Capitulo Único



[N/A:[ Olá, leitores! Mais uma fic aí pra vocês. Não aconselhada pra quem está meio deprê, a não ser que tal pessoa seja como eu que goste ler, mesmo nas piores situações... Bom, lá em baixo a gente conversa... Boa Leitura!]


A ruiva estava sentada num banco de madeira, esfarrapado, em frente a uma ala mais escondida e improvisada no St. Mungus. Segurava uma rosa bordô. Não era possível ver seu rosto, estava com a cabeça baixa e com os cabelos longos e sem vida cobrindo-lhe o rosto.

Tinha as marcas de lágrimas no rosto, mas já parara de chorar.

Ao ouvir a porta do quarto a frente se abrir, levantou a cabeça e olhou, cheia de dúvidas, para o curandeiro. Os olhos tinham lágrimas contidas e a falta do brilho costumeiro. Vendo o olhar desesperado, quase agonizante, o curandeiro sentiu um aperto e com uma imensa dificuldade fez um gesto negativo com a cabeça. Ginny suspirou, fechou os olhos um segundo e quando os reabriu já estavam secos, porém ainda estavam sem brilho.

- Pode entrar para vê-la, se quiser... –murmurou o curandeiro, abrindo cavalheiramente a porta.

Ela agradeceu com um aceno de cabeça e entrou. Sentiu o mundo dar uma balançada ao ver ela lá, estendida na cama, parecendo sem vida. Avançou uns passos e ficou do lado da mulher. Com as mãos trêmulas lhe fez um pouco de carinho e arrumou-lhe o cabelo ruivo, num gesto triste.

Ainda tremendo muito e sentindo-se a beira de lágrimas, novamente, deu-lhe um beijo na testa. Ficou alguns segundos prolongando o beijo, com os olhos fechados. Olhou-a novamente. Segurou uma de suas mãos entre as suas.

- Mãe... Mãezinha... Acorde! Fale comigo, mãe! –disse lentamente, com a voz embargada.

Sem forças para mais nada deixou-se cair de joelhos ao lado do leito branco que estava sua mãe. Segurando sua mão, chorava e rezava mentalmente para que, se qualquer força maior, estivesse lhe ouvindo, que tivesse dó de si e ajudasse a mãe na recuperação. Tempo depois, ele nunca chegara a saber quanto, sentiu dois braços a envolvendo e levantando-a. Não precisou de muito para reconhecer o perfume do irmão.

Agarrou as mangas de sua camisa e chorou durante muito tempo, abraçada a ele. Quando o choro cessou, isto é, ficou “silencioso” porque não se ouviam mais os soluços, apenas podiam ver as lágrimas correndo o caminho tão conhecido, ela olhou por cima do ombro de Rony e viu George, Fred, Gui e Carlinhos a olhando se soltou de Rony e pulou em Gui –os olhos dele brilhavam com lágrimas enquanto duas delas escorriam-lhe pela face.

Depois de algum tempo que estavam ali, todos já tinham se acomodado no sofá de dentro do quarto. Não trocavam palavras e mantinham as cabeças abaixadas. De vez em quando levantavam a cabeça e olhavam a mãe por, no máximo, 30 segundos - ninguém suportava mais do que isso.

***

Hermione andava pelos corredores a passos largos e silenciosos. Seus cabelos estavam presos com uma caneta, de qualquer jeito - há muito ela não se importava com a aparência. Vinha do quarto onde Harry estava, sem noticia alguma. Virou à esquerda e avistou o quarto da Sra. Weasley. Um curandeiro saía do quarto ao lado, chamou-o.

- O Sr. pode me informar quem está no 510?
- Bem... Acho que só os filhos dele... Bom, pelo menos, todos são ruivos.
- Ah... Então o Sr. pode me fazer um favor?

***

Rony levantou e foi até a cama - seguido pelos olhares dos irmãos–, parando o lado da mãe. Passou a mão em suas pernas e chamou-a baixinho, dizendo que ela deveria acordar. Acariciava a mãe e contemplava sua palidez angustiante. Olhando os olhos fechados da mãe e implorando para eles o encararem mal pode ouvir alguém batendo a porta e Carlinhos autorizando a entrada.

- Oi... –murmurou Hermione, com receio do silêncio.

Seu cumprimento foi respondido por todos com um aceno de cabeça. Fazendo uma corajosa tentativa de sorrir se aproximou do namorado e o abraçou. Quando sentiu os braços dele apertando-a fortemente pela cintura pôde perceber o quanto ele queria e precisava d’um abraço.

- Mione... –ouvi Gina sussurrar, e a sua voz fraca assustou-a– E... O Harry? –a voz da garota tremia. Hermione analisou a garota atentamente, antes de responder, hesitante.
- Na mesma, Gin... Bom, nem tanto... Ele se mexeu um pouco hoje e parece já sentir o corpo. Fiz um pouco de cócegas nele e ele pareceu não gostar - sorriu de canto.

Gina não esboçou reação aparente, mas sentia como se nunca mais fosse ser feliz. Amava as duas pessoas que neste momento mal sabiam o que acontecia a sua volta. Era difícil lidar com isso, muito difícil. Ouviu mais batidas à porta. Levantou os olhos e viu um dos curandeiros do andar.

- Ahn... Gostaríamos de pedir à vocês a gentileza de se retirarem...
- Ahh... O.k. – Fred falou bem baixinho.
- Poderíamos ir para a lanchonete, comer algo... Faz tempo que vocês não comem... Não é?

Hermione entrelaçou seus dedos com o de Rony e abriu a porta, quando todos saíram fechou a porta, mas antes piscou para o curandeiro, em agradecimento.

Andaram todos juntos e em silêncio até a lanchonete. Era incrível como ninguém falava nada, absolutamente nada. Hermione se perguntava, interiormente, o que poderia dizer numa hora daquelas. Chegaram a lanchonete Hermione pediu sete sucos de abóbora e sete pastelões de carne. Aumentou mais dois quando viu Percy e Penélope chegando.

Percy ainda não tinha feito as pazes com a família, não oficialmente. Mas se mostrara muito prestativo e em breve –Hermione sentia– ele pediria perdão ao pai e voltaria a fazer parte da família.

Estavam lanchando quando a curandeira da ala onde Harry estava chegou correndo afobada com um sorriso nos lábios.

- Senhorita Granger. Senhorita Granger! O senhor Potter acordou. Ele acordou!

Hermione, num primeiro momento apenas deixou cair o pastelão de sua mão para depois sorrir abertamente e soltar uns gritinho histéricos. Os Weasley’s esqueceram temporariamente da mãe e do lanche e seguiram Hermione, correndo, ao quarto de Harry. Onde a curandeira-chefe falou que só poderiam entrar um de cada vez.

Sem nenhuma discussão todos incentivaram Gina a entrar primeiro. Ela trêmula e aliviada aceitou só com um sorriso, o qual há tempos ninguém via. Devagar ela girou a macaneta (maçaneta) e entrou no quarto, fechando a porta atrás de si.

Olhou Harry.

- Gina! –ele disse, sua voz estava fraca, mas Gina mal percebeu devido a enorme felicidade em poder escutá-lo novamente.
- Harry! Meu amor! Ai, que saudades! Que medo de ti perder... Ai, Harry! Preciso tanto de você, te amo tanto...
- Shiii... –ele pôs os dedos sobre os lábios dela– Não pense nisso... Eu to com você... Pra sempre. Mas, Gin, me diga... Como estão todos?
- Bem, estão todos bem. Todos, é claro, tiveram ferimentos, coisa leve... Ninguém está em estado grave... Quer dizer, exceto...
- Exceto? –as vozes de ambos tremiam ao pronunciar essa palavra.
- Exceto minha mãe...
- Su... Sua mãe?
- É...
- Como?
- Bem... Ela foi defender a gente e acabou atingida pro vários Crucios além de um feitiço desconhecido... Ela tá desacordada num quarto mais pra frente.

Harry não sabia o que dizer. Seu subconsciente se culpava pelo estado da Sra. Weasley. Olhou para Gina e a viu com a cabeça baixa, encarando sua mão que estava presa na dele. Deduziu que ela chorava. Com a voz embargada murmurou:

- E... Como ela tá?
- Na mesma... Não sabemos, na verdade.
- Sinto muito, Gin...
- Todos sentem... Mas eu sei que o que tiver de ser será, Harry. E tendo você ao meu lado, nada me preocupa.

Gina sorriu e curvou-se. Em pouco tempo seus lábios se tocaram e eles começaram um beijo calmo e cheio de amor. Ficaram ali se beijando por muito tempo, Gina nunca soube quanto. A única coisa que ela sabia, ou melhor, tinha absoluta certeza era que com ele ao seu lado seria capaz de suportar tudo. E que ele estaria ali, ao lado dela para o que desse e viesse e nenhum outro pensamento podia deixá-la mais feliz.

[N/A: E aí, o que acharam? Não se ofendam mas mesmo se não gostarem dessa fic não irei de me importar muito, sabe... Essa fic é só um desabafo, na verdade. É mais ou menos o que estou passando e sentindo... E é horrivel! Que vocês nunca passem por isso e, se tiverem que passar, muita força e que vocês recebam muito amor, pois ajuda!
Ah, comentem!
;**
bjOnZz.~*

...
]

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