café de domingo



Café de domingo
Por Bruna Malfoy





- Café?

- Não.

- Torradas?

- Não, obrigado!

- Geléia de morango?

- Não.

- De damasco?

- …

- Suco de frutas, então?

- Eu já falei que não estou com fome.

- Mas… você tem que comer, Remus. Você está…

- … Eu estou muito debilitado, já ouvi Nymphadora!

- Não me chame assim, eu já pedi!

- Ok, Tonks.

Assim estava difícil. Será que ela não entendia? Ele só queria dormir e descansar, por pelo menos, as próximas 24 horas que se seguissem. A última missão na Ordem, foi extremamente cansativa e estressante. E agüentar uma Nymphadora Tonks, totalmente disposta e acordada ás 7:00 hs da manhã de um domingo, era demais até para um lobisomem.

- Você não ficou chateada, ficou?

Um curto aceno de cabeça foi a resposta.

- Escuta, você não quer deitar aqui comigo, enquanto eu escolho um livro pra gente ler?

- Não. Eu consegui preparar um café da manhã inteiro, sem conseguir quebrar o jogo de xícaras da Molly, e você fica fazendo essa cara, rejeitando o meu agrado.

- Eu não estou rejeitando, Nym…

- Então o que?

Com um suspiro, Remus senta-se entre a bandeja e a bruxa. A verdade, era que estava faminto. Mas só de olhar para aquela bandeja, seu já estomago frágil, revirava com a visão.

Ela se esforçara, tinha que admitir. Mas tudo fora arrumado de um modo bagunçado e ligeiramente apressado. Sua visão detalhista havia reparado. O requintado chá inglês passava longe daquela bandeja, literalmente.

As torradas levemente esturricadas, o suco de laranja com sementes demais e o de abóbora, parecia um pouco quente, para o seu gosto. As panquecas, definitivamente não tinham cara e nem textura de panquecas.

Lançando um olhar furtivo á mulher a sua frente, ele pigarreou:

- Humm… é um café pra dois, não?

- É!

Remus se conteve a tempo de reprimir um suspiro de alívio. Pelo menos não seria a única vitima por ali.

- Você… ah… fez chocolate?

- Até parece que eu ia me esquecer do seu doce preferido, Rem!

E dizendo isso, pegou uma xícara e serviu um fumegante chocolate quente. Receoso, Remus aceitou a bebida e deu um pequeno gole.

Nossa! Aquilo estava divino! Quente, não muito doce, cremoso e decididamente gostoso!

- Humm… está uma delicia!

- Que bom que você gostou!

Ouvindo isso, observou Tonks preparar um prato com torradas e geléia de uva.

Tudo estava delicioso. Tonks tinha se empenhado dessa vez. Apesar de alguns detalhes relevantes agora, foi um dos melhores cafés-da-manhã que havia tomado.

Esperou ela terminar uma maça, enquanto ele mesmo limpava, com o guardanapo, os vestígios do chocolate.

- Eu adorei! Obrigado mesmo, Tonks. Eu estava faminto.

- Na verdade… eu… eu…

- O que foi, Nym? Pode me falar!

- … Molly fez tudo! Eu não toquei em nada, praticamente. E o que toquei… não saiu lá muito bom…

Rindo, Remus trouxe o corpo dela, junto do seu, afastando a bandeja com os pés, para o canto da cama. Deu-lhe um beijo delicado nos lábios.

- Na verdade… eu já desconfiava…

- Já?

- Na verdade sim. Acho que você não seria capaz de fazer um croissant… e o chá de erva-doce, estava realmente maravilhoso!

- Remus!

Rindo ainda mais, ele deita na cama e a beija profundamente. Amava demais aquela mulher. Com seu jeito engraçado, atrapalhado e brincalhão. Totalmente o seu oposto, o que o fascinava tanto. Findando o beijo, Remus fitou os olhos turvos de desejo dela e sussurrou ao pé do seu ouvido.

- Obrigado pelo café.



N/A: eu-não-sei-escrever-em-terceira-pessoa! Aaarrrrgggghhhh!! Isso é horrível. Como eh q pode? Aff… deixando minhas ‘limitaçoes’ de lado, eu quero sua opinião!
Pú favô, não seja ruim!



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