O primeiro confronto

O primeiro confronto



CAPITULO XIX – O Primeiro Confronto.

O céu estrelado do sul da Inglaterra banhou o jovem casal com sua luz acalentadora diante de grande parte do percurso. O vento cortava os rostos joviais e corajosos dos dois grifinorios que voavam com direção única por um vazio imenso. Fato era que aquilo seria uma das maiores loucuras da vida do jovem casal.
- James, o que vão fazer amanha quando não virem a gente lá?
- Eu deixei um recado na sala da comunal, mas fica tranqüila, ele só fica visível amanha de manha, lá eu expliquei tudo para ela. So espero que ela entenda.
- É eu também.
A noite fria já começava a congelar os dedos e o rosto dos dois. Lily principalmente se sentia desconfortável com o vôo, uma vez que preferia os livros à vassoura. James por sua vez se sentia como um pássaro, voando livre pelos céus ingleses com o mundo a seus pés. O coração vinha a boca a cada nova tomada de rota. Fato era que alem de toda a liberdade eles estavam voando contra algo que poderia ser a própria morte. Agora que estavam no mundo tudo poderia acontecer, tudo estava indefinido.
- James, eu to cansada, não da pra gente parar? – Reclamou a ruiva soltando um longo suspiro. O maroto sorriu olhando para a namorada e assentiu com a cabeça.
- Estamos próximos de Westhan. Paramos ali para você descansar. – Disse ele sorrindo e chegando com a vassoura perto dela. Ele mais do que ninguém sabia do desconforto que a ruiva sentia quando se falava de vassouras.
Assim foi. Quando as luzes noturnas da cidade de Westhan apareceram sobre seus olhos James aproximou a vassoura próxima a ela.
- Não podemos aterrisar aqui no centro, vamos mais para o subúrbio. – Era arriscado mas ele nem pensou nisso. Chegaram mais próximos ao fim da cidade e logo James fez sinal para descerem.
Aterrisaram tranquilamente e deixaram suas vassouras e malões atrás de uma arvore próxima a um pub. James ainda jogou a capa da invisibilidade sobre as coisas e dando as mãos entraram no bar. Por sorte, ou não, eles haviam achado um bar completamente bruxo.
- To com um pressentimento ruim James. – Disse ela agarrando firmemente no braço do namorado. Um frio na barriga intenso perpassou pela sua barriga.
- Calma, é o sentimento de terra firme, ta com a varinha no bolso? – James sabia que tinha de acalma-la mas tambem não poderia ser ingênuo ao ponto de não ficar atento a tudo a sua volta. – Vem, vamos sentar em algum lugar e comer alguma coisa.
- Eu não quero comer nada. – Disse a ruiva sem parar de olhar para a porta.
James ficou procurando algum lugar para sentar por algo em torno de quinze segundos. Levou a ruiva então pelo braço até a mesa e sentou-se de frente para a entrada do bar.
- O que vão querer? – Disse um rapaz baixo e cheio de sardas, seus cabelos eram loiros e seus olhos negros.
- Err... um whisky de fogo para mim. – Disse a ruiva olhando com curiosidade para o rapaz que retribuiu o olhar com certa malicia para ela.
- Para mim tambem, obrigado. – Disse James fechando a cara. O garçom deu uma piscada para a ruiva e saiu para os fundos.
- E ai, como vai ser agora? – Perguntou ela voltando a olha-lo e estendendo a mão na mesa. Entendendo o que ela queria ele segurou sua mão firmemente e sorriu.
- Bom, agora, a gente vai para Godric’s Hollow e ficamos la até a formatura, e depois vivemos nossas vidas.
- O que você quer dizer com “vivemos nossas vidas”?
- Hmm, digamos que quando chegarmos em casa eu te falo, ok?
- James Potter, o que você esta armando?
- Shh, depois eu te falo. – Ela ia retrucar mas não adiantou, os lábios vermelhos do maroto a calaram e ela fechou os olhos, sentindo os dedos gelados dele em sua pele. Se afastaram e ficaram se olhando sorrindo.
- Aqui está! – Disse o garçom entregando os dois copos de mal humor, pelo jeito havia presenciado o beijo dos dois.
- Obrigada. – A ruiva já começava a beber quando James olhou para a porta pela quinta vez.
Agora duas figuras vestidas com capas negras haviam entrado no bar, dois rostos masculinos, que não lhe eram estranhos.
- Ruivinha, vamos tomar logo isso aqui e ir para a casa. – Disse ele levando a mão ao bolso da varinha.
- Por que isso agora James? – Perguntou ela virando-se na cadeira e tambem avistando os dois homens. – Droga. – Ela não esperou que ele repetisse. Tomou o whisky em um gole só fazendo que seu rosto ficasse vermelho. Ao olhar para o namorado viu que ele havia feito o mesmo e já se levantava.
Ao ver a movimentação a mesa o garçom foi até eles e recebeu dois galeões do maroto. A peculiaridade da cena pareceu alertar os dois homens que ao verem o casal sair do bar se olharam e começaram a falar rapidamente.
Já fora do bar, o casal ia atrás da arvore e James jogou a capa da invisibilidade sobre a ruiva.
- Não me pergunta o por que Lily, so coloca ela.
- Mas James... ta vai.
- Hey você ai. – Disse um dos homens olhando para James. – Cadê a ruiva que estava com você?
- Boa noite, a ruiva? Desaparatou – Mentiu ele. Lily Já percebendo o que estava acontecendo, juntou a capa contra si e se escondeu.
- Desaparatou é? Que pena, sabe, você não me é estranho. Como é seu sobrenome?
- Jungsten, Aarons Jungsten. – Mentiu ele novamente. – E os senhores?
A resposta não foi imediata. Os dois homens se entre olharam e finalmente um respondeu:
- Avery, Patrick Avery. Você sabe, que eu conheço um Jungsten. Para minha grande surpresa... – O homem já tirava a varinha do bolso. – Ele tambem se chama Aarons Jungsten.
- Ah é? Que estranho não? Mundo pequeno.
- Ok rapaz, chega de mentira, como é seu nome. Se não disse vamos ser obrigados a usar isso. – Disse ele mostrando a varinha.
- Hmm, usar as varinhas? Acho... acho que não. – James já sacava a varinha e apontava na direção de um dos comensais. – Expelliarmus. A varinha de Avery voou e caiu a cinco metros de distancia. – Meu nome, é James Potter. – Disse ele ainda com a varinha mirada para o comensal.
- Potter? Haha, o filho do Auror, que honra vai ser te matar. – Disse o outro homem que não precisou falar seu nome para James, sua risada e sua voz eram facilmente reconhecidas. – Sectumsempra!
- Prrotego. – Gritou James na mesma hora que a boca do comensal se mexeu. – Ok Avery você é o primeiro. Estupore – O comensal não teve chance de se proteger e já foi lançado para trás ficando sem ação. – Agora sou eu e você McNair. Everte Statum. – Uma rajada azul e branca saiu da varinha do maroto e acertou o comensal da morte.
Nessa hora, Lily que estava escondida saiu de trás da arvore, jogando a capa no chão e se revelando totalmente.
- Lily não. – Tarde demais. Ela já estava do lado dele quando McNair se levantou e sorriu maliciosamente.
- Chegou a hora de vocês conhecerem o único digno de tanto poder. – E ao dizer isso levou a varinha até o braço e deixou ela tocar a grande marca negra.
O céu clareado de estrelar escureceu, as nuvens cobriram o local e a chuva começou a cair.
- James, é ele não é?
- Não ruivinha, é só ele.
No mesmo momento que terminou de falar um vulto negro apareceu ao lado de McNair. Ao seu lado, a figura de Avery se levantava já de varinha na mão.
- Ora, ora, ora. Então foi para isso que vocês me chamaram? Para matar um casal de jovens bruxos.
- Perdoe-nos Milord, mas este é o filho do Potter.
- Potter? O auror? Hahaha, que grande coisa. – Havia ódio no olhar do homem de pele branca e assustadora. Os olhos eram vermelhos e em lugar de um nariz, havia duas fendas. – Ok Potter, se era duelo que queria, vamos ao duelo. Cruccio – Um jato vermelho saiu da varinha do Lorde das Trevas, mas não foi na direção de James. Ao perceber que o grito de Lily enunciou a tortura James sentiu uma fúria enorme.
- Nunca... Ataque... A mulher que eu amo. Avada Kedavra.
Na mesma hora em que Voldemort se desviou do feitiço Avery e McNair levantaram a varinha para James com o mesmo tipo de fúria do maroto.
- Lily aparata, sai daqui.
- IMPERIO – Voldemort já havia se recomposto, quando dominou a mente de Lily.
Ao ver os olhos verdes da ruiva saírem de órbita ele sentiu uma dor imensa em seu corpo, os outros dois comensais estavam torturando-o.
- Mate-o. – A voz rouca de Voldemort fez com que Lily se virasse para James, que se localizava a um passo dela.
- Lily, não, se concentra, você não quer fazer isso você na... AAAH
Mais maldiçoes torturantes o deixaram no chão. Porem parecia que suas palavras conseguiram perfurar a maldição imperdoável e a menina deixou Avery no chão.
James se levantou com dificuldade enquanto lampejos de todas as cores voavam pelo lugar.
Em instantes os quatro duelavam mortalmente. Lily soltou mais um feitiço estuporante e acertou McNair no peito. Vendo-se sozinho contra dois exímios duelistas Lord Voldemort desaparatou.
- James... – Disse a ruiva guardando a varinha no bolso e correndo em direção ao maroto que estava caído no chão.
- Eu to legal, eu to legal. – O rapaz estava suando frio, a varinha tremia em sua mão direita e a respiração estava acelerada. Fechou os olhos quando sentiu os lábios carinhosos da ruiva nos teus. Colocou a mãos nos seus cabelos e os acariciou. Os dois levantaram, pegaram suas coisas e levantaram vôo.

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