Capítulo VII



CAPÍTULO VII



Três casais estavam rindo, alegres, enquanto retornavam a escola depois que a batalha havia sido encerrada. Eles não chegaram a anunciar um vencedor, mas Harry e Hermione sabiam que haviam dominado a guerra. Eles definitivamente trabalhavam bem como time.

Uma vez que eles já estavam dentro do castelo, em seu calor, eles sacudiram toda a neve que havia em seus casacos e capas. “Eu preciso de-descongelar,” Rony disse, passando a mão entre os cabelos pra tirar a neve que estava ali.

“Eu também,” Harry fungou. “Vamos até a cozinha pra ver se o Dobby nos faz chocolate quente.”

“Ótima idéia,” Draco disse enquanto ajudava Gina a se livrar da neve em suas costas. “Pelo que eu me lembro, Dobby sempre fez um ótimo chocolate quente.”

“Vocês vão na frente, eu vou ao banheiro,” Hermione disse enquanto tirava o cachecol. “Consiga com que o Dobby me faça uma caneca também, me junto a vocês em um minuto.”
“Ok, volta logo,” Harry disse enquanto se inclinava e beijava suas bochechas geladas, ainda vermelhas do frio.

Hermione deu a ele um rápido sorriso antes de se virar e sair pelo corredor em direção ao banheiro mais próximo. Uma vez lá dentro, ela desapareceu em um dos cubículos e estava no meio do ato de tirar sua capa quando ouviu vozes vindo do lado de fora.

“Você tem certeza que não é apenas o seu ciúme?” uma voz feminina que ela reconheceu como sendo de Gretta Hillborn, uma sextanista da Lufa-Lufa.

“Não seja idiota, Gretta!” outra voz familiar falou. Kirsten Robinson também era da Lufa-Lufa e amiga de Gretta, e também tinha uma louca paixão por Harry. Todos sabiam disso. “Parker está certo, é óbvio que eles estão fingindo. Um tanto triste na verdade, que Hermione tenha que usar o coitado do Harry dessa forma.”

“Eu não sei Kirsten, eles me parecem felizes.” Ela disse não se convencendo.

“Eles são amigos, Gretta. Claro que eles estão felizes, mas Harry nunca veria Hermione dessa forma... quero dizer, qual é... quem veria?”
Hermione sentiu o coração despencar enquanto sentia lágrimas começando a inundar seus olhos. Ela mordeu o lábio e continuou escutando.
“Parker gosta dela.”
“Parker pensa nela como um desafio, isso é tudo. Harry é bom demais para Hermione... ela é tão... chata.”
“Isso não é certo, Kirsten, eu já conversei com ela antes e ela é bem legal.”
“Legal é chato,” ela argumentou. “Vamos, vamos ver se nós achamos o Harry. Eu o vi há alguns segundos e ele estava sozinho.
“Você não tem jeito, você nunca desiste?” Gretta perguntou.
“Nunca… eu sempre consigo o que quero.” Ela disse rindo.
Hermione fechou os olhos enquanto as vozes desapareciam, as palavras dolorosas ficavam se repetindo na sua cabeça enquanto ela saia do cubículo. Ela nunca havia escutado alguém dizer coisas tão malvadas sobre ela desde aquela vez, no primeiro ano, quando Rony a criticou sem saber que ela ouvia, fazendo com que ela chorasse por horas no banheiro. As lágrimas ameaçavam descer e ela as segurou, mas sabia que não por muito tempo. De repente, ela não queria mais nenhuma companhia e ao invés de ir até a cozinha, foi para o seu Salão Comunal.
“Aqui está outra caneca pro… se-senhor,” Dobby disse nervosa enquanto entregava o objeto a Draco.
Ele sorriu, enquanto o segurava. “Obrigado Do...” ele parou e franziu o cenho quando Dobby se encolheu ao seu menor movimento. “Dobby, quantas vezes eu tenho que dizer a você, eu não sou mais daquele jeito. Eu não vou te machucar.”
“Dobby... Dobby sabe senhor,” ele disse. “Dobby pede desculpa senhor.”
“Não se desculpe, Dobby… sou eu que devo me desculpar pelo modo como lhe tratei enquanto eu crescia.” Enquanto falava, ele sentiu a mão de Gina pousar confortavelmente sobre a sua, sabendo o quanto ele se odiava pelo modo como se comportava antes.
“Não, s-senhor... não tem precisão senhor! O senhor é amigo de Harry Potter, senhor! O senhor é bom! É o seu pai que...” ele parou de falar e tremeu.
“Bom, você jamais terá que se preocupar com ele novamente, graças ao Harry,” ele o afirmou, “Nem eu.”.
Tão logo Lúcio descobriu que Draco tinha traído a ele e a Voldemort, o expulsou de casa. “Você não pertence mais a essa família,” ele o falou. “Você não é mais meu filho. Saia já dessa casa!”
Ele não tinha para onde ir... pelo menos era o que ele pensava. Os Weasleys tinham o acolhido sob o teto deles, um gesto que o chocou completamente, levando em conta como ele os havia tratado no passado. A Sra. Weasley sentiu o nervosismo dele na primeira noite em sua casa, então ela simplesmente disse, “Você salvou nosso filho, Draco. Você ama nossa filha. O passado ficou para trás e o futuro é claro. Você agora é sempre bem vindo aqui na’Toca.
Pela primeira vez na vida ele sentiu que era parte de uma família.
“Que tal uma outra rodada pra minha namorada, Dobby?” ele perguntou pegando a caneca vazia dela e estendendo a Dobby,
“Na hora, senhor!” ele disse e saiu correndo.
Harry olhou para o relógio que havia na cozinha. “O que poderia estar prendendo Hermione?” ele perguntou preocupado. “Ela já deveria estar por aqui.”
“Tenho certeza de que ela está bem.” Julia disse. “Talvez ela tenha ido fazer outra coisa, ou algo do tipo.”
Ele balançou a cabeça. “Não... alguma coisa está errada, eu posso sentir.” Ele se levantou e pegou sua capa. “Eu vou procurar por ela. Vejo vocês depois.”
Julia suspirou logo após ele se despedir. “Almas gêmeas… que romântico.”
Rony piscou. “Huh? Almas gêmeas?”
“Você não o escutou? Ele disse que podia sentir. Somente a sua alma gêmea pode fazer isso.”
Rony soltou uma risada. “Você é tão melosa,” ele disse tomando um gole da sua bebida. “Harry senti essas coisas sobre tudo, é só isso.”
“Pode dizer o que quiser,” ela disse. “Mas eu acho que eles são almas gêmeas.”
*

Harry andou até o banheiro das meninas mais próximo e ficou na porta, procurando por Hermione. Lilá saiu do banheiro junto com Parvati. Ele rapidamente foi até elas. “Hey, a Hermione estava aí dentro?”

“Não, não estava,” Lilá disse. “Na verdade eu a vi há alguns minutos atrás, ela estava indo pro Salão Comunal de vocês.”

“Na verdade ela me parecia bastante chateada,” Parvarti adicionou.

“Chateada?” Harry perguntou. “Eu vou ver o que está errado, obrigado garotas.”

“Sem problemas,” as duas disseram.

Harry correu até o Salão comunal que eles dividiam, rapidamente murmurando a senha (Lírios Prateados) antes de passar pelo retrato. Ele entrou no salão para se deparar com a figura de Hermione deitada no sofá encarando o fogo. Ele andou silenciosamente até ela, cuidadoso para não se fazer presente. Os ombros dela tremiam enquanto ela fungava e chorava quietamente. Seu coração se partiu em dois com aquela visão. Ele odiava vê-la chorar. Era o pior sentimento de todos. Ele preferia enfrentar Voldemort novamente do que vê-la chorar. “Mione?” ele finalmente disse suavemente enquanto ia até o sofá.
Hermione reprimiu um gritinho de susto enquanto sentava. “Harry? O que você está fazendo aqui?! Ela perguntou enquanto limpava as lágrimas.
“Você não foi pra cozinha,” ele disse sentando perto dela. “Eu estava preocupado.”
“Você perdeu a viagem... eu estou bem,” ela disse sem convencê-lo.
“Você honestamente espera que eu acredite nisso,” ele disse suavemente. Quando ela não respondeu, ele alcançou o queixo dela e o levantou, fazendo com que ela o olhasse. Ele viu os olhos inchados molhados pelas lágrimas. “Oh baby... por que você está chorando? Você sabe que eu não agüento ver você chorar.”
Ela fungou quando as lágrimas novamente começaram a rolar. “Eu... sinto muito,” ela chorou novamente.
“Shh... está tudo bem.” Ele disse a puxando para si, a confortando do melhor jeito que ele sabia. Ela afundou o rosto no peito dele, agarrando-se no sweater dele enquanto começava a se perder novamente. Harry a pressionou mais perto e suas mãos passeavam pelo cabelo dela, seus lábios no topo da cabeça dela. Ele inspirou profundamente, absorvendo a essência dela, que parecia estranhamente familiar. E maravilhosa. “Por favor, me diz por que você está tão triste, Mione. Por favor.”
“Eu... eu sinto muito,” ela disse de novo.
“Pelo o quê?” ele perguntou enquanto sentia que ela começava a relaxar em seus braços.
“Por colocar você nisso... fazer você fingir,” ela falou com na voz embargada.
Confuso, ele gentilmente a afastou para que pudesse olhá-la. “O que é isso? Por que, do nada, você está se desculpando? Eu disse que não ligava. Na verdade eu estou tendo momentos maravilhosos com você.”
“Você não merece isso... eu não sou boa o bastante pra você, eu...”
“Espera,” ele disse, de repente com raiva. “Volta tudo um instante... que besteira é essa de você não ser boa o bastante pra mim? O que aconteceu? Quem disse isso a você?
“Ninguém disse, eu…”
“Não minta pra mim, Hermione,” ele disse e a balançou de leve pelos braços. “Quem disse isso a você? O que faria você pensar numa coisa tão absurda?”
Ela olhou para baixo. “Eu escutei... umas garotas conversando... no banheiro.” Ela fungou e limpou uma lágrima que caia. “Elas estavam comentando como eu não sou boa o bastante pra você, que é óbvio que o Parker está certo de como eu e você estamos apenas fingindo.”
Harry segurou o rosto dela e a fez olhar pra ele. “Quem foi?”
Ela suspirou. “Kirsten.”
A raiva dentro dele dobrou. “Merlin,” ele falou entre dentes enquanto se levantava e andava em frente ao fogo. “Kirsten? Aquela loira idiota que tem me seguido como um cachorrinho nos últimos dois anos?” Quando ela afirmou, ele praguejou novamente. “Hermione, por que diabos você a leva a sério? Você é mais esperta que isso.”
“Eu não sei,” ela suspirou. “Apenas me machucou. Ela me chamou de chata Harry, ninguém mais tinha dito essas coisas pra mim, nem mesmo o Ron, que só falava coisas estúpidas sobre mim no primeiro ano.”
“Mione... baby, você sabe que ela está errada,” ele disse enquanto andava e se ajoelhava na frente dela, pousando as mãos sobre seus joelhos. “Você não é chata. Você é uma linda, esperta e adorável bruxa. Você é aventureira... corajosa e claro, divertida. Você acha que Rony e eu deixaríamos você andar com a gente se você fosse chata?”
Hermione podia ouvir o tom de provocação na voz dele e não pode evitar, porém sorrir. “Eu acho que não.”
“Claro que não!” ele disse e segurou o rosto dela novamente, limpando uma lágrima com o dedo. “Você não é chata. Você é maravilhosa e eu te amo. Assim como Rony, Julia… Gina, diabos… até mesmo o Draco!” isso fez com que ela risse, o que fez ele sorrir. “Assim que tem que ser.”
Ela suspirou. “Mas Harry... nós não estamos enganando ninguém até agora. Parker não sai do meu pé... assim que ele estiver com um cheiro decente de novo ele vai voltar ao que era antes.”
Harry se levantou e sentou ao lado dela. “Então nós vamos ficar mais sérios,” ele disse a ela. "Nós temos que fingir melhor, Hermione, e eu acho que você sabe o que nós precisamos começar a fazer.”
Ela engoliu seco. “Você quer dizer... beijar?”
Ele soltou um suspiro. A idéia o apavorava. “Sim. Nós precisamos nos beijar.”



N.T.: hihihi, o beijo é soh no pró-ximo!!! Poiseh... vou falar muito não pq sou uma pessoa com alto teor de vinho no sangue... o/ tchau gente!!! Até o próximo com o beijo... *vendo tudo rodando o/*

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