Obstáculos



N/A: demorei né? XD estava sem inspiração, gente... Mesmo... Mas agora tudo voltou ao normal e eu posso escrever a vontade.

Bom, muitas pessoas vão odiar esse cap, acho. Não sei se todo mundo vai entender o que está implícito, mas enfim... Eu já escrevi o final da fic, e tudo que posso dizer é que vai surpreender todo mundo. Ok, eu ainda posso mudar, como já fiz umas quatro vezes, mas acho que esse é o permamente. enfim, mudando de assunto antes que eu conte tudo..

Valeu pelos comentários, vocês são demais =D respondo os desse cap no cap que vem, O PENÚLTIMO, yaaay! (notaram que toda hora eu acabo uma fic? y,y)

Até mais... É bom gostar do cap ok?

~(evil) luh





(Paramore - Stuck On You)


My Slytherin
VII – OBSTÁCULOS





Lily já tivera vários momentos de alegria profunda, onde achara que seu coração explodiria a qualquer instante. Momentos onde seu sorriso não era o suficiente. Momentos onde as lágrimas insistiam em marcar presença. Mas, definitivamente, aquele momento no salão principal era o mais feliz de todos.

Ela estava segurando a mão de James Potter – ela! – no meio das pessoas! Ele tivera coragem de fazer algum gesto carinhoso! Era motivo pra festa, não era?

Sim, era. E o fato de que uma certa tropa sonserina estava andando em direção a eles não acabaria com a festa de jeito nenhum.

- Só ignore o que eles vão falar. – Resmungou James, quase sem mexer a boca.

Snape, Malfoy, Goyle e Fusett pararam de andar, apenas a um metro de onde os dois estavam sentados. E o desprezo em cada olhar sombrio não poderia estar mais estampado.

- Nosso mais novo casal. – Jean rosnou, um sorriso falso estampado na cara. – Estão se divertindo?

- Jean, Jean, não é assim que fazemos com Sonserinos traidores. – Snape disse, tirando a varinha do bolso. – É bem pior. – Ele a apontou para James. – Então, Potter?

James tinha o rosto inexpressivo, e não respondeu.

- Por que estamos perdendo tempo com esse cara? Vamo’ bater logo! – Goyle resmungou, cutucando Malfoy.

Este, por sua vez, apenas sacudiu o braço.

- Quieto, Goyle. – Exclamou, cruzando os braços.

Lily levantou as sobrancelhas.

- Acho que vocês são tão covardes que, quando estão juntos, essa covardia se multiplica. – Declarou, sorrindo de um jeito maroto.

Snape apontou sua varinha para ela, e seus olhos se transformaram em fendas.

- Evans, não se meta no que não tem a ver com você, sua sangue-ruim. – Exclamou, lentamente, como se Lily não pudesse entender o que ele dizia. – Isso é só com o seu namoradinh...

Jean fungou.

- Vai logo com isso, Snape! Ou vai amarelar? – Malfoy berrou, irritado, o canto da boca tremendo. – Se você não tem coragem de fazer isso, deixe para quem tem!

Snape sorriu de um jeito irritante.

- Não. Deixe comigo. Vou dar um belo trato no nosso órfão... Coitadinho do Pottinho! Sente falta do papai e da mamãe, seu filh...

James levantou do banco rapidamente, com o rosto ainda sem expressão, e fez o que mais tinha vontade de fazer; jogou todo o peso de seu corpo no braço e acertou um soco bem no nariz horroroso de Snape, causando um barulho surdo que, felizmente, não chegou ao outro lado do salão.

Sangue escorria pelo chão, enquanto Lily olhava estupefata para James, que, sendo pálido como era, não parecia ser tão forte.

- Snape! – Guinchou Jean, abaixando-se para ajudar o amigo. – Potter, seu imbecil!

James massageava o punho, que estava ligeiramente vermelho. Então levantou seus olhos perversamente brilhantes para os sonserinos.

- Eu não hesitaria em dar outro. – Declarou, numa voz baixa, mas suficientemente letal para fazer o grupinho verde sair correndo do salão.

Jogou-se no banco novamente, esfregando a mão na calça. Puxa, fora um soco realmente forte.

- Meu Deus, James. – Lily exclamou, sem fôlego, olhando-o admirada e assustada. – Eu não tinha a menor idéia de que você adorava uma briga!

A sombra de um sorriso iluminou o rosto de James.

- Há muitas coisas que você não sabe sobre mim.

- E algum dia vou descobrir essas coisas?

James sacudiu o braço, num gesto de descaso, e saiu andando. Não dera nenhuma resposta fria, portanto, era sinal de que Lily poderia o seguir.

- Eu morro de vontade de dar um soco em alguém, mas nunca consegui... – Ela exclamou, olhando para a mão vermelha de James. – Acho que vou arrumar uma briga com a tal da Jean Fusett.

Estavam passando pelo corredor do segundo andar. Mas ao ouvir o que Lily disse, James parou de andar e virou-se para ela, que mantinha uma expressão estranhamente divertida no rosto alvo e levemente corado.

- Lily, você não quer arrumar briga com esse pessoal.

- Por que não?

- Eles mexem com magia pesada. Dumbledore nem imagina o que eles fazem. Você não duraria um segundo. – Ele declarou, sério.

Lily arqueou uma sobrancelha.

- James, por que razão você acha que eu estou na Grifinória? – Insistiu ela, sacudindo a cabeça, enquanto ele tornava a andar, massageando a testa.

- Não é questão de coragem. O que conta contra eles não é a coragem, ou a garra. Aprenda isso. – Disse ele, rispidamente.

A ruiva correu até ele e segurou seu ombro. Por um momento pareceu que ele se viraria para encará-la... E Lily não pôde deixar de imaginar como seria beijar James. Não era o melhor pensamento naquele momento, mas era inevitável. Seu beijo seria tão frio quando seu exterior? Ou revelaria um calor nunca visto antes?

Mas ele não se virou. Sacudiu os ombros, afastando as mãos dela, e continuou a andar.

- O que de errado com você? – Explodiu Lily, frustrada. – Você não pode ser normal pelo menos uma vez?

- Não, não posso.

A voz dele era dura, fria. Chegava a ser insensível, ligeiramente grossa. Mas a fúria Grifinória de Lily estava em chamas. Ela teria de ir até o fim.

- Por que você faz questão de ser diferente? – Questionou, pisando duro. – Por que, James?

- Eu não devo explicações a você. – Ele respondeu, andando cada vez mais rápido.

- James...

Ele a ignorou.

- James, me ESCUTA!

Lily correu para acompanhá-lo. Seu rosto estava levemente vermelho.

- Por favor, ao menos uma vez, escute o que eu tenho a dizer!

James parou de andar abruptamente, abaixou os ombros e se virou para ela. Um brilho escuro passeava por seus olhos.

- Agora escute o que EU tenho a dizer. – Murmurou, apontando para ela, que recuou. – No começo desse sétimo ano, você começou a vir atrás de mim. Conseguiu se aproximar de mim, e você sabe o que isso significa?

- Eu...

- Isso significa que eu falhei na tentativa de não ficar próximo de ninguém! E, tudo bem, estava começando a aceitar o fato de que você chegou realmente perto de mim, mas você não entende! Você é criança demais, imatura demais...

- E-eu... – Gaguejou Lily, um nó, um aperto horrível fechando sua garganta.

Ele estava a centímetros de distância de Lily. Seus olhos, sempre tão frios e astutos, não traziam expressão alguma. Opacos. Estavam completamente opacos.

- ...distante demais... – Ele sacudiu a cabeça, e encontrou o olhar assustado dela.

Lily não conseguia se mexer.

- Eu estou perto de você. – Declarou, os ouvidos apurados e a boca seca. – Eu sempre estive.

James sacudiu a cabeça, pela primeira vez parecendo magoado.

A ruiva capturou a expressão facial de James, que lhe parecia extremamente familiar. Ele estava perto. Perto demais. As linhas verdes nos olhos castanhos acinzentados nunca pareceram tão chamativas...






Então James recuou, as pontas dos dedos esquentando rapidamente. Ele sentiu o calor invadir todo seu corpo, seu olhar, seu coração... E levantou a cabeça. Ela estava lá. Como sempre. O olhar divertido e travesso, os cabelos chamativos, a expressão corajosa. Mas aquilo não estava certo. Na verdade, nunca estivera tão errado...

- Por que você não fica longe de mim? – Indagou James, esfregando a manga do blusão em sua boca. – Por que você não me ESQUECE?

Ela sacudiu a cabeça, e fechou os olhos.

- Cale a boca. – Disse, numa voz curta e fria. – Eu estou tentando...

- Isso é novidade pra mim. – James se virou para sair andando, porém, mais uma vez, Lily segurou seu ombro. – ME SOLTA!

Foi a primeira vez que ela o ouviu usar um tom de voz mais alto. O susto foi tanto que ela o largou, atônita, e arregalou levemente os olhos.

James percebeu o olhar assustado dela.

- Nós não temos nada a ver um com o outro. Encare isso como um fato, não como uma suposição. – Ele cruzou os braços. – E tem mais: pela primeira vez na sua vida, me escute e não procure confusões com aquele pessoal. Pelo seu próprio bem.

- POR QUE VOCÊ QUER QUE EU FIQUE BEM SE NÃO ME QUER PERTO? VOCÊ SE IMPORTA COMIGO OU ME ODEIA, CARAMBA? – Lily fechou os punhos, e seu rosto começou a ficar vermelho. – VOCÊ NÃO SE DECIDE! FICA FAZENDO ESSA POSE DE MISTERIOSO, DE INATINGÍVEL, QUANDO TUDO QUE VOCÊ É NÃO PASSA DE MENTIRAS!

- VOCÊ NÃO SABE NADA SOBRE MIM! – Urrou James, perdendo todo o controle. – Você não tem a mínima idéia de quem eu sou!

- EU TENHO SIM! E SABE PORQUÊ VOCÊ ME AFASTA COM ESSE PAPO? PORQUE EU SEI TUDO SOBRE VOCÊ, E VOCÊ TEM MEDO DISSO!

- CALE A BOCA! – Inconscientemente, James puxou a varinha, e o armário próximo dos dois balançou perigosamente.

O barulho da madeira rangendo perigosamente contra a pedra fez os dois se calarem. Então eles se olharam novamente, os rostos afogueados e as mãos trêmulas.

- Você não vai poder se esconder pra sempre, James. – Lily disse, quase sem mexer os lábios.

Ele pareceu meio perturbado, e abaixou a cabeça.

- Não fale do futuro, Lily...

- Eu falo. Eu falo porque eu sei. É um fato, não uma suposição. – Um sorriso maroto brincou nas pontas de seus lábios.

James fechou os olhos, atordoado.

- Você não vai conseguir fugir de mim... – Ela avançou alguns passos. Ele recuou, o sangue de todo o seu corpo parecendo desaparecer de repente.

Estava frio. Frio lá fora. Frio lá dentro...

- Eu não quero mais ouvir... – Sussurrou, evitando olhar para cima. Aquilo tudo era como um peso jogado de repente em seu ombro, quando ele já estava pra cair...

- E quando você reconhecer isso... – Lily tinha a voz lenta e clara, além de um brilho decidido nos olhos. – Eu estarei aqui. Em todo lugar.

“Pra sempre...”

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