Um Final



N/A: alooooooooooooo! :) hoje deu a louca e eu resolvi acabar o capítulo que meenha ameega Mee começou pra mim. HSADHUSAIHDUASH sim, o começo foi escrito pela Camila. Se não fosse ela, sem capítulo... Mas enfim, nao vou falar mais nada, o epílogo já está prontinho pra ser postado e eu acho que vou chorar. Espero que gostem do ÚLTIMO CAPITULO da My Slytherin! e não, a "história" não acaba agora, só no epílogo, então... até lá. amo vocês!
- Caulfield





My Slytherin
IX – UM FINAL






(Avril Lavigne – Innocence)

- Eu simplesmente tenho que chegar no James e dizer tudo que eu sinto. Ok.

Lily jogou-se na poltrona do salão comunal, quase em cima de Alice, que soltou um muxoxo. A ruiva ignorou, como sempre fazia quando estava concentrada demais.

- COMO EU VOU FAZER ISSO? – gritou, fazendo uma cara de choro. Sirius, Peter e Remus, que estavam na sua frente, se entreolharam.

- A gente pode ajudar? – Remus perguntou, com um misto de curiosidade e receio pela reação da garota.

- Ajudar? – Ela disse, até com um pouco de desdém. – Olha, sem querer ofender, mas depois de tudo o que eu fiz para tentar chegar perto do James e ele ainda não dar a mínima pra mim, acho difícil que com alguma conversa, ou algo do gênero, você consiga arrancar dele outra coisa que não seja “me deixe em paz”!

Sirius e Remus se entreolharam. Nunca haviam visto Lily tão nervosa antes. Ela geralmente era o tipo de pessoa que sempre tinha o controle de tudo, nunca se desesperava e sempre tinha a solução.

Agora, tudo o que eles viam era uma adolescente descontrolada. Capaz de fazer qualquer coisa para conseguir o que quer, sem medir conseqüências ou mesmo pensar no significado disso. James Potter realmente mudara Lily.

- Desculpe. – Remus murmurou, visivelmente ofendido.

- Ai Remus, eu não tenho tempo pra ficar me desculpando, é sério. Eu... Não estou normal, admito, mas preciso fazer isso, vocês não têm noção de como está me enlouquecendo essa história do James. – Ela falou, rapidamente, batucando no braço do sofá.

- Então vai. – Sirius falou. – Antes que espanque algum de seus amigos.

A garota murmurou alguma coisa para o nada e levantou, nervosa, pisando forte. Saiu do salão comunal falando consigo mesma e empurrando um grupo perto da escada.




Lily andava rapidamente, os braços cruzados, com um deles elevado, a mão na boca, como se roesse a unha, a cabeça a mil, pensamentos de todos os tipos passando por sua cabeça, todos voltados a uma coisa: chegar em James.

De algum jeito ela teria que falar tudo o que estava guardado em si. Aquela angústia cada vez que ficava longe dele por muito tempo, aquele frio na barriga todas as vezes que olhava para ele, aquele turbilhão de coisas que passavam por sua cabeça quando estava junto com James, que a faziam ser qualquer coisa menos Lily Evans.

Onde estava aquela Lily que não se preocupava por nada? Que sempre tinha as respostas na ponta da língua, para todas as situações possíveis? Agora ela era insegura, nervosa, grossa, imperativa. Seria um pouco do próprio James?

Não importava. Tudo o que importava agora era encontrá-lo.

Ela foi até o salão principal, procurou entre as grandes mesas com alguns alunos, foi até os jardins. Procurou em vários lugares em que um sonserino poderia estar.

Até que o encontrou.

Ele caminhava entre alguns grupos de corvinais e lufa-lufas, com a mesma expressão de sempre. A mesma frieza no olhar. Tinha alguns livros na mão parecia ir rumo a biblioteca.

Lily correu até ele, sem saber o que iria fazer, e gritou:

- JAMES!

Todos que estavam mais próximos olhara para ela, inclusive ele. James parou um momento, fitando-a de cima a baixo. Lily estava desarrumada, nervosa, parecia cansada e ofegava.

Ele virou para frente e continuou andando, ignorando-a. Lily correu e chegou perto dele, virando-o de frente para ela com violência.

- VOCÊ NÃO VAI MAIS FUGIR DE MIM! – Gritou, sem se importar com os alunos a sua volta, que olhavam curiosos e davam risadas.

James tentou se desvencilhar dela, mas a garota o agarrara. Lily sentiu, mais uma vez, os grandes olhos de James fitando-a, como se invadissem seus pensamentos, deixando-a entorpecida. Lentamente, com a maior calma do mundo, ele disse:

- Solta.

- Não vou te soltar. Você vai escutar tudo o que eu tenho pra falar com você. E vai ser agora. – Lily falou, com firmeza, olhando em seus olhos.

- Eu não tenho mais nada para falar com você. – Ele respondeu, seco, soltando-se dela e voltando a andar.

- VOCÊ TEM ALGUM PROBLEMA?! – Gritou novamente, ele virou-se, olhando para os lados, discretamente. – VOCÊ É ALGUM TIPO DE RETARDADO, SEI LÁ?! POTTER, PARE DE SER RIDÍCULO E...

- Cale a boca! – Ele murmurou baixo, chegando mais perto dela e segurando em seu braço.

- ME SOLTA! EU NÃO TE DEI PERMISSÃO DE FAZER ISSO COMIG...

- Já disse para calar a boca. – Ele falou, arrastando-a pelo braço para um das salas próximas. Ele abriu uma porta e jogou-a para dentro, entrou e fechou.

James olhou para ela. Era incrível como ele nunca perdia aquele brilho no olhar. Aquele brilho que só Lily conseguia ver, que ia muito além da frieza, da repulsão ou grosseria. Era algo mágico, que a cativara desde o momento que ela o vira pela primeira vez.

- O que você quer? – Ele falou.

- Como o que eu quero?! – Lily falou, soltando um muxoxo, que mais pareceu um riso de deboche. – Eu não te agüento mais James! ÓTIMO, era isso o que você queria? Conseguiu! EU NÃO TE AGUENTO MAIS!

Ela empurrou uma mesa que estava do seu lado e avançou para ele, que se apoiava em outra, com os braços cruzados, os livros junto ao peito.

- Eu... – Ela suspirou, jogando os braços. – Eu estou saturada, sabe? De sempre fazer de tudo pra ficar perto de você, e você nunca dar a MÍNIMA pra mim! EU FALO TUDO E VOCÊ SEMPRE FICA EXATAMENTE DESSE JEITO! – Ela gritou, com a voz rouca. – ME OLHANDO COMO SE EU FOSSE UM NADA! UM BICHO OU ALGO PARECIDO!

Ela parou por um momento. James sentia vontade de... Falar. Mas não poderia, isso estragaria tudo. Ele tinha que se manter firme, não importa o que ela dissesse. Doesse o que fosse, ele não poderia se entregar a um sentimento.

- Dizem que a gente conhece uma pessoa falando com ela e olhando em seus olhos. – Lily falou, fitando-o. – Quando eu falo com você, você não me responde. Quando eu te olho, vejo frieza, desprezo pra mim. Você me olha com superioridade, como se eu não fosse nem digna de falar com o poderoso James Potter. Mas isso pra mim não é força, não é ser superior.

Seu lábio tremia nervosamente e ela tentava disfarçar. Chegou perto dele, ficando cara a cara. O garoto continuava impassível.

- É fraqueza. Não ser capaz de amar. Não ser capaz de viver a vida, de sorrir. De ser uma pessoa de verdade. – Ele desviou o olhar. Um pequeno sorriso se formou nos lábios da ruiva.

- Já terminou? – Ele perguntou.

Isso pareceu ter quebrado a garota. O sorriso se desmanchou e ela se afastou dele, como se fosse fogo, incrédula do que ouvira.

- Você... nunca vai mudar não é...? – Murmurou. – É estupidez da minha parte achar que eu consigo ter algo de bom de você. Eu não te agüento mais James... NÃO AGUENTO MAIS OLHAR PARA ESSA SUA CARA! – Ela explodiu novamente, colocando o dedo do rosto dele, que não se moveu. – CANSEI DE TENTAR DE SUPORTAR! Você não vale a pena.

Ela falou, pegando suas coisas e saindo da sala. Bateu a porta atrás de si.

James olhou para a porta fechada e depois para o chão. Não havia outra coisa a ser feita, ele pensou. Deveria ser assim.

Mas a porta abriu-se novamente.

- Esqueci de algo. – Lily cerrou os olhos. – Desculpa por me intrometer na sua vida.

- Lily. Eu—

Ele parecia querer dizer algo. Parecia mesmo. Mas não foi capaz de começar direito o que queria; seus olhos acinzentados tornaram a mirar o chão.

- Não é questão de querer, é questão de poder. Escuta... Eu não sou o garoto pra você. Entende? E se eu sei disso, por que te aproximar cada vez mais de mim? – James falava tudo com simplicidade, com aquela frieza sonserina. – Você foi a pessoa que mais chegou perto de mim. Mas isso é perto demais pra eu me sentir confortável. Você está certa: eu não sei amar, não sei o que é gostar de alguém, não saberia dividir meu espaço.

Lily bateu a porta atrás de si, e jogou o material de qualquer jeito numa mesa. Amuada, se aproximou de James, que estava todo desajeitado.

- Você se importa comigo.

- Você entendeu errado, Lily! – Potter, nervoso, começou a mexer no nó de sua gravata. – Eu não quero que você pense que eu gosto de você. Eu não gosto. Eu não SEI gostar, Lily! É tão difícil de entender?

Era quase como se ele estivesse suplicando.

- Você é incrível. Sério. Mas desculpa, o problema sou eu.

- E se eu não ligar pra esse problema? E se eu conseguir te conquistar? – a ruiva questionou, sentindo uma inexplicável vontade de chorar.

Seus olhos se encontraram novamente. As sobrancelhas claras de Lily se levantaram ao ver que James abaixava e levantava os olhos a todo momento, parando apenas para encará-la por alguns segundos. Ele era tão perfeito...! Era tão incrível o jeito como seus cílios longos emolduravam olhos de um castanho acinzentado...

- Eu sou um fracasso... Eu nem sei o que te falar! Eu... – ele deu uma pequena risada amargurada. – Me esquece, ok?

- Não quero! Não quero desistir de você!

O contato foi inevitável; Lily repousou uma mão quente sobre a bochecha fria de James, que ficou ligeiramente vermelha. Era notável que ele estava com vergonha. Ali, de perto, ele mais parecia uma criança vulnerável. Um James que ela nunca vira antes.

- Eu não sou bom, Lily... – James tentou afastar a mão dela. – Eu não estou acostumado com isso. Sou sozinho, e isso é fato.

- Eu posso te ensinar.

- Não! – ele desviou o olhar pro teto. – Lily, eu... Eu beijo mal!

Ela quase não acreditou no que ouviu; quando a ficha caiu, deu risada. James estava tentando afastá-la de todo e qualquer jeito. Mas não teria o menor efeito; Lily o tinha exatamente onde queria. Vulnerável e confuso.

- Nós podemos praticar. – a ruiva deu um sorrisinho maroto. – Já é tarde demais, James.

Lily ficou na ponta dos pés; continuou com a mão na bochecha dele e passou a outra por seus ombros, pra não perder o equilíbrio. Ela podia contar os cílios dele, se quisesse. Mas não tinha tempo para admirar tudo aquilo. Encostou os lábios no dele e iniciou um beijo lento, não muito correspondido por parte de James. Ela recuou o rosto, mas tornou a avançar, beijando-o com mais vontade. Era mágico. Era como ganhar da Sonserina na final de Quadribol, ou até melhor.

- Pára. – resmungou James, afastando-a bruscamente. Lily sorriu, meio satisfeita, colocando a ponta do indicador sobre os lábios vermelhos.

- Ainda não te convenci?

- Lily, presta bem atenção: nós NÃO VAMOS FICAR JUNTOS ou seja lá o que você quer! – ele foi ríspido. – Fique LONGE de mim! Por mais que você pense, eu não gosto de você! E é assim que vai acabar!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.