PRIMA HORA



Título: Doze horas
Autor/Artista: Su_Snape
Presenteado/a: Mônica - Nikamaluca
Beta Reader: Andy “Oito Dedos”
Classificação: Livre
Gênero/Categoria: Romance
Resumo: Resposta ao pedido n° 01 da Mônica onde Snape vai tomar uma poção para conquistar Hermione... O efeito da poção, e se ele vai conseguir ou não, fica por sua imaginação!






Aviso: Todas as personagens do universo Harry Potter, assim como as demais referências a ele, não pertencem ao autor deste texto, escrito sem nenhum interesse lucrativo, mas a JKR.

Por favor, não me processem! Só peguei emprestado para me divertir e divertir os outros!





Capítulo 01 – Prima Hora




O caldeirão fervilhava com a poção enquanto o professor analisava-a seriamente. Uma ruga em sua testa indicava o quanto de concentração ele estava desprendendo para avaliar o trabalho da aluna. Poção Polissuco com efeito de doze horas ininterruptas, um belíssimo experimento para quem precisava de “Ótimo” no N.I.E.M. de poções e sair de Hogwarts direto para a vaga dos residentes Curandeiros no Saint Mungus.

A garota não conseguia esconder a ansiedade pela espera do comentário do professor; aplicara seus melhores esforços em conseguir terminar a poção, pesquisara os efeitos de todos os ingredientes e com a ajuda dos pais influentes conseguira algumas dicas do Mestre de Poções da Escola de Magia e Bruxaria da Amazônia, a mais conceituada Escola de Magia do mundo em matéria de ingredientes alternativos em poções. Estudava a Polissuco desde o início de sua turma de N.O.M.s e sua auto-confiança dizia-lhe que havia conseguido o esperado.

Snape recolheu duas amostras em separado da poção, uma delas foi submetida a testes quase infinitos, na opinião da impaciente aluna, a outra certamente era a dose a ser testada pelo próprio professor. Terminada a sessão de análises com os feitiços na primeira amostra, o professor fixou seus olhos pretos nela, o que a fez de imediato virar os seus próprios em direção a qualquer outro lugar que não fossem os deles.

– Muito bem, senhorita Chang, a poção parece-me boa, embora o teste definitivo seja a aplicação dela no seu especifico fim. Eu mesmo preciso testá-la e analisar cada um dos seus efeitos e reações, após este prazo poderia lhe passar uma nota definitiva, nota essa que precisa ser maior ou igual a um “Excede as Expectativas”. Lembro-lhe ainda que precisa repetir a façanha diante dos avaliadores do Ministério para que a nota seja efetivada.

– Obrigada, professor, eu espero realmente ter excedido as expectativas. - A garota apanhou um pequeno tudo de ensaio do bolso com um único fio de cabelo dentro. - Aqui está o elemento da pessoa que o senhor vai se transformar. Eu espero sinceramente que a minha escolha não atrapalhe o seu dia.

– Preocupação dispensada, senhorita Chang. Meus experimentos não saem desse laboratório e isso inclui a mim mesmo quando estou ligado a eles. A senhorita pode sair. Os alunos já devem estar de saída para o povoado.

– Obrigada, senhor. Tenha um bom dia.

Snape não respondeu e Cho saiu sorridente pela porta da masmorra. Hoje ela teria sua vingança. Esperara tanto tempo por isso e finalmente conseguira. A visita ao povoado prometia e ela não perderia jamais o que estava por vir.





– Hermione, olha lá! - Parvati apontava uma janela para a colega de quarto, uma coruja parda estava pousada no peitoril olhando fixamente para Hermione. - Não é a coruja do Teo?

– É sim - Hermione abriu a vidraça com um movimento da varinha e a ave voou até seu criado mudo com um bilhete no bico. Hermione afagou sua cabecinha e ela levantou vôo em seguida. O bilhete era curto e estranho na opinião de Hermione, mas Teo era tão imprevisível que ela não se surpreendeu com mais esse inesperado bilhete. Eles namoravam há seis meses e a cada dia Hermione era surpreendida com uma novidade vinda dele. Eram presentes, poesias, brincadeiras infantis que geravam gargalhadas gostosas, horas seguidas de estudo em pleno final de semana no qual poderiam estar curtindo algo a dois - que fosse mais interessante que livros -, longos momentos de silêncio onde cada um ficava perdido em pensamentos e até mesmo acessos de mau humor. Não sabia mesmo o que esperar para o dia seguinte.

– Meninas, eu encontro vocês no povoado! Teo e eu vamos almoçar no Três Vassouras, avisem aos garotos também assim nós podemos nos encontrar lá. Até mais tarde.

– Tchau - disseram as duas ao mesmo tempo.

Hermione desceu as escadas se perguntado o que Teo estaria fazendo na masmorra àquela hora e ainda mais num sábado de visita a Hogsmeade. Ela sorriu imaginando-o ter preparado uma poção do riso pra despejar em cima de Rony, que costumava manter uma carranca sem fim quando os dois estavam juntos. Continuou seguindo em direção ao laboratório de Poções e não percebeu a garota observando-a de longe com um sorriso cruel no rosto.





Snape assustou-se quando uma batida na porta interrompeu sua leitura da revista semanal Avanços em Poções. O diretor sabia que ele estaria no meio de um experimento e não viria incomodá-lo, quem poderia ser então? Não iria abrir a porta de qualquer maneira, havia acabado de beber a poção da aluna da Corvinal e a transformação já havia ocorrido.

– Teo? - ouviu uma voz conhecida chamar, não conseguiu distinguir de quem era, mas era uma aluna com certeza. - Teo? Por que não sai daí? O Snape pode chegar! Ficou louco em vir pro laboratório num dia de folga? - a voz esperou alguns segundos. - Vamos responde, não tem graça! - a voz carregava um leve tom de irritação e Snape levantou-se até a bancada para apanhar o tubo de ensaio que havia recebido de Cho Chang. Escritas numa caligrafia fininha e tão pequena que quase não dava para enxergar estavam as informações da pessoa em quem Snape havia se transformado: Teo Boot - Sexto Ano, Corvinal.

– Teo! Estou indo embora sem você! - a voz avisou com uma irritação palpável dessa vez.

Snape não ouviu os passos se afastarem e percebeu que a aluna ainda permanecia parada a porta. Aguardou ainda alguns instantes tentando imaginar o que fazer para mandá-la embora dali.

– Se você não vai sair espero mesmo que o Snape apareça aqui para saber quem desfez o feitiço de proteção dele, porque é o que eu vou fazer nesse exato instante e você é quem vai levar a culpa, Teo Boot!

Alguns segundos mais tarde Snape se via frente a frente à insuportável Sabe-Tudo da Grifinória sem saber o que fazer, ela acabara de minar suas proteções na sala de aula e pela sua expressão estava furiosíssima, e o que era pior, achando que ele era um sextanista da Corvinal.

– O que, diabos, você está fazendo aqui? Ficou doido? Se você ficar mais um segundo parado aí me olhando como se nunca tivesse me visto antes vou ser forçada a puxá-lo escada acima para irmos embora! Vamos! Mexa-se!

Snape se viu forçado a deixar a masmorra e seguir a garota que trotava apressada, parecendo querer que o chão abrisse um abismo e o engolisse. Não dissera uma única palavra desde que saíram da masmorra e lançava-lhe um olhar assassino vez ou outra. Alcançaram os portões e ganharam a estrada para o povoado.

– Não vai falar nada? - Hermione perguntou já cansada do silêncio pesado que pairava desde que saíram do castelo.

Snape demorou alguns minutos tentando lembrar do tom de voz do aluno da Corvinal, felizmente ele era um dos irritantes que se esforçavam em Poções e Snape lembrava da voz dele. Tentou forçar sua própria garganta num tom agudo totalmente oposto ao seu, mas que não deixaria a garota desconfiar do mal entendido que estavam passando.

– Como você me achou?

Ela o olhou com a mesma expressão mortífera de minutos antes.

– Você bebeu alguma coisa, Teo? O que você estava fazendo lá é o que importa! Vamos, desembucha!

– O professor Snape me pediu para olhar umas coisas lá, você sabe que sou o melhor aluno na nossa turma.

– Ah é? Sei disso, mas também sei que o Snape não pede para ninguém olhar nada nas coisas deles. Precisa de uma desculpa mais convincente que essa.

– Porque não deixamos isso para lá? Quais são nossos planos para hoje? - Snape odiava-se cada vez mais por estar participando involuntariamente daquela farsa, mas estar sendo encostado na parede por uma aluna e não poder sequer defender-se sem entregar sua condição era mais aterrador ainda.

– Esqueceu deles também? - a garota devolveu irritada, depois suavizando um pouco seu tom de voz: - O que aconteceu, querido? Você está bem? - Ela esticou a mão direita em sua direção e tocou-lhe de leve a face, um arrepio percorreu o corpo de Snape ao contato da pele dela na sua, e ele desejou correr dali, e lançar uma maldição imperdoável em Cho Chang.

A preocupação pareceu estampar no rosto de Severo e Hermione afastou sua mão e puxou a dele, pondo-a entre as suas.

– Está tudo bem agora, não custa nada repassarmos nossa programação - ela sorriu para ele, um sorriso tão terno que Snape respondeu de imediato sem ao menos se dar conta disso. - Nossa primeira parada é na Dedosdemel para carregarmos nosso estoque para o piquenique, o Dobby me deu algumas coisinhas que estão na mochila. Depois subimos o monte e acampamos lá na gruta, prometi almoçar com os meninos, mas se você chamar a Nina posso enviar um bilhete cancelando. No fim da tarde vamos aparatar até o lugar secreto que você quer me mostrar - Snape congelou ao ouvir essa parte do plano, foi sorte Hermione estar tão empolgada enumerando as tarefas que não percebeu sua súbita mudança -, e voltamos para o jantar em Hogwarts. Tudo certo?

– Hã... eu... deixei escapar alguma coisa de onde iríamos? - Snape perguntou confuso.

Hermione não respondeu de imediato, o observou por um longo momento ponderando sua pergunta.

– Você disse que era surpresa...

– Teo! Hermione!

Os dois voltaram-se ao mesmo tempo na direção da voz que os chamava, Cho Chang estava parada a porta da Dedosdemel, olhando-os com uma expressão divertida no rosto. Snape fechou os punhos com força e tentou disfarçar a raiva que fervilhou dentro de seu peito. Hermione por outro lado, bufou de raiva se perguntando o quão ousada era essa garota de lhe chamar pelo primeiro nome. Sorriu falsamente na direção dela e segurou na mão do namorado para ir até a entrada.

– Olá Cho - respondeu Hermione.

– Tudo bem, Teo? - Cho perguntou na direção de Snape medindo-o.

– Excelente - respondeu ele entrando no jogo dela e frustrando-a. - Sempre está tudo bem quando a Hermione está por perto.

Hermione sorriu para ele após lançar um olhar aterrador para Cho, segurou com mais força a mão de Teo e juntos entraram na loja de doces. Assim que passaram o tumulto da entrada e pararam próximos à prateleira de Babas-de-Moças, ela o encarou sorrindo.

– Eu poderia lhe dar uma bela lição de moral por ter tido a impressão de que você destratou alguém lá fora... mas você foi perfeito!
– a garota corou um pouco e depois completou: - E nunca tinha dito isso antes!

Snape se perguntou o que o levou a dizer aquilo, a imagem do sorriso terno da garota pairou em sua mente e um arrepio passou pela sua espinha relembrando o toque dos dedos dela em sua face. Ela ainda olhava-o quando ele reencontrou seu olhar depois das breves lembranças. A raiva que sentia de Cho Chang se dissipou quando a garota a sua frente sorriu mais uma vez e abraçou-o, aninhando-se em seu peito. Apesar das circunstâncias, da desagradável hora do almoço que se aproximava trazendo consigo a desprezível companhia do Potter, aquele prometia ser um bom dia.




N/A: Bom, presente incompleto graças ao PC que resolveu pifar! Mas não se preocupe, querida AO, o próximo capítulo está totalmente escrito em um pergaminho, esperando só essa bruxa aqui arrumar um PC novo! Não demora, prometo!
Essa foi a primeira hora de efeito da poção Polissuco no Snape, as outras estão por vir... Espero que tenha conseguido corresponder sua expectativa. Um abraço!

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