Um Bom Início



Capítulo 7: Um Bom Início

------------------------------------------------- GINA -----------------------------------------------------

Após muitos abraços e cenas de choro quase que impossíveis de se resolver, Gina entrou no trem. Mas nada compensava o sorriso que ela tinha no rosto. Quem diria, Virgínia Weasley estava literalmente fora dos radares familiares por três anos, sem contar o natal e o ano novo, que teria que passar com eles, mas isso não a intimidava. Três novos anos, três anos que mudariam sua vida, como esse que tivera mudara o seu.

O apito soou. Ela não olhou para trás. Somente esqueceu que tinha família quando entrou no trem. Ninguém a conhecia mesmo, não se importaria em andar do jeito que fora ensinada por Draco e Blaize. Parecia não ser notada, mas isso não a intimidou. Realmente queria chegar até o último vagão. Era ali que estava Sam, e que estava ali às chaves para algo que nem ela mesma sabia que iria acontecer.

Ao abrir a porta, não se surpreendeu ao ouvir um som alto e totalmente barulhento. Estava quase surda, mas isso agora não importava. Tinha que ir até a ultima cabine, e o caminho não fora dificultado, parecia que tinha poucas meninas, comparado a quantidade de meninas que ela teve que ultrapassar para chegar ali.

- Gina!!! Por que demoraste? – disse Sam – bebe isso aqui... deve estar com sede!

Gina bebeu o liquido, que a deixou meio tonta. Sentou-se ao lado de Sam, e viu que a conversa entre ela e uma menina, que não sabia quem era, estava se desenrolando em uma língua diferente da sua. Estranhamente ela entendeu. Tudo, cada palavra, cada frase, como se ela soubesse todos os dialetos. Era francês. Ela tinha tomado a poção de Blaize.

- Esta, Jéssica – disse Sam em francês – é Gina

- Olá... – disse Jéssica – vejo que Sam sabe dar detalhes

- Por que? – Gina falou em francês, nem ela mesma acreditava nisso

- Por que você realmente está em um estado deplorável... – disse ela analisando suas roupas – ainda assim... como namoras Harry Potter?

Gina riu. Aquela risada que nunca esqueceria. Ela ainda era namorada de Harry Potter. O queridinho de todas as meninas do MUNDO. Como, pois, não seria famosa? Encolheu os ombros em sinal de não saber o por que, mas divertiu-se ainda mais ao ouvir se ele era realmente gostoso. Gina não podia mentir. Harry Potter era muito gostoso. Menos que Draco, claro, mas ainda estava na listas de belezas descomunais.

- Bom – disse Sam pigarreando – vamos fazer logo, Jéssica, antes que me de sono e aí você não tem assistente...

- Beleza – disse Jéssica

Esta pegou dentro de uma pequena caixa, um frasco. Continha um líquido negro, que com algumas agitadas tornou-se azul claro. Abriu o frasco, que então se tornou verde musgo, passando assim para Sam. Gina naquela altura pensava que seria morta logo antes de entrar em Beaux.

- Eu sei que Draco já usou esse tipo de poção em você... esse é mais especifico, dura mais tempo e com certeza, nos ajudará a fazer a maior das mudanças – respirou fundo e continuou – eu poderia te dar todas as roupas do mundo, mas acho que o que posso te dar de melhor, é um corpo melhor, com um cabelo de um estilo legal, um rosto mais perfeito, as roupas vem como brinde... – terminou Sam – bebe e pensa como queria ser agora...

Gina lembrou-se de meses atrás, aquele estilo para ela era perfeito, para agora, quem sabe não ficaria melhor com o passar dos anos? Bebeu o liquido, e sentiu como se não o tivesse engolido, era como se não tivesse nem mesmo colocado algo na boca. Sentiu uma forte tonteira e desmaiou no colo de Sam. Esta sorria, a operação começaria.

************** hehehe **************


- Trabalho mais bem feito que fiz, acho que não darei o melhor de mim quanto dei aqui – disse Jéssica

- É, ela foi realmente difícil, que tipinho complicado? Mas ficou perfeito para ela! como no nosso! – disse sorridente para Jéssica, que acabara de escorregar em um dos sofás que tinha ali – vou deitá-la naquele sofá – disse Sam transportando com a varinha Gina para um sofá azul que existia no local – bom... quanto tempo ela demorará a acordar? – tirando o Firewisk da prateleira, e colocando dois copos e encheu-os com a bebida

- Acho que...

Um baque fora ouvido e as duas viraram-se para Gina que estava caída no chão, tossindo fortemente. Sentia como se algo tivesse entalado em sua garganta, fazendo-a ficar enjoada e querer realmente vomitar. Precisava de algo forte. Olhou ao redor, e viu em cima da mesa um copo cheio de Firewisk, que o virou de uma vez só. Sentiu novamente seu corpo voltar ao normal e então levantou. Passou a mão na testa, e sentiu pequenos arranhões. Olhou para as unhas, grandes e vermelhas. Suas mãos eram finas e tinham alguns anéis pretos. Olhou para sua roupa, e então olhou para o espelho.

Estava diferente. Era visível. Mas o tempo da poção tinha passado. Ela era outra menina, então? Seu rosto ainda continha sardas, mas parecia dar mais charme do que qualquer outra coisa. Seus cabelos estavam bem longos, e um pouco ondulados, com um recorte picotado, deixando-o um pouco rebelde. Seus olhos, castanhos estavam bem mais claros, pareciam mel. Parecia que haviam mudado até seus olhos, mas na realidade era um brilho de alegria. Tinha mais peito, e parecia que sua bunda era mais empinada. Pernas mais torneadas, e dois furos na orelha. Estava vestindo alguma roupa da Sam. Estava toda de preto. Uma camiseta regata e uma minisaia, com um coturno, e muitas bijuterias em seu braço, pescoço, e nas orelhas. Estava linda. Seus cabelos estavam mais ruivos, e seu rosto bem mais branco. Ela havia amado a mudança.

- Obrigada – disse para as duas, que vieram-lhe abraçar

- De nada, ruivinha – disse Sam – agora, irá nos retribuir...

- Como? – disse ela pegando um copo e colocando Firewisk

- Simples... – disse Jéssica – vou chamar a Emilly, ela irá adorar a Gina...

Ao Jéssica sair, Gina viu Sam olhar para os lados e pegar a pequena caixa que Blaize havia dado para elas. Deu para Gina, e a fez esconder em um de seus maloes, pensando depois aonde o tinha colocado.

A porta fora aberta por duas meninas. Jéssica, já trajada com as roupas da escola, tinha cabelos ondulados marrons até a cintura, com os olhos de mel. Não tinha porte para modelo, mas se tornava tão bonita por ter curvas bem definidas, o sorriso indiciava que ela era uma menina mais altiva que as outras. A outra, pele morena, com um cabelo liso, com olhos claros, tinha um jeito de rainha, bem portada, também vestida com as roupas da escola, parecia uma modelo.

- Olá – disse a menina – eu sou a Emilly, você deve ser Virgínia... certo?

- Só Gina, por favor - ela recebeu um beijo no rosto

- Ai que bom, eu não decoro nenhum nome... ainda mais quando ele é meio grande, sabe como é... conhecer muita gente confunde a cabeça... ela é do quarto ano também né, Sam? – disse Emilly tão rápido que Gina realmente se perguntava como ela não tinha respirado

- Sim... – confirmou Sam, voltando-se para Gina – a Jéssica está no 6o ano e a Emilly no 7o ano – as duas sorriram para ela – mas não é por isso que estás aqui... queridinha... depois de muito implorar, quase chorar de tanto espernear... entramos em um acordo

- Você fará parte do grupo mais perfeito que existe nesta instituição... por que de verdade querida, eu fui à sua escola... e é realmente um pecado o que fazem com vocês! – disse Emilly – que absurdo! Vocês têm que ter aula naquela masmorra nojenta! Teve uma menina, muito estranha, acho que o nome dela tinha a ver com Panela....

- Pansy? – disse Gina rindo

- Essa mesmo – disse Jéssica – ela quis bancar a gostosa vê se pode! Ela é muito feia... aliás ela tinha dado em cima do seu primo – olhando para Sam – nossa... que até ele mando ela pastar – Gina ria mais ainda – o que houve?

- Pansy Parkinson é assim mesmo, dá em cima de todos que ela pode... imagina se ela já não deu em cima do meu namorado... se é que... – disse Gina

- Quem é o seu namorado? – disse Emilly interessada

- Aquele que eu te falei, querida – disse Jéssica – Harry Potter

- Tá me gozando? – disse os olhos dela brilharam – nossa que menina de sorte!

- É, ela é mesmo – disse Sam friamente, como se fosse matar mais uma que falasse isso – agora, vamos ao que interessa, Gina, querida... agora você faz parte além do grupo mais perfeito

- Você faz parte de um grupo de ladras – terminou Jéssica

Gina parecia inicialmente digerir o que lhe falaram. Era quase impossível aquele grupo de meninas serem ladras. Tinham jeito de quem tinha tudo na mão! Aos poucos parecia quase impossível compreendê-las, imagine fazer parte da mesma turma! Ela não merecia tanta loucura em um lugar só. Olhou as três, e não agüentou. Riu

- O que houve? – novamente aquela pergunta retornou a ela pela boca de Jéssica

- Bom... primeiramente, vocês tem tudo o que querem, por que então querem tanto roubar? Vocês roubam o que? Jóias? - As três se olharam e então voltaram para Gina

- É – disseram juntas

- Bom... – Gina ficou estática, quem diria que um chute seria tão certeiro quanto esse?

- Já que você entendeu parte de nosso programa de fim de semana – iniciou Jéssica – nós somos as Shadow, um grupo de ladras, que roubam as jóias mais valiosas de toda a Europa

- Que passe logicamente perto de Beaux – cortou Emilly – e vendemos para alguns compradores fieis nossos, eles aceitam qualquer coisa nossa, não se preocupe – ao ver os olhos atemorizados de Gina – a gente já avisou de você... eles já sabem que tem uma nova Shadow por aí...

- Com esse dinheiro – disse Sam – a gente divide, lógico, e compra o que quiser, compras diversas, alem de customizar nossos duelos arcaicos e mágicos e nossas poções básicas

- Arcaicos e Mágicos? – perguntou Gina interessada

- Bom – continuou Sam – nós somos divididas em 2 grupos em Beaux, as Fadas e as Bruxas, sem muitas idéias na época, né? – riu da piada – então, a Jéssica e a Emilly são fadas, elas fazem o duelo Mágico, que é feito todos os anos com a escola Aura, que é uma escola de magia da Austrália, que só tem fadas lá, e é muito caro ir para lá, pelo fato de que a escola não banca nada disso

- E nossa queridinha aqui – disse Jéssica – é Bruxa, as bruxinhas de Beaux fazem os duelos Arcaicos, que são feitos com ferramentas de batalhas trouxas, mas enfeitiçados – o seu sorriso tornou-se macabro – eu já vi ela quase rasgar uma menina no meio com uma espada

- Não tenho culpa se ela falo que eu estava gorda na época – retrucou Sam – não se preocupe, ela saiu ilesa, na batalha, mas levou uma surra depois dessas duas aí – apontando para as meninas com cara de anjo

- Daqui a pouco a diretora vai mandar te chamar – disse Emilly seriamente – ela irá...

...mandar sentar-se a sua frente, perguntará um pouco da sua vida, nada muito pessoal, tanto por que ela não fala muito conosco, é só pra ser agradável, mas com você eu acho que será mais especial...

- Virgínia Weasley – disse a giganta sorridente – meu nome é Olímpia Máxime, diretora de Beauxbatons, sente-se por favor – bom, você já conhece algumas pessoas aqui?

- Sim, diretora - ... sempre sorria, finja que tudo está bem, mesmo que não esteja, não vai querer ela falando da vida dela, como foi difícil... acredite, eu quase morri... de tédio ... disse sorrindo um dos seus melhores sorrisos – eu conheci a senhorita Malfoy e as suas amigas, que muito gentilmente vão cuidar de mim

- Que maravilha – disse ela sorrindo – são meninas maravilhosas - não acredite em tudo que ela diz, às vezes mente, especialmente sobre nós, que mais passamos lá do que qualquer coisa merecem todos os méritos que tem... está em boas mãos querida

...Depois de fazer você se sentir a garota mais perfeita do mundo, ela vai sumir por alguns e bons 10 minutos, com barulhos esquisitos rolando, acredite, nem eu mesma quero saber o que tem atrás daquela cadeira, ela tira um espelho, com um suporte e coloca na sua frente, não ria se ela bater a cabeça, seja muito, mas não tanto preocupada com o galo que formará ali...

- Ai! – disse a professora ao levantar-se de trás de sua cadeira, e batendo novamente a cabeça no teto

- A senhora está bem? – disse Gina preocupada – isso poderá acarretar em um galo, a senhora quer que eu chame a enfermeira?

- Querida, como você é gentil - ... se ela disser que você é gentil, acredite, você não voltará a vê-la até o dia seguinte, quando ela perguntar se você está bem... tocando no rosto de Gina – bom vou lhe explicar como funciona este espelho

...O espelho funciona assim: você ficará na frente dele, e então aparecerá como se fosse uma daquelas mascaras de teatro trouxa que existem aqui na França...

- Este espelho, querida, é um espelho-seletor, ele indicará em qual casa irá cair, ou nas Fadas, ou nas Bruxas, o que eu já acredito que suas amigas lhe explicaram – disse sorridente – vá à frente dele, e espere, aparecerá seu rosto e então ele decidirá em qual casa ficará

... E então ele vai olhar nos seus olhos, e então ele vai ficar balbuciando, fica falando tão baixinho que irrita, aí ele grita, dizendo a casa que você está, agora se ele não ficar enrolando, você está com sorte nesse dia...

Gina voltara um pouco abismada da conversa com a diretora. O espelho não balbuciara, ou falara baixo, o espelho nem ao menos demorou seu olhar nela, somente o viu olhar para a diretora e dizer “Você me trouxe uma especial, Maxine? Prazer em informar: BRUXA!”. Sentia-se com sorte naquele dia. Sorriu ao ver que estava já a escurecer. Seguiu seu caminho rapidamente pelos corredores do trem, mas dessa vez tinha sido notada, e ela ainda não gostava daquela atenção toda.

- E aí? – disse Sam

- Bruxa – disse Gina

A cena a seguir fora uma das mais divertidas. Sam começou a pular de tanta alegria, e começou a balançar as mãos na frente das duas, que pareciam chateadas. Tiraram do bolso alguns galeões e deram para ela. Sam requebrava e fazia movimentos sensuais, como se fosse a dança da vitória.

- A gente apostou aonde você entraria – disse Emilly – eu apostei 10 galeões que você iria para Fadas, mas me enganei

- Eu tinha tanta certeza – disse Jéssica chorosa – que você era mais uma bela Fada, mas me enganei... que tristeza em meu coração

- Parem de drama... pelo menos 20 galeões eu ganhei hoje!!! – disse Sam – eu pago o jantar hoje! – sorrindo – agora que você voltou, vamos ao que interessa, Jéssica?

- Então... quando você saiu, um boato passou por aqui – disse Jéssica como se fosse um segredo, como se ninguém devesse saber – tem um professor escondendo uma jóia aqui!

Os olhos das três brilharam. Era o que gostavam roubar, vender, e gastar. Gina estava compreendendo a situação, e estava gostando de participar daquele grupo que parecia tão seleto.

- É a Jóia Ártemis (é em homenagem a minha irmãzinha do meu s2), ela é feita de diamantes e de uma jóia modificada magicamente para roxa, que muda de acordo não somente com o humor mas também com o que acontece no momento – continuou Jéssica

- Quem está com ele é o Professor Catterfeld – disse Emilly – o professor de DCAT, ele é um total pirado! Trabalha que nem um condenado, e por fim, trabalha nas férias! Mas beleza! – disse abrindo um mapa que parecia ser do trem – aqui – mostrando um vagão em específico e não tão longe do delas – ele dorme aqui, sozinho, sem ninguém

- É um problemático – disse Sam – ele protege isso ali com a vida, a alma, e com mais um 50 milhões de feitiços que se realmente existirem, nunca foram escritos de tão loucos que devem ser! Como entraremos?

- Provavelmente ele deve ter alguma senha – disse timidamente Gina, fazendo as três voltarem-se para ela incrédulas – sim, por que ele não pode desfazê-los a cada vez que entrar e sair do quarto, é um incomodo do caramba, e por fim, não deve ter muita coisa ali dentro, fica mais fácil de entrar, e mais difícil de se esconder...

- Sam... nós temos o que faltava – disse Jéssica, sentando ao lado de Gina – um gênio! – abraçando a menina – temos que descobrir a senha, de qualquer jeito, qualquer coisa que ele faça perto da porta

- E – disse Gina, um pouco mais confiante – teremos que ir no máximo 2 por vez, pois ele deve ter projetado a senha até duas pessoas, ele e a pessoa que quer a jóia, então teremos que calcular quanto poderemos entrar, fingir que alguém sai, e aí entrar as outras 2

- Gênio! – disse Sam fingindo pura emoção – o que seremos agora com ela?

- Perfeitas – disse Emilly – perfeitas

************** hehehe **************


Era a hora do almoço. O silencio predominava naquele instante no corredor 6. Nenhuma alma passada por aquele corredor, a não ser 4 meninas. Gina aproximou-se da janela e fingiu ficar olhando para fora, como se fosse normal naquele momento. Emily ao seu lado, lixando as unhas. Sam e Jéssica andam calmamente até a porta número 645 e dedilham os números calmamente, eles contorcem-se fazendo o número mudar para 564. Elas entram.

Após 25 segundos, os números voltaram para sua posição inicial, dando a deixa para Gina e Emily, que seguem para a porta. Mas ouvem passos. Gina olha para Emily que parecia também estar um pouco apavorada, e então voltam para a posição inicial.

- Pittcher – disse uma voz com nojo – o que andas fazendo aqui? Namoradinha nova?

- Se toca, Welsburn – respondeu com escárnio – quem tem um anelzinho no dedo escrito “Ângela e Kelly” não é de lésbica? Acho que você devia abaixar a cabeça, ainda mais por que eu tenho provas disso – quando a menina ameaçou abrir a boca

- Queridinha – iniciou Gina – você realmente não sabe com quem se mete! Eu vou ter que contar para o meu amor sobre essa sua conduta tão... displicente... quem diria, ela falar que eu namoro com você, Emilly, quanto na verdade namoro o Harry Potter... o Harry vai saber... todo mundo vai saber quem você é se você não sumir AGORA!

- O que? – disse a menina incrédula

- Chispa! Sua... nem vou falar... deve ser a vergonha da família, e da escola! – a menina saiu com os olhos ardendo em raiva, e pisando duro – é... você foi da pesada Gina

- Obrigada – disse aproximando-se da porta, e repetindo o que Sam e Jéssica fizeram

Ao adentrarem, Sam e Jéssica estavam desoladas. Podia-se ver somente uma cama, um baú, bem pequeno, e um espelho velho.

- A gente procurou em tudo – disse Jéssica desesperada

Sam então parou de ouvir a amiga, e olhou-se no espelho. Este não respondia, parecia de um trouxa, que não responde, não fala. Foi então que ela percebeu que o fundo do quarto havia mudado, de verde musgo para um azul celeste. Ela tocou levemente o espelho e este pareceu sugar suavemente sua mão.

- Gente – fazendo as meninas voltarem-se para ela – olha – mostrando que a mão era suavemente sugada pelo espelho

- Vamos? – disse as meninas sorridentes

Uma a uma foi levada ao mesmo aposento. Ele era todo despedaçado, destruído para falar a verdade, sujo, parecia que as coisas que estavam ali estavam a anos, mas tão velhas, que se tocasse eram destruídas, somente tinha uma luz no quarto, a luz da lua cheia que iluminava o pequeno local, fazendo-o tocar quase mais imundo do que estava. Um pequeno rugido fora ouvido de um dos cantos do quarto.

Os olhos amarelos surgiram na escuridão. O som tornou-se cada vez mais forte. Foi então que Sam fez um feitiço que iluminou o local, e também o Lobisomem. O grito das três fora o impulso para que o lobisomem corresse para elas. Emily agiu com rapidez e gritou Estupefaça, fazendo o animal desmaiar temporariamente, sem antes sentir a cabeça sangrar.

- A porta – grita Jéssica

Ao abrirem a porta, sentem frio. Com os braços encolhidos e com as varinhas a mão, elas caminham rapidamente pelo lugar. Gina vê Sam assoprar com cuidado, fazendo dissipar totalmente a neblina e trazendo para elas um ser vestido de smoking, era muito branco, e seus olhos eram vermelho sangue.

- Vampiro! – disse Jéssica medrosa

O animal atacou rapidamente Jéssica e tentava abocanhar o seu pescoço, fazendo-a sangrar, já que a estava prendendo e a machucando, mas então Sam atacou o animal com força usando um feitiço que cortou o ser, fazendo-o gritar, e por fim colocando uma forte luz sobre ele, fazendo-o desaparecer rapidamente.

- Vamos entrar na caverna – comentou Gina

Ao adentrarem, sentiu o chão sumir, e então caírem. Os gritos eram tão fortes, que elas mesmas estavam já cansadas de tanto gritar. Ao olharem ao redor viram água. Jéssica se agarrou em Emilly que agarrou-se em Sam. Gina não fora vista, somente afundara mais que o normal.

Abriu os olhos e pode ver então a jóia, presa em um pequeno compartimento de vidro que ela rapidamente destruiu. E ao tocarem a jóia, sentiu uma forte dor no ombro, como se tivesse quebrado o ombro direito. Ao voltar-se viu um sereiano a atacar. Com um Expeliarmus mandou o sereiano, e ao tocar totalmente na jóia, elas voltaram então para o quarto.

Cada uma estava machucada. Gina, com o ombro direito quebrado, todo torto, tentando colocá-lo no lugar. Emilly com a cabeça sangrando, com o rosto branco. Jéssica tinha os braços sangrando e Sam tinha o pescoço roxo, pelos abraços fortes das meninas. A porta estava sendo forçada. Gina não pensou, apenas gesticulou as mãos, fazendo o tempo parar, e fazendo as meninas olharem para ela.

- Anda – disse Gina – não temos todo o tempo

Abriram a porta, e rapidamente saíram. Tiveram que esperar a porta novamente voltar a ter os números normais, já que a combinação também existia por dentro. As meninas então tocaram em Gina e esta fez o tempo voltar, saindo correndo, e tendo a sorte do almoço ainda não ter acabado, foram para o último vagão.

Emilly foi a primeira a desmaiar. Sam, por não ter sofrido tanto, deitou Emilly e Gina, e deu uma poção especial para as duas, que fez Gina dormir, por fim, colocando Jéssica também em outra cama, e dando a ela a mesma poção, fazendo-a dormir. E por fim, dentando na cama que restara, bebeu a poção, e dormiu o sono dos anjos, contendo assim, em seu casaco, que ela não tirara, a jóia, que tornara-se roxa, quase negra, que significava perigo.

************** hehehe **************


Gina ainda sentia dor no braço, que estava enfaixado somente por precaução. Olhou para a bandagem que envolvia seus ombros e seus seios. Até poderia sair assim, mas preferiu colocar alguma camiseta velha, e uma calça simples. Já que demoraria para sair.

- Olá – disse Sam – a tarde estará melhor... a Emilly ainda está meio tonta... mas tudo bem – ela parecia saber exatamente o que acontecia na mente de Gina – vamos comer, pedimos aqui hoje... ninguém merecia ver a gente assim... iam pensar que a gente se mata aqui! – Gina sorriu para a amiga

- Gina! – disse Jéssica – então, a gente vai sair hoje a tarde!

- Como?

- Simples, o trem sempre para no terceiro dia que estamos nele, ele para em Paris! – disse sorridente, pode ver os braços enfaixados de Jéssica e alguns pontos brancos em Sam – e então a gente vai vender a jóia, o mais rápido possível, o professor vai ver se esta tudo certo entre a noite de ontem e na hora da saída

- É verdade – disse Emilly lentamente, ela tinha uma pequena faixa no rosto – temos o Pierre, ele irá comprar por muito, acho que no mínimo 500 milhões de galeões

- 500 milhoes? – Gina estava abismada – nossa tudo isso?

- Bom, agora é 8 da manhã – disse Sam mudando o assunto radicalmente – vamos dormir mais um pouco, e mais uma dose da bebida já nos irá curar!

- Sam, temos que concordar, que dessa vez não foi tão forte! – disse Jéssica – a gente já roubou coisa pior!

As meninas comentavam como fora o último roubo delas, e como conseguiram escapar, e agradeceram por ser Natal, pois estavam muito machucadas e quebradas. Cada uma dormia, e em seguida outra continuava, fazendo assim dormir todas levemente, enquanto seus corpos se restabeleciam.

************** hehehe **************


- Senhorita! Aonde achou essa relíquia? – disse Pierre

A menina estava vestida de preto, com uma pequena máscara no rosto, escondendo-o do vendedor. Ela somente sorrira, poder-se-ia disser que há alguns minutos atrás ela estaria falando quase mal da jóia, e por ela ter quase as matado.

- Eu quero saber por quanto queres essa jóia, Shadow? – disse Pierre

- Eu quero 650 Milhões de galeões – disse Sam

- Te darei mais, somente pela relíquia, já que não compro tanto de vocês, mas merecem! – colocando em cima da mesa uma maleta – aí tem um bilhão de galeões, aproveitem!

O olho de Sam brilhou ao ver a quantidade de ouro a sua frente, com um pequeno feitiço, a mala reduziu-se e saiu, sem ao menos alguém perceber a movimentação, enquanto saía, soltou os cabelos, e tirou a mascara, que transformou-se em um óculos de sol. O casaco escuro tornou-se verde claro, e suas calças tornaram-se jeans.

- E aí? – perguntou Gina ao ver Sam sentando ao lado de Emilly – fala logo menina!

- 1 bilhão de galeões! – disse Sam

Os sorrisos não foram escondidos, nem mesmo refreados. Pareciam comemorar a vitória de uma das meninas, e se divertiam conversando baixo. Gina estava embasbacada com tudo aquilo, estava em Paris, conversando com as meninas mais doidas e mais bonitas de Beauxbatons, alem de ter se transformado em uma ladra e ter 250 milhões de galeões. Era regra, cada uma fazia o que queria com o dinheiro. Gina precisava de um pouco daquilo, e então mandou guardar em Frenelanie, que era o banco dos bruxos franceses, dirigidos também por duendes.

- COMPRAS! – disse Jéssica ao saírem do banco

Após no mínimo 10 horas de compras, as meninas voltam para o trem. Cheias de roupas, perfumes, roupas para a escola e também alguns acessórios e também novos ingredientes para poções. Os livros de Gina foram comprados ali, e todas as outras coisas, inclusive a nova arma dela, que seria o bastão.

Os professores pareciam cada vez mais atemorizados, e totalmente nervosos. Gina e as meninas sabiam o que estava acontecendo, mas não se importavam, já tinham feito a sua parte, não iriam ter problemas com nada. Guardaram as coisas dentro do vagão e rumaram para o refeitório, aonde eram servidos as refeições do dia.

- Senhoritas – viraram-se para ver a Madame Maxine falar com elas – tudo bem?

- Sim diretora – responderam juntas

- Que bom... gostaria que vocês nos ajudassem em um assunto, poderiam?

- Sim, Claro... – disse Gina

A professora caminhava a frente delas, então Sam tirou do bolso de sua calça um pequenino frasco. Tinha um líquido transparente, igual aquele que Blaize havia dado para as duas.

- Bebam isso – disse Sam quase murmurante, que bebeu um gole – anda logo – Gina, e as outras beberam – agora inventem uma boa historia, a primeira que falar tem que ficar marcado para as outras, tudo bem?

- Tudo – disseram

O tempo voltou e então caminharam para a sala da diretora, que tinha em sua mesa um pouco de sanduíche e chá. Ela ofereceu para as meninas, que como não tinham jantando, comeram. E então a diretora terminou também o lanche e falou com as meninas calmamente, os sanduíches e o chá possuíam uma forte poção da verdade.

- Houve um roubo hoje, meninas...

- Sério? – as quatro responderam assustadas, como se fosse uma novidade ao ouvir aquelas palavras tão duras

- Sim, uma jóia muito especial fora tirada deste trem, o que estavam fazendo hoje? Sam, quer começar a falar?

- Claro – disse seriamente, parecia que ela realmente estava afetada pela poção da verdade – nos dormimos até tarde hoje, pois estávamos jogando verdade ou desafio, queríamos conhecer mais a Gina, então ficamos até altas horas, então saímos do trem, com alguns trocados no bolso, exatamente mil galeões cada uma, e fomos às compras...

- Ótimo... – após ouvir cada versão, e todas eram tão parecidas, que Madame Maxine não suspeitou de maneira alguma que elas não estavam enfeitiçadas pela poção, liberando-as rapidamente, e dizendo que elas estavam sob a poção da verdade e que ela duraria por pelo menos 1 hora

Ao irem para o ultimo vagão sem conversar com ninguém, começaram a rir. A poção não tinha surtido nenhum efeito nas meninas, elas mentiam descaradamente, e nada as impedia. A poção que Sam tinha dado a elas havia neutralizado a poção da diretora.

Estavam no vagão já se vestindo com o uniforme de Beaux, Gina pode perceber que Sam movia as coisas sem mesmo tocá-las. Era brinco vindo e fechando-se sozinho. Ao movimento de suas mãos, anéis, roupas e sapatos eram arrumados sem que ela precisasse tocar.

- Gina – disse Emilly, tirando a concentração de Gina para aquele momento

- Sim? – disse sorrindo para Emilly

- Olhe para a janela – disse Jéssica

Gina olhou para a janela. Um imponente castelo em branco e azul aparecia entre as montanhas. Uma luz iluminava todo o local, criando um ambiente mais mágico do que já era, era bem reluzente e brilhante.

- Bem vinda a Beauxbatons – disse Sam ao pararem na estação




-------------------------------------------------DRACO --------------------------------------------------

- Draco... pela milésima vez, a gente pode entrar? – disse Blaize

- Pode

Blaize trazia consigo um rapaz. Era um pouco mais alto, provavelmente da altura de Draco. Era moreno, de olhos azuis, tinha o cabelo curto, todo espetado. Era forte, e vestia-se de preto. Draco olhou para o rapaz que por infelicidade parecia tanto com o Potter que se Gina o visse bêbada não o reconheceria.

- Draco, esse é Tom Krum... irmão do Victor Krum

- Isso eu já percebi... – disse Draco impaciente – como você o conheceu?

- Simples – disse Tom – eu fui para a escola de vocês, no torneio Tribruxo...

- Claro... Draco nesta época, você estava um “pouco” ocupado – frizando as aspas, fazendo Draco sorrir frio – ele vai ajudar a gente! Como ele estuda lá em Drums, fica mais fácil... vamos?

- Vamos

O trajeto até a estação fora silencioso. Draco ainda desconfiava em qualquer pessoa que Blaise apresentava para ele. Com certeza ele também desconfiaria de Virgínia se ela fosse apresentada por aquele loiro. Draco teve péssimas lembranças dos amigos malucos que Blaise trazia para ele conhecer.

Até a estação 9 3/4 fora novamente silencioso. Ao adentrarem, o trem era o oposto de Hogwarts que era iluminado, todo confortável com suas cores vermelhas e marrons. Muito diferente de Beaux, todo movido à mágica para brilhar como se fosse polido pelas fadas longínquas, o trem de Drumstrang era antigo, todo em preto e prata, muito bonito, mas a neblina que se estendia por todo o local não deixava ver o trem.

- Bom – disse Blaise – de mais um eu me despeço... Você sabe o que fazer não é, Draco?

- Sei – disse impaciente – você não vai se despedir de mim... vai me ver daqui a 6 meses

- É verdade – disse Tom – Draco, você não deveria realmente se preocupar, será bem tratado ali...

- Como?

- Eu já sei o que vai acontecer com você Draco... a única coisa que te digo... toma cuidado para não ser expulso... eu mando para você os treinos, como vou mandar para Gina

- Ok... relaxa - disse Draco, Tom parecia interessado na conversa, mesmo não entendo o que era

- É... Tom, não se preocupe com a conversa... eu sei que Draco te contará depois – disse Blaise

O apito soou forte, como um sonoro de um barco, avisando os alunos que deveriam entrar no trem. Draco somente acenou para Blaise, e este fingindo que chorava o abraçou. A cena estava muito cômica, fazendo Tom rir da imagem quase torturante. Draco tentando repelir Blaise e este se esforçando o máximo para não largá-lo.

- Ta bom já né, Blaise! Já mostrou pra todo mundo que você é casaca virada – disse Draco

- EU? – disse Blaise afastando rapidamente

- Adeus, Blaise... não se preocupe... seu segredo será guardado – disse Draco entrando no trem com Tom

- DESGRAÇADO! – disse Blaise sorridente

- FILHO DA MÃE! – disse Draco – que é meu amigo, adeus!

O trem começou a andar, e Tom o levou para o ultimo vagão que tinha naquele trem. Antes, Draco tomou a poção rosa, e sentiu uma leve tontura, mas nada que o fizesse de seguir o menino que fala com ele normalmente, em Inglês, depois de um tempo, o local estava ficando cada vez mais escuro.

- Tom, por que demoraste? – disse um rapaz de cabelos rapados, que estavam crescendo e se tornando marrons – quem é este? Ah... o Malfoy – disse com simplicidade – prazer em conhece-lo Malfoy, eu sou Peter Strasburgo, do 7º. Ano...

Pode ver ao redor, um local aconchegante, bem bonito, tudo escuro, somente com detalhes coloridos, bem poucos, e muitas caixas, apertou a mão de Peter e sentou-se em uma das cadeiras que lhe foram oferecidas para sentar. Os dois sentaram, e apareceu mais um rapaz a porta. Este tinha cabelos bem longos e cabelos mais claros, parecidos com os de Draco, sentou-se também e ficou olhando para todos.

- Ah! Como sou idiota! Você é o Malfoy? – Draco realmente se esforçou para não mandar uma reposta mal-educada naquele menino, pelo fato de que não queria ofender alguém que parecia ser mil vezes mais forte que ele – eu sou Eragon Givhue, do 6º. Ano... acho que ainda não te contaram nada, não é – disse sorrindo para Draco

- O que você pretende com isso? – disse Draco frio

- Simples, Malfoy – disse Peter – Tom nos contou sobre sua vinda, e acho que ficará melhor conosco... acredite... tem gente muito idiota dentro de Drusmtrang, inclusive o irmãozinho de Tom

- O que vocês querem? – se fez de desentendido

- Simples... queremos que você participe de nossa “gangue” – disse Eragon – serás muito útil aqui... como seremos para você!

- Gangue? – disse irônico, mas detinha uma ponta de curiosidade alem do normal

- Simples – disse Tom – nós somos os Killers, uma gangue que vende artifícios mágicos da arte negra do mundo mágico, a gente vende especialmente para terroristas, eles acreditam em tudo...

Draco ouvira atentamente cada palavra de Tom. Estava se metendo em um mercado concorrido e totalmente flexível. Gostava disso, gostava de riscos, era isso o que mais importava para ele. Sorriu aos meninos afirmando sua participação naquela pequena “brincadeira”.

- Todos rachamos o dinheiro – disse Peter – como vocês são os mais novos, vocês levam a carga, somente para conhecer, não falem nada com eles... não é necessário por agora, peguem o dinheiro e sumam, contem na frente deles se for preciso, mas nada!

Reconheceu todos os produtos. Eram reais, eram puramente arte das trevas, mas colocados em coisas trouxas, como armas, coletes, bombas. Não era visível aos olhos de um qualquer que havia ali uma coisa muito negra. Sorriu para os rapazes, não se importava, sabia que aos poucos cresceria.

O bando parecia ser um pouco grande, era suficiente. Demoraria dois dias para chegarem em Viena, então tinham que preparar todos os armamentos até lá. Devia ser exatamente como o cliente queria.

- Mas... pessoal? – iniciou Draco – e as mulheres? Não dá pra viver em um bando de homens sem pegar nenhuma!

Alguns riram de sua pergunta, outros ficaram nervosos. Logicamente cada um tinha sua opção sexual, mas não deviam deixar totalmente a vista, rindo logo depois, como se fosse algo forçado.

- Bom, Malfoy – Peter ainda ria da pequena ironia – nós temos encontros mensais com as meninas de Beaux – era uma algazarra, meninos batendo nas mesas outros somente terminando de arrumar as caixas – mas somente os meninos do 5º ano, e somente meninas a partir do quinto também – percebeu um pouco de frustração nos olhos de Draco – o que houve? O amor é do quarto ano?

- É... – a algazarra aumentou mais, fazendo Draco olhar feio para eles, que logo entenderam a deixa - de Hogwarts, Cho Chang... conhecem? Acho que não!

- Outra coisa, Draco – disse Tom – você ainda não recebeu a carta para qual casa vai?

- Como?

- Bom... todos recebemos a carta que nos diz qual casa vamos – disse com simplicidade o moreno

Uma coruja negra pousou a frente de Draco. Ele pegou a carta e leu rapidamente. Logicamente agora entendia o que estava escrito também, mas como não conhecia as casas, não se importou muito. Deu a carta ao Tom, vira o rosto do moreno iluminar-se e então ele gritou a altos pulmões.

- GRAUSAMKEIT!

O barulho tornou-se mais ensurdecedor. Todos batiam palmas ou davam tapinhas em Draco. Com certeza ele não entendia o que estava acontecendo. Afastou-se de todos e sentiu sua garganta falhar ao falar pela primeira vez.

- O QUE ISSO SIGNIFICA?

O silencio se alastrou pelo vagão. Cada um voltou ao seu trabalho, como se eles não tivessem falado nada, ou como se nada tivesse acontecido. Peter, Eragon e Tom vieram falar com ele. Sentaram em um canto escuro e começaram a conversar.

- Grausamkeit é uma das casas em Drums – iniciou Eragon, e quase sorriu ao ver a cara de ironia de Draco - ela significa Crueldade, os alunos desta casa tem acesso a todas as aulas de magia negra, que os outros não podem ter, Draco – parou para respirar e olhando nos olhos do menino – a maioria aqui é de Grausamkeit, então todos estão no caminho certo, até nós – disse apontando para os meninos – somos...

- Treue em nível de artes negras é a que mais nos deprime – disse Tom – ela significa Fidelidade, são pessoas do nível da... da... Grifinória... – Draco olhou com nojo quando falou daquele nome – são muito parecidos, meu irmão é de lá... é por isso que se simpatizou tanto com aqueles idiotas...

- Der Tod é a segunda mais negra... significa Morte, mas somente ela tem acesso às aulas de necrofilia e coisas do gênero – disse Eragon – eles são tão enigmáticos, vivem de preto, com o rosto escondido pelos cabelos longos, são muito inteligentes, mas tolinhos sabe...

- E por fim – iniciou Peter – Rätsel, que significa Mistério... na realidade eles somente têm acesso às aulas de adivinhação, nós, por sermos de casas opostas, não podemos conversar muito com todos os outros, não temos acessos a eles, é como se fosse outra escola, nós temos cores diferentes, mas nada que de pra ver pelo casaco, somente nos treinos de Quadribol e duelos mágicos...

- Entendi... – disse Draco quase silencioso

************** hehehe **************


O local estava calor e muito quente. Tom estava quase morrendo de calor, mas Draco parecia se sentir confortável. Andava de preto e carregava com facilidade aquelas sacolas, que detinham marcas de roupas masculinas.

Na realidade eram ali que estavam todos os armamentos negros. Estavam em uma praça simples e bem movimentada de Viena. Sentaram na altura do meio dia. Era somente esperar três minutos e então os clientes apareceriam. Simples, não tinha nada de muito difícil para se resolver naquele momento.

Draco então olhou para Tom, que realmente buscava uma garrafa de água entre seus pertences. Draco ria da situação cômica do menino, ele não gostava do calor? Olhou para o termômetro. Estava 32º.C e muitas pessoas pareciam estar como Tom, mas ele não. Sempre amara o calor, gostava daquele sentimento de quanto mais quente melhor.

- Senhores? – ao voltar-se para frente, puderam ver um casal, a menina que falava, pareciam turistas, nada muito difícil de não se reconhecerem – esquecemos nossas sacolas! – apontando levemente para os milhares de sacolas – acho que trocamos de sacolas não é?

- O pássaro está verde – disse o rapaz

Draco e Tom logo sorriram, simples, tinham chegado os clientes. Draco ajudou o rapaz a pegar as sacolas, enquanto a menina dava para Tom um pequeno grupo de sacolas, muito pesadas para ele carregar. Cada um seguiu seu caminho de maneira oposta. Draco e Tom seguiram rapidamente para o vagão entrando no ultimo vagão.

- Está certo o dinheiro – disse Peter

- Vamos rachar – disse Eragon

- E os outros – disse Draco

- Bom, na verdade eu já os paguei – disse Peter – eles só são chamados quando temos uma encomenda muito grande para fazer, na verdade somos só nos quatro

- Quanto tem aí, Peter? – disse Tom

- Bom, eu pedi pelo armamento 980 milhões de galeões – iniciou Peter – eles nos deram o dinheiro, 245 milhoes de galeões para cada um!

Draco sorria. Ele gostava de dinheiro, e ele sabia que seria muito útil aquele dinheiro mais tarde. Voltou a cidade e colocou o dinheiro em um banco, comprando algumas coisas com o não havia colocado ali. Tom caminhava com ele, e ainda parecia tão tonto.

- Está morrendo aí, Tom – disse ironizando

- Eu preciso de árvores – disse Tom, estava tão doido que Draco achava que ele estava delirando – aqui nunca tem um parque com árvores...

- Tudo bem, Tom... vamos para o vagão, que pelo menos ali tem as suas árvores – disse brincando com o deliro do rapaz

Ao andarem um pouco pelo trem, podia-se perceber a melhora de Tom. O trem andava já, e o verde era novamente visto por Tom, que as vezes parava a pequena excursão e então respirava fundo com a cabeça fora da janela.

- Olha só, o menino florestinha – disse um rapaz troncudo, que fez lembrar Draco de Crabbe e Goyle – e aí... tá passando mal por que não pode subir nas árvores?

Os risos eram ouvidos por todos os lados, fazendo Tom ficar um pouco nervoso. Draco olhou para os rapazes que estavam irritando Tom e bateu palmas, bem devagar. Tom voltou-se para ele indignado.

- Como vocês são inúteis – disse Draco frio – não sabem falar nada mais? – os rapazes olharam abobados um para o outro – vocês me lembram de alguns alunos de Hogwarts... – os meninos sorriram superiores – tão burros e tão sem cérebro quanto eles...

Todos riam, apontavam para os rapazes. Eles olharam ao redor, não gostaram de terem sido humilhados por um rapaz que havia acabado de chegar. Ao verem a cara de escárnio de Draco, fez com que o menino que não tinha falado nada aproximar-se com rapidez dele e levantá-lo pela gola.

- Repete – disse o rapaz com autoridade

- Qual parte? – disse Draco desentendido – a parte que vocês são como gravadores trouxas, o que vocês são acéfalos?

Os risos aumentavam, e o rapaz apertava com mais força o colarinho de Draco. Tom percebera a deixa ao ver que o rapaz que havia falado com ele começava a recobrar a consicencia.

De risos passaram-se a ouvir gritos. Draco não podia ver o que era, mas devia ser algo realmente amedrontador. Ele caiu no chão e pode ver o menino que o agarrava sendo arrastado para algum lugar.

Olhou para Tom. Ele estava com os olhos fitos em algo. Percebera que era um pequeno pote quebrado de uma planta, que havia crescido tanto que havia agarrado os dois meninos, fazendo-os ficar atados. Draco agora sabia que estava do lado certo. Ele, se não fosse Tom, teria queimado o menino de uma maneira tão desastrosa que provavelmente iria para Azkaban.

Draco os estuporou, e por fim fez um feitiço de memória neles. Não queria, por enquanto que descobrissem o pequeno incidente que Tom fizera por pura raiva. Olhou o menino e seguiram silenciosamente para o ultimo vagão como se nada tivesse acontecido. Já era noite e no dia seguinte, logo pela manha estariam em Drumstrang.

************** hehehe **************


Draco arrumava-se antes do trem entrar na estação. O casaco pesado e resistente, isolava qualquer tipo de calor. Ushanka* estava pronto e totalmente arrumado, sendo colocada a maneira correta, estava pronto para enfrentar o frio, que não sentia, mas que com certeza o fará carregar inúmeros casacos consigo.

Podia-se ver ao longe o grande barco, utilizado pelos alunos para irem a Hogwarts, o símbolo das duas águias era visto tanto no barco como também no portão da escola, onde se podia ver as duas águias movendo-se suavemente pelos desenhos. Não parecia ser um castelo tão grande e imponente, mas dava de dez a zero na paisagem.

Não havia cerimônia. Somente entraram rapidamente para seus quartos. Por serem poucos alunos, eles dormiam em dupla. Draco dormiria com Tom, que já havia sido decidido no trem. Draco percebera que suas coisas estavam ali, e então percebera que o quarto não tinha lareira, somente tinha um pequeno forno, ascendeu-o fechando as janelas para deixar o local mais aconchegante.

Tom entrou no quarto, e somente olhou para a janela. Estava tão frio quanto nos dias de neve. Não pode ver Draco aproximar-se da porta e então fecha-la, fazendo Tom voltar-se para ele.

- Precisamos conversar, Tom – disse Draco a Tom





hehehehe

* Ushanka - é um chapel de pele muito utilizado na Alemanha, Russia... é tradicional pelos locais da Europa Oriental

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