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Eu me odeio. Eu me odeio por querer ser como você, quer estar com você. Há espaço o bastante aí dentro para nós dois e eu quero ficar com você, para todo o sempre.

Embora o tempo tenha passado, a realidade tenha mudado, aqui dentro o meu amor continua intacto. O meu amor por você é maior do que simples palavras ditas ao vento. Elas foram gravadas, gravadas bem fundo em meu coração. Se um dia elas irão sair dali? Jamais...

A cada amanhecer me lembro do seu sorrido alegre capaz de iluminar meu dia. Sozinha sigo pelas manhãs cinzas e sento ao lado de meu único companheiro: o nostalgico lago negro.

Lá nós passamos momentos lindos, momentos os quais jamais irei esquecer. Eramos felizes. Eramos um casal. Sentavamos aqui, nessa mesma árvore. Nos abraçavamos.. nos beijavamos.. e oh, o seu beijo! Beijo o qual eu jamais encontrei igual.

Nossas bocas foram feitas uma para a outra e agora que você se foi, já não sei mais se um dia ela poderá encontrar alguém que a faça feliz, porque eu jamais serei feliz.

Ao olhar para superfície daquele lindo lago já não vejo mais reflexo pelo simples fato de que sem você eu já não mais existo.

Eu quero ser como você. Estar ai dentro. Há espaço o bastante para nós dois...

Andando sem destino pelo castelo. Já não tenho mais amigos, os quais acham que eu parei de viver depois de você. Mas depois de você os outros, são apenas outros... já não tenho mais porque ter amigos, eles não me fazem feliz.

Porque você tinha de ir embora? Porque você não me levou junto? Porque você pode me deixar dessa forma, triste e com um desejo de matar... matar a mim mesmo e aquele maldito que fez isso a você.

Porque Cedrico, porque?

Um dia eu irei encontrar aquele que todos chamam de Voldemorte. Um dia irei olhar naqueles olhos vermelhos e irei fazer com que ele sinta cada momento triste que eu senti.

Posso não conseguir fazer nada para ele, mas pelo menos terei morrido tentando. E, ao morrer, estarei indo de encontro à você e terei meu sonho realizado.

Enquanto esse dia não chega eu fico aqui, querendo ser como você, ter o mesmo fim. Querendo entrar nesse maldito caixão preto que me separa de você. Abraçar-te e dizer pela última vez o quanto eu te amo. Há espaço o bastante para nós dois ai dentro... E quando nos deitarmos numa felicidade silenciosa, eu sei que você se lembrará de mim...

Cho Chang*

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