Capítulo um








Green Day - Time of Your Life


Capítulo um



- Sirius? – um sussurro quase inaudível, invadiu os ouvidos do jovem Black. – Sirius... – a voz tornou a se pronunciar

Sirius Black estava trancafiado naquele porão por um pouco mais de uma semana. Não falava com ninguém, não comia e não bebia nada, estava pálido e com enormes olheiras, os cabelos negros destacavam ainda mais a feição doentia do garoto.

Desde os nove anos de idade, Sirius sofria calado o efeito cruel de uma das maldições imperdoáveis, lançada pelo pai Orion Black.

- Sirius... Está acordado?

Sirius ergueu levemente a cabeça, e com um meio sorriso, disse:

- E alguém consegue dormir nessas condições, Andy? – Andrômeda balançou a cabeça negativamente e aproximou-se do primo. Ele estava pendurado pelos pulsos e pelos tornozelos, de forma a ficar com a barriga para baixo e conseqüentemente, sua cabeça também pendia na direção do chão.

- Eu vou te tirar daqui Sirius, hoje mesmo! – a moça falou com convicção, passando levemente a mão sobre o rosto pálido e sujo do garoto.

Ele soltou um suspiro cansado, e soltou seu peso nas correntes, gemeu de dor quando sentiu um corte profundo e inesperado no tornozelo. Tornou a olhar para o chão, onde vários pedaços de pão seco se encontravam.

- Sirius, você precisa comer algo, está tão fraco...

- Eu estou bem, Andy. – ela o olhou com uma sobrancelha levemente arqueada. – É sério, já foi pior.

- Você fala isso com tanta naturalidade, não deveria ser assim, NÃO DEVE! – ela alterou consideravelmente a voz, o que sobressaltou Sirius e arrancou do próprio um ‘Shiii, mais baixo, por favor’. A moça acariciou novamente o rosto do primo, olhando-o com piedade, e uma seriedade típica dos Black.

Passos foram ouvidos, na escada de madeira, que dava acesso ao porão. Andrômeda olhou atordoada para Sirius que arregalou os olhos e ficou estático, sem nenhuma reação. O ambiente tornava-se mais tenso a cada rangida na escada. Um frio repentino tomou conta do local, quando a porta negra foi aberta. Por ela entrou um irritado senhor, que aparentava idade, porém possuía uma beleza e uma arrogância fora do comum, esboçada no olhar.

- Andrômeda, o que faz aqui? – a voz fria e grave, do velho homem ecoou pelo local, fazendo Sirius fechar os olhos, tamanha era a dor forte que sentia na cabeça, e soltar um resmungo. – QUIETO VOCÊ! – o homem se virou na direção de Sirius e o olhou com desprezo. – E então, Andrômeda, o que faz aqui? – indagou novamente.

- E-eu... Eu vim ver como o Sirius, está. E o senhor?

- Ouvi barulhos aqui... – respondeu rabugento.

- Pronto, agora que já viu o que é, pode ir embora. – Sirius respondeu seco, com a voz falha e fraca.

- QUIETO!

- Por que?

- Sirius... – Andrômeda chamou atenção.

- O que eu te fiz pra você me odiar tanto? O que eu te fiz pra você me tratar desse jeito? EU SOU UM SER HUMANO E INFELIZMENTE, AINDA SOU SEU FILHO!

- Se coloque no seu lugar. Eu não tenho que ouvir desaforos de um cretino com você. Agora vamos, Andrômeda. - ele segurou firmemente o braço da moça, que tentou inutilmente se soltar dele.

- Você... está me... machucando. – ela falou pausadamente

- NÃO ME INTERESSA, VENHA E PARE DE RECLAMAR!

- Não grita com ela, seu hipócrita. – Sirius quase gritou, juntando todas as suas forças. O velho homem retirou a varinha do bolso interno da sua capa e apontou para Sirius.

Andrômeda, num ato de coragem, se colocou na frente do tio e o empurrou fortemente, o que o fez perder um pouco do equilíbrio e colidir com a parede. Ela continuou empurrando o tio, até saírem do porão, porém antes disso Andrômeda olhou para Sirius uma última vez e formou em seus lábios as palavras ‘Eu vou te tirar daqui... Depois eu volto’ e Sirius sorriu agradecido.

Os passos dos dois foram ficando cada vez mais distantes, até desaparecerem por completo e Sirius mergulhar novamente no mais terrível e profundo silêncio.

x – x – x – x


Horas depois, passos suaves são ouvidos na escada, porém Sirius estava entregue ao cansaço, seus músculos não estavam mais contraídos, seus olhos pesavam e não se importava mais com a dor de cabeça, ou com o profundo corte em seu tornozelo, que ainda sangrava um pouco.

Silenciosamente, Andrômeda entrou no porão, tirou a varinha do bolso da calça jeans preta e apontou para as correntes, que com um jato de luz, se partiram no meio. Sirius soltou uma exclamação de dor ao cair pesadamente no chão frio e úmido.

- Desculpa, desculpa, desculpa... – Andrômeda falava, enquanto levantava Sirius e com muito esforço, o colocava sobre seus ombros [N/T: ‘Oo... seria Sirius um gordinho safadjééééénho? Certo, acabou com todo clima fraternal que tinha essa parte... ‘-- MENTIRA, nem tinha clima fraternal /capota/].

- Andy... – ele murmurou quase caindo dos ombros da prima. – Me... me tira daqui, o ma-mais rápido possível, por favor.

- Agüenta firme, a gente já vai sair daqui – Andy sorriu fracamente.

Andrômeda evitava fazer o mínimo de barulho, subiu rapidamente as escadas e rumou em direção ao quarto de Sirius, chegando lá, abriu a porta, entrou e rapidamente a fechou novamente, largou Sirius na cama, e falou para ele:

- Sirius vá tomar um banho, e volte aqui rápido, enquanto eu arrumo suas coisas.

- Andy, o que você pretende? – ele indagou com a voz fraca.

- Ué, não é você que vive falando que quer fugir dessa casa, mas nunca tem oportunidade...?

- Sim, mas o que isso tem a ver com a minha situaç...

- Apenas Narcisa e mamãe estão em casa... – ela abriu um meio sorriso – e eu já cuidei delas pra você! – no momento, era Sirius que sorria abertamente.

- Eu, eu... Andy, nem sei como te agradecer... – Ele tinha os olhos marejados por pesadas lágrimas, que tentavam deslizar por seu rosto a qualquer custo.

- Vá tomar banho, que eu arrumo tudo aqui, depois vamos para a casa do James. – Sirius entregou-se as lágrimas que queimavam seus olhos.

- Eu te amo, Andy, e obrigado por tudo... TUDO MESMO!





A rua estava vazia e em completo silêncio, exceto por uma moça e um garoto, que caminhavam vagarosamente, em direção a casa mais bonita da redondeza.

O som da campainha despertou os Potter, e após alguns instantes, uma senhora rechonchuda, vestida num robe rosa claro, apareceu na porta.

- Sirius, querido! O que faz aqui essa hora?! – Sirius abrira a boca para responder, porém nenhum som saiu da mesma. Ele continuava com a aparência cansada, tinha os olhos inchados pelo choro, e um olhar perdido, doentio. – Entrem, entrem. – ela falou, dando espaço para eles entrarem.

Já dentro da casa, Andrômeda resolveu se pronunciar:

- Será que o Sirius poderia ficar aqui com vocês por algum tempo? – Andrômeda indagou com a voz quase sumindo.

- Claro, mas... Por que? – a Sra Potter parou um segundo e logo olhou para Andrômeda com uma face preocupada. – Não me diga que vocês...

A moça apenas acenou afirmativamente com a cabeça e soltou um suspiro pesado.

- Agora, pode me dizer o porquê de terem fugido, Andy?

- Eu realmente não agüentava mais ver Sirius naquela situação, doía sabe?! – A mulher concordou – Eu sabia que podia fazer alguma coisa, mas eu não tinha forças pra nada. Ver meu primo sendo maltratado e amaldiçoado daquela forma, me corroia por dentro, já havia se tornado insuportável. – A moça falava muito rápido, e as lágrimas escorriam livremente por seu rosto. – Até que um dia, eu me lembrei de uma conversa que eu tive com ele. Sirius havia comentado que James o convidara várias vezes para passar as férias aqui, mas tia Walburga nunca o deixara vir.

- Exato! Na verdade, isso deixava a casa muito silenciosa... – comentou a Sra. Potter, dando um pequeno sorriso.

- Mããããããããããe... – a voz de James se fez presente no hall da mansão dos Potter – Com quem a senhora está falando?

- Venha cá, James. – ela disse, simplesmente.

O garoto chegou a sala esfregando os olhos, tentando enxergar algo, pois a claridade ainda o cegava.

- Sirius? Andrômeda? O que as madames fazem aqui em casa?

- James, seja mais educado! – a Sra Potter deu um beliscão nele.

- AI, MÃE... NÃO ME BESLISCA, DROGA!

- JAMES, NÃO GRITE.

- MAS VOCÊ TAMBÉM TA GRITANDO, POR QUE EU NÃO POSSO GRITAR TAMBÉM?

- EU SOU SUA MÃE, JAMES. NÃO FALE ASSIM COMIGO.

Andrômeda pigarreou de leve, recebendo a atenção dos dois quase imediatamente.

- Desculpem a falta de educação de James – ela lançou um olhar cortante ao garoto que ia retrucar.

Sirius balançou a cabeça em sinal de ‘deixa pra lá’ e se virou para o amigo:

- É tão ruim assim me ver?

- Ta brincando? NÃO É RUIM, É PÉSSIMO!

- Obrigado pela parte que me toca.

- James, o Sirius ficará aqui por algum tempo.

- Jura? – o garoto pediu com os olhos brilhando.

- Sim, meu filho... Agora subam e você, - ela apontou para o filho – arrume a cama para o Sirius.

- Certo palhação... Vamos dormir, amanhã você me conta toda a história, está bem?

- Entendido, capitão! – Sirius concordou um pouco mais animado.

Andrômeda sorriu emocionada, era bom ver o garoto sorrindo novamente. Sirius olhou para a prima e a abraçou, dando um beijo estalado em sua bochecha em seguida.

- Você vai ficar bem? – ele perguntou, quando se separaram.

- Vou. Com eles eu não tenho que me preocupar, eu sei me defender. – respondeu, dando uma piscadela [N/T: de berinjela/cabrita – ah, a Jôna entendeu] em seguida.

- Obrigada, de novo. Por tudo!

- Já falei que não precisa agradecer. Você merece ser feliz e bem tratado, Sirius. E eu sei que aqui, você será!

- Será bem tratado demais até... – James comentou divertido. – Tendo a minha mãe por perto, qualquer um é bem tratado. – Eles soltaram pequenos risos e Andrômeda chegou perto de Sirius.

- Te amo, Andy.

- Eu também te amo, pirralho. – ela falou, bagunçando os cabelos dele. E logo em seguida o abraçou pela última vez.






n/t: beeshas purpurinadas [que nem o baixo rosa do Dougie, há!] do meu coraçããããão *-*
MEO CATCHORO [pra ti, xuxubibis :D]! Eu gostaria de agradecer vocês, de verdade, pelos comentários meigos e gatchênhos que vocês deixaram para as autoras safadjénhas que demoraram anos para postar... ai, eu fiquei tão feliz /faz o superpulinho do homem-aranha/
Primeiramente, eu gostaria de informar a vocês que a fic inteira vai ser assim [triste e tals], porque vai ser drama, sabe?! [sim, a cabrita aqui, esqueceu de colocar lá no gênero, mó palha, mano! (especialmente para as minas do rap, May, Pammy e Sammy, uh, eu cuti-cuti)], ignorem o que eu escrevi até agora e se quiserem podem continuar ignorando, porque daqui não vai sair nada que preste.
Eu quero muito agradecer ao meu doce de coco, minha babuá, o zíper da minha calça [Oo’], a minha privada entupida, meu orgulho ferido [...] Rá, sua nega fedida, sem você, coisa bêbada, eu seria apenas uma papeleira jogada no lixo! Eu te agradeço infinitamente por existir e ser o meu karma, obrigado xuxu, por fazer mais um delírio [fic] se tornar realidade, obrigada mesmo /olhos marejados/!
Quero agradecer também a Jôna Cabritona Lupin, minha BITCHa luminosa, que deu muito apoio e betou a fic, me agüentou surtando no msn e tendo crises de insegurança em relação a essa fic.
Agradeço infinitamente ao McFLY [UI, JONÃO!], por eles existirem e fazerem uma criança feliz! Sem vocês, suas bichas gordas, eu viveria num mundo completamente isolado da civilização [que trágico] \o
E por último, e mais importante... VOCÊS! Leitores, que leram esse cap., que foi escrito com muito esforço e boas doses de músicas deprimentes, Dashboard Confessional e Busted, gritos e mais gritos por parte das autoras e 131 neurônios perdidos [eu te odeio eternamente por isso, Raíza... e você fede], pelos tapas amigáveis que a Rá me cedia o ‘prazer’ de receber. Tudo isso por vocês, então não sejam mal-agradecidos e comentem nessa joça.
Gradicida pela colaboração x) eu sei que ninguém deve estar lendo isso, afinal, ta quase do tamanho do capítulo Oo’
ta, ta... tchaaaaau!
Bêjo safadééééééééénhas, e tenham uma boa páscoa!
Jôna Berinjela


n/r: Pessoas que brilham como a bateria do Harold {eu tinha que botar isso, a Tefi falou do baixo do Dougie, direitos iguais}*-*, como vão vocês?! Eu vou bem, obrigado. Então, vamos começar os agradecimentos.
Em primeiro lugar, queria agradecer ao meu pai e minha mãe, por terem me feito, a Reverenda Lúcia, por berrar tanto e me deixar mais inspirada a cada vez que aparece sem peruca na aula e com seu tamanco mega sexy, Bruna, gatchénha, por betar essa coisa.Queria agradecer também a Tefi, a berinjela que me ouve todo dia, que me atura, que sofre nas minhas mãos [apenas 131 neurônios. Até o fim dessa N/R], queria agradecer também aos meus fãs, eu não seria nada sem vocês, seus gnomos do fim do arco íris, agradecer também ao McFLY, especialmente ao Harold, apenas um oceano nos separa, xuxu (Y).Queria mandar um beijo pra você, Xuxa, que me inspira a cada dia, e agradecer pela oportunidade /limpa uma lágrima/.
E, hãn, obrigada pelos comentários, eles nos inspiram cada vez mais. Eu amo vocês, pessoas desocupadas que não tem mais o que fazer e ficam aqui lendo essa porcaria.
E feliz Páscoa pra todo mundo, que o coelhinho venha bem gostoso, e cuidado com a diabetes, colesterol e os triglicerídios :D
Beijos, estudem bastaaaante, que nem nós [mentiiiira].
Rá Iorgute

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