alguns gemidos. Com um movimento rápido ele a deitou na cama seu corpo sobre o dela. Sentiu as mãos da ruiva deslizarem nas suas costas e uma delas chegar a sua nuca, subir para os cabelos e apertar com força aqueles cabelos negros e desalinhados. Cada vez que um beijo era interrompido, apenas para tomar fôlego para outro, eles se encaravam, o desejo que um sentia pelo outro aumentando a cada carícia ousada. As mãos do moreno passaram a percorrer o rosto da ruiva descer até a nuca e alcançar o colo da garota, enquanto as dela já subiam a blusa do pijama do garoto. Neste momento ele segurou as mãos da ruiva impedindo-a de continuar o movimento. Por mais que ele quisesse te-la nos braços não poderia deixar se levar pelo instinto que se apoderava dele.

- Gina, você tem certeza que quer fazer isso.
- É o que mais quero nesse momento.
Que as conveniências se danem, pensou o garoto. Aquela ruiva era a mulher da sua vida e nada seria mais maravilhoso que eles se descobrirem como homem e mulher juntos. Ele soltou as mãos dela e deixou que retirasse sua blusa e nesse mesmo momento ele descia delicadamente a camisola bege da garota descobrindo as formas daquele corpo nu e o puxando para junto do seu. Os corpos do moreno e da ruiva uniram-se em uma sintonia perfeita, como se um fosse feito para outro. E apenas a lua e o céu estrelado foram testemunhas daquela noite de amor entre Gina e Harry Potter.
Quando os primeiros raios do dia entraram pela janela, Harry despertou da melhor noite de sua vida, e ficou ainda mais radiante ao encarar a ruivinha deitada a seu lado. Como poderia um amor tão grande surgir daquele jeito na vida dos dois. Ele ficou observando o rosto e o corpo maravilhoso da mulher da sua vida ali do seu lado e soltou um lindo sorriso para os olhos castanhos que despertavam sonolentos.
- Pensei que tinha sido um sonho, disse a garota colocando a cabeça no peito do moreno, fazendo a criatura dentro dele vibrar de contentamento.
- E foi um lindo sonho mesmo ter você em meus braços e acordar com você ao meu lado.
Os dois ficaram abraçados por um bom tempo, até os raios solares chegarem a metade do quarto, quando depois de novamente se amarem, ela sair do quarto, pois os outros moradores já estariam acordando e Mione sentiria a falta dela no quarto ao lado.
Quando o garoto se reuniu aos outros no café da manhã encarou uma Gina radiante, e ele mesmo não conseguia esconder toda a alegria que se instalara dentro de si. Mas a chegada dos amigos preocupados à mesa o despertou para a perigosa jornada que começariam a encarar a partir daquele dia.
Depois do café ele subiu e colocou o estritamente necessário na sua mochila, enquanto Ron fazia o mesmo e Mione, que já arrumara as malas no dia anterior, escrevia uma carta aos Weasley explicando a partida deles.
Às nove horas os três se encontraram embaixo da copa de uma das arvores, que escondiam o campo de quadribol improvisado dos Weasley, para partir.Os três novamente se encaravam e quando Harry perguntou PRONTOS, os dois acenaram que sim. Eles já iam aparatar quando uma voz decidida gritara pelo moreno.
Todos se viravam, e o coração de Harry acelerou quando viu Gina correndo em sua direção. Os dois pararam um em enfrente ao outro. Os olhos verdes e castanhos se encontraram.

Pra que falar se você não quer me ouvir
Fugir agora não resolve nada
Mas não vou chorar se você quiser partir
Às vezes a distancia ajuda
E essa tempestade um dia vai acabar
Só quero te lembrar de quando a gente andava nas estrelas
Nas horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar
E hoje tenho certeza
A nossa historia não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar

Havia uma compreensão mútua naquele olhar. Os olhos da garota estavam marejados de lágrimas. Eles sabiam tudo que iriam enfrentar, a separação, os perigos e a solidão. Mas sabiam que onde quer que estejam e a qualquer distância, um seria do outro inteiramente como na noite anterior.
- Não se esqueça da sua promessa. Vá, encontre os horcruxes, mate o Ridlle e os comensais e volte para passar o resto da vida ao meu lado.
O garoto segurou o rosto da ruiva com as mãos, enxugou as lágrimas do rosto dela e lhe deu um longo beijo.
- Eu vou voltar, não só por que prometi, mas por que tenho certeza que a felicidade do meu ser está ao seu lado.
Eles se abraçaram mais uma vez. E quando se soltaram, o moreno olhou fixamente nos olhos da garota, acariciou seu rosto com uma das mãos e disse – - - EU TE AMO.
A ruiva fez o mesmo que na noite anterior e sufocou todas as palavras com um caloroso beijo.

Quando a chuva passar quando o tempo abrir
Abra a janela e veja eu sou o sol
Eu sou céu e o mar
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão.

Ela viu então o moreno aparatar junto com o irmão e a melhor amiga para uma jornada cujo caminho e desfecho era desconhecido, mas que ela tinha certeza de que seria um desfecho feliz.

N/A: obrigada pelos comentários recebidos, mudei algumas coisas como sugerido. obrigada e comentem
Mayra Black

























































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