Único



Este único capítulo foi criato em 2007 e talvez seja reescrito.

 
•ღ♥ღ• Lunetas da Paixão •ღ♥ღ•

1. Eu apaixonada?


 


Bom, hoje posso lhes afirmar que, depois de anos, descobri algo inacreditavelmente...


Estranhamente...


Hã...


Confuso.


Não para qualquer um dos presentes, nem mesmo para a pessoa envolvida, mas para mim foi. E muito.


Vou contar-lhes o porquê...


 


Flashback


 


– Não, eu não posso. Tenho que passar na Penas Escriba primeiro. Fiz uma encomenda e...


– Ah, é só uma passadinha rápida, Mione – implorou Gina, puxando a manga da minha capa – Só para dar um oi.


– Eu sei o tempo que leva a passadinha de vocês – protestei, mal-humorada.


– É sério, Mi – Harry entrou na campanha –, eu prometo acompanhar você até a Penas Escriba depois ou à hora que você quiser. Será uma visita curta, você vai ver. – afirmou Harry. Rony já estava decidido a me levar à força, então foi me empurrando até a entrada da loja.


Pois bem, acabamos de chegar à loja de Fred e Jorge, inaugurada há um ano atrás. Pequena, mas com uma ótima localização, a famosa loja de logros era geralmente lotada, desde a manhã até a noite.


– Olá, pessoal! Que bom ver vocês tão cedo! – cumprimentou Jorge.


– Oi, Jorge. Oi, Fred. – respondeu Rony após me fazer entrar e tentar tirar uma mamona risonha que grudou no seu casaco.


Após os diversos cumprimentos, Fred mostrou alguma de suas novas gemialidades, enquanto Jorge continuou a atender.


– Ei! Aqui está a invenção do século! – disse levantando uma pequena luneta vermelha.


– O que é? – perguntou Harry, curioso.


– Olhe e verás! – disse Jorge se aproximando.


– Estes são masculinos. – explicou Fred, entregando à Harry uma luneta amarela – E estes femininos. – e entregou a outra, vermelha, à Gina.


Hesitaram por um momento, mas então espiaram.


– Nossa, Hermione! Venha ver isto! É o Draco Malfoy! – gritou Gina gargalhando gostosamente. E eu, curiosa, dei uma olhada. Foi um choque. O que era aquilo? O que um Harry de cueca, DE CUECA, estava fazendo ali, com seu corpo saradinho, dançando uma música extremamente sexy? (Não que eu ouvisse a música, mas pela sua performace...).


Aquilo parecia um olho mágico, mas qual a graça naquilo? Quantas garotas o viam ali sem que ele soubesse, assim, sem roupa? Ah, mas é claro! É muito fácil se aproveitar da fama de um amigo assim! Muito fácil!


– VOCÊ NÃO VAI VER PORCARIA NENHUMA! QUE POUCA VERGONHA É ESTA! – berrou Harry, dirigindo-se aos gêmeos após deixar a luneta longe do alcance das mãos de Rony. Não preciso nem comentar que dei um pulo e deixei cair a invenção no chão sem querer.


– Calma, Harry! Rony não irá ver a sua amada a menos que seja a dele também! – disse Jorge.


– Explique. – ordenou.


– São Lunetas da Paixão. Desvendam os desejos do corpo e do coração, mostrando até mesmo o que os olhos insistem em não enxergar! – disse Fred.


– Só que de um jeito bem divertido e, ah... Provocante... – completou Jorge.


– Bota provocante, hein? Ui! – disse Gina se abanando.


– Ah, Harry! Deixe-me ver! Não vai ser a mesma coisa! Prometo! – pediu Rony fazendo cara de cachorro pidão.


Harry olhou desconfiado para o amigo, depois espiou a luneta, e fez o processo mais duas vezes, ainda desconfiado, antes de entregar o objeto.


Eu só conseguia olhar a cena de Harry brigando com Rony e Gina sorrindo bobamente. Estava chocada demais para fazer ou falar qualquer coisa. Tentando digerir a explicação dos gêmeos ainda.


– Mas então, Mione? Quem você viu? – perguntou Gina, curiosa.


– Na... Não vi ninguém! – menti.


– É caro que viu, todo mundo vê! – reclamou alto.


– Espera, Gina! – disse Fred – Talvez a Hermione ainda não esteja acreditando no que viu!


Rony começou a rir alto, todo feliz pela sua espiada.


– Cara, eu quero um desses! Qual o valor? – ele perguntou.


– Não vai querer saber, acredite. – disse Jorge pegando as lunetas. Nota mental: juntar tudo o que se deixa cair, verificar se não ouve danos e entregar ao dono, não deixando-o juntar sozinho...


 


Fim do flashblack


 


Estou sem palavras. Depois disso, saí sozinha para pensar.


Estar no sétimo ano não era nem um pouco fácil, além de me preocupar com os exames finais e ser monitora-chefe, este pequeno incidente não saí da minha cabeça!


Paixão? Pelo Harry? Que história é essa?


E agora? O que eu faço com essa descoberta? Nunca pensei em beijá-lo quanto mais em estar apaixonada por ele!


Mas do que adiantaria se ele também já sabe qual é o grande amor da vida dele? Qual o futuro em alimentar esperanças de um possível verdadeiro amor onde não há qualquer indício de retribuição da parte envolvida? E vocês viram bem, não é? Ele não ficou em momento algum em estado de choque. Nem um pouco surpreso, somente super irritado. Ou seja, ele já sabia estar apaixonado e só estava morrendo de ciúmes.


Estou em crise agora. Porque estou sentindo um aperto no peito.


É, estou quase convencida dessa paixão dentro de mim.


– Mi...


Ah, meu Merlin! Agora estou completamente convencida! Ele é tão lindo, somos tão unidos e os meus joelhos estão tomando a consciência disto só agora...


– Oi...


– Você está bem?


O meu coração está disparado e é melhor você não continuar se aproximando. Mas eu estou bem mesmo assim.


– Aham, estou. – falei rápido demais.


– Não parece...


– Não se preocupe comigo, Harry. – estávamos parados na frente do Três Vassouras.


– Acompanha-me em uma cerveja amanteigada?


– É melhor não, Har...


– Ah, vamos! – insistiu pegando em minha mão. Não devia ter feito isso, foi como se uma corrente elétrica tivesse passado pelo meu corpo inteiro.


E eu fui. Sentei à sua frente e fiquei o observando fazer o pedido.


– Quero me desculpar se a assustei com meus berros. Perdi a cabeça.


– Não se preocupe, Harry, não me assustou.


Depois de um minuto de um constrangido silêncio, perguntei:


– Isso prova que as Lunetas da Paixão realmente funcionam. Você realmente ficou louco com a possível “venda” da imagem do seu amor...


– Fiquei mesmo. Você não?


– Eu fiquei em estado de choque!


– Por quê? É alguém que você conheça? – perguntou com os olhos brilhando.


– Não, acho... – vi decepção nos olhos de Harry Potter? – Ei! Eu não sou apaixonada pelo Rony!


– Eu não disse isso.


– Só estou garantindo com que você não tire conclusões precipitadas!


– Em momento algum eu faria isso. Por isso estou perguntando. – falou enquanto era servido de cerveja amanteigada – Tem certeza de que não quer nada?


– Não, obrigada.


– Pelo menos me acompanhe com esta aqui. – pediu.


Então me inclinei para frente e peguei sua caneca. Após beber meio conteúdo, perguntei.


– Satisfeito?


– Não sei ao certo. Você está com uma cara horrível.


– Obrigada, você é tão gentil...


– Você não tem mesmo curiosidade sobre quem qualquer um de nós viu lá?


– Não, deveria?


– Talvez... – respondeu tomando um longo gole da bebida.


– O que vai fazer com relação à ela?


– Ela quem? – perguntou distraído.


– À sua amada.


– Ah, acho que o que fiz até agora.


Meu coração apertou.


– E o que você fez até agora?


– Absolutamente nada.


– Nada? Por quê? Não deveria não fazer nada se acha que tem chances. – o que eu estou fazendo? Empurrando-o para os braços de outra? Burra!


– Você poderia me dizer se tenho chances ou não. Acha que teria chances com uma garota, Hermione?


– Por que não? É claro que teria, Harry! Quem não iria querer o grande Harry Potter?!


– Talvez alguém que conheça o lado mais menos grande de Harry Potter. O lado só Harry.


– Mas o lado só Harry é... Lindo.


– Você acha? – perguntou olhando-me atentamente.


Levantei e fui saindo, a cerveja estava me fazendo falar demais. Ele pagou e me acompanhou pela rua.


– Você acha? – repetiu.


– Acho. – afirmei parando no meio do caminho para olhar dentro de seus olhos. Não adiantava ter medo. Falei, falei.


– Você diz que qualquer um iria querer o grande Harry Potter, correto? – perguntou se aproximando perigosamente.


– Sim, e é verdade.


– E você, Hermione Granger? Ficaria com o lado só Harry?


 


Eu pulo a minha resposta. Podem me espancar, mas a parte do “Do que é que você está falando?” vocês jamais saberão, porque foi absolutamente besta da minha parte ter dito isto ao invés de um “É claro que eu ficaria, Harry!”. Então, para me poupar da vergonha, deixe-me continuar do pós-resposta:


 


Ele riu gostosamente da minha pergunta. Como se ele tivesse descoberto algo de que eu não tinha conhecimento.


– Ah, Mione... – sussurrou feliz. E então senti seus lábios nos meus. Não me perguntem como, porque eu não o vi enlaçar minha cintura com um dos braços e nem agarrar meus cabelos com a outra mão.


Foi tão bom! Nunca experimentei uma sensação tão maravilhosa quanto à da pele dele na minha. Fechei os olhos e retribui cada toque. Nossas bocas e línguas se tornaram desesperadas, mas foi a voz da minha razão que nos trouxe à realidade.


– Harry, estamos no meio da rua! – sussurrei.


– Você não sabe o quanto quis fazer isso...


– Se alguém nos ver!


– ...O quanto ansiei por este momento...


– Como vamos contar ao Rony?


– ...O quanto eu te amo...


– Quê?


– Não me diga que ainda não caiu a ficha, Hermione!


– Sim, mas... Mas... Desde quando você sabe?


– É certo que de muito, mas muito antes de olhar aquela luneta, eu juro!


Eu tinha esquecido deste pequeno grande detalhe.


– Potter, o que você viu naquela luneta?


– É só Harry pra você, amor.


– Não mude de assunto: O que você viu?


– Ah, Mi, só você...


– Eu sei que você me viu. Eu quero saber COMO você me viu.


Depois de uma risadinha e muitos beijinhos distribuídos pelo rosto e pescoço, ele foi dizendo nos intervalos:


– Eu... Te... Vi... – E mais um beijinho demorado no canto da boca – Ves... Ti... Da... De... Co... E... Lhi... Nha..., Amor...   


Eu também pularei a parte em que eu dei uns bons tapas naquele sem-vergonha. Ora! Coelhinha? Ah, não... A cuequinha branca dele foi menos ridícula!


Bom, na verdade, de ridícula ela não teve nada... Estava tão sexy... Ui! É melhor eu aproveitar mais o momento e parar de pensar nessas... Coisas... 


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