<i><b>Quando um sorriso...</i>



Capitulo 2 – Quando um sorriso...


Ala Hospitalar:

-Gina diga algo.

A menina apenas olha para as mãos.

-Deixe-a Ronald! – ralhou Hermione.

-Ela tem que falar alguma coisa. Já se passaram 3 dias e nada. – gritou.

-Ron! – exclamou Harry.

-Sr. Weasley, eu peço que você abaixe seu tom de voz com os meus pacientes e mesmo ela sendo sua irmã ela esta sob minha observação, então eu lhe peço respeito. – aproximou-se da cama. – Por favor se retirem, eu preciso falar com ela.

Todos se retiraram e Madame Pomfrey sentou-se ao lado da ruiva.

-Gina, hoje é sábado, então você pode ir passear nos jardins se quiser. – a ruiva a olhou. – Estou te dando alta, mas venha toda a noite aqui na enfermaria, tenho que te dar o remédio, ok? – a menina confirmou ligeiramente com a cabeça.

Foi direto para o banheiro. Após terminar o banho colocou uma saia de prega preta, uma bota de cano longo, uma blusa preta e apenas penteou os cabelos ruivos de qualquer forma, deixando-os um pouco desordenados, mas como um simples charme.

*-*+*-*


Tá, não estava tão triste, mas também não havia se acostumado com a simples idéia de que nunca mais iria ver seus pais, a quem tanto amava. E tudo por casa de Voldemort. Após o que correra em seu primeiro ano ele sempre tivera medo de vê-lo novamente, principalmente quando ele dissera que iria se vingar dela, só por que tentava resistir a ele. Ela era uma simples garotinha, não sabia o que era verdade ou mentira, mas sabia o que era certo ou errado.

E agora? Como seria sua vida, sem pessoas como seus pais, que ela usava como exemplos para seguir a vida? Seria nada. Teria que tentar seguir sozinha, mas não conseguiria, e sabia disso.

Encostou-se na árvore em frente ao lago. Ficou por alguns segundo vendo a lula-gigante brincar com as águas, águas que logo em seguida para ela viram sangue. Não pode deixar de relembrar o que acontecera naquele dia.

Uma coisa que os Weasley ensinaram era ver o lado bom das coisas, mesmo que seja impossível. Um deles era o final da guerra. Voldemort morto, assim como muitos comensais, se não todos, mas muito foram presos. Uma vitória justa. Muitos que supostamente seriam inimigos viram amigos, exemplos foram Narcisa Malfoy e seu filho, alguns alunos da sonserina, Bellatrix Black, a família Parkinson e Zabine. Agora todos era do mesmo lado. Mesmo que muitos não acreditassem na virada de idéias.

-Gina?! – escutou alguém grita seu nome. Virou-se, em direção ao hall do castelo e viu Christina Perry. Ela vinha correndo com os longos cabelos loiros dançando ao vento e no rosto perfeitamente angelical um sorriso. – Gi, que bom que você já saiu da ala hospitalar. - abraçaram-se. – tudo bem? – a ruiva apenas assentiu. – Vem, vamos para o salão comunal. – a puxou pela.

*-*+*-*


Salão Comunal da Sonserina:

-Como esta tia Cissy? – perguntou Pansy Parkinson jogando-se no sofá entre Draco Malfoy e Blaiser Zabine.

-Esta bem melhor. – respondeu o loiro.

-Não é qualquer Crucius que derruba uma Malfoy misturado com Black. – disse zabine cruzando os braços.

-Você fala demais. – aborreceu-se Draco. – esse sobrenome me faz lembrar que eu sou parente do Potter.

-Eu pensei que essa briguinha já tinha acabado. – interferiu Pansy. – Vocês lutaram juntos, do mesmo, com o mesmo risco de morrer. Fala sério.

-Isso não quer dizer que eu o suporto, quer dizer que eu tomei a decisão certa, pela minha mãe.

-Sua mãe? – a menina fez cara de ofendida. – e eu crente que era por minha causa. – levantou-se fazendo drama.

-Pansy, você sabe que é a única no meu coração. – Draco levantou-se e a abraçou por trás.

-Mentira. – virou-se para encara-lo.

-Eu mereço! –sussurrou Blaiser.

-Eu não posso tirar minha mãe, mas você é a única. – e a deitou sobre seus braços, ainda em pé, como se fosse dar-lhe um beijo típico de cinema.

Estava a milímetros quando Pansy começou a rir.

-Se eu não te conhecesse até que eu acreditaria, mas não funcionou. – ficou em pé normalmente. Andou e sentou-se ao lado de Zabine.

-Eu também quase acreditei. – disse o moreno.

-Pois é, dá pra ganhar uma boa grana como ator. – sentou-se novamente, o loiro.

*-*+*-*


Salão Comunal da Grifinória:


-Fica longe dela Ronald! – ralhou Hermione.

Gina estava ao lado de Christina em frente a lareira acesa.

-Isso é infantil!

-Cala a boca, Ronald! Você não vê que ela esta sensível? – a moreno aumentou a voz. – Se você continuar a pressioná-la vai ser pior, não percebe?

-Hermione tem razão, Ron. Deixe passar um tempo. – falou Harry.

*-*+*-*


Um Ano Depois...


“Deixe passar um tempo.”

Foi o que Harry disse, mas já se passaram um ano e Gina continua sendo a mesma. Sem fala, sem sorriso, sem brilho nos olhos e sem lágrimas, mesmo sendo de tristeza.

Todos já sabiam que ela estava assim, então sempre a ajudavam no que precisava. Toda a escola, sem exceções.

As férias foram totalmente desconcertantes e ao encontrar com seu irmão mais velho, Carlinhos, Gina descontou todo o choro que havia segurando durante todo ano.

Salão Principal – Jantar:

Mesa da Sonserina:

-Parabéns, Blaisito! – disse Pansy abraçando o moreno.

-Obrigado! – voltou-se para Draco. – E você?

-O que?

-Nenhum parabéns?

-Parabéns. – disse sem sentimento.

-Só?

Draco o encarou e discretamente olhou para a mesa. Percebeu que a comida estava sendo transformada em sobremesa e ligeiramente pegou uma torta de chocolate que esta em frente ao Blaiser e jogou na cara do amigo. Pansy gargalhou.

-Parabéns! – disse sério, mas ao ver a cara de “tacho” do amigo começou a gargalhar também.

*-*+*-*


Mesa da Grifinória:

-Já estão pensando em quadribol? – exclamou Hermione.

-Dá um desconto, Mi. – falou Christina.

-Desconto, Chris? Depois eles ficam me pedindo dever.

-E você sempre dá. – falou Rony. Hermione o olhou ofendida pela frase de duplo sentido. – Não foi o que quis dizer. – apressou-se a disser corando.

Gargalhadas foram espalhadas pelo salão e todos encararam a mesa da sonserina. Gina encarou Draco diretamente. Do outro lado do Salão Draco solta uma enorme gargalhada, fazendo um sorriso quase imperceptível aparecer em seu rosto. Quase.

-Gina! Você... – antes de terminar de falar o sorriso já havia sumido e a menina se retirava do Salão Principal.

-O que houve? – perguntou Chris se levantando para seguir a amiga.

-Ela sorriu. – disse como se estivesse hipnotizado.

*-*+*-*


Gina estava no dormitório feminino andando de um lado para o outro como se tivesse feito algo proibido.

-Gina! – Chris entrou no quarto. – calma! – sentou a amiga na cama. Viu que ela começaria a chorar. – Não, não chorar. – a abraçou. – Não foi nada de mais. Você sorriu e... e isso é bom, isso é ótimo.

Ela negava com a cabeça.

-Olha para mim. – a ruiva a encarou. – seus pais devem estar orgulhosos de você. Entendeu? Não foi algo ruim, eles irão te entender, ok? – gina, relutante, assentiu. –Isso, vamos descer. Temos aula. – pegou na mão as ruiva como se ela fosse uma criança e desceu com ela.

*-*+*-*


-Sacanagem! – exclamou Blaiser quando saia do banheiro. Estavam do lado de fora, Draco e Pansy, o esperando.

-Foi legal. – falou Pansy.

-Também achei!

-Eu não, machucou meu nariz.

-Não senti nada. – Pansy riu.

-Malfoy! – escutou alguém o gritando, virou-se e viu Rony correndo até ele.

-Boa-sorte! – Blaiser lhe deu tapinhas nas costas e saiu seguido de Pansy que ainda ria da cara dele.

-Weasley. – falou. Apesar de ainda não ir com a cara dele, o aturava.

-Quero te pedir um favor. – Draco ergueu um sobrancelha.

-Favor?

-Olha, você sabe como minha irmã ficou depois da guerra. Eu e todo o mundo.

-Mas, hoje ela sorriu, quando te viu sorrir. – Draco sentiu-se um pouco desconfortável.

-E o que quer que eu faça?

-Não sei. Tente algo com ela, talvez ela volte um pouco ao normal.

-Sim.

-Sério? – Rony se assustou pela resposta direta do loiro.

-Sério. E a primeira lição vai para você.

-Eu?

-É. Aprenda que sua irmã não é anormal, apenas esta traumatizada, mas eu acho que a Granger já te disse isso, não? – virou-se e seguiu para sua aula.

(N/a: Alguém lê isso?)

“Quando algo acabar ou simplesmente ir embora, lembre-se que as folhas do outono não caem porque querem, mas sim, porque é chegada a hora!!”

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