Thougtless - Inconsequente



Thoughtless - *Evanescence*
Inconseqüente


Depois de um longo ano, o ano em que Harry foi á busca e destruiu todas as Horcruxes com a ajuda de Ron e Hermione, lá estava ele. Harry Potter cara a cara com Lord Voldemort, nos terrenos de Hogwarts (que ficara aberta para ar aulas), onde a última Horcrux fora destruída. Voldemort já estava fraco pela luta que vinha travando nos últimos minutos com Harry, este estava fervendo de fúria diante de seu maior inimigo, decidido a matá-lo (mas não sabia como) a qualquer momento.

Ao fundo ouviam-se feitiços e maldições proferidas por aurores, membros da Ordem da Fênix, Comensais da Morte, professores e alunos, gritos e urros de gigantes e lobisomens, sentia-se o frio que os dementadores causavam; mas nada mais importava a Harry, só tinha em mente matar Voldemort a qualquer custo.

Lembrava-se de estar preso á cordas, presenciando a seção de tortura que Voldemort fazia em seus amigos Ron, Hermione e outros alunos , sem poder fazer nada. Comensais faziam um círculo em volta deles, dando risadas em meio aos gritos de dor que ecoavam nos ouvidos de Harry. Mas graças á chegada repentina de muitos aurores e alguns centauros, os Comensais se distraíram e alguém soltou Harry, e acabou vendo que era Dobby.

- Tome, meu senhor – disse ele, lhe entregando sua varinha – Acabe com esse homem mau!

Harry, com uma expressão rígida, fez um sinal afirmativo com a cabeça para Dobby, que aparatou logo em seguida. Olhou para seus amigos, Hermione estava desmaiada, e um Ron pálido ao seu lado tentando reanimá-la. O amigo sentiu o olhar de Harry e o encarou, dando mais apoio com seu olhar decidido.


All of my hate cannot be found
(Todo o meu ódio não pode ser limitado)
I will not be drowned by your thoughtless scheming
(Eu não serei submergido por suas atitudes inconsequentes)
You can try to tear me down
(Agora você pode tentar me puxar para baixo)
Beat me to the ground
(Me jogar no chão)
I will see you screaming
(Eu verei você gritando)


E desde aquele momento em que vira Ron, Harry lutava sem parar com Voldemort, incentivado pelo apoio do elfo e do amigo, e nem acreditando no quanto de feitiços que sabia. A cada feitiço ou maldição que seu inimigo lançava, ele revidava com outro mais forte ainda, duelando com toda a sua coragem e poder que adquirira ao longo do ano, jogando-o no chão.

- Ah, Potter! – gritou Voldemort com raiva, se levantando do chão – Você acha que tem poder para me derrotar? Eu vejo nos seus olhos o ódio, mas você não tem chances contra mim! Crucio!
Aquela dor inexplicável atingiu Harry, que não conseguira se desvencilhar da maldição. Segundos depois, Voldemort retirou a maldição, dando uma risada aguda e maléfica sobre Harry caído no chão. Com muito esforço, ele se levantou, já não sabendo mais como lidar com a situação. Sabia que tudo acabaria naquela noite, tinha que acabar!


Thumbing through the pages of my fantasies
(Folhando as páginas de minhas fantasias)
Pushing all the mercy down, down, down
(Empurrando toda a piedade para baixo, baixo, baixo)
I wanna see you try to take a swing at me
(Eu quero ver você tentar acabar comigo)
Come on, gonna put you on the ground, ground, ground
(Vem cá, vou deixar você no chão, chão, chão)


- Vamos parar logo com essa brincadeira, Potter – disse Voldemort, com um sorriso desdenhoso no rosto – Ainda não cansou de apanhar? Prefere que eu me desfaça de você primeiro ou quer ver seus queridos amiguinhos indo pimeiro?

Harry o olhou com desgosto aqueles olhos vermelhos, podia sentir o ódio que tinha por aquele ser desumano aflorar mais ainda por toda a pele de seu corpo. Voldemort também o encarou com a toda a sua frieza.

- Você é quem sabe – disse sem emoção alguma, desviando o olhar de Harry – Avada Kedavra! – gritou ele muito rápido, apontando a varinha em direção á Gina, que tentava conjurar um patrono para vários dementadores que atacavam um garotinho da escola.

- NÃO! Crucio! – gritou Harry, sem pensar, em direção a Voldemort, que caiu se contorcendo no chão. Olhou automaticamente para Gina, que se encontrava no mesmo lugar ainda ajudando o garotinho. Por sorte a maldição não a acertara, e pelo jeito ela nem percebera que quase havia sido morta segundos atrás.

Voldemort já se recuperava da maldição lançada por Harry, que passara sem que o garoto a tirasse.

- Oh, estamos evoluindo – desdenhou Voldemort – Você nunca conseguirá usar maldições, ainda há ‘desprezivelmente’ amor em você. Você não vai conseguir salvar sua namoradinha de novo – e apontou a varinha de novo para Gina, mas desta vez trouxe a garota, levitando-a, e a colocou entre ele e Harry.


Why are you trying to make fun of me?
(Porque você está tentando fazer graça comigo?)
You think it’s funny?
(Você acha isso engraçado?)
What the fuck you think it’s doing to me?
(Que porra é essa que você acha que está fazendo comigo?)
You take your turn lashing out at me
(Você dá suas costas rindo de mim)
I want you crying with dirty ass in front of me
(Eu quero ver você chorando com o seu traseiro sujo na minha frente)


- Harry, o q…? – se confundiu Gina, olhando de um para outro.

- Fique calma, Gina – disse Harry, se postando na frente dela.

- Você acha que pode defende-la? – perguntou Voldemort, sarcástico – Não, você vai ver a morte dela, e a culpa vai ser sua. Deveria ter escolhido morrer primeiro diante de todos. Agora é tarde.

E com rápidos movimentos, afastou Gina de Harry e lançou a maldição da morte contra a garota. Mas antes de Voldemort proferir as palavras, rapidamente, em fração de segundo Harry alcançou Gina e a abraçou o mais forte que podia, caindo os dois no chão, querendo defende-la, e agora, mesmo com Gina gritando em seus braços, Harry sentiu o ódio que lhe tomava conta no momento se esvair do seu coração e ser invadido pelo amor que tinha, sentindo-o ultrapassar os limites de seu corpo. Ao mesmo tempo que isso tudo acontecia, murmurou um “Protego”, Harry sabia que isso não era o suficiente contra o maior bruxo das trevas que existia, mas foi a única coisa que lhe veio á cabeça naquele um quarto de segundo. A maldição da morte os alcançou e ia atravassar a barreira do feitiço.


Mas nada aconteceu a eles. Os dois esperando pelo último suspiro de suas vidas que nunca chegava. Harry olhou á sua volta, e percebeu que havia muitas pessoas olhando a cena boquiabertos, Comensais da Morte desaparatando, gigantes, lobisomens e dementadores se afastando, sumindo nas sombras da Floresta-Negra. E também havia uma barreira, em volta do casal caído no chão, muito clara, mas não era o protego, tinha algo mais. A barreira ia diminuindo, se extinguindo. O cérebro de Harry tinha parado, não sabia o que pensar, não entendia o que estava acontecendo. Sentia Gina abraçada a ele, com olhos fechados e apertados, chorando. Foi tomando consciência da situação, procurou por Voldemort. O bruxo estava deitado no chão, de braços abertos. Morto.

- Harry! Gina! Vocês estão bem? – Os dois ouviram Hermione gritando, correndo
para econtrá-los, com uma manada de gente atrás dela. Todos da escola, alunos e professores, mebros da Ordem, seus amigos, vinham a seu encontro. Hermione chegou até eles, se abaixou para vê-los melhor.

- Anh? O que aconteceu? – perguntou Harry, totalmente confuso, estava fraco, sendo rodeado por todos – Hermione...?

- Calma, Harry...

- Não, não fiquem aqui – ouviram a Profa. Minerva falar de algum lugar – Deixem os dois respirarem! Saim, saiam! – a maioria saiu, só ficando as pessoas mais íntimas de Harry e Gina.

Nesse momento, Harry se sentiu zonzo e com ânsia, ainda tentando entender o que havia acontecido.

- Levem os garotos para a enfermaria, não estão nada bem! – foi só o que ele ouviu alguém dizer antes de desmaiar.


All my friends are gone, they died
(Todos meus amigos se foram, eles morreram)
They all screamed, and cried
(Todos eles gritaram, e choraram)

Gonna take you down
(Vou te jogar no chão)


Estava com dor de cabeça. Algumas dores no corpo, mas bastante confortável, numa cama bem quentinha. Abriu os olhos e viu tudo embaçado, mas já sabia que estava na enfermaria da escola, tantas vezes acordou olhando para aquele teto. Esticou o braço para o lado de sua cabeça e foi apalpando a cama até achar o criado mudo. Pegou seu óculos e o colocou no rosto. Agora via tudo perfeitamente. O sol já estava nascendo, todas as camas da enfermaria estavam ocupadas, todos ainda dormindo. Já se lembrava do que ocorrera na noite anterior, só que ainda não entendia nada. Se sentou na cama e colocou suas pernas pra fora para se levantar.

- Harry! – gritou Madame Pomfrey toda sorridente, dando um susto em Harry, e saindo de roupão da sua salinha. – Você está melhor? Não pode sair da cama, vamos, deite-se, precisa descansar. Nenhuma dor? Tome esta poção e...

- Calma – interrompeu Harry, ainda sentado na cama – Eu to bem... Eu queria saber o que aconteceu ontem. Cade a Gina? Rony e Hermione estão bem?

- Oh, sim, estão bem – respondeu ela sorridente – cuidei de todos a madrugada inteira. Estão todos aí fora te esperando, nem dormiram. Aliás, quase toda a comunidade bruxa está te esperando. Mas não saia daqui – adverteu, segurando o garoto na cama, que fez menção de levantar.

- Mas eu quero saber o que aconteceu! Olha, eu estou bem! Deixa eu falar com alguem, por favor!

- Ok, só eles três! – Harry sorriu agradecido – Mas antes tome a poção.
Enquanto Harry tomava a poção, Madame Pomfrey se dirigiu á porta, abriu bem devagarinho e o barulho invadiu a sala. Havia muita gente mesmo lá fora. A enfermeira saiu e fechou a porta. A maioria dos ocupantes da enfermaria havia acordado, e olhavam para Harry curiosos. Minutos depois, com muito custo, Pomfrey conseguiu deixar só Rony, Hermione e Gina entrarem, e foi cuidar dos outros pacientes.

- Harry!! – gritaram as meninas, correndo em direção á sua cama e o abraçando.

- O que aconteceu? – perguntou ele imediatamente, olhando para os três - Não entendi nada até agora.

- Ah, cara, voce derrotou Você-Sabe-Quem! – disse Rony feliz. – Mas você está bem?

- Claro, e vocês?

- Ótimos!

- Me conta logo então, o que aconteceu?!?!?!

- Não sabemos direito – disse Gina.

- Bem, você criou um escudo – disse Hermione – Eu nunca havia visto um igual. E Voldemort lançou a maldição, que rebateu no escudo e se voltou contra ele. Morreu com a própria maldição. Mas eu não sabia que existia alguma magia para bloquear maldições – falou ansiosa – Como você fez isso? Porque não me contou?

Harry achou estranho.

- Eu fiz isso? Mas... eu... não sei como... só usei o protego...

- “PROTEGO”?!? Você derrotou ELE com um simples protego?! Como assim?! – exclamou Rony, desacreditado. As garotas também.

- Mas Harry, é impossível! – disse Hermione.

- Bem, eu gritei tanto que não ouvi nem vi nada! – disse Gina.

- Mas eu fiz... humm... eu abracei a Gina, disse “protego”, e senti... – daí Harry começou a pensar.

- Sentiu...? – perguntou Rony.

- Espera, deixa eu pensar – e os quatro ficaram quietos durante uns minutos.

Bem, eu senti o ódio indo embora, pensou Harry, depois, um sentimento bom, será... amor?

- O poder que Voldemort desconhece... – murmurou ele, lembrando-se de Dumbledore.

- Amor – sussurraram Rony e Hermione. Harry confirmou de leve com a cabeça, olhando para os dois. A compreensão invadindo seu rosto.

- Uau! Você derrotou ele com o amor que você tinha – se espantou Hermione.

- Sim, foi assim da primeira vez! – exclamou Rony – Quando sua mãe te defendeu, mas agora foi pra valer, Harry, você conseguiu!

- NÓS conseguimos. E desta vez ninguém morreu, quero dizer, ninguém morreu no “confronto final”.

- Nossa, não fala isso... – temeu Gina

- Peraí... você tava abraçando minha irmã quando sentiu a coisa, então, o amor era...

Harry e Gina coraram.

- É, foi assim – disse Harry, agarrando a mão de Gina.

- Provavelmente, o feitiço misturou com o amor, criando uma proteção muito forte, um sentimento muito nobre para Voldemort– disse Hermione – O feitiço virou contra o feiticeiro.

- Ah, eu nunca me senti tão bem! – disse Harry todo sorridente – Não acredito que consegui – nesse momento, Gina e ele se abraçaram trocando um leve beijo.

Agora Harry sabia que poderia ficar com ela e olhar aqueles lindos olhos, tocar aqueles lábios e abraçá-la sempre que quisesse, sem ter medo, sem riscos, sem nada e ninguém pra impedir...


Fim!!

***
Gente, desculpa pelo final, mas eu nunca consigo escrever um desfecho decente... mas comenta aí... vcs acham que eu viajei na maionese po ter inventado esse tipo de morte??
Bem, de qualquer forma, obrigada por ler!!

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