O Baile de Halloween. part. I



O vestido azul celeste deslizou suavemente pelo seu delicado corpo, cabelos negros cairam pelo seu ombro se destacando em sua pele branca, suas maos tocaram a torneira girando-a e um jato de água caiu sobre ela molhando aos poucos seu corpo, que deixava de ser de menina e passava a ser de mulher.
Enquanto espuma escorria pelo seu corpo ela mirava-se no espelho, nos ultimos três anos havia crescido muito, e agora na flor de seus dezessete, preparava-se para o Baile de Halloween de sua escola.
Entrou em seu quarto apressada, seu vestido negro já a esperava em cima da cama, enxugou-se com cuidado e o colocou, a barra cobria seus pés, rendas bem feitas davam um toque mais sombrio e para ficar ainda mais perfeito, cobriu as mãos com luvas feitas da mesma renda do vestido. Secou e ajeitou os cabelos longos e lisos que se misturavam com a cor de seu traje. Calçou as sandálias de salto de sua mãe e maquiou-se sem exageros. Ao mirar-se uma ultima vez no espelho, suspirou, aquela seria uma noite inesquecível, na qual o sucesso havia de ficar marcado para sempre em sua vida. Uma borrifada de perfume francês selou seu charme e beleza, deixando-a irresistivel aos olhos de qualquer rapaz, porém seu coração pertencia a um único homem, o qual teria um grande sofrimento um pouco mais tarde.
Ao som da campainha, desceu cada degrau como se fosse uma rainha, abriu a porta e diante dela havia um rapaz robusto, cabelos castanhos e olhos verdes, elegantemente vestido de preto, coberto por um sobretudo, ele a beijou e sussurrou em seu ouvido:
- Você está linda Anne, me orgulho de ser seu namorado!
Ela esboçou um sorriso, seus dentes que eram tão brancos como sua pele estavam ainda mais brilhantes perante o batom vermelho.
- Ryan você é um amor!
Ryan ajoelhou-se diante da garota e lhe entregou uma rosa tão vermelha quanto seu batom, ela sorriu novamente, guardou-a e girou a chave fazendo um pequeno barulho indicando que a porta havia sido trancada.
Ele pegou a mão dela e a conduziu ao seu conversível, o silêncio da noite serena foi interrompido pela partida do carro. O vento soprava suavemente e tudo parecia perfeito, mas não por muito tempo.

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