Flash Backs do Passado



É engraçado. Todos sempre me consideraram uma sabe tudo, que tinha respostas a todas as perguntas e, na realidade eu era, pois sempre fui a melhor aluna da minha turma, tanto no meu mundo como no mundo em que eu nasci. Sempre tinha respostas a tudo que me perguntavam. Mas agora a Granger- sabe-tudo não consegue responder uma simples pergunta! O que aconteceu comigo? Por que não consigo escolher, por que? Droga, eu tenho que escolhe logo entre o certo e o errado! Meu coração me jogou no meio desta luta entre o bem e o mal, e a minha razão não consegue me tirar dela e nem meu coração escolher entre o meu verdadeiro amor ou entre aqueles que se diziam meus amigos, aqueles que me deixaram de lado quando eu mais precisava.

O mundo está um caos, tudo desabando a minha volta, tanto o mundo bruxo quanto o mundo trouxa e eu precisando tomar uma decisão que virá a repercutir no futuro dos dois mundos.

Posso estar parecendo egoísta pensando só em mim nesse momento, e acho que realmente estou sendo, pois até agora eu só me preocupei com os outros e nunca comigo mesma. Nunca se preocuparam comigo, nunca perguntaram se eu precisava de alguma coisa, de alguma ajuda, se eu tinha algum problema. Aqueles que se diziam meus amigos me esqueceram, me deixaram de lado quando não precisavam mais de mim, mas me deixaram de lado quando eu estava precisando deles:

O Rony, sabe que eu cheguei a pensar que ele estava gostando de mim, até me iludi com isso. O pior é que quando eu comecei a namorar Krum, ele fez de tudo pra nós terminarmos, achei que poderia ser ciúmes, quando tudo acabou entra Victor e eu, Ron começou a namorar Anna Garçaise, uma menina da Corvinal, o namoro deles não durou muito tempo mas durou o suficiente pra esfriar uma amizade de 5 anos. Depois que eles terminaram, ou melhor que ela terminou com ele, Rony entrou em depressão, adivinha quem estava lá pra dar força pra ele?? Eu mesma, a “Mione”, nessa época Rony me beijou e disse que estava apaixonado por mim, que sempre esteve, me iludiu, me fez acreditar e me deixar levar, acabei me entregando pra ele, acreditando que tudo o que ele dizia era verdade, que nós teríamos um futuro juntos, pra mim não me preocupar com nada, que ele me amava e queria que eu fosse só dele, acabei por cair na lábia dele, uma semana depois de eu entregar a minha “prova de amor” a ele, tudo desaba no meu mundo novamente. Anna quis voltar com ele, disse que estava arrependida e que o amava, então como um cachorrinho, ele voltou. Sem me dar nenhuma explicação, ou pedir desculpas.

Quando isso aconteceu fiquei péssima, achei que o mundo ia desmoronar todo em cima de mim, como eu pude ter sido tão inocente, como?

E o que meu outro melhor amigo fez? Nada, nem sequer perguntou se estava tudo bem comigo, ele só tinha olhos pra Gina Weasley. Harry falava comigo sempre durante as aulas, mas acabou ficando do lado de Rony. Agora nas refeições sempre se sentavam os quatros juntos, Harry, Gina, Rony e apesar da Garçaise ser da Corvinal, ela se se sentava à mesa da Grifinória, eles me chamavam para sentar-me junto a eles, mas, imagine como dói encarar o homem o qual você se entregou, beijando outra descaradamente na sua frente como se nunca nada tivesse acontecido, com um outro casal ao seu lado simplesmente ignorando a sua existência??

A Gina, essa realmente não falava muito comigo, só me dirigia a palavra quando precisava de ajuda em alguma matéria, isso, que fui eu quem a ajudou a conquistar o Harry.

Quando este começou a namorar a Cho, adivinha que estava passando a mão na cabeça da pequena Weasley?? A sorte dela é que o namoro dos dois não durou muito tempo, apenas o suficiente pra eles descobrirem que eram incompatíveis um com o outro, em seguida depois de uns toques que eu dei pro Harry ele se declarou a Gina e começaram a namorar. Em pouco tempo o famoso trio maravilha de Hogwarts se desintegrou.

Fui nomeada monitora-chefe e com esse titulo conquistei a raiva de inúmeros trangressores de regras. Até que um dia alguém me notou.

Em uma reunião de monitores, alguém que sempre me odiou me olhou com outros olhos. É claro que eu achei que era brincadeira e ignorei as indiretas e diretas, imaginem o monitor da Sonserina afim de uma sangue-ruim, portanto com isso em mente continuei a despreza-lo. Mas isso não durou muito, nas féria de natal, Draco Malfoy foi encontrado por um elfo-doméstico quase morto em seu quarto: Draco havia cortado os pulsos.

Ele havia ficado sozinho na torre da sonserina, todos inclusive os seus capangas foram pra casa no feriado, em virtude a uma cerimônia que nomearia inúmeros jovens comensais da morte, mas, por algum motivo, Draco foi um dos poucos que renunciou a tempo o Lord.

Madame Pomfrey não estava no castelo, portanto Draco foi levado ao hospital trouxa mais próximo. Ele não teria nenhum acompanhante pra ficar com ele lá, apenas professores voluntários, o que eram nulos, então eu decidi acompanha-lo. Ele não tinha ninguém, como eu que também não tinha ninguém, então percebi que ele era parecido comigo, sem ninguém, sem amigos. Essa noite que passei com Draco, durante sua recuperação, comecei a reparar nele, ele estava inconsciente ainda, parecia uma criança adormecida, indefesa e sem maldades. Quando Draco acordou eu ainda estava o observando, ele sorriu, fui a primeira pessoa que ele viu, imediatamente ele me perguntou onde ele estava, eu respondi e ele me agradeceu por ter respondido e por ter ficado com ele, eu tinha medo de dizer alguma coisa, de responder alguma coisa que ele não gostasse então apenas sorri em resposta.

Durante essa noite, ainda fraco Draco me confessou o porque de ter tentado se matar, porque renunciou a Voldemort e o porque me procurava. Tudo, todas as respostas me surpreenderam, ele havia se decidido a não ser mais um comensal desde que seu pai lhe deu um tapa no rosto por ter perguntado porque seguir alguém, perdendo toda a liberdade, perdendo a chance de se tornar maior e mais poderoso, Draco tinha seus planos e suas próprias opiniões. Ele me procurava por que precisava de mim, ele percebeu que ele se completava comigo e eu com ele, mesmo que eu nunca admitisse isso, éramos ao mesmo tempo opostos mas iguais. Por que ele tentou se matar? Ele não agüentava mais viver dessa forma e enxergou nisso sua única saída, pois ele já sabia que sua renuncia ao Lord seria considerada traição e que pagaria por isso no futuro com sua própria vida.

Depois desse dia passei a ver Draco de uma outra forma, comecei a me sentir diferente também.

Quando ele voltou ao castelo, dia 28 de dezembro, passamos juntos o resto do feriado, incluindo a virada do ano, comemoramos sozinhos, nos jardins de Hogwarts e com a magia do Ano Novo trocamos nosso primeiro beijo e começamos a namorar. Tentamos manter isso em segredo, mas é claro que os boatos correm rápidos e o meu namoro já não era segredo na primeira semana de aula.

E agora adivinha quem veio tirar satisfação comigo e tentar por um pouco de juízo na minha cabeça? Ele mesmo Ronald Weasley e é claro o famoso Harry Potter. Eles disseram que se preocupavam comigo, que eu ia acabar me machucando, que eu ia acabar sofrendo ( é claro que o que o Rony fez “não me machucou nem um pouco”, Ele não faz idéia do quanto mal ele me fez), ele disse que Draco não tinha coração e por isso não poderia amar ninguém e para complementar ele disse com essas palavras “Pense bem então Hermione, ou Ele ou a nossa amizade de sete anos!”. Que hipócrita, há dois anos ele só me procurava quando estava enrascado em alguma matéria, fora isso nem nas aulas ele falava mais comigo, portanto era óbvio a minha resposta.

Draco também estava com problemas já que agora era considerado traidor, portanto passamos a ficar a maior parte do tempo juntos, estudando, conversando e descobrindo coisas novas a cada dia. Depois de dois anos longe dos moleques, voltei a transgredir algumas regras junto com Draco. Eu tinha algumas regalias e tinha passe livre pra circular a noite. E foi numa dessas noites que pude me sentir realizada, me vinguem do Ron quando eu voltava de um encontro com Draco no banheiro dos monitores. Encontrei ele e a Garçaise voltando da torre de astronomia, o resultado detenção e 50 pontos a menos pra cada um e para o Rony um belo berrador da Sra. Weasley em plenos café da manhã. (Que Deja Vu). E a desculpa pra mim estar fora do meu quarto aquela hora? Simples, depois que Dumbledore descobriu o mapa do maoto, resolveu fazer algo parecido, era uma espécie de lista que tinha o nome de todos os alunos de cada casa, o nome ficava oculto e aparecia quando respectivo aluno saia fora de sua casa comunal (cada monitor mantinha a lista de sua respectiva casa, apenas eu como monitora chefe possuía a lista das quatro casas). A maior vantagem era que Draco era monitor da Sonserina, portanto podíamos andar livremente pelo castelo sem medo de sermos pegos. Por incrível que pareça comecei a me sentir bem com isso.

E assim dessa forma foi meu último ano em Hogwarts, conquistando muitos inimigos, mas eu não me importo. Eles não se importavam comigo.

Após a formatura Draco e eu decidimos morar juntos, só que precisávamos nos esconder, pois os antigos amiguinhos de Draco estavam atrás da gente.

Sem muitas opções Draco e eu decidimos ir pra um lugar onde o nosso ministério não poderia nos rastrear, portanto não poderíamos ficar na Inglaterra. Nó também não poderíamos ir pra nenhum lugar onde o ministério também tivesse contato, ou melhor, como dizem os trouxas embaixadas, portanto o resto da Europa e Estados Unidos fora de cogitação. Do acaso Draco lembrou que há muito tempo ouvira seu pai falando que o ministério não se dava bem com o ministério brasileiro, então era para lá que eles iriam, para um país chamado Brasil.

Conseguimos imediatamente um emprego na escola de Magia Brasileira, era a única daquele país. Eu fui nomeada professora de transfuguração e Draco professor de poções. Imagine a minha situação, eu tinha 17 anos, sem pais, morando em uma lugar completamente diferente de onde eu cresci, em um lugar com uma cultura diferente, um clima diferente com pessoas diferente, eu realmente estava assustada, mas eu me sentia segura com Draco, ele me dava segurança. Mas algo me deixou um pouco atordoada, o motivo pelo qual o ministério inglês e o brasileiro se mantinham de relações cortadas, mas um motivo que encheu o ego de Draco: apenas sangues-puros e mixtos eram aceitos na escola, apenas esses eram aceitos na sociedade bruxa., mas não era por racismo como acontecia com os que comcordavam com os sonserinos, era por necessidade. Os bruxos nascidos em meio aos trouxas não eram levados a sério, eram rejeitados por suas famílias, ou simplismente não acreditavam nas cartas recebidas. Portanto trouxas não eram convidados a entrar na escola.

Ficamos anônimos por um ano, não tínhamos notícias de ninguém ou do que estava acontecendo na Inglaterra não sabíamos cmo estava a proporção da guerra, nem se havia guerra.

Até que certo dia uma auror inglês apareceu na escola, conversou com a Diretora e em nome de seu ministério pediu desculpas ao ministério brasileiro, pelas antigas richas e declarou que agora precisavam de toda ajuda dos brasileiros.

Todos os professores e funcionários importantes do “nosso ministério” foram convocados para uma reunião, onde descobri que era o importante auror, era um tal de Ronald Weasley.

Nessa reunião fingi que não o conhecia, Draco fez o mesmo, é claro que durante as apresentações Ronald se exaltou, ficou abismado em nos ver, fui natural, demonstrei o meu verdadeiro sentimente por ele naquele instante, pra mim ele era um estranho, deixei de conhecer ele desde o dia em que o Rony me mandou escolher entre nossa amizade e Draco

Ninguém percebeu que já nos conhecíamos, durante a reunião, Ron expôs a verdadeira situação, o lado das trevas estava vencendo, o Potter estava sendo mantido escondido junto com Gina, sua esposa. Dumbledore era agora o atual Ministro da Magia, mas também estava escondido. Voldemort estava enfurecido por ter perdido o seu principal comensal Lucio Malfoy. Enfim, ele explicou toda a história desde seu início sobre o menino que sobreviveu, até as últimas notícias, foi estranho ouvir aquela explicação pois muitos fatos eu tinha participado, mas eu tinha tentado manter aquilo escondido em minha mente quando fugi, tentei enterrar o passado, seguir em frente , ter uma vida nova, esquecer tudo aquilo, então até aquele momento pra mim aquilo, nunca tinha acontecido, era um sonho, um pesadelo, mas agora ele me fez lembrar que tinha sido tudo real, as lembranças vinha a minha mente como um flash....

Para a decisão de apoiar ou se manter neutro seria feito uma votação. Draco me disse que seguiria a decisão que eu tomasse, mas que era pra mim pensar bem em tudo o que havíamos passado, em como fomos humilhados por aqueles que se diziam nossos amigos. Se o Brasil não apoiasse continuaríamos neutros e não seriamos afetados em nada. Mas se apoiasse entraríamos em guerra e toda a tranqüilidade que tínhamos acabaria, meu filho, meu bebe, eu não queria que ele nascesse no caos, no meio da guerra, eu queria tranqüilidade pra ele, ou ela. Se entrássemos em guerra ele não teria isso, não mais.

Durante o intervalo dado para que nós pensássemos no que votaríamos Rony se aproximou para conversar comigo, Draco havia se retirado um pouco antes pra procuram urgentemente um lugar que vendesse amoras (eu estava com vontade).

- Mione a quanto tempo, eu.....

- Sra. Malfoy pa você Sr Weasley

- Mione porque você está me tratando dessa forma o que aconteceu, porque você sumiu, não deu notícias você estava na lista dos desaparecidos

- Então eu espero que eu continue lá.

- Olha no que esse cara te trensformou..

- Weasley, morda sua língua antes de falar dele, ele não me transformou em nada, ele apenas me ama, se importa comigo e me faz feliz ao contrário de muitos.

- Você ta louca???? Todos nós sempre nos preocupamos com voc

- UUUU, claro agora que nós precisamos de você não é mesmo.

- Você ta doida, nós sempre fomos seus amogos nunca te deixamos de
lado

- Que? Primeiramente pense em tudo o que você fez do quinto ano em diante. Depois no que você fez quando terminou com Anna, pronto? Ou ainda não refrescou a memória? Quando os comensais mataram meus pais? Onde você e o Potter estavam, pra me consolar, heim? Ainda ta confuso? Pense no que você disse quando comecei a namorar o Draco.

- Mione, me desculpe eu não...

- Srta Granger desculpe mas eu não sabia que te usei sexualmente quando eu estava em falta, me desculpe por pensar só em mim e me desculpe por ser um incompetente em feitiços e transfigurações. Com licença Weasley, mas eu tenho mais o que faer do que fcar aqui ouvindo pedidos infundáveis de perdão de um Weasley.

- Você está igual ao Draco.

- Talvez, mas foram vocês que me transformaram nisso, Aaiiiiii

Essa conversa me abalou muito, fiquei extremamente nervosa, senti minha pernas ficarem sem força, senti uma pontada insuportável na barriga e pelo que sei perdi os sentidos, por que acordei mais tarde aqui sem aquela dor insuportável e com Draco ao meu lado, segurando minha mão e com os olhos vermelhos.

- Me lembro dessa cena.

- O que meu amor

- Você aqui eu eu aí onde você est

- Essa foi a maior surpresa que eu já tive, jamais havia imaginado que você um dia se importaria comigo – Draco me respondeu docemente.

- Foi o dia que descobri que você fazia parte de mim

- Foi o dia que eu descobri o como é bom ter alguém do meu lado e tive a certeza que esse alguém era você, a pessoa que eu mais amo no mundo.

- Draco e o nosso filho ele está bem não está?

- Mi, você precisa ser forte, como eu estou tentando ser agora

- Não, não não pode ser – eu gritava, eu não queria acreditar, aquilo não podia ser verdade.

Minha raiva por Rony aumentava ainda mais, foi ele quem me fez perder meu filho, a culpa era dele.

Me deram uma poção do sono e calmantes pois na manhã seguinte eu precisaria tomar uma das maiores decisões da minha vida, todos já haviam votado, inclusive Draco, ele não me disse o que havia decidido pois isso poderia interferir na minha, segundo ele meu voto seria decisivo, pois a votação agora estava empatada.

E agora aqui estou eu, aos 19 anos tendo que tomar uma decisão. Ser feliz ao lado do meu marido, escondida num país neutro e isolada daqueles com o qual cresci, ver meus filhos crescer aqui felizes, onde eu fiz novos amigos e construí minha vida, ou voltar ao passado, colocar em risco a vida de Draco e a minha vida, além de acabar com a paz e a tranqüilidade que é este país, e me envolver em uma luta que está praticamente perdida.

O que eu devo fazer, droga, por que eu não consigo escolher.

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