CrashingWaves



Autor: Occasus

NomeOriginal: Cannon In D

Tradução: Nicolle Snape

Betagem: Ivi (Ivinne)

Disclaimer: não é meu, então não copie.

----

Capítulo 10

CrashingWaves

Severus e Harry desfrutaram duas felicíssimas semanas juntos. Duas semanas fazendo amor freneticamente, cafés da manhã, almoços, chás e jantares. Divertiam um ao outro, em sua beleza e em seu silêncio confortável.

Naturalmente, isso teve que terminar. Nada era sempre tão bom, não por um longo tempo.

Severus estava em seu estúdio de pintura quando o telefone soou. Ele sabia que Harry estava lendo na sala de estar e chamou-lhe. "Por favor, amor, atenda!".

Do outro lado do apartamento, Harry assentiu. Ele ainda estava um pouco nervoso sobre sua habilidade em falar, mas os únicos que sempre ligavam eram Remus e Draco. Ele tateou em busca do telefone e o encontrou exatamente onde havia o deixado.

“Alô”, ele disse muito suavemente.

“Harry”, falou o alegre homem francês. “Você está bem?”.

“Olá, Remus”, Harry disse ainda suavemente. “Eu estou bem e você?”.

"Eu tenho notícias, Harry", disse em um tom mais sombrio. "Eu fui contatado pela Mlle. McGonagall”.

“A advogada do hospital?”, Harry perguntou, seu coração falhando.

"Sim, ela mesma", Remus respondeu. "Ela me informou da decisão deles em prosseguir com o caso contra Vernon e Petúnia Dursley".

Harry estremeceu. "Eles prosseguirão? Mesmo eu não desejando isso?".

"Eu receio que sim, mon ami", Remus disse em tom calmo. "Eu irei tratar disso, Harry, não se preocupe com isso. Eu pretendo terminar este caso com uma declaração assinada para você muito antes que tenha de atender aos processos da corte".

“Isso irá funcionar?”, Harry perguntou, esperanço.

"Deve. No entanto, eu tenho um favor a pedir para Severus".

“Você gostaria que eu fosse chamá-lo?”.

"Não" Remus disse após um momento. "Eu suponho que ele está ocupado já que você atendeu ao telefone”.

Harry riu. "Já me conhece tão bem, não?".

Remus riu. Tanto quanto eu posso. Diga-lhe apenas que eu posso necessitar que ele atenda à corte em seu lugar. Peça a ele que me ligue mais tarde nesta noite”.

"Certo", Harry disse. "Adeus".

"Aurevoir”.

Harry desligou o telefone e respirou agitadamente. "Severus", ele chamou.

Um momento mais tarde Severus entrou na sala de estar limpando a tinta em suas mãos com uma toalha molhada. "Tudo bem, Harry?" Mas poderia ver na face dele que nada estava bem. Harry estava ligeiramente pálido e com o cenho franzido.

Severus largou a toalha no braço do divã e ajoelhou-se na frente de Harry. Severus segurou as mãos de seu amado. "O que aconteceu? Quem era no telefone?".

"Remus", Harry disse docemente dando um aperto nas mãos de Severus. "Ele disse que a advogada McGonagall está começando um caso contra os Dursleys mesmo que isso seja contra a minha vontade".

“Oh, Deuses”, Severus gemeu. “O que Remus disse que nós precisamos fazer?”.

“Nada, no momento”, Harry disse. "Mas ele necessita de um favor. Ele diz que não quer que eu compareça ao julgamento e você precisará ir em meu lugar".

Severus franziu as sobrancelhas. “Isso não faz nenhum sentido. Eu não estava presente durante o abuso quando você era criança”.

Harry encolheu um pouco os ombros. "Ele lhe explicará hoje à noite quando você lhe telefonar. Agora, pare de falar e me beije. Eu estou destroçado".

Severus riu agradecidamente, capturando os lábios macios de Harry em um profundo beijo apaixonado. Eles permaneceram juntos por vários minutos até que se afastaram, ambos que precisando de ar.

Severus o enlaçou e colocou sua mão na face de Harry. "Eu te amo".

Harry apoiou-se no toque. "Eu também te amo. Gostaria de me mostrar o que você pintou?".

Severus se levantou e guiou Harry até o estúdio. "Eu não gostaria de nada mais". Eles entraram no estúdio de Severus onde o homem mais velho foi até seu mais novo trabalho de arte. Um retrato de Harry sentado com as pernas cruzadas na praia, sua cabeça inclinada ligeiramente para o sol com um pequeno sorriso enfeitando suas feições delicadas. Era uma obra prima. Mesmo que Severus fosse único que pensasse assim.

Harry alcançou Severus e contornou suavemente com os dedos, os traços de seu rosto. "Eu ainda não posso acreditar o quão bonito você é", ele sussurrou. Ele deslizou suas mãos para baixo, acariciou os dedos flexíveis de Severus. "Você faz mágica Severus. Eu gostaria de poder ver isso, eu realmente gostaria".

Severus assentiu e capturou os lábios de Harry em um beijo profundo. "Você o vê... Da sua própria maneira. E isso sempre é suficiente para mim".

No tribunal, foi exatamente como Remus havia planejado. Um documento original foi redigido e Severus atendeu ao chamado no lugar de Harry para lê-lo. O veredicto foi culpado para Petúnia e Vernon Dursley. Ambos foram multados em 50.000 libras e Vernon foi sentenciado há seis meses na prisão de Azkaban.

Considerando tudo, Remus sentiu que foi a melhor vitória. Insistiu em levar Severus de volta ao apartamento para comemorar com Harry.

O homem mais novo foi surpreendido. Era óbvio que ele não esperava vencer, deixou que a vitória viesse sem que ele nem mesmo tivesse comparecido ao julgamento. Ele riu alto e foi até Remus, deixando-o embaraçado com um abraço apertado.

"Muito obrigado", ele disse muito perto das lágrimas. "Eu nunca pensei que você poderia por um fim nisso!".

Remus foi gozador. "Oh, Harry, eu pensei que você tivesse mais fé em mim”.

Harry riu. "Não é você, Remy. Eu temi somente porque sempre parece que a minha sorte corre contra mim".

Remus despenteou seu cabelo. "Eu não disse que olharia por você e Severus?".

Harry sorriu na direção de Severus. "Eu acho que você conseguiu".

Severus abraçou seu amor e eles compartilharam um longo beijo. "Eu te amo e eu nunca deixaria qualquer coisa lhe acontecer".

“Eu também te amo”.

O verão se aproximou rapidamente para o trio e Severus esforçou-se para convencer Remus a tirar uma folga durante um pequeno feriado. Eles embalaram uma grande quantidade de comida e vinho e partiram pra o fim de semana. Severus alugou uma pequena casa à beira do mar para eles, com dois quartos e uma cozinha grande.

Estava quente e a praia estava um pouco cheia, mas Harry estava tendo bons momentos. Ele nunca tinha estado na praia e estava ansioso para enterrar os dedos do pé na areia macia e para sentir a água fresca desde que ouviu Severus descrever a pintura que tinha feito.

Harry sabia o quanto Severus amava a praia e ele quis compartilhar isso com seu amado. Eles partiram cedo e montaram um piquenique debaixo do guarda-sol. Da água salgada, vinha uma brisa refrescante.

Harry sentou-se, acomodado em seus braços, seus dedos enterravam-se profundamente na areia macia. Ele sorriu quando o sol aqueceu ligeiramente sua face e desejou, apenas por um momento, que pudesse ver a água que Severus tinha descrito como um azul cristalino.

Harry sentiu Severus se aproximando dele e rapidamente beijar seu rosto. "Eu estou indo para a beira da água fazer uns esboços. Você gostaria de vir ou ficar aqui com Remus?".

"Eu ficarei", Harry disse. "Eu apenas lhe distrairei se eu estiver lá pedindo que me descreva as coisas".

Severus pôs sua mão sobre o rosto de Harry e afagou-o com seu polegar. "Isso não é distração, é o que mais gosto de fazer. Eu te amo".

Harry o socou, brincalhão. "Vá pintar. Eu também te amo!".

Assim que Severus se afastou, Harry deitou e apoiou a cabeça com as mãos, os cotovelos enterrados no cobertor. "Remus, isso é realmente tão bonito como Severus descreve?".

Remus riu. "Eu suponho que depende de como você deseja perceber isso. Severus é extremamente feliz e apaixonado. Tudo é bonito para ele. Quando nós nos encontramos há muitos anos atrás, tudo era feio para ele porque não gostava de si mesmo. Ele achava-se feio e ele era amargo. As coisas verdadeiramente mudaram e eu não poderia estar mais feliz por ele".

"E para você, Remus? Como lhe parece o mundo?".

Remus permaneceu silencioso por um momento. "Parece... o aigre-doux. Prazeroso e triste. Eu devo confessar que eu tenho inveja de Severus por ter encontrado você".

Harry se sentou e cruzou as pernas. "Algum dia você encontrará alguém, Remy, eu apenas sei disso".

"C'est prendre ses desirs pour des realites”.

“O que é isso, Remus?”.

"É francês, para esse desejável pensamento, Harry. Eu nunca terei o que você tem".

Harry rapidamente apoiou-se sobre seus joelhos, virando-se para Remus, procurando por ele cautelosamente. Remus o guiou para seu lado.

"Eu quero vê-lo, Remy. Isso está bem?".

“Ver-me?”.

“Eu quero tocar seu rosto, para ver você do jeito que eu vejo as coisas”.

“Ok”, ele disse docemente.

Harry o tocou e seguiu com cuidado os traços do rosto de Remus, tomando cuidado extra sobre seus olhos fechados. “Você é bonito, Remus”, Harry disse simplesmente. "Qualquer pessoa seria uma tola para não ver isso. Embora, eu não estivesse e eu já sabia disso. Você é amável e tem um coração maravilhoso. Você encontrará a felicidade, eu sei disso".

Remus respirou agitadamente. "Obrigado, Harry. Severus é o homem mais afortunado no mundo".

Harry sorriu para ele. "Como eu sou, Remus". Ele silenciou por um momento, deixando o sol morno pousar sobre ele. "Ele está perto daqui?".

Remus pegou a mão de Harry e a apontou em direção a água. "Alguns metros nesse sentido".

Harry ficou de pé. "Eu tenho urgência em beijá-lo. Você se importa?".

Remus riu. "Eu nunca iria me importar. Quer que eu leve você, não?".

"Isso seria bom. Se não, eu poderia tropeçar no mar e me afogar".

Remus riu outra vez e guiou Harry para onde Severus estava. O homem mais velho estava parado na frente de sua armação e esboçava com um lápis de carvão. Parou e sorriu quando Harry se aproximou segurando o braço de Remus.

Ele se inclinou e beijou seu amado. "Eu estava imaginando por quanto tempo você poderia permanecer afastado".

Harry deu de ombros. "O que eu posso fazer? Eu estou apaixonado e não posso ficar separado de você por mais de vinte minutos".

Remus soltou Harry e deu a Severus um sorriso ligeiramente triste. "Eu estou indo à casa por alguns minutos verificar minhas mensagens".

"Oh, Remy”, Harry disse zangado. "Esqueça-se do trabalho por um fim de semana! Nós estamos num mini-feriado! Aprecie-o!".

"Eu quero apenas verificar. Eu prometo estar de volta em um instante, então poderemos comer". Ele virou-se e andou até a casa.

"Há algo errado com ele", Severus disse docemente após Remus ter desaparecido em direção a casa.

"Ele está triste", Harry disse de seu lugar na areia perto da água. "Nós estávamos falando e ele disse-me que sentia ciúmes porque ele nunca terá o que nós temos".

Severus sorriu. "Eu não sei se alguém poderá ter o que nós temos. Mas, talvez eu esteja errado".

“Remus encontrará alguém, eu sei que ele irá”.

“Sim, eu tenho fé nisso”.

"Ele deixou-me tocar em sua face", Harry disse após um momento. "Tem feições muito bonitas e o cabelo macio".

"Eu deveria ficar com ciúmes, Harry?", Severus implicou.

Harry riu. "Naturalmente que não. Eu apenas vi o que as outras pessoas não vêem. Eu disse-lhe que qualquer um que não o achasse bonito era um tolo".

“É o que eles são”, Severus concordou.

Harry ficou em silêncio por alguns instantes enquanto Severus continuava a pintar. Ele estava a ponto de falar outra vez quando ouviu um ruído estranho. Soou como uma batida na areia. Harry esperou, mas Severus não disse nada.

"Severus", Harry disse docemente. "O que foi isso?", Nenhuma resposta veio. Harry sentiu seu rosto ser tomado pelo pânico. "Severus? Responda-me". Nada ainda.

Harry abaixou suas mãos e joelhos até que fez o contato com o cavalete, procurando ao lado. Ele tateou e sentiu ao redor com suas mãos até que vieram parar na carne morna. Harry sentiu que Severus estava caído na areia com o rosto para cima.

"Severus", Harry chamou um pouco mais alto. Ele procurou a face do homem e a encontrou. Os olhos de Severus estavam fechados. Estava respirando uniformemente. Parecia que ele tinha desmaiado. Harry começou a se apavorar quando tocou sobre seu rosto. Seus dedos deslizaram em algo sob o nariz de Severus. Algum tipo do líquido quente. Harry levou o dedo a boca e o provou. "Sangue", ele disse. "Oh, Deuses, o que está acontecendo?", começou a agitar Severus. "Por favor, por favor, levante-se, Severus!".

Esta ação fez com que o homem mais velho emitisse um pequeno gemido. Harry sentiu o corpo se mover enquanto Severus levou uma mão ao lado de sua cabeça. "Harry? Mas que droga aconteceu?".

Harry riu aliviado enquanto ajudava o seu amado a se sentar. "Eu não sei. Eu ouvi uma batida e eu procurei para encontrar você. Eu... Eu acho que o seu nariz está sangrando". O homem mais novo estava claramente agitado, porque isso era completamente evidente no tom de sua voz.

Severus levou uma mão ao nariz e trouxe os dedos de volta. Eles estavam manchados de sangue. "Deuses, eu estava tão tonto e tudo começou a ficar branco. Eu acho que desmaiei".

Harry o abraçou cautelosamente. "Você me assustou. Eu estava chamando por você, mas você não respondeu!".

Severus afagou seu cabelo. "Eu estou bem. Eu acho que necessito apenas comer algo. Eu tenho me sentido um pouco sem cor ultimamente, um pouco tonto e cansado. Eu acho que é por causa do stress da vida". Severus levantou-se, ajudado por Harry e eles andaram até o piquenique, o cavalete e a obra de arte esquecida.

Harry remexeu na cesta do piquenique e encontrou um vidro de água para Severus. "Talvez você devesse ver um médico quando nós voltarmos. Se você não estiver se sentindo melhor".

Severus gemeu. "Eu odeio médicos. Mas eu irei se isso te faz feliz".

"Eu apenas quero ter certeza", disse o homem mais novo, a preocupação aparente em sua expressão facial.

Remus retornou e seus olhos se arregalaram quando viu Severus esfregar o nariz ensangüentado. "O que aconteceu?".

"Severus desmaiou", Harry explicou. "Eu não sei como seu nariz ficou assim. Talvez ele tenha batido quando caiu”.

Remus se sentou e pegou uma bebida. "Eu estou tão pesaroso por ter deixado Harry. Você está bem?".

Harry assentiu e procurou pela mão de Severus. "Eu estou bem agora. Eu estava com medo, mas Severus acordou rapidamente".

Remus olhou Severus com olhos preocupados, mas Severus acenou, tranqüilizando-o. "Eu estou bem, Remy, eu juro que sim. Eu já prometi ao Harry que veria um médico se eu não me sentisse melhor até o fim do final de semana".

Severus não se sentiu melhor durante o final de semana. Na verdade, ele começou a sentir-se muito pior. Eles ficaram em casa por quinze dias quando Harry finalmente insistiu para que ele marcasse uma consulta com um médico.

Severus tinha acordado algumas noites com febre e dor de cabeça. Ocasionalmente, vomitava nas manhãs e a noite. Ele perdeu o apetite e seu peso começou a declinar em uma velocidade perturbadora. Harry notou isso na noite em que insistiu para Severus ver um médico.

Ele tinha esperado Severus para ir para cama. O homem mais velho andou pelo quarto e aninhou-se ao lado de seu amado. Harry moveu-se para abraçá-lo e sentiu as costelas de Severus aparecerem nitidamente em seu pele. Harry correu suas mãos para cima e para baixo do corpo de seu amado e observou que Severus estava muito mais magro do que tinha estado antes.

“Você está vendo um médico Severus?”, Harry disse tentando parecer confiante. “Você está piorando. Você tem tido sangramento nasal quase todo dia e você tem perdido peso demais. Você mal pode manter algumas de suas refeições no estômago e isso está me assustando".

Severus enterrou o rosto no pescoço de Harry. "Está me assustando também, amor".

Eles dormiram desconfortavelmente, ambos agarraram-se um ao outro como se suas vidas dependessem disso.

Severus marcou uma consulta com seu médico dois dias depois da primeira consulta. Seu médico era um homem agradável, com o nome de Arthur Kingsley. Era alto e careca com uma profunda voz rouca que Harry amava. Teve um comportamento amigável e certificou-se de incluir Harry na discussão.

"Eu estou escrevendo um pedido para alguns exames, Severus", Dr. Kingsley disse. "Eu estou requisitando exames de sangue para verificar a contagem de suas células brancas do sangue bem como uma contagem da sua hemoglobina. Eu também quero fazer uma biopsia da sua medula".

Severus apertou a mão de Harry firmemente. "Isso está soando como se já soubesse o que é".

O Dr. Kingsley assentiu. "Severus, você está mostrando sintomas de Leucemia Linfóide aguda. Eu apenas quero estar certo disso".

Harry arfou, mas tentou manter suas emoções sob controle. Teria que ser forte por Severus. Ele apertou sua mão enquanto saíram do pequeno edifício e pegaram um táxi.

"Eu estou com medo, amor", Severus sussurrou na curva do pescoço de Harry.

Harry afagou seu cabelo longo. "Eu sei. Eu também estou".

No fim, forçaram Severus a fazer todos aqueles exames e mais. O resto incluiu uma segunda rodada de exames do sangue da medula bem como coluna vertebral. O último foi a coisa a mais dolorosa que Severus já tinha experimentado. Harry estava com ele a cada momento, fazendo o possível para confortar o homem, tentando o seu melhor para mantê-lo quieto.

Agora, sentaram-se no consultório médico esperando os resultados. E deuses, foi pior do que eles haviam esperado.

"A doença progrediu mais do que eu tinha previsto, Severus. Nós precisamos interná-lo no hospital... hoje à noite, se possível. Nós introduziremos um cateter em seu peito para seu tratamento de Quimioterapia. Para ser honesto, eu não sei se isso irá realmente ajudar. A doença se espalhou rapidamente e tomou todo o seu corpo. Eu sinto muito".

Severus não disse nada nem Harry. Estavam em choque absoluto. Nada pode ser dito enquanto iam de táxi para casa pegar algumas coisas de Severus. Ele deu um pequeno telefonema para Remus, pedindo para ele ficar no apartamento com Harry. Harry insistiu em permanecer no hospital com Severus, mas isso não foi possível. Não, isso não parecia bem. E Harry nunca tinha estado com tanto medo em sua vida.

À noite, Severus foi conectado ao I.V. N/T: equipamento de quimioterapia. Harry permaneceu ao seu lado. Compartilharam de um beijo longo enquanto a medicação era administrada em seu corpo.

"Harry, você sabe o quanto eu amo você ", Severus disse com um suspiro.

"Eu sei", Harry falou, perto demais das lágrimas para dizer muito mais.

"Eu quero que me prometa algo se eu morrer".

“Não, Severus, você não vai morrer!”, Harry disse firmemente.

"Nós não estamos vivendo em um conto de fadas", Severus respondeu amavelmente. "Eu o salvei e agora eu posso ter que deixá-lo. Mas não faça todos meus esforços e amor serem em vão, Harry. Se eu morrer, continue vivendo. Não volte para Hogwarts; não volte para dentro de sua mente. Encontre alguém que possa fazê-lo feliz. Eu preciso saber que você pode fazer isso, Harry. Isso me dará forças".

Harry deu um suspiro enquanto tateava para contornar as feições de Severus com uma mão macia. "Eu posso fazer isso", ele jurou. "Eu realmente posso".

"E se eu não conseguir sobreviver, leve minhas cinzas para o oceano, ok?" Ele estava começando a adormecer por causa da medicação.

Harry assentiu e afagou um lado de seu rosto. "Apenas não desista de mim, você não o fez antes. Então, não o faça agora. Lute por mim, amor, apenas... lute por mim".

E Severus lutou. Lutou até o fim.

Apenas alguns dias antes de dar seu último suspiro, pediu para ver Remus. Puxando seu mais querido amigo para perto, pediu-lhe um favor. "Toma conta do Harry para mim. Você é único quem pode o amá-lo como eu. Ele não merece menos".

Remus estava chorando abertamente. "Eu lhe prometo que se ele permitir, eu nunca o deixarei sem ser amado. Eu irei estimá-lo como você".

Severus apertou a mão de Remus fracamente. "E é por isso que eu amo você, mon ami".

Severus sussurrou suas últimas palavras de amor a Harry com seu último suspiro. Ele morreu em primeiro de setembro às duas e trinta da manhã, segurando a mão de Harry. E Harry fez como prometeu. Ele continuou vivendo.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.