cadê analua?

cadê analua?



"...de repente uma nuvem encobriu a lua e o mar escureceu..."


Tanto tempo... Tanto tempo que ia se transformando quando ela aparecia, que sentia sua falta mesmo quando não estava em sua forma completa.

Estava lá, sentado em frente ao mar, perto de sua casa, mas as nuvens agora a cobriam. Como no dia em que a conhecera.

Por que você não sai de trás da nuvem
Pro mar ficar mais lindo, só falta você


Havia se apaixonado por ela de tal maneira que se mudara do centro de Londres para uma casa simples, mas aconchegante, á beira-mar. Sempre achara, desde uma visita àquela mesma praia, que a lua era bem mais bonita de ser admirada.

Ele nunca contara a ninguém sobre o que acontecia em algumas noites. Uma bela dama descia dela, de sua um dia odiada, mas atualmente tão amada lua, e conversava com ele por horas.

No início era só uma grande amizade. Conheceram-se quando ele estava sentindo-se sozinho. Seu melhor amigo havia morrido. Estava triste, perdido, sem saber em que direção ir.

Então aparatou no que ele achara ser a praia mais bonita do Reino Unido e pôs-se a pensar, procurando pela lua. Ela estava escondida por nuvens cinzas, mas seu brilho ainda saia ligeiro por entre elas...

Foi então que apareceu. As nuvens se dispersaram e ela começou a descer.

Branca como sua mãe, esguia, alta e brilhante como uma estrela no céu. Analua descia imponente, caminhando em direção a ele, iluminando o mar atrás de si.

Remo ficara encantado por sua presença, nunca havia visto nada tão bonito. Ela inebriava uma frieza sutil, mas que o fazia sentir mais feliz do que nunca havia sido. Dava paz á sua alma, parecia que todos seus problemas vazavam e viravam moléculas da água do mar.

A minh'alma fica mais tranqüila
A vida harmoniza quando vejo você



E ficaram conversando por horas e horas, ele contando seus problemas e ela calada, ouvindo-o falar.
Volta e meia balançava a cabeça, dando a entender que sabia o que ele estava sentindo.

Ela sabia, sim, o que era viver na solidão.
O céu era lindo, a vista era maravilhosa, mas não conhecia ninguém. Ninguém nunca havia procurado por ela.

Dizia a lenda que ela seria mandada à terra apenas durante a noite, se algum humano realmente precisasse dela e tivesse alguma relação maior com sua mãe, a deusa maior Lua.

E ele tinha. Era um lobisomem, era só sua mãe se encher que ele se transformava em um ‘monstro’. Essa era uma ligação fortíssima. E apesar de achar que odiava a Lua, ele sabia, em seu subconsciente, que ela o ajudaria.

E Analua sabia disso. Sabia tanto que ao vê-lo chamando-a em pensamentos e desejos, desceu para ampará-lo.

Ela sentia que ele era o escolhido. Aquele que a faria se sentir-se bem. E sua missão de ajudar referia-se à ele.

Muitas foram suas aparições para ele. Sempre que precisava, não importava onde fosse o lugar, Analua sempre estava lá para ampará-lo.

Durante a guerra, principalmente, sempre que ele sentia-se fraco, quando sentia que ele ia ceder, aparecia. Linda e imponente como sempre, pronta para tudo.

Quando ele se transformava, ela ia pra onde o lobisomem fosse. Por não ser humana, não tinha como atacá-la, e seu brilho acalmava-o, fazendo o mesmo efeito da poção que ele tomava.

Então, após tudo isso, eles descobriram que havia o amor. Perceberam que era mais que uma simples e bela amizade. Começaram a se amar intensamente.

Seus encontros haviam se tornado cada vez mais freqüentes e aproveitados, mas sabiam que nada poderia mantê-los juntos.

Eram de raças diferentes. Ela, filha da mãe Lua, ele, apenas mais um bastardo filho do Sol, um humano. Mas, infelizmente, era o humano que ela amava.

Quando se sentia sozinha, antes de conhecê-lo, e não sentia vontade de conversar ou sequer ver alma viva capaz de vê-la daquela maneira.
Sua mãe tentara fazê-la viver feliz para sempre com um primo, um satélite de Vênus, mas Analua sentia que alguém precisaria dela, e então se fechara para sempre.

E era por isso que a lua estava sempre coberta por nuvens.
Era seu estado que refletia e atuava em tudo.
Há séculos ninguém via uma noite tão clara como na noite em que eles se conheceram.

Mas toda história de amor precisa de empecilhos.

A lua nunca aprovara esse romance.
Sabia de tudo que a filha fazia e não gostava de humanos, filhos bastardos de Sol, que um dia, secretamente, havia sido seu amante.
Por isso o ódio.

E por isso a proibição.

Ana havia explicado o caso a Remo, que ficara desapontado, deixando-a culpada e arrependida por falar aquelas palavras duras e sem nenhum sentido para seu amado.
Ambos se sentiam vazios por terem que deixar o amor evaporar, mas era preciso. Era isso ou a fúria da Lua.

E ela influenciava em tudo.

Passaram a última noite juntos e se amaram como nunca haviam feito antes.

E desde então, a noite estava sempre assim, escura, com nuvens tampando a lua.
E tudo isso porque Analua se sentia sozinha mais uma vez.

E Remo sabia disso, mas não conseguia parar de procurá-la.
Andava pela praia inteira, procurando por algum sinal de seu brilho.

Hoje eu caminhei a praia inteira
Com os pés na areia, coração em alto mar


Ele dizia a que ela não precisava fazer isso e que eles ainda podiam viver muitas coisas juntos, mas a filha da Lua dizia que se ela não o fizesse, sua mãe se enfureceria e alteraria o curso das marés, tendo proporções catastróficas para a humanidade.

Ele aceitara, mas não conseguia esquecê-la.
Pensava em tudo o que eles haviam vivido...
Os melhores anos de sua vida.

Lembrar você me faz, pensar besteira
Vida é brisa passageira não deixa passar


Mas ele não a teria de volta.

Comprara a casa na praia onde haviam se conhecido como recordação, mas sabia que bens materiais um dia iriam embora.

Sua única certeza era seu amor, que duraria pra sempre, dando forças para continuar procurando por ela, sem importar-se com nada mais.

Ao pensar nisso,olhou para o céu e viu que o brilho da lua havia se intensificado. Bem pouco, mas foi o suficiente para fazê-lo se sentir bem melhor.

Lembra você me faz, pensar besteira
Praia brava, lua cheia, cadê Ana Lua?



"Pô, só faltô ela..."



N/A

geeente,sabe,eu amei escrever isso.
eu tava suuper de boa no meu quarto ouvindo Armandinho *.* dae eu ouço essa música e corro pro PC.
Dae eu escrevo tudo que veio na minha mente e mando pro anjo disfarçado de mee way betar esse projeto de song
!

desculpem eu não ter postado a fic de imediato,eu ja tinha o capitulo,mas eu tava super³ atrasada pro exame da TOM do anglo..

maas,o cap tá aqui e eu quero muuuitos comentários
nem pra falar que eu sou um lixo e que minha fic eh pior ainda
xD

beeeeijos amoores.






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