Mentes e Sentimentos




Olá gente, eu decidi fazer essa pequena fic.Ela é pós-guerra e os garotos estão no sétimo ano.É uma fic Harry e Hermione.Quem não gosta de romance não leia...Eu digo que a fic é meio romance e comédia.Bom espero que vocês gostem.








Capítulo Um



Mentes e Sentimentos



Passado alguns meses que Harry havia derrotado Voldemort, o mundo dos trouxas e dos bruxos estavam novamente em paz.Harry agradecia isso, talvez pudesse ter um pouco de paz no seu sétimo ano em Hogwarts.



Ele olhou desanimado pela janela, gostaria que Sirius estivesse ali com ele.Ele conseguira, dificilmente, superar a morte do padrinho no ano anterior, mas a dor de não telo mais por perto o sufocava de vez em quando.



Recebia bastantes cartas de Rony, Hagrid e Lupin.O Ex-professor, agora cuidava de Harry como se fosse um pai, como ele era o último dos marotos.Hermione não mandara nenhuma carta ainda para ele, a amiga sempre o mandava várias cartas, para saber como ele estava, dando conselhos, lhe falando sobre suas férias...Mas, parecia que agora ela estava meio distante, não distante dele, mas distante do mundo.Em Hogwarts a garota passava horas lendo a margem do lago.Harry estava começando a ficar preocupado.Chegara a escrever uma carta para ela, mas não obteve resposta.



A rua dos Alfeneiros continuava a mesma.Os Dursley, o tratavam como um nada, na verdade nem falavam com ele, isso era realmente bom para Harry.Fazia três semanas que havia saído de Hogwarts, ele estava recebendo noticias diárias com o Profeta Diário, o jornal mencionava seu nome e seu heroísmo.Pelo menos a Profecia tinha acabado, pensou ele.



-Ta tudo tão calmo.-murmurou para si mesmo.



Sim, estava tudo muito calmo, ás vezes calmo demais.Isso irritava um pouco ele.Não que ele gostasse quando Voldemort estava a tona, mas ele meio que se acostumara com aquela situação.Observou a Sra.Figg, passeando mais uma vez com as pantufas.Como gostaria de sair, como gostaria de andar.Já não agüentava mais ficar sozinho.



Estava absorto em pensamentos quando Pichí, a coruja de Rony, entrou pela janela aberta.Harry pegou a coruja que estava inquieta e arrancou o pergaminho que ela carregava.



Harry



Olá como vai?Aqui está tudo ótimo, eu minha família vamos viajar para a Romênia neste fim de semana.Vamos deixar Carlinhos lá, ele vai retomar o trabalho.

Bom, nós só voltamos na primeira semana de Agosto, então se você quiser vir para a Toca passar o fim das férias será ótimo.

Veja se os trouxas deixam você vir aqui em casa, eu vou convidar a Mione também, me mande resposta antes do fim de semana.



Rony




Harry desceu as escadas correndo e logo parou na sala, onde estava Tio Valter.



-Tio Valter...-murmurou Harry andando lentamente até a porta da Sala, o Tio estava lendo como sempre seu jornal, esparramado na poltrona.



-Hum...-rosnou sem olhar para Harry.



-Eu posso passar as férias na To...-parou imediatamente, iria falar Toca.-na, casa do meu amigo?-tentou não fazer muito entusiasmo em sua voz, o Tio sempre que tinha oportunidade, deixava as férias de Harry um inferno.



-Faça o que quiser.-respondeu o Tio, sem baixar o jornal.-Mas, fale pra esse povo virem te buscar, e é claro de um jeito normal.



Harry não disse nada, apenas subiu as escadas novamente e respondeu para Rony:



Rony



Meu Tio deixou eu ir para a Toca, mas como vocês vem me buscar?Estou ficando entediado de ficar aqui na rua dos Alfeneiros.



Harry




Deu a carta para a coruja, e a viu levantar vôo e desaparecer no horizonte.




Mione



Eu poderia começar essa carta com um “Como vai?”, mas sinto que você não vai nada bem...

O que está havendo com você?Não me escreve mais cartas, em Hogwarts parecia estar muito pensativa...O que está acontecendo?

Estou começando a ficar preocupado, sou seu melhor amigo.



Espero sua resposta

Harry




Hermione relia a carta pela décima vez.Não cansava de lê-la, Harry era tão gentil.



Era verdade ela estava muito pensativa “estou pensando em você!”, ela repetia em pensamento toda vez que lia a carta.Ela nunca se imaginou como uma adolescente apaixonada, que dava suspiros por aí e espera seu príncipe encantado a pegar no colo. Pelo contrário, ela não acreditava em príncipes encantados que levavam as garotas para passear em seus cavalos, ela sempre soube que seu momento chegaria.O momento de ser amada e dar amor.Ela queria dar amor.



Estava apaixonada.Não simplesmente apaixonada, ela estava gostando do seu melhor amigo.Sim, ela estava gostando de Harry.Não sabia quando isso realmente começara, ela só se lembra de estar pensando nele o tempo inteiro.Isso era irritante, e ao mesmo tempo tão bom, o jeito como ele falava, o jeito como ele respirava, o jeito como ele andava...



Ultimamente, esses pensamentos tem feito de sua cabeça uma confusão.Ela, Hermione Granger, confusa?Não era algo que alguém poderia crer, mas era.Várias perguntas passeavam em sua cabeça, como: Será que ele me ama?Será que já me olhou?Será que ele ao menos sabe que eu sou uma garota?



Na verdade ela se convencera de que não.Como ele dissera na carta ele era seu melhor amigo.Nunca tivera experiência com muitos garotos, só com Vítor Krum e um visinho que a olhava constantemente.Vítor lhe roubara seu primeiro beijo, ela até que tentou ama-lo, mas não conseguira.Nesse tempo ela não gostava de Harry.



Estava em um estado detestável.Ainda mais agora com o convite de Rony para passar o resto das férias em sua Casa, isso significava na certa, ver Harry.Não suportaria vê-lo, sem telo.Mas, se ele não poderia ser mais que seu amigo, ela teria que se contentar com aquela amizade, afinal ela não suportaria perde-lo de vez.




Ombros largos, os músculos agora se mostravam em seu corpo amadurecido.Os cabelos muito desarrumados davam a ele um charme especial e é claro os olhos verdes que herdara da mãe.Com certeza Harry Potter mudara muito desde seu sexto ano em Hogwarts.Ele, porém, não notara isso e também porco se importava.



Iria ligar para Hermione, como seu Tio Valter dissera faça o que quiser.Ele saiu sorrateiramente do quarto e seguiu até o fim do corredor.Abriu a porta do quarto do seu primo Duda, que viaja em um acampamento de Verão.Nunca tinha entrado no quarto do primo, com exeção da vez em que Duda e seus amigos o prenderam no quarto.



O quarto com certeza mudara desde da última vez que ele o vira.Mudara da decoração do Super Man, para um quarto pintado de verde.A cama de seu primo estava desarrumada e havia pedaços de pizza no chão, também havia ali vários cds de Bandas Gays que o primo escutava toda vez que chegava da rua.Harry encaminhou-se até o criado mudo e pegou o celular de Duda.Fechou a porta, e entrou novamente em seu quarto.



Jogou-se na cama e discou o número.




-MIONE!



-OI?



-Telefone!



Hermione desceu as escadas rapidamente e quando chegou viu a mãe com o telefone na mão.



-É o seu amigo...Harry Potter.-disse a Mãe dando o telefone para a filha.



-Harry?Aqui telefone?-não conseguia falar direito, como assim Harry?Ele nunca ligara e falar com ele não era a coisa que ela queria fazer agora.Ela olhou para o telefone e depois para a mãe.



-Sim, querida o Harry...-disse a Mãe sorrindo.



-H-harry?-gaguejou ela.



-Ah, oi Mione!Tudo bem?-a voz do garoto parecia mais forte agora, mas não deixava de ter aquele tom de ternura que ela amava.



-Tudo...-disse ela com os olhos arregalados.



-Então...Você recebeu minha carta?



-Ah eu recebi...-Hermione falou calmamente, disfarçando o nervosismo”.Sua burra, devia ter falado que não.Agora ele vai te perguntar porque não respondeu”.



-Por que você não respondeu então?



-Bom...É que sabe, Harry...-estava frita.-Eu tenho estado ocupada...Já foi fazer os testes para apatarar?-queria mudar de assunto.



-Não mude de assunto Hermione.-disse ele rindo.-O que esteve fazendo para estar tão ocupada?



-Bom...Eu...eu, não devo explicações para você Sr.Potter.



-Tudo bem, agora você me chama assim?



-Estou brincando Harry...



-Vamos me responde...O que está acontecendo?



-Na verdade....Eu...-ela chegava a suar de nervosismo.-Estou namorando!



-N-namorando?



-Isso mesmo, namorando...-disse ela agarrando a desculpa.-Eu não queria contar, pensei que vocês fossem rir de mim.



-Mas, você está com quem?-podia se ver no fundo da voz de Harry um ar tristonho.



-Ah, você não o conhece...É meu vizinho.



-Ah então é isso...



-Na verdade sim.



-Bom, então eu vou desligar.Tchau Mione.



-Espera...-disse ela, mas ele já havia desligado.



Ela olhou para o chão.Você é burra Hermione.



-Hermione?



-Sim mãe...-disse Hermione levantando a cabeça.



-Você está namorando?-perguntou a mãe, ela tinha um olhar sério, mas não era um olhar bravo.



-Ai...-foi tudo que conseguiu dizer.



-Hein?-insistiu a mãe.

-Ah, na verdade não...-admitiu Hermione corando violentamente.



-Então porque você falou para ele isso?



-Você estava escutando?



-No tom de voz que você estava dizendo, acho que se podia escutar da rua...-disse a Mãe, Hermione deixou-se cair sobre o sofá.



-Ai Mãe!Na verdade não estou namorando...É que eu amo...eu gosto, quer dizer eu amo o Harry.-falou Mione, rapidamente batendo na testa.



-Ah Mione...-a mãe se dirigiu para a filha e sentou-se do seu lado.A abraçou e continuou.-Não devia ter feito isso...



-Eu sei...-disse Hermione-Mas, é que ele é tão...maravilhoso.



-Você sabe que vai ter que contar a verdade para ele, não é mesmo?



Hermione balançou a cabeça afirmativamente.Agora estava mais enrascada.




Como assim ela estava namorando?
A pergunta martelava na cabeça de Harry.



Uma sensação de perda estava em seu peito.Não sabia porque, mas algo dizia para ele que ela não devia estar namorando.Mas ela estava, Harry ela cresceu, pensou.Então porque esse fato incomodava tanto ele?


Ciúmes, disse uma voz no fundo de sua mente.Não estava com ciúmes!Não mesmo...Ciúmes de Hermione?A sua amiga?Sua melhor amiga?



Não, então porque tinha vontade de acabar com aquele namorado dela, seja lá quem ele fosse?



Afundou a cabeça no travesseiro, porque como dizem o travesseiro é o melhor conselheiro.Adormeceu alguns minutos depois.


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