Hogsmeade Atacada




Todos os personagens que você reconhecer (exceto Van Helsing e o Conde Drácula, que também não são meus) pertencem à J. K. Rowling. Eu não quero e nem vou lucrar com o que escrever.


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SERES DA NOITE

Gabrielle Briant

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CAPÍTULO I.

HOGSMEADE ATACADA


HOGSMEADE ATACADA!

Mais um ataque vampírico choca os cidadãos do pequeno vilarejo bruxo.

Apenas quatro dias depois do fatídico ataque vampírico que acabou por matar dois jovens em Hogsmeade, o infortúnio voltou a acontecer. A vítima, dessa vez, foi um cidadão honesto, um pai de família. A sua identidade, como requisitado pela família, permanecerá em sigilo nessa matéria.

O ataque aconteceu no meio da madrugada, nas proximidades do Cabeça de Javali, bar de não tão boa reputação (sic) do único vilarejo totalmente bruxo da Grã-Bretanha. Não houveram testemunhas: Os cidadãos temem sair da segurança dos seus lares quando o sol não mais lhe fornece proteção.

As autoridades locais dizem já ter contatado o nosso renomado Centro de Vampirologia. Naturalmente, quando a nossa equipe tentou fazer perguntas ao diretor do centro, Ferdinand Whiters, ele negou conhecimento do caso. Estranho, será que o senhor Whiters não lê jornais?Depois de sermos expulsos duas vezes, ele afirmou que tomará as providências necessárias. E é apenas isso que nós, aqueles que pagam impostos para manter esse centro aberto, esperamos.

Lembramos que esses são os primeiro ataques vampíricos desde a redenção de Scarlet Leigh, na guerra passada.

Veja ainda: os depoimentos dos cidadãos de Hogsmeade, página 12.

Breve história sobre os vampiros, página 15.

Decreto de Amizade entre Vampiros e Homens, página 22.”

- Perfeito!

O robusto homem bradou mais uma vez. Na verdade, era só o que ele fazia desde que aquela infame reunião começara.

Senhor Whiters, o diretor do Centro de Vampirologia, era bem parecido com a maioria dos burgueses vida-boa: ralos cabelos loiros, corpo bem acima do peso e um caráter bem abaixo do normal.

Ele tinha marcado essa reunião desde que a sensacionalista matéria sobre os ataques à Hogsmeade saíra no Profeta Diário. Agora todos sabiam que ele não pretendia fazer muito contra os ataques que vinham acontecendo... E agora ele não podia fazer nada, senão agir.

Vinte vampirólogos sentavam-se numa mesa redonda, todos silenciosamente observando o ataque do diretor, antes de começarem a propor qualquer solução para o problema.

Ele olhou para os vampirólogos. Seu rosto alvo agora estava avermelhado de raiva. Ele suava como um porco.

- Vocês não dizem nada?!

A chuva que saiu da boca dele despertou uma mulher que estava bem ao seu lado. Graciosamente, ela se levantou.

- O senhor me permite, Senhor Whiters?

Linda Thiran. Era uma mulher muito bonita, e ela tinha consciência disso. Não hesitava em usar a sua beleza – e inteligência – para chegar onde queria. E, no Centro de Vampirologia, ela já tinha atingido o seu auge. Era vice-diretora – embora não tivesse nenhum mérito que a qualificasse para tal – e tinha um caso nada secreto com Whiters.

Ela era esperta, também. Tinha resposta para tudo. Solução para tudo. É claro, as suas soluções sempre acabavam livrando-a do trabalho sujo ou pesado... Mesmo assim, a maioria, cegos pela sua beleza, acabava por admirá-la como vampiróloga.

- Não podemos nos exaltar, senhor Whiters. Não podemos, tampouco, mostrar claramente que vamos começar a analisar os casos apenas agora, isso seria um prato cheio para eles... A mídia nunca gostou do nosso Centro ou das criaturas com as quais nós lidamos... Eles apenas querem nos ver fechando as portas.

O gordo olhava abismado para a mulher. Ele era tão cego por ela... Se pelo menos soubesse que ela também tinha um caso com o tesoureiro e com o presidente do Centro Internacional de Vampirologia...

Quem tivesse prestado atenção direito diria que ela enrolou e não disse nada. Mas, para aqueles homens – e até algumas mulheres – ela tinha chegado a conclusões geniais.

- Como sempre, você tem razão, Srta. Thiran. Mas o que nós vamos fazer?

A loira sorriu. Era fácil ver os rostos masculinos se derretendo pelos seus lábios carnudos.

- Eu não sou ninguém para ditar uma solução... – ela disse educadamente. – Apenas uma proposta. Acho que algum de nós deveria ir até a cena dos crimes e provar que estamos lidando com um vampiro não registrado, o que é óbvio. Isso qualquer um daqui pode fazer.

O rosto arredondado de Whiters se iluminou.

O gordo se levantou e começou a rodear a sala, fazendo gestos frenéticos – quase ridículos – com as mãos e murmurando.

- Sim, sim, sim...

Ao terminar a volta completa ao redor da mesa redonda, parou e tomou o seu lugar. Agora se via um rosto otimista, quase feliz. Com a voz alta, ele disse.

- E, se nós conseguirmos capturar do dito cujo, vivo ou morto, ganhamos prestígio da sociedade e da mídia como os salvadores!

Era possível se ver vários pares de olhos se arregalando. Uma vampiróloga ruiva, Tinna Albhurg, falou, quase desesperada.

- Mas, senhor, e o Decreto da Amizade Entre Vampiros e Homens? Matar um desses seres pode desencadear uma guerra! Uma praga!

O loiro rolou os olhos.

- Se ele não é registrado, nós podemos matar.

- Ainda assim, é muito arriscado!

Um bruxo negro, musculoso e alto, Thomas Ergway, levantou-se para falar e concluir o pensamento da colega.

- E isso é suicídio! Como podemos ir atrás de um vampiro assassino? Não fomos preparados para tanto!

O sorriso de Whiters apenas se arreganhou mais.

- Vocês não! Gabriel Van Helsing!

O ruído dos comentários dos vampirólogos ecoou, dando um aspecto ainda mais caótico àquela reunião. Já fazia anos que Van Helsing não era incomodado... E eles bem sabiam que ele não gostava nem um pouco de ter a sua paz perturbada.

No meio da baderna, apenas uma bruxa permanecia calada. Mina Stoker, escondida atrás dos seus enormes óculos de fundo de garrafa, apenas afundou na cadeira assim que ouviu o nome de Van Helsing... ela bem sabia que podia acabar sobrando para ela.

E foi para ela que o loiro gordo gritou.

- Stoker!

Ela mordeu o lábio e levantou o olho. O loiro bufou.

- Você, mesmo! Se levante!

A criaturinha bizarra se levantou. Talvez, os enormes óculos fossem apenas um acessório bonitinho, quando comparado ao resto do visual. Um olhar permanentemente amedrontado no rosto e os cabelos ruivos presos num coque apertado e estranho deixavam a sua aparência um tanto... peculiar. Mas as suas roupas, que pareciam ter saído de um brechó barato, eram o toque mais excêntrico daquela mulher.

A saia ia de bem acima da sua cintura até o joelho... E a tentativa de blazer caía-lhe até o meio das pernas, totalmente desalinhado. As exageradas ombreiras quase a deixavam sem pescoço... E, para completar a total bizarrice em seu visual, a estampa era xadrez!

Ela, definitivamente, era uma vergonha para o Centro de Vampirologia.

Com uma voz fraca, ela disse.

- Pois não, senhor?

O resto do pessoal parecia quase querer rir da pobre criatura.

- Stoker, você manteve contato com Van Helsing quando pesquisava as famílias de vampiros, não é verdade?

Ela respirou fundo. Parecia até que sabia o que estava para vir. Mordeu o lábio.

- Sim. O senhor Van Helsing foi muito gentil em me fornecer todas as informações que eu necessitava para a conclusão da minha pesquisa.

Ele sorriu sarcástico. Desdenhou.

- Senhor Van Helsing? Simpático?!

Todos riram. Mina Stoker sentiu as bochechas queimarem.

- Já que ele foi tão gentil, acho que não será incomodo nenhum ir até a casa dele e pedir para que ele a escolte nessa missão.

A garganta dela secou. Missão?! Isso queria dizer encontrar vampiros vivos, soltos e selvagens?! E mais: Encontrar Van Helsing?! Como podia pedir isso?

Aproximou-se um pouco do diretor, tropeçando em seus próprios saltos.

- Mas... Eu não posso aceitar.

Ele ergueu uma sobrancelha.

- E por que?

- Porque... – Não tinha jeito. Ela tinha que falar – Eu tenho medo de vampiros.

A sala explodiu em gargalhadas. Ela era, definitivamente, a piada do Centro. As lágrimas vieram aos seus olhos, mas ela não as deixou cair... Ainda.

- E o que, em nome de Deus, você está fazendo aqui?

Ela foi ainda mais para perto.

- Eu promet---

- Você prometeu a sua mãe, antes dela morrer, que seria vampiróloga – ela assentiu. – Me diga, Stoker, você pretende descumprir essa promessa?

Ela se exasperou. Como ele poderia pensar que ela descumpriria uma promessa que tinha feito à mãe em seu leito de morte?

- Não!

- Então é bom cumprir essa missão, ou você está fora! Eu quero aquele vampiro comigo, vivo ou morto, com ou sem Van Helsing!

- Mas---

- Te vira!

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- Severo?

O exímio professor de Poções espiava a porta que o guiava à sala escura, esperando uma permissão para entrar.

O novo diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts apenas deu um grunhido exasperado, como se convidando o professor Horácio Slughorn à sua sala.

Já fazia dois anos que a guerra acabara, com a morte de Voldemort. Severo conseguiu provar a sua inocência graças aos imensuráveis esforços da Ordem da Fênix. Voltara para Hogwarts, como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e como o vice-diretor por merecimento.

Há poucos meses a sua situação melhorara um pouco... talvez. Não. Não melhorara. Piorara.

A diretora, Minerva McGonagall, embora tivesse conseguido passar quase ilesa pela guerra, não conseguiu ludibriar a idade e acabou morrendo. Snape assumiu o cargo de Diretor da escola e se viu obrigado a escolher mais dois professores... Infelizmente, Potter para Defesa Contra as Artes das Trevas e Hermione Granger para Transfigurações.

Hogwarts estava um inferno!

Principalmente agora, com essa notícia no jornal.

Slughorn, o vice-diretor, sentou-se de frente ao gabinete.

- Você já viu o Profeta Diário?

Exasperação.

- Já. Eles vão abrir investigação.

- Tem alguma coisa que nós possamos fazer? Eu falo representando todo o corpo docente.

- A única coisa possível seria pegar o vampiro. Encerrar as investigações antes mesmo do seu inicio. Se eles investigarem um pouco mais profundamente... será um escândalo!

Slughorn assentiu lentamente.

- Sim, sim... Os professores poderiam fazer turnos pela floresta, tentar localizá-lo.

- Quem iria, Slughorn? Você? – O homem se encolheu um pouco e ficou visivelmente sem palavras. – Foi o que eu pensei. Não. Os únicos que sabem a verdade somos nós, Madame Pomfrey, Harry Potter e Hermione Granger. Eu não vou pedir a ajuda deles.

- Então – Slughorn levantou-se – será apenas esperar para ver? E fingir que não há nada a esconder?

Um meio-sorriso sombrio se apoderou do semblante do diretor.

- Parece que eu faço isso bastante, não?

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Ohh, eu postei! O.o

Reviews, por favor.

E bjus para a Shey, minha maninha linda que betou esse cap há 524364964364354634 anos.

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